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Elon Musk deve começar a testar chip em humanos em 2023. Um ano após a publicação dos testes em macacos serem divulgados como positivos, a Neuralink se prepara para conectar a interface digital ao cérebro humano no próximo semestre, anunciou o CEO na última quarta-feira (30).

A obsessão de Musk pelo avanço rápido desse tipo de tecnologia atrai controvérsias. Apesar dos resultados em macacos serem divulgados como positivos, com destaque para uma das cobaias desenvolver a capacidade de jogar um game com o poder da mente, 15 dos 23 símios morreram durante os experimentos. O cofundador da empresa, Max Hodak, chegou a se afastar do projeto em abril de 2021.

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O chip da Neuralink possui até 1.024 fios de cinco mícrons de diâmetro que são implantados na massa cinzenta para fazer conexões entre neurônios vizinhos. Os impulsos elétricos do cérebro são convertidos em impulsos analógicos e código digital.

Cientistas fascinados com a ideia de que os humanos podem aprender enquanto dormem - uma nova lingua, por exemplo - há muito vêm encontrando resultados experimentais incompatíveis.

Nesta terça-feira (8), uma equipe de pesquisadores disse que finalmente desvendou o porquê: o cérebro humano pode aprender apenas em certas fases do sono.

Os participantes de um estudo foram capazes de memorizar padrões sonoros tocados para eles durante duas fases do sono chamadas Rapid Eye Movement (REM) e N2, revelam os pesquisadores na revista Nature Communications.

REM é a fase de inconsciência durante a qual temos sonhos vívidos e, como o nome diz, os olhos se movem rapidamente. A N2 é uma fase de sono mais leve, não REM.

Uma terceira fase do sono profundo, chamada N3, porém, é ruim para a formação da memória, disseram os pesquisadores.

Nesta fase, "os sons aprendidos anteriormente durante o sono N2 são esquecidos ou não aprendidos, como se fossem apagados da memória", afirmou a equipe de pesquisadores franceses em um comunicado.

Os cientistas observaram 23 voluntários através de eletroencefalografia e tocaram para eles padrões sonoros enquanto dormiam.

Quando acordaram, os participantes do ensaio foram testados sobre o quão bem eles se lembravam das composições.

A equipe "observou uma distinção nítida entre o sono leve não REM, durante o qual o aprendizado foi possível, e o sono profundo não REM, durante o qual a aprendizagem foi suprimida", segundo o estudo.

Ao acordar, os participantes que se esqueceram dos sons durante o sono N3 tiveram mais dificuldade para reaprender esses mesmos padrões do que para memorizar padrões completamente novos.

Isto apoiou as teorias de que o N3 serve para limpar a memória, disseram os pesquisadores.

Pesquisas adicionais devem ser feitas para determinar como as descobertas podem ter uma aplicação prática como auxílio de aprendizagem.

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