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Após o afastamento do prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Civil deu detalhes sobre as operações que apuram o envolvimento do gestor e servidores do município da Região Metropolitana do Recife (RMR) em lavagem de dinheiro, fraude licitatória, associação criminosa e outros crimes. Contratos superfaturados de aluguéis e coleta de lixo causaram o prejuízo acumulado de aproximadamente R$ 21 milhões.

Documentos apreendidos em 2018 apontam que o ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Paulista, Iranildo Domício de Lima, era beneficiado por Júnior Matuto através de uma empresa de fachada, que terceirizava o serviço da empresa Locar, responsável pela coleta de lixo do município.

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A Operação Chorume apurou que Júnior Matuto é ex-funcionário da Locar. Ele destinou dois servidores públicos lotados em seu próprio gabinete como motoristas particulares responsáveis pelos caminhões caçamba da empresa de fachada.

A auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) indicou que, mensalmente, a Prefeitura pagava cerca de R$ 300 mil a mais pelo recolhimento dos resíduos. Todo contrato rendeu uma perda de R$ 21 milhões aos cofres de Paulista.

O delegado Diego Pinheiro explica que a empresa apresentou determinado plano de negócio, mas outro plano, com outros valores, foi posto executado. "Havia em cláusula contratual que devia ter um comitê gestor com a função de fiscalizar o contrato. Mas observamos que esse comitê, formado pelo prefeito e seis secretários, só existia no contrato e no nome", esclareceu Pinheiro ao ressaltar a negligência na fiscalização dos contratos.

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Prefeito da cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Júnior Matuto (PSB) foi afastado do cargo, nesta terça-feira (21), com a deflagração das operações Chorume e Locatário, do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil. A Operação Chorume investiga os crimes de fraude em licitação, peculato e associação criminosa. Já a operação Locatário apura os crimes de dispensa indevida de licitação, peculato, uso de documento falso, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Nesta manhã, o presidente da Câmara Municipal de Paulista, Fábio Barros (PDT), está em reunião com a Corregedoria da Casa para discutir as questões burocráticas da posse do vice-prefeito Jorge Carrero (PV). Barros recebeu mais cedo a notificação do afastamento de 170 dias do prefeito de Paulista.

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A assessoria da Prefeitura disse que ainda não tem informações sobre o que motivou a ação policial contra o prefeito e se manifestará por nota quando tiver um posicionamento oficial.

A Operação Chorume tem como ambiente operacional as cidades de Recife, Paulista e Caruaru. Ela cumpre dez mandados de busca e apreensão, um mandado de suspensão do exercício de função pública, um mandado de suspensão temporária de participação de licitações e sequestro de valores.

Na operação Locatário estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão domiciliar, sete mandados de suspensão do exercício de função pública, um mandado de suspensão temporária de participar de licitações e o sequestro de bens e imóveis. Ela é realizada no Recife, Paulista, Olinda, Surubim e Sairé. 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que tramita no 2º grau em segredo de Justiça um inquérito policial contra o prefeito. O relator é o desembargador Cláudio Jean Virgínio, que está de férias, sendo substituído pelo desembargador Alexandre Assunção. A Polícia Civil deve dar maiores detalhes da operação posteriormente.

A Prefeitura de Guarulhos poderá economizar anualmente quase R$ 5 milhões através do projeto que pretende transformar o chorume do aterro sanitário da cidade em água de reuso. A proposta é inédita no país e está em fase final de análise, podendo ser implantada ainda em 2018. De acordo com a administração municipal, o projeto também poderá ser comercializado para outras cidades.

Atualmente, a prefeitura gasta aproximadamente R$ 400 mil com o descarte do líquido poluente: são R$ 28 para cada tonelada de chorume tratado mais o custo do transporte do liquido até Barueri, onde é descartado.

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O projeto está sendo coordenado pelo biólogo Guilherme Moraes dos Santos Loredana e conta com a parceria do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). 

O chorume do antigo lixão de Muribeca, que escoa até hoje no Rio Jaboatão, deve ter novo destino a partir do dia 2 de maio. Foi o que ficou definido em uma reunião realizada nesta terça-feira (16), entre a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e do Recife

O resíduo vai ser bombeado para tratamento na Estação da CTR Candeias. De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier. “O lixão foi fechado há quatro anos, mas danos socioambientais continuam ocorrendo. Precisamos urgentemente cessar o despejo do chorume (líquido contaminado que escorre do lixo) no Rio Jaboatão e iniciar monitoramento do subsolo e lençóis freáticos na área”, destacou.  

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Um novo encontro ficou agendado para a esta sexta-feira (19), quando a Empresa de Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), responsável pelas ações, disponibilizará à CPRH os dados técnicos sobre as medidas definitivas de controle do chorume gerado no lixão da Muribeca.

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