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Em uma sociedade que inflige uma padronização compulsória das vivências, ser diferente (das mais diversas formas) é uma luta diária. O esforço para manter-se fiel às próprias convicções e contradições é o motor do espetáculo “Nove tentativas de não sucumbir”, nova criação da Cia Devir, que estreia dia 7 de junho, no Teatro Hermilo Borba Filho. Através do circo contemporâneo, a dupla pernambucana formada por João Lucas Cavalcanti e Vitor Lima, sob a direção do francês Jean-Michel Guy, constrói uma obra pulsante sobre como a inadequação atravessa nossos corpos e molda nossas experiências, seja no desejo de fazer parte ou de rejeitar o sistema, assumindo a originalidade como forma de existência.

“Nove tentativas de não sucumbir” é uma peça (termo que tomaram emprestado do teatro) de trapézio. Essa definição revela a maneira multidisciplinar com a qual a Cia Devir desenvolve seus processos e evidencia a forma como os artistas tecem a dramaturgia física e poética da obra. Nela, eles utilizam o trapézio de formas criativas e inusitadas, explorando diferentes alturas, da mais alta permitida pelo espaço cênico até muito próximo do chão, para estudar como seus corpos e movimentos se comportam (e se desorganizam e reorganizam). Em cena, os pernambucanos discorrem, poeticamente, sobre os sentimentos de inadequação, de rejeição social, e também de autoafirmação, de reconhecimento e empoderamento.

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A ideia do projeto surgiu em 2016 mas, ao longo dos últimos anos, João Lucas e Vitor enveredaram por diferentes projetos, entre eles um período de formação na Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, idealizaram projetos que entrecruzavam diferentes linguagens e capitanearam ações de fomento ao circo, entre eles a abertura da sede da companhia, no Recife. Para auxiliar na construção do trabalho, os artistas convidaram o diretor francês Jean-Michel Guy, uma das maiores referências do circo contemporâneo no mundo, com quem estabeleceram uma instigante dinâmica de trocas poéticas e técnicas. 

“Enquanto companhia, sempre tivemos essa inquietação de nos expressar através da linguagem circense, mas para dizer coisas que vão além dela mesmo, do movimento em si, o que,  tradicionalmente, não acontece no circo. Foi ótimo trabalhar com Jean-Michel porque ele nos ajuda a colocar no físico as imagens dos temas que queremos trabalhar, respeitando também a nossa forma de criar. Ele traz um universo de ideias, tanto no campo racional quanto na perspectiva das metáforas. É muito intenso e também de expansão do nosso olhar”, explica João Lucas.

Primeira experiência da companhia com um diretor externo (os trabalhos anteriores foram supervisionados pelos próprios intérpretes), o espetáculo traz novos procedimentos artísticos e técnicos para a Devir, sem perder de vista a pesquisa e a poética da dupla. O processo sofreu interrupções por conta da pandemia de Covid-19 e só no início de 2023 foi retomado presencialmente, ganhando novos contornos. 

“Para mim, o sentido de um espetáculo de circo só se revela realmente pouco antes da estreia e procede sempre do corpo, da invenção de gestos inéditos: o corpo de um artista de circo é sempre, em si, narrativo e portador de drama. Me interessa entender o que os corpos, sujeitos a restrições técnicas interessantes, e com a ajuda de palavras-chave ou imagens, já estão dizendo por si mesmos. E foi isso que aconteceu: o simples fato de mudar a altura do trapézio sugere um caminho de ascensão, um arranque progressivo das contingências terrestres, e daí, o tema da inadequação social, sempre em segundo plano, tornou-se o esforço artístico para escapar das normas, a busca do significado e da beleza livre”, aponta o diretor Jean-Michel Guy. 

O repertório de Jean-Michel Guy, integrante do júri do Circus Next, plataforma europeia que mapeia iniciativas inovadoras no circo, também evidenciou para a dupla a importância do tempo para a criação artística. Se na França, país que mais investe no circo contemporâneo, é comum que artistas se dediquem por cerca de três anos à criação de um espetáculo, no Brasil, com a pouca atenção à área, o cenário é diferente, com pouco tempo e recursos para desenvolver as obras.

“A linguagem circense é baseada em técnicas físicas e, para trazer originalidade para cada obra, é necessário uma pesquisa minuciosa, com o objetivo de encontrar um vocabulário específico, criar universos através desses movimentos. É um processo de encontrar sentido, também fisicamente. O curto tempo para, de fato, conduzir o projeto e construir a dramaturgia física foi um dos desafios para materializar o espetáculo. Nosso desejo é que, no Brasil, o circo contemporâneo tenha mais espaço, estrutura e tempo, por entender que a linguagem necessita desse processo”, reforça Vitor Lima.

Para o diretor francês, a experiência com a Cia Devir foi igualmente instigante e deixou evidente o esforço dos brasileiros em criar um espetáculo pujante e robusto, a despeito de qualquer dificuldade.

“Vitor e João são pessoas que lutam com constância e tenacidade pela arte do circo, que não se deixam abater pelos obstáculos de todos os tipos que comprometem a inventividade artística no Brasil, e que, por outro lado, graças à sua formação intelectual anterior à sua aprendizagem do circo, são capazes de manejar os conceitos com alguma segurança”, afirma.

AÇÕES FORMATIVAS

Dentro do projeto e da sua missão de fomentar a formação em circo contemporâneo em Pernambuco, a Cia Devir oferece duas ações gratuitas com Jean-Michel Guy. No dia 5 de junho, às 19h30, na Aliança Francesa, acontece a palestra “História e estética do circo contemporâneo na Europa”. O artista francês também conduz a oficina “Exploração prática da responsabilidade dramatúrgica”, na sede da Cia Devir. Todas as atividades são gratuitas.

O espetáculo “Nove tentativas de não sucumbir” conta com o incentivo do Funcultura Geral 2018, apoio do Consulado Francês em Recife e parcerias da Aliança Francesa em Recife e do Centro Cultural Apolo-Hermilo.

SERVIÇO:

Palestra “História e estética do circo contemporâneo na Europa”, com Jean-Michel Guy

Quando: 5 de junho (segunda-feira), às 19h30

Local: Aliança Francesa Derby (Rua Amaro Bezerra, 466, Derby)

Entrada gratuita

Acessibilidade em Libras

 

Espetáculo “Nove tentativas de não sucumbir”, da Cia Devir

Quando: Dias 7, 8 (com audiodescrição), 15, 16 (com tradução em libras) e 18 de junho
Horário: às 19h30
Local: Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)

Gratuito, com distribuição dos ingressos 1h antes da apresentação


Oficina “Exploração prática da responsabilidade dramatúrgica”, com Jean-Michel Guy

Quando: Dias 10, das 17h às 20h, e 11 de junho, das 15h às 18h

Local: Espaço Devir (Rua Olga, 71, Encruzilhada).

Gratuito

Inscrições: no Instagram da Cia Devir (@CiaDevir), a partir de 31 de maio [vagas limitadas]

 

*Via assessoria de imprensa. 

A nona edição da Mostra de Circo do Recife acontece neste mês de setembro, entre os dias 26 e 30 e, para compor sua programação, está com inscrições abertas para aristas circenses interessados em participar. Palhaços, malabaristas, trapezisas e contorcionistes têm até o dia 14 de setembro para realizar sua inscrição. 

Cada proponente precisará entregar, em envelope lacrado, um CD com release, sinopse, ficha técnica e histórico do seu espetáculo. O material deve ser entregue na Casa do Carnaval, localizada no Pátio de São Pedro, das 9h às 17h. O edital, contrato e ficha de inscrição estão disponíveis no site da Secult. 

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Também poderão ser inscritos números, oficinas e intervenções, além de espetáculos inteiros. As propostas serão analisadas por uma comissão e o resultado divulgado no Diário Oficial do Município, no dia 20 de setembro. 

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O Sítio Trindade, equipamento cultural localizado na Zona Norte do Recife, está com inscrições abertas para uma oficina de malabares. As aulas serão ministradas por Ivo do Amaral, do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, pela manhã e tarde, até o mês de dezembro. A atividade é gratuita. 

Podem participar pessoas a partir dos 16 anos de idade. Nas aulas, os participantes aprenderão as técnicas do malabarismo e poderão desenvolver suas aptidões artísticas na área. As inscrições podem ser feitas no próprio Sítio, das 9h às 12h e das 13h às 17h. A oficina acontecerá nas terças e quintas, das 9h às 12h e das 14h às 17h. 

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Dando continuidade às oficinas de malabares, acrobacia, equilíbrio e balé clássico, o Circo Social UNINASSAU volta ao atendimento nesta quarta-feira (23) para 30 pessoas com Síndrome de Down ou deficiência intelectual. Durante dois meses, será formado um grupo com os participantes que apresentem maiores habilidades, objetivando montar números circenses para apresentações e divulgação da ação em outros espaços.

O projeto oferece apoio aos participantes e aos familiares, que contam com o acompanhamento de estudantes de psicologia da instituição de ensino. Atualmente, trabalham na equipe três circenses, uma professora de balé clássico, um assistente social e coordenadores de arte, pedagogia e geral, além de dois monitores. As ações do Circo Social ocorrem em todas as quartas e sextas-feiras, na Sala de Ginástica do Centro Superior de Tecnologia (CST) da UNINASSAU.

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"Nosso objetivo é ir além da promoção da cidadania e da reinserção do público em práticas como as das oficinas. Queremos mostrar que de fato todos nós somos aptos e podemos viver igualitariamente na sociedade, como indica a Constituição de 1988", declara Sérgio Murilo, coordenador de Responsabilidade do Instituto Ser Educacional.

História - O Circo Social UNINASSAU iniciou as atividades em 2014 com duração de quatro meses, contemplando 15 pessoas com Síndrome de Down e respectivos familiares. Devido ao sucesso das aulas, a Fundação Nacional das Artes condecorou as ações com o Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2013. Isto viabilizou a execução da turma atual, com uma meta de atendimento duas vezes maior do que no ano anterior.

“Um Dia de Circo na Praia - Uma Aventura Inusitada”. É com esse tema que a Escola Pernambucana de Circo (EPC) comemora os seus 19 anos. Neste sábado (29) e domingo (30), a instituição prepara várias atrações especiais para o público. A abertura inicia às 20h no sábado e no domingo a partir das 14h. Entre as brincadeiras programadas, estão bingo circense com prêmios, músicas, guloseimas e números circenses. A entrada é gratuita.

Durante o evento, a EPC lança também lançará a campanha Sócio-Doador. A instituição trabalha com o ensino da arte do circo através da metodologia da ‘Pedagogia do Circo Social’, com objetivo de contribuir na conscientização do exercício da cidadania de crianças, adolescentes e adultos de seis a 29 anos, do bairro da Macaxeira.

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Aniversário EPC

Sábado (29) e Domingo (30)

Av. José Américo de Almeida, nº 05, Macaxeira, Recife-PE.

 (81) 3266-0050 / 3034-3127

Um cenário de esperança e expectativa na Praça Ulisses Leon de Oliveira, no Bairro do Arruda -  Zona Norte do Recife. Com a lona erguida e o pequeno terreno demarcado, uma família circense de 34 pessoas, entre eles adultos e crianças, sobrevivem do ‘Circo Nauelinton’. Criado no ano de 1944, em Caruaru, Agreste do Estado, o circo possui integrantes que até hoje mantêm viva a dedicação de seus antepassados, alegrando milhares de crianças em comunidades carentes da Região Metropolitana.

Foi a partir de panos de sacos de açúcar e muita dificuldade que o pai de Iracema Ferreira da Silva, de 44 anos, ergueu o circo da família caruaruense. Segundo a matriarca, que tem sete filhos, a vida é seguir pelos bairros da região fazendo a alegria dos pequenos. “Não sabemos fazer outra coisa que não seja relacionada à vida circense. Nascemos, crescemos e vamos permanecer aqui, criando e educando nossos filhos e netos”, contou.

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Com semblante de contentamento, a senhora fala com convicção que não ver perspectiva de mudança e nem de um futuro diferente para a sua família. “Nossa realidade é essa que voe vê aqui. Já tentei sair do circo para estudar, quando tinha 12 anos, mas não consegui! Quem é do circo, vive e morre nele”, falou Iracema que só conseguiu cursar a quarta série do Ensino Fundamental. Com orgulho, ela apresenta um dos filhos.

Conhecido como o ‘Palhaço Pinga-Pinga’, Wellington Ferreira, de 28 anos, conta com orgulho como realiza o seu trabalho e diz motivado que a sua alegria é acesa com o sorriso das crianças carentes. “Eu faço de tudo! Sou palhaço e ainda faço vários números, como andar na corda, o chicote e o balão na escada”, enumera com satisfação o rapaz que trabalha desde os oito anos de idade com a mãe. Segundo o mesmo caminho, o seu filho de apenas sete anos o acompanha no número do palhaço.

Quando questionado se ele pensa em fazer outro tipo de atividade ou teria vontade se seguir outra profissão, ele fala com olhar perdido no tempo. “Acho que não dá mais tempo! Não sei e nem consigo pensar o que poderia fazer, mas nos ‘viramos nos 30’”, disse o palhaço que só estudou até a quarta série do ensino fundamental, possui seis filhos e casou já 12 vezes. Ainda de acordo com Ferreira, o seu filho o ajuda porque gosta e que ele não deixou a escola.

Além de encantar crianças, o circo também encanta adultos. Como foi o caso de Luana Katlyyn, de 23 anos. Residente do bairro de Maranguape II, em Paulista, a dançarina diz que decidiu seguir com o circo há três anos. “Depois que o meu marido foi preso, vi uma oportunidade de conhecer outros lugares, fazer o que gosto e ser muito feliz”, fala sorridente.

O circo que chegou à Região Metropolitana do Recife há cinco anos já percorreu Recife, Olinda e Paulista. Para manter todos os integrantes, o circo cobra por espetáculo valores de R$ 3 (criança); R$ 5 (adulto) e cadeira R$ 7.

Segundo Iracema da Silva a principal dificuldade é conseguir autorização da prefeitura para armar a lona. “Os fiscais implicam. Muitas vezes chegam a desmanchar tudo e tirar tudo que fizemos. Isso é muito triste. Só queremos trabalhar, sustentar nossa família e alegrar as crianças.”, argumentou a circense.  Quanto à sua estada no local, ela fala desmotivada. “Hoje estamos aqui, mas não sabemos até quando, a prefeitura já afirmou que não podemos ficar, mas precisamos trabalhar para ganhar o dinheiro para consertar o ônibus e para comprar comida”, concluiu.

Posicionamento da PCR - Em nota, a Secretaria Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon) informou que a área onde o circo foi instalado é uma praça e, por isso, considerada área pública. Segundo a Secon, os responsáveis pela estrutura não procuraram a 2ª Gerência Regional para autorizar a instalação e, só após a notificação dos fiscais, deram entrada na documentação. Por esse motivo, a situação está sendo analisada pelos técnicos da regional.

A 7ª edição do Festival Palco Giratório começou nesta sexta (03) e continua nesta terça (07), às 16h, com o espetáculo La Perseguida, apresentado na Praça do Campo Santo, no Bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

A peça La Perseguida foi criada a partir de números clássicos de grandes palhaços. A encenação conta a história do palhaço Rabito, que espera o grande amor da sua vida em meio a números de acrobacia, malabarismos e equilibrismo. O espetáculo acontece em meio ao improviso e é aberto ao público.

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O Palco Giratório segue até o dia 31 de maio com sessões de terça a domingo. Os ingressos custam R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Confira toda programação no site do evento.

Serviço

Espetáculo La Perseguida 

Terça (07), às 16h

Praça do Campo Santo (Santo Amaro)

Gratuito

Cerca de mil pessoas (entre vários curiosos) lotaram um dos pontos turísticos da cidade de Salvador, na Bahia, na tarde da última quarta-feira (2), para assistir a performance do artista circense venezuelano Henry Ayala Júnior.

Corajosamente, o artista de 32 anos realizou uma travessia que liga o Elevador Lacerda à Prefeitura de Salvador por um cabo suspenso a 72 metros do chão, e mais de 90 de distância.

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O artista, quinta geração de família circense, emocionou a equipe que produziu o evento (mais de 30 profissionais), colegas do circo Tihany Spetacular e o público ao realizar com, muita calma e experiência nos movimentos, a dupla travessia.

Na peformance, o equilibrista andou pelo cabo partindo da Prefeitura ao Elevador e voltou pelo cabo usando um monociclo. Ao completar o número, Henry comemorou o feito inédito que será agora documentado junto ao Guiness Book, o livro dos recordes.

Toda a apresentação  foi acompanhada por uma  equipe de profissionais formada por 60 pessoas, entre engenheiros, brigadistas e socorristas.



Sobre Henry Ayala Júnior - O artista já possui atualmente dois registros no livro dos recordes. Ambos foram atingidos em 2004, no mesmo dia, em Bristol, na Inglaterra: 1.109 pulos de corda sobre o cabo alto, superando o recorde anterior, por outro acrobata em 2003, de 800 pulos; e recorde na quantidade de pulos de corda no menor tempo, com 211 saltos em apenas um minuto, tendo como equilíbrio apenas o cabo suspenso.

A família venezuelana Henry Ayala (56 anos), Henry Ayala Júnior (32 anos) e Ângelo Ayala (25 anos), já se apresentou na Europa, em lugares como Itália, Alemanha, Grécia, Irlanda, Inglaterra, França, China, Sul da Arábia, Dubai e Turquia.

Após ganhar medalha de ouro em um festival em Budapeste, a convite do fundador do Circo Tihany Spetacular, o húngaro Franz Czeisler, os três artistas passaram aintegrar, em março de 2010, a companhia realizando os números de acrobacia e equilibrista. Henry Ayala Júnior também é o sempre sorridente Príncipe dos Palhaços, que sem falar uma única palavra, arranca aplausos e risadas de adultos e crianças durante os espetáculos do Tihany.

Serviço

Circo Tihany Spetacular, com o show AbraKdabra

Local: Avenida Paralela, próximo ao Shopping Paralela.

Vendas – Balcão de Ingressos nos Shopping Paralela, piso L1, e Salvador Norte Shopping, piso L2, e nas lojas Riachuelo dos shoppings Barra e Iguatemi.

De terça a quinta A PARTIR DE 2 DE MAIO: sessão única às 20h

Sexta e sábado: 1ª sessão às 17h e 2ª sessão às 21h

Domingo e feriado: 1ª sessão 16h e 2ª sessão às 20h

Ingressos: a partir de R$ 25

Informações: 71 4103.7211

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