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No ano passado, dois exames antidoping foram realizados em atletas do ciclismo de estrada feminino brasileiro e ambos deram positivo. Em 2015, nenhum exame foi realizado no campeonato nacional. Mesmo assim, quatro ciclistas foram flagrados recentemente em exame antidoping e estão provisoriamente suspensos. Na lista estão Uênia Fernandes de Souza, da seleção, e Fernando Filkler, vice-campeão nacional.

Uênia é prima de Márcia Fernandes, flagrada após ser campeã brasileira de 2014. Naquela competição, só as campeãs do adulto (Márcia) e do sub-23 (Nayara Gomes Ramos) foram submetidas a exames antidoping. Ambas testaram positivo para EPO, hormônio sintético utilizado para produzir glóbulos vermelhos e ajudar na resistência.

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Também Uênia, de 31 anos, foi flagrada por EPO. Ela testou positivo para a substância num teste surpresa antes dos Jogos Mundiais Militares, realizados em Mungyeong (Coreia do Sul), em outubro. A equipe brasileira, composta também por Clemilda e Janildes Fernandes, primas de Uênia, abriu mão de disputar o Mundial da modalidade para estar nos Jogos Mundiais Militares.

Isso porque toda a seleção brasileira feminina de ciclismo de estrada faz parte do programa de alto rendimento das Forças Armadas. Uênia, como as primas, é 3º sargento da Força Aérea Brasileira (FAB). Se punida por 2 anos como aconteceu com Márcia e Nayara, fica fora da Olimpíada.

Clemilda, vale lembrar, foi flagrada em exame realizado durante o Giro Rosa (versão feminina do Giro D'Itália) de 2009, também por EPO. Este ano, Uênia foi quem disputou o Giro, terminando no 42.º lugar. Por conta da participação nesta volta ciclística, ela não esteve nos Jogos Pan-Americanos. Punida, tende a ser demitida da Ale Cipollini, forte equipe italiana.

OUTROS CASOS - O outro sargento da FAB pego no doping é Alex Arseno, também por EPO, também no teste surpresa feito pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) antes da viagem para os Jogos Mundiais Militares. Assim como Uênia, ele foi suspenso provisoriamente por 30 dias. Como é reincidente (foi pego por EPO em 2009), deve ser banido do esporte. Pelo Facebook, entretanto, ele já anunciou que vai se aposentar. Alex compete por Taubaté (SP) e, em janeiro, venceu a prova promocional do Tour do Rio.

Antes, já haviam sido anunciados outros dois casos no ciclismo brasileiro, ambos no Tour do Rio, disputado em agosto. Cleberson Weber (da DataRo, de Cascavel-PR) foi pego por EPO, enquanto Fernando Filkler foi flagrado com Clostebol. Como os testes foram feitos pela União Ciclística Internacional (UCI) caberá a este órgão julgá-los.

Fernando Filkler, que compete pelo Avaí, de Florianópolis, tem só 19 anos e era considerado a grande revelação do ciclismo brasileiro de 2015. Ele venceu o contra-relógio no Brasileiro Sub-23 e foi vice campeão de estrada no adulto. Além disso, venceu na categoria júnior no Tour do Rio, prova na qual foi flagrado em exame antidoping.

Pedaladas em grupo. Esse é o lema que movimenta o grupo Bike Belém, formado há quatro anos, que concentra ciclistas com perfis diferentes, mas com interesses iguais: cuidar da saúde e combater o estresse. A prática noturna de pedalar em grupo também é uma ótima forma de conhecer a cidade com segurança, afirmam os adeptos. Segundo o site de pedal em grupo, Loop, os ciclistas tendem a ser mais respeitados pelos motoristas e, frequentemente, o trânsito fica menos arriscado em trechos críticos. Com a iniciativa do grupo Bike Belém, fica claro que é possível praticar exercício com diversão.

Confira na reportagem em vídeo:

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Os organizadores da Volta da França anunciaram nesta terça-feira o percurso da edição de 2016 da mais tradicional prova do ciclismo, que vai ser disputada entre os dias 2 e 24 de julho. Na avaliação do especialistas, a rota é favorável às habilidades multidisciplinares do atual campeão, o britânico Chris Froome.

A prova, em julho de 2016, terá dois contra-relógios e 28 difíceis escaladas. A próxima edição da Volta da França terá um percurso de 3.519 quilômetros. Os ciclistas subirão os Pirineus antes dos Alpes, como aconteceu este ano, novamente em um caminho na direção oposta ao sentido horário através do território francês. Isso quebra a tradição, porque normalmente a prova alterna a direção entre um ano e outro.

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Froome, que também venceu a Volta da França em 2013, é considerado um dos principais especialistas nas escaladas e também nos contra-relógios individuais, o que em princípio também o torna favorito para a próxima edição da prova.

Em 14 de julho, dia da Festa Nacional Francesa, em que se celebra a Tomada da Bastilha, a subida do Monte Ventoux vai desafiar os melhores escaladores. Froome venceu em 2013, na última passagem da Volta da França pelo pico de 1.909 metros.

O Monte Saint-Michel, na costa da Normandia e onde há uma abadia declarada Patrimônio da Humanidade, abrirá a disputa da Volta da França. A primeira etapa terminará na praia Utah, utilizada nos desembarques do Dia D em 1944.

A Volta da França fará uma breve visita ao Maciço Central antes de chegar às montanhas mais altas dos Pirineus. No Alpes, que receberão as últimas etapas antes da chegada final da Prova em Paris, a prova passará junto ao Mont Blanc, o pico mais alto da Europa. "Será extraordinário", disse o diretor da Volta da França, Christian Prudhomme.

A seleção feminina de ciclismo não está participando do Mundial da modalidade, categoria Estrada, que está sendo disputado em Richmond, nos EUA, para se preparar para o Mundial Militar, em outubro, na Coreia do Sul. A Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) decidiu abrir mão da principal competição do ano para as mulheres em detrimento de um torneio que não vale pontos para a corrida olímpica, graças a um acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira).

"No início da temporada, havíamos fechado um acordo com a FAB, onde concentra-se praticamente todas as ciclistas da seleção feminina, firmando o objetivo principal de disputar o Mundial das Forças Armadas", explicou Ana Claudia Stipanich, representante do departamento de alto rendimento.

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O Mundial de Ciclismo de Estrada não classifica diretamente para os Jogos do Rio, mas conta pontos para o ranking. O Brasil foi para Richmond com sete atletas no masculino: Antonio Prestes Garnero, Kleber Ramos e Murilo Fischer (Elite), Caio Godoy (Sub-23), e Marcio Jose Pessoa, Pedro Martins e Vitor Schizzi (Júnior). Eles tentarão ampliar as duas vagas já garantidas para a Olimpíada. No feminino, são outras duas vagas confirmadas, e caso o País ficasse até o 13.º lugar no ranking mundial, poderia levar mais uma atleta (se ficar entre os cinco melhores, poderia chegar a quatro ciclistas no total).

"Como o Mundial principal constava como uma segunda opção, e tendo em vista esse compromisso das principais atletas com a FAB poucos dias depois, ficou definido que o objetivo planejado no início da temporada seria mantido e as atletas fariam apenas o Mundial Militar, que estará auxiliando a FAB a alcançar os melhores resultados possíveis, sendo a primeira vez que o ciclismo participa em eventos militares mundiais", disse Ana Claudia.

Ela argumenta ainda que as chances da seleção feminina eram bem remotas. "A temporada da seleção feminina foi planejada com o principal objetivo de conquistar o maior número de pontos possíveis para a classificação olímpica. O calendário contava com provas como o Tour de San Luis, na Argentina, o Campeonato Pan-Americano, no México, e os Jogos Pan-Americanos, em Toronto, mas deixava em segundo plano o Mundial, tendo em vista que o histórico brasileiro nas últimas edições da competição não foi suficiente para somar pontos no ranking internacional."

Com a decisão, atletas como Clemilda Fernandes, Janildes Fernandes, Flávia Oliveira e Ana Paula Polegatch não puderam ir para o Mundial. "A decisão foi tomada em conjunto com os atletas, já que os Jogos Mundiais Militares é a competição mais importante para um esportista militar. Durante esta semana, a equipe brasileira de ciclismo militar se concentra em Guaratinguetá (SP) para aulas de estratégia de equipe, inglês e adaptação ao fuso horário da Coreia do Sul", declarou a FAB em nota.

Apesar de resultados não muito animadores nos outros anos no Mundial, Flávia Oliveira tem sido o destaque brasileiro no ciclismo de estrada na temporada. Ela conquistou o sétimo lugar no Giro da Itália deste ano e foi a campeã de montanha na competição. Nos dois últimos Mundiais, ela teve bons resultados, ficando sempre entre as 25 mais bem colocadas.

Apesar da decisão de priorizar o Mundial Militar em detrimento da competição em Richmond, a CBC garante que tem como meta ampliar o número de mulheres no Rio. "A confederação vai organizar três grandes eventos do ranking UCI (União Ciclística Internacional) em novembro no Brasil, mantendo sempre o foco na classificação para os Jogos do Rio, em 2016", comentou Ana Claudia.

As ciclistas farão parte de um grupo de 286 atletas que vão representar o País nos 6.º Jogos Mundiais Militares. No Pan de Toronto, por exemplo, também houve uma polêmica quando os esportistas que recebem dinheiro das Forças Armadas passaram a fazer o gesto de continência no pódio. O caso ganhou grande repercussão.

Em alusão ao Dia Mundial Sem Carro, ciclistas preparam um pedalaço pelo Recife. Destacando o grande espaço que os carros ocupam nas vias, e como isso contribui para os congestionamentos, os ciclistas vão montar uma estrutura de bambu nas magrelas que representa o tamanho do espaço ocupado pelos automóveis.

Seis integrantes da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) vão sair às 16h da Praça Parque Amorim, no bairro da Boa Vista, na zona central do Recife, rumo à zona norte. O objetivo do grupo é passar na Avenida Rosa e Silva, no bairro das Graças, no horário de trânsito, já que a via é conhecida pelos engarrafamentos.

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Um dos grandes nomes do ciclismo na atualidade, o suíço Fabian Cancellara está fora do Mundial de Ciclismo de Pista, que será realizado entre 19 e 27 de setembro em Richmond (Estados Unidos). O veterano, de 34 anos, disse que não está disposto o suficiente e não irá mais competir nesta temporada.

Cancellara tem sete medalhas em Mundiais nas provas de contrarrelógio, tendo ganhado o ouro nas edições de 2006, 2007, 2009 e 2010 e o bronze em 2005, 2011 e 2013. No ano passado, não participou da prova vencida pelo astro britânico Bradley Wiggins, dono de quatro medalhas de ouro olímpicas.

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O suíço, por sua vez, ganhou o ouro no contrarrelógio e a prata na prova de resistência dos Jogos de Pequim, em 2008. Cancellara liderava a Volta da França deste ano quando sofreu uma queda e fraturou duas vértebras. Também não completou a Volta da Espanha, por problemas estomacais.

"Fisicamente provavelmente poderia competir no Mundial, mas é a mente que controla o corpo e não tenho a disposição para voltar a competir depois da montanha russa que foi essa temporada", explicou.

Utilizando a camiseta amarela destinada ao líder, o britânico Chris Froome conquistou neste domingo (26) o seu segundo título da Volta da França nos últimos três anos ao concluir a última etapa em ritmo de passeio em Paris, encerrando uma disputa de três semanas da mais tradicional prova do ciclismo mundial, em que travou uma luta acirrada com o colombiano Nairo Quintana, o vice-campeão, no último sábado pela liderança da classificação geral.

Aplaudido na Champs-Elysées ao término da 21ª etapa, Froome assegurou o terceiro título da Grã-Bretanha em 112 de anos de existência da prova, repetindo a conquista de 2013 da Volta da França. Assim como ocorreu naquela oportunidade, Quintana foi o vice-campeão, mas agora com uma desvantagem de apenas 1min12 - há dois anos, a margem foi de 4min20.

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O espanhol Alejandro Valverde, companheiro de Quintana na equipe Movistar, foi o terceiro colocado, subindo pela primeira vez ao pódio da Volta da França - ele havia ficado em quarto lugar na edição de 2014. O italiano Vincenzo Nibali, que venceu a prova em 2014, dessa vez ficou na quarta posição, logo à frente do espanhol Alberto Contador.

A etapa deste domingo teve a sua largada na cidade de Sèvres e foi vencida pelo alemão Andre Greipel, que já havia triunfado em outros três estágios. Porém, para minimizar o risco de acidentes, os organizadores da Volta da França optaram por parar o relógio após os ciclistas completarem a primeira das dez voltas pelos arredores da Champs-Elysées.

Com isso, Froome comemorou a sua vitória antes mesmo de completar todo o percurso. E, ao final, ele e seus companheiros da Team Sky cruzaram a linha de chegada juntos, com os braços ao longo do ombros uns dos outros, com o dono da camisa amarela sorrindo ao meio.

Neste ano, Froome alcançou a liderança da Volta da França pela primeira vez após a disputa da terceira etapa. No estágio seguinte, o alemão Tony Martin assumiu a dianteira. Porém, o alemão deixou a disputa após a sétima etapa. O britânico, então, retomou a camiseta amarela e não a cedeu mais.

Além do título, Froome levou a camiseta branca de bolinhas vermelhas, destinada ao melhor montanhista da Volta da França. Quintana, principal concorrente do britânico na luta pelo título, ficou com a camisa branca, destinada ao melhor jovem ciclista, de menos de 25 anos.

A camiseta verde, dada ao competidor com mais pontos, acabou ficando com o eslovaco Peter Sagan, ainda que ele não tenha conseguido vencer sequer uma etapa desta edição da Volta da França, que consagrou Chris Froome como seu campeão.

Número 6 do ranking mundial, Renato Rezende decepcionou no Mundial de BMX, disputado neste sábado, em Zolder, em autódromo que no passado recebeu diversas vezes o GP da Bélgica de Fórmula 1. Mas não foi só ele a ir mal na competição. Nenhum brasileiro chegou sequer à semifinal, entre os 12 melhores.

Pela boa colocação no ranking, Renato não precisou participar das tomadas de tempo e entrou direto nas oitavas de final. Nesta etapa foram disputadas oito baterias com oito ciclistas cada uma. O brasileiro terminou em sétimo na sua série e não avançou - precisava ficar entre os quatro primeiros. Leonardo Cazé também ficou nesta etapa.

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Duas semanas depois das provas de BMX do Pan, todo mundo que foi bem em Toronto saiu-se mal na Bélgica. O medalhista de ouro Tory Nyhaug parou nas quartas do Mundial. Alfredo Campo (Equador) e Nicholas Long (EUA) ficaram nas oitavas de final. Anderson Ezequiel, quinto no Pan, nem avançou às baterias eliminatórias.

O resultado no Mundial é péssimo para o Brasil. Isso porque, para ter direito a um segundo atleta na Olimpíada, o País precisa ficar entre o quinto e o sétimo lugar do ranking de nações. Atualmente ocupa a nona colocação e tende a cair.

Desclassificado na final do Pan, o colombiano Carlos Zabala foi o melhor do continente no Mundial, em quarto. A Holanda fez ouro e prata, com Niek Kimmann e Julie van Gorkom. David Graf faturou o bronze para a Suíça.

MULHERES - No feminino, o Brasil não foi melhor. Bianca Quinalha (que não disputou o Pan) e Priscilla Carnaval ficaram na primeira fase eliminatória, de quartas de final. A venezuelana Stefany Hernandéz apenas oitava colocada no Pan, ganhou o ouro, seguida de Caroline Buchanan (Austrália) e Simone Christenses (Dinamarca).

Com esse resultado das brasileiras, passa a ficar muito difícil de alcançar uma segunda vaga na Olimpíada. O País é só o 14.º do ranking mundial e tem que chegar à sétima posição se quiser uma credencial extra. O resultado do Mundial não ajudará nesse sentido.

A um ano de organizar os Jogos Olímpicos e oito anos depois de ser sede dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil segue não tendo um velódromo coberto para desenvolver o ciclismo de pista. Mesmo assim, conquistou nesta quinta-feira uma medalha de bronze na prova masculina de velocidade por equipes no Pan de Toronto, encerrando um jejum de 20 anos sem ir ao pódio na disciplina.

De Mar del Plata (1995) para cá, o ciclismo de pista do Brasil foi se apequenando, até que a União Ciclística Internacional (UCI) resolveu intervir e levou alguns atletas para treinar no seu centro de formação, na Suíça. Entre eles, os três medalhistas de bronze desta quinta-feira: Flávio Cipriano, Kacio Freitas e Hugo Osteti - este último competia no BMX até o ano passado. O trio, terceiro mais rápido da fase de classificação, deixou a Colômbia para trás na decisão do bronze.

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Graças à evolução apresentada por eles e por Gideoni Monteiro - ex-atleta de estrada, que também foi treinar na Suíça -, o Brasil conseguiu pela primeira vez vaga para disputar etapas da Copa do Mundo da modalidade, na temporada passada. No Campeonato Pan-Americano, no fim do ano passado, ganhou duas medalhas.

Assim, passou a sonhar com uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio. Afinal, o ciclismo de pista é a única modalidade no qual não existe a menor possibilidade de o país sede ganhar convite. Hoje, o Brasil tem chances na prova individual de velocidade e no Omnium, com Gideoni.

Quem treina no Brasil não tem um local adequado para evoluir. Os poucos velódromos existentes são de concreto ou cimento, descobertos (e por isso suscetíveis a vento e precipitações) e a maioria não conta com iluminação. Os principais ficam em Americana (SP), Caieiras (SP), Maringá (PR) e Curitiba (PR). A primeira parte de um velódromo construído em Indaiatuba (SP), pelo governo federal, foi entregue no fim do ano passado.

O velódromo do Rio, vale lembrar, foi desmontado em 2013, depois de seis anos subutilizado. Ele não poderia ser sede das competições olímpicas por falhas de engenharia. Já o velódromo construído para o Pan de 1963, em São Paulo, na USP, vinha sendo utilizado para festas universitárias, sem menor condição de uso por ciclistas.

Com cinco medalhas, sendo apenas uma de ouro, o Brasil está se acostumando a ficar no quase nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Neste domingo (12), isso aconteceu mais uma vez, agora na disputa feminina do ciclismo mountain bike. Raiza Goulão foi a quinta colocada, seguida de Isabella Lacerda, em sexto.

No primeiro dia de disputas de medalhas, o Brasil ficou no quase, com o quarto lugar em cinco disputas: no nado sincronizado por duetos e equipes, com Cesar Castro no trampolim dos saltos ornamentais, com Anderson Ezequiel no BMX masculino e Priscila Carnaval no feminino.

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No mountain bike, as brasileiras não eram favoritas, mas chegaram a Toronto com reais possibilidades de subirem ao pódio. O ouro, entretanto, acabou com a canadense Emily Batty, seguida de perto pela compatriota Catharine Pendrel, ambas Top 10 do mundo. Mais de cinco minutos depois chegou a norte-americana Erin Huck. As brasileiras ainda ficaram atrás da mexicana Daniela Campuzano.

Raiza, 26.ª do ranking mundial, completou a prova em 1h35min17. Isabella, que está três posições abaixo no ranking, fechou em 1h35min46, a pouco mais de três minutos da medalhista de bronze.

Pensando nos Jogos Olímpicos do Rio, o resultado não é ruim. Afinal, com os pontos obtidos em Toronto, o Brasil deve subir da 12.ª colocação do ranking de nações. Para ter duas ciclistas na próxima Olimpíada, o País precisa atingir o oitavo lugar.

Ainda neste domingo, às 15h05 de Brasília, acontece a prova masculina de mountain bike no Pan. O Brasil, que não ganhou nenhuma medalha no ciclismo em Guadalajara, compete com Rubinho Valeriano e Luis Cocucci.

Os brasileiros tiveram resultados modestos no primeiro dia de competições do BMX nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, na prova contrarrelógio, que vale apenas como classificação para definir a posição de largada e os adversários das baterias. "Tive alguns erros e a estratégia inicial era ficar entre os oito melhores", explicou Renato Rezende, o mais experiente do grupo.

Ele ficou em sétimo no geral, melhorando um pouco sua classificação na Super Final, enquanto Ezequiel Souza foi sexto. No feminino, Priscila Carnaval ficou na oitava posição enquanto Thaynara Morosini foi 11ª. "O mais importante é ter pernas para amanhã. Estou bem confiante, mas sei que tudo pode acontecer, comentou Renatinho.

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O ciclista se refere à possibilidade de quedas. Diferentemente da competição desta sexta-feira, no sábado os atletas vão disputar as baterias em grupos, ou seja, existe grande possibilidade de acidentes e eles mudam drasticamente a disputa, deixando às vezes favoritos para trás e abrindo caminho para azarões.

No feminino, Thaynara não gostou muito do tempo que fez, mas acha que na competição valendo medalha a situação pode ser diferente. "Tivemos dois dias de treino antes da competição, mas eu só pude praticar em um porque vim para Toronto lesionada e não queria agravar a contusão", contou.

A atleta ainda tenta se recuperar emocionalmente da grave queda que teve há quase um ano, quando trincou uma vértebra da coluna e quase ficou paraplégica. "Eu achei que nunca mais iria andar. Mas me recuperei e estou aqui. De qualquer forma, acho que o psicológico ainda está um pouco travado", disse.

Neste sábado, a partir das 15h05 (horário de Brasília), todos voltam à pista em competição que vale medalhas. Os homens vão disputar as baterias de quartas de final e, se ficarem entre os melhores, vão para semifinal e depois final. Já as mulheres, em menor número no Pan, entram direto na fase semifinal. "Amanhã vale a medalha e eu quero ficar entre as três primeiras", concluiu Thaynara.

O ciclista alemão Tony Martin venceu nesta terça-feira a quarta etapa da Volta da França e assumiu a liderança da classificação geral da prova no momento em que ela entra no território francês. Para isso, se aproveitou da adoção de um estilo seguro pelo britânico Chris Froome e seus principais rivais, que evitaram correr riscos nos traiçoeiros trechos com paralelepípedos.

Martin, que estava um segundo atrás de Froome na classificação antes do começo da quarta etapa, escapou do grupo do britânico quando faltavam cerca de três quilômetros para o fim da disputa. Froome e outros competidores o deixaram escapar, confiando que Martin não é um dos candidatos ao título.

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O italiano Vincenzo Nibali, atual campeão da Volta da França, encaminhou o seu triunfo no ano passado com um desempenho brilhante nas pedras escorregadias, tentou fustigar Froome, mas não teve sucesso.

A quarta etapa da mais tradicional prova do ciclismo mundial teve um percurso de 223,5 quilômetros entre a cidade belga de Seraing e Cambrai, no norte da França, o que levou a disputa a enfim entrar no território do país.

Dono de uma medalha de prata conquistada na Olimpíada de Londres, em 2012, Tony Martin contou com o trabalho de equipe para cruzar a linha de chegada em primeiro lugar, com um tempo total de 5h28min58. Três segundos depois, vieram mais 34 competidores. O também alemão John Degenkolb foi o segundo colocado, à frente do eslovaco Peter Sagan.

Nesse mesmo segundo, ficaram três dos candidatos ao título da Volta da França: Nibali, o 15º colocado, Froome, o 17º, e o espanhol Alberto Contador, na 19ª colocação.

Na classificação geral, Martin ocupa o primeiro lugar com um tempo total de 12h40min26 e 12 segundos de vantagem para Froome, o vice-líder. Já o norte-americano Tejay van Garderen é o terceiro colocado, a 25 segundos do líder. Por sua vez, Contador está na oitava posição, a 48 segundos de Martin, enquanto Nibali é o 13º, com uma desvantagem de 1min50 para o primeiro colocado.

A camiseta verde, destinada ao ciclista com mais pontos, está com o alemão André Greipel, com 84. O espanhol Joaquim Rodríguez segue sendo o detentor da camisa branca com bolinhas vermelhas, usada pelo melhor montanhista. Já a camiseta branca, dada ao melhor jovem, continua com o eslovaco Peter Sagan.

A Volta da França prossegue nesta quarta-feira com a realização da quinta etapa. A disputa será em um trecho plano de 189,5 quilômetros entre Arras Communauté Urbaine e Amiens Metrópole.

O australiano Rohan Dennis será o primeiro ciclista a vestir a tradicional camisa amarela da Volta da França de 2015. Ele assumiu a liderança da classificação geral ao vencer a etapa de abertura da tradicional prova, neste sábado, na cidade holandesa de Utrecht. O atleta da Austrália faturou a vitória com direito a recorde de velocidade.

Ele completou a curta prova de contrarrelógio em 14min56s. No trecho de 13,8 quilômetros, os ciclistas enfrentaram forte calor e um pouco de vento ao atravessarem a área urbana da plana cidade de Utrecht.

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Para buscar o triunfo, Dennis deixou para trás especialistas em contrarrelógio, como o alemão Tony Martin, que ficou em segundo lugar, cinco segundos atrás do australiano, e o suíço Fabian Cancellara, com desvantagem de seis segundos.

Além do triunfo, Dennis comemorou o recorde de velocidade obtido na etapa, ao marcar a média de 55,4 km/h. "Eu não esperava ser tão rápido. Foi um caminho difícil até o fim e só estava pensando '16 minutos, 16 minutos', levando em conta o que eu tinha feito nos treinos. E, no fim, ganhei este 'bônus", festejou o australiano.

Os favoritos ao título da Volta da França tiveram performance discreta neste início de competição. O atual campeão Vincenzo Nibali, da Itália, foi apenas o 22º colocado, a 43 segundos do vencedor desta etapa.

O britânico Chris Froome, campeão da edição 2013 da prova, foi o 39º, enquanto o espanhol Alberto Contador, dono de dois títulos na França, foi o 46º. O colombiano Nairo Quintana, outro candidato ao título deste ano, foi o 57º colocado.

Neste domingo, Rohan Dennis vai vestir a camisa amarela para liderar os ciclistas na segunda etapa da prova, o trecho de 166 quilômetros entre Utrecht e Zélande, na fronteira com a Bélgica.

A Le Tour de France, principal evento ciclístico mundial, terá uma etapa no Recife em 2016. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (6), em São Paulo, durante a coletiva de imprensa sobre a chegada da prova ao Brasil, que este ano acontecerá em São Paulo. O evento será em parceria com a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado e a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, juntamente com os organizadores da prova. 

Recife, primeira capital do Norte/Nordeste a receber o evento, terá todo o trajeto asfaltado e uma pista 100% fechada para a corrida. “A Tour de France permite que atletas amadores vivenciem a experiência de participar de uma grande prova de ciclismo mundial. É o maior evento esportivo anual do ciclismo no mundo e vamos colocar Pernambuco na rota dos grandes eventos esportivos internacionais. Além da importância de entrarmos no calendário de uma competição desse porte, também temos que ressaltar os ganhos no turismo e na movimentação econômica para a população”, afirmou secretário Felipe Carreras.

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A prova Le Tour de France tem 112 anos de história e começou em 1903 com 60 participantes num trajeto de 2,5 km. As etapas do evento surgiram quando os ciclistas amadores começaram a também querer participar. Então, a partir de 1993, a L’Étape du Tour foi criada para oferecer aos atletas que não são profissionais a vivência de um grande evento.

Além da prova, serão realizadas aulas de ciclismo, palestras em escolas e promoção da cultura local.  “Essas outras atividades também podem ajudar a fortalecer a imagem de Pernambuco e, principalmente, deixar um legado não só para o esporte, mas à economia, ao turismo e ao lazer”, finalizou o secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Estado.

 

Os dirigentes do mundo do ciclismo abafaram casos de doping no esporte e protegeram o ex-ciclista Lance Armstrong por anos, chegando até mesmo a receber dinheiro do ex-campeão. Se não bastasse, a "cultura" do doping continua a imperar e, em certos eventos, até 90% dos atletas estariam dopados.

As acusações fazem parte de um relatório publicado pela União Ciclística Internacional (UCI), que, depois de um ano de investigação, admitiu que sua própria direção escondeu o tamanho do escândalo temendo que o esporte perdesse popularidade e patrocinadores.

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O documento de mais de 200 páginas foi considerado uma bomba no mundo do esporte, revelando que se oficialmente entidades declararam há anos guerra contra o doping, a realidade é que dezenas de casos são camuflados. O documento também mostra a relação "incestuosa" entre atletas e dirigentes que os deveriam controlar.

No centro dos ataques estão os ex-presidentes da entidade, Hein Verbruggen e Pat McQuaid. Nenhum dos dois foi acusado de corrupção, mas de terem fechado os olhos diante dos problemas.

O informe que custou 3 milhões de euros foi liderado pelo ex-procurador suíço Dick Marty, que também investigou os abusos de direitos humanos na Guerra do Iraque. Outro nome envolvido na investigação foi Peter Nicholson, um jurista australiano que dedicou sua vida a investigar crimes de guerra. Hoje, o documento dos especialistas escancara a dimensão dos problemas que o esporte enfrenta.

Segundo o documento, as estratégias usadas por atletas para escapar dos controles incluía o consumo diário de micro-porções de produtos, o que evitaria que fossem pegos nos testes. O consumo seria realizado no início da noite, já que as regras estipulam que os testes, mesmo de surpresa, não podem acontecer durante a noite.

De acordo com a investigação, os dirigentes do ciclismo apenas começaram a testar atletas pelo uso da droga EPO em 2000, anos depois que ela já estava instalada no esporte e que gerava um aumento de desempenho de até 15%.

Outra denúncia se refere à manipulação de passaportes biológicos, que teriam a função de monitorar os níveis de sangue dos ciclistas. O informe ainda aponta que exceções médicas têm sido abusadas por parte de equipes.

Mas o maior ataque é mesmo contra UCI e contra dirigentes que "toleraram" e permitiram que ciclistas se dopassem.

ARMSTRONG - Um dos pontos mais reveladores foi a forma pela qual a UCI blindou Armstrong, vencedor em sete ocasiões da Volta da França. Em 1999, o americano foi pego em um teste de doping, mas a entidade permitiu que seus médicos apresentassem uma receita de remédio datada depois do flagra.

McQuaid ainda teria autorizado que Armstrong competisse em diversos eventos, mesmo sob suspeita. Segundo o resultado da investigação, a entidade o "protegeu", mesmo existindo "fortes motivos para suspeitar". "Sair em busca de que quem se dopava era visto como caça às bruxas e que seria negativo para a imagem do esporte", indicou o informe.

De acordo ainda com a investigação, a UCI via Armstrong como um "instrumento de marketing" para o esporte. Vitorioso e tendo superado um câncer, ele "ele era um pop star, que faria o ciclismo mais popular". "Lance Armstrong chegou no momento certo", declarou um dos entrevistados ao grupo de investigadores, se referindo ao fato de que o mundo do ciclismo tentava se recuperar do escândalo do doping em 1998.

A relação entre o atleta e a UCI era de tal proporção que, em 2006, os advogados de Armstrong ajudaram a entidade a redigir um relatório que transferia a culpa por doping do ciclista ao laboratório que conduziu os testes.

A UCI ainda pediu e recebeu duas contribuições financeiras de Armstrong e o ciclista ainda investiu no desenvolvimento de um instrumento para ajudar a entidade a realizar testes antidoping.

Verbruggen, um dos ex-presidente atacados pelo informe, respondeu às conclusões do relatório insistindo que ele foi absolvido de qualquer ato de corrupção. "É fácil reescrever a história 25 anos depois", atacou.

Já Armstrong indicou que espera que sua colaboração com os autores do informe reduza sua pena, que prevê uma proibição vitalícia a qualquer envolvimento no esporte.

O problema, segundo alguns dos especialistas consultados pelos grupo que elaborou o informe, é que o doping não está nem perto de acabar. O documento revela que, em alguns eventos, até 90% dos atletas de primeira linha poderiam ainda estar dopados.

O informe lista dezenas de produtos e métodos de doping que estariam sendo usados. Para deixar a situação ainda mais crítica, o preço dessas substâncias seria cada vez mais baixo, inclusive com um número cada vez maior de médicos envolvidos em esquemas de fornecimento.

"Está claro que a UCI sofreu de forma severa de falta de governança no passado", declarou Brian Cookson, presidente da entidade desde 2013 e que encomendou a investigação.

Entre as propostas de reforma, o grupo sugere que corridas tenham farmácias centralizadas, que o sindicato de ciclistas seja fortalecido e que haja uma proteção a quem queira fazer denúncias, além de testes antidoping no meio da noite.

O brasileiro Gideoni Monteiro terminou em 15º lugar na disputa do Omninum no Mundial de Ciclismo de Pista, que está sendo realizado na França, na cidade de Saint-Quentin-en-Yvelines. Já a medalha de ouro acabou sendo conquistada pelo colombiano Fernando Gaviria.

Assim, Gideoni piorou o seu resultado em comparação com o primeiro dia de competições, pois fechou a sexta-feira na oitava colocação no Omnium. O brasileiro estreou com o nono lugar na prova de Scratch. Na sequência, Gideoni foi o quinto melhor na Perseguição Individual. Depois, garantiu a décima colocação na prova de Eliminação.

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Neste sábado, Gideoni participou de mais três provas. Dessa vez, Gideoni foi o 17º no Contra-Relógio de 1 Quilômetro, o 19º na Flying Lap e o 12º na Prova por Pontos. Com isso, encerrou a disputa do Omnium com 112 pontos e em 15º lugar na classificação final.

Já o colombiano Fernando Gaviria garantiu a medalha de ouro com 205 pontos. O pódio do Omnium foi completado pelo australiano Glenn O'Shea, o segundo colocado, com 190 pontos, e pelo italiano Elia Viviani, o terceiro, com 181 pontos.

Outro brasileiro a competir neste sábado na França, Flávio Cipriano foi eliminado na fase de classificação da prova de velocidade ao ficar apenas na 32ª colocação.

Em 29 de junho de 2003, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a decisão de incluir o ciclismo BMX no programa olímpico a partir dos Jogos de Pequim/2008. Passados 4.605 dias desde então, os atletas brasileiros da modalidade seguem sem ter nenhum local no País para treinar. Faltando 547 dias para os Jogos do Rio/2016, o Brasil não tem nenhuma pista de BMX Supercross.

Atualmente, duas estão em construção, de acordo com o Ministério do Esporte: a que será utilizada nos Jogos do Rio/2016, em Deodoro, no Rio, e uma no Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza (CE). Enquanto isso, aquela que era para ser a primeira do País, ainda parece longe de sair do papel.

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Isso porque a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) faz questão de ter uma pista em Londrina (PR), onde fica sua sede. Em 2010, a prefeitura local e o Ministério do Esporte firmaram o primeiro convênio para a construção de uma pista, no valor de R$ 341 mil. Problemas das mais diversas ordens, entretanto, atrasaram a obra em mais de três anos.

Os planos, então, mudaram. Em novembro de 2013, um novo convênio foi assinado com a promessa de entregar o agora Centro de Treinamento do BMX em maio de 2014, a tempo de realizar ali o Campeonato Pan-Americano - o evento entrou no calendário da União Ciclística Internacional (UCI). Passados 14 meses, nenhum saco de areia foi deslocado - o Pan acabou sendo realizado no Equador.

De acordo com o governo, R$ 621 mil já estão na conta da prefeitura de Londrina, mas o órgão municipal ainda não começou a obra - que deve levar 120 dias para ficar pronta. "Nós já publicamos várias licitações, no fim do ano passado acho que foi a quarta. Mudamos o preço, mas todas as concorrências ficaram desertas", explicou Márcia de Souza Uwai, gerente de orçamento do Departamento de Obras de Londrina.

O orçamento de pouco mais de R$ 1 milhão não atrai grandes empreiteiras, enquanto as construtoras médias e pequenas do norte do Paraná não têm interesse em se arriscar em uma obra para a qual ninguém tem conhecimento técnico. Atualmente, segundo Uwai, a prefeitura estuda mudar o regime de contratação, dispensando licitação, mas ainda não encontrou quem se interesse. O ministério, entretanto, garante que a licitação já foi realizada e que a obra deve ser concluída este ano.

A confederação, maior interessada que a obra fique pronta logo, minimiza o problema e diz que "não existem prejuízos técnicos" pela falta de uma pista de BMX no País. A entidade chega a afirmar que o "O Brasil conta hoje com diversas pistas para a prática do BMX", fazendo referência às pistas de bicicross, populares especialmente no interior de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

As diferenças entre o bicicross e o supercross, porém, são enormes e vão desde a velocidade (25% maior), até a altura do gate de largada (60% mais alto), passando pelo cumprimento do percurso e pelo nível de dificuldade dos obstáculos. Não à toa, os atletas traçam um paralelo entre tênis e tênis de mesa quando comparam BMX e bicicross.

A falta de pistas no País fecha a porta para que novos atletas busquem espaço, como confirma a CBC. "Os atletas do alto rendimento que necessitam treinar e competir em uma pista de supercross estão sendo contemplados no projeto de intercâmbio da CBC e estão podendo utilizar toda a estrutura necessária utilizada nos principais centros mundiais de treinamentos". Para a entidade, só quatro atletas do País precisam treinar e competir em uma pista de supercross, ainda que todos os eventos do calendário mundial sejam realizados em circuitos deste tipo.

Nesta semana, três atletas da seleção se uniram a Renato Rezende em Chula Vista, nos Estados Unidos, onde o principal ciclista do País já mora desde o ano passado. Os quatro, acompanhados de técnico, fisioterapeuta e mecânico, ficarão todo o primeiro semestre lá. Quem fica no Brasil, entretanto, não tem, nem de longe, a mesma estrutura. O próprio Renato admite que sua carreira mudou da água para o vinho quando teve a oportunidade de treinar em pistas de BMX, primeiro na Suíça (na sede da UCI), depois na Argentina (onde ele se preparou para os Jogos de Londres).

O Ministério do Esporte faz questão de destacar que, apesar dos problemas em Londrina, outras duas obras devem ser entregues ainda em 2015 - doze anos depois de o BMX se tornar olímpico, portanto. A pista de Fortaleza deve ficar pronta no primeiro semestre e a da Deodoro deve ser usada para um evento-teste na segunda metade do ano.

O ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, banido do esporte após admitir ter feito uso sistematicamente de doping, afirma que, se pudesse voltar no tempo até 1995, quando iniciou sua carreira, "provavelmente" se doparia novamente. Segundo ele, naquela época o doping era "generalizado".

"Se tivesse que competir em 2015, não, não faria outra vez, porque creio que não seja necessário. Mas se voltássemos a 1995, quando o doping estava completamente generalizado, provavelmente voltaria a fazê-lo", admitiu Armstrong, em entrevista à BBC, emissora de TV britânica.

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Dois anos depois da famosa entrevista à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, Armstrong diz tomou a decisão errada ao se dopar. "Quando eu tomei aquele decisão, quando minha equipe tomou aquela decisão, quando o pelotão inteiro, tomou aquela decisão, foi uma decisão ruim e em uma hora ruim", disse. "Mas isso aconteceu. E eu sei o que aconteceu por causa disso. Eu sei o que aconteceu com o esporte, eu vi seu crescimento."

Seis vezes campeão da Volta da França entre 1999 e 2005, títulos retirados depois da confirmação do doping, Lance Armstrong diz que se sente campeão até hoje. "Eu acho que tem que haver um vencedor. Estou dizendo como fã. Eu não acho que isso seja simpático, mas eu me sinto como campeão daqueles 'Tours'", contou.

Armstrong conviveu por anos com a suspeita de uso de doping por parte dele, mas nunca foi flagrado em nenhum exame antidoping e sempre negou o uso de substâncias proibidas. Entretanto, em janeiro de 2013 resolveu confessar que fraudou o esporte durante a maior parte de sua carreira, justificando que essa prática era comum no ciclismo. Com a confissão, perdeu títulos, patrocinadores e o status de maior ciclista de todos os tempos.

A confissão ocorreu depois de a Agência Antidoping dos Estados Unidos publicar um extenso relatório em que apontava que o astro se dopou durante a sua carreira, declarando que ele foi o responsável pelo "mais sofisticado, profissional e bem-sucedido programa de doping já visto no esporte".

As belezas naturais do Rio de Janeiro ajudaram a cidade a ser escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. E nada mais normal que os atletas tenham a oportunidade de desfrutar dessas paisagens principalmente nas provas a céu aberto. Pensando nisso, foi divulgado o trajeto das provas de ciclismo de estrada do Rio/2016, com largada e chegada no Aterro do Flamengo e roteiro que inclui a Floresta da Tijuca e pedaladas pela orla até a Barra.

O ciclismo de estrada olímpico tem duas provas em cada naipe. A mais aguardada sempre é a de resistência, que no Rio vai ter 256,4 quilômetros para os homens e 130,3 quilômetros para as mulheres. O trajeto começa no Aterro, passa por Botafogo, Copacabana, Ipanema, Floresta da Tijuca, Vista Chinesa, São Conrado e Barra da Tijuca até chegar ao Circuito de Grumari, na Zona Oeste. Lá começa o caminho de volta até o Aterro.

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A principal diferença da prova masculina para a feminina é o número de volta nos circuitos mais duros. No chamado Circuito das Canoas, na Floresta da Tijuca, que inclui uma das vistas mais bonitas do Rio na Vista Chinesa, serão três voltas para os homens e uma para as mulheres.

Depois, em Grumari, mais um circuito complicado, com direito a 2 quilômetros em paralelepípedo e subida de 2,1 quilômetros 4,5% de inclinação. Naquela região, mais a Oeste do que o Recreio dos Bandeirantes, serão quatro voltas para os homens e apenas uma para as mulheres.

Também em Grumari vai acontecer a prova contrarrelógico, com percurso de 29,8 quilômetros para os homens e o dobro disso para as mulheres, tendo largada e chegada na praça Tim Maia, na praia do Pontal.

"A prova de estrada combina alguns dos cenários mais icônicos do Rio de Janeiro, como Copacabana e Ipanema, com alguns trechos bastante desafiadores, como o Circuito de Grumari, que também terá a topografia difícil da área testada no contrarrelógio", comentou Brian Cookson, presidente da UCI (União Ciclística Internacional).

Um dos mais importantes recordes do esporte foi derrubado nesta quinta-feira, em Aigle, na Suíça. O austríaco Matthias Brandle pedalou durante 51,850 quilômetros para ser o novo recordista da hora do ciclismo. O feito foi alcançado no velódromo localizado dentro da sede da União Ciclística Internacional (UCI).

Até esta quinta-feira, o recordista mundial era o alemão Jens Voigt, que assumiu a liderança histórica no último dia 18 de setembro, percorrendo 51,115 quilômetros no velódromo de Grenchen, também na Suíça. Até este ano, o recorde não era quebrado desde 2005. Brandle e Voigt superaram, dentro das normas da UCI, a marca de 50 quilômetros.

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Matthias Brandle é um atleta de ciclismo de estrada - tem, portanto, maior resistência que atletas de pista. Neste ano, foi quinto colocado na Volta da Bélgica competindo pela equipe suíça IAM Cycling.

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