Um funcionário de uma lavanderia morreu na noite de quinta-feira (12) após passar mal e cair dentro de uma cisterna. O caso aconteceu no bairro Areal, em Toritama, no Agreste do Estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu quando Cícero Antônio da Silva, 36 anos, teria ido desentupir um cano na cisterna.

Durante o trabalho, ele passou mal e caiu dentro do buraco, que estava com produtos químicos. Ele tinha 8 anos de experiência no serviço. No momento do acidente, a vítima estava trabalhando sem equipamentos de proteção adequados. O corpo de Cícero foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.

Na tarde do último domingo (20), um garoto de 6 anos foi resgatado pelo corpo de bombeiros após cair em uma cisterna de cerca de 25 metros de profundidade. O caso aconteceu no município de Santo Antônio de Jesus, região do recôncavo baiano.

O incidente colocou em risco a vida do menino, já que o tanque não estava vazio. “A cisterna estava com água, a criança corria risco de morte por afogamento e estava segurando em um cano de PVC pra não submergir”, declarou o corpo de bombeiros durante o resgate. A criança foi socorrida pelo sargento da equipe, Cleudir Nascimento, que desceu até o local onde ela estava, com a ajuda de equipamentos.

O garoto foi prontamente atendido por profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que aguardavam no local. Apesar do susto, ele estava bem e foi encaminhado para o hospital.

Caso semelhante

No dia anterior (19), outra situação semelhante aconteceu no município de Teixeira de Freitas. Uma criança, também de 6 anos, caiu em uma cisterna que ficava no quintal de casa, de 15 metros de profundidade. No entanto, o garoto acabou se afogando e não sobreviveu.

De acordo com informações divulgadas, a quantidade de água armazenada chegava a 4 metros. A vítima se chamava Mateus Gabriel Rocha, que, segundo relatos, estaria brincando com o irmão mais novo, quando caiu dentro do tanque. O corpo dele foi retirado do local pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade.

Desenvolvido por pesquisadores do Campus Caruaru da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Desviufpe – dispositivo que aproveita toda a água da chuva que cai nas cisternas de casas do semiárido do município – conquistou, neste mês, o prêmio da Agência Nacional de Águas (ANA), através da categoria Inovação e Pesquisa Tecnológica. O projeto surgiu a partir da necessidade de otimizar a água da chuva armazenada em cisternas de todo o semiárido brasileiro. Confeccionado com tubos de PVC, o objeto tem custo unitário de R$ 210. 

De acordo com a professora do Laboratório de Engenharia Ambiental do Campus caruaruense da UFPE, Fávia Gavazza, o Governo orienta os moradores para que, quando começar a chover, a calha ligada à cisterna seja desconectada manualmente por algum tempo, para que assim as impurezas sejam descartadas. “Essa água acumulada também é utilizada para beber e, em alguns casos, a tubulação pode ser reconectada e levar alguns poluentes à cisterna. Foi daí que surgiu a ideia, durante o mestrado de um dos estudantes”, explica. 

Ainda segundo a professora,o dispositivo faz a limpeza da água sem a necessidade de intervenção manual. Durante as experiências com o dispositivo, também foi possível monitorar a qualidade da água em 10 cisternas com ou sem o aparelho. Durante os 25 meses de monitoramento da qualidade da água, ficou constatado que o projeto foi capaz de reduzir de 67% a 100% o teor de impurezas. 

PRÊMIO – Maior premiação brasileira em relação ao tema “água”, o ANA também premiou instituições acadêmicas e empresas de mais seis estados brasileiros nas categorias Ensino, Governo, Empresas, Imprensa e Organismos de Bacia. Em 2014, a o prêmio bateu o recorde de 452 inscrições.  

Até o final de fevereiro, 122 municípios do semiárido de Pernambuco devem receber o “Programa Cisterna”, que tem o objetivo de diminuir a escassez de água nas cidades que foram vítimas da seca. A ação é fruto de uma parceria entre os governos Federal e Estadual, por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco.

As regiões afetadas pela estiagem receberão 52 reservatórios de água. Do total, 40 serão destinados aos moradores para consumo e os outros 12 serão usados na produção agrícola. O Governo do Estado de Pernambuco investiu mais de R$ 265 milhões de reais no projeto. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, cada cisterna terá capacidade para abastecer uma casa com cinco pessoas, durante o período de oito meses.

O município de Sanharó, no Agreste de Pernambuco, bastante afetado pela estiagem deste ano, vai receber a construção de mais de 15 mil cisternas de 52 mil litros com investimento de R$ 165 milhões. A primeira delas será entregue nesta quarta (28), às 15h, pelo governador Eduardo Campos, inserida no Projeto Pernambuco Mais Produtivo. A obra tem parceria com o Governo Estadual, Federal e da Articulação do Semiárido (ASA).

Com as cisternas, a expectativa é atender mais de 17 mil famílias e 85 mil pessoas com 150 tanques de pedra. Outras 450 famílias rurais, também em Sanharó, mas da comunidade de Boi Preto vão receber uma nova adutora para o abastecimento d'água. O secretário Ranilson Ramos e do município, César Augusto de Freitas, também estarão presentes.

A qualificação da gestão de água destinada à produção de alimentos, manejo de sistemas simplificados de irrigação e intercâmbio entre os agricultores também está sendo oferecida pelo Governo. A obra será construída pelos técnicos do Instituto Agronômico de Pernambuco. 

Com informações da assessoria

O corpo de Clebson Cabral da Silva, de 24 anos, desaparecido desde o dia 17 de março, foi encontrado hoje (25), dentro de uma cisterna em uma praça do bairro de Santo Amaro, zona norte do Recife. 

O garoto era viciado em cola, morador de rua e costumava tomar banho na cisterna. A equipe de resgate dos Bombeiros achou a vítima por meio de uma denúncia que informava mau cheiro no local. Junto ao Instituto Médico Legal (IML), os agentes foram até a cisterna para retirar o corpo.

Clebson foi encaminhado para o IML e, de acordo com o Instituto, os exames ainda não foram feitos porque a família ainda não foi reconhecer a vítima.