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Não há dúvida de que faltando pouco mais de uma semana para o segundo turno da eleição presidencial, a pergunta que impera é sobre quem será o novo presidente do Brasil. No entanto, uma indagação já está sendo feita por parte de alguns: como será o mandato de quem comandará o Brasil pelos próximos quatro anos, seja vencendo o pleito Fernando Haddad (PT) ou o candidato do PSL Jair Bolsonaro?

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Devido à polarização travada, dois contextos distintos podem ser levados em consideração. De acordo com o cientista político Pedro Soares, as peças do “quebra-cabeça” estão claras seja qual foi o vitorioso. Ao contrário do que muitos acreditam e chegam a afirmar em relação que Bolsonaro não terá apoio no Congresso Nacional, caso eleito, o cenário não é bem esse. Segundo o cientista, é preciso destacar que o capitão da reserva tem uma vantagem que não passa despercebida: o apoio da maioria das bancadas em destaque a ruralista, a da ‘bala’ e a evangélica, que já declarou o apoio ao presidenciável, além de contar com uma parte dos candidatos que se elegeram nesta disputa e que já manifestaram interesse em fazer parte dessas bancadas. 

“Eu acredito que Bolsonaro vai conseguir aprovar sim com certa facilidade as promessas que ele está falando agora. Diferente de qualquer outro pleito eleitoral, a gente tem um sentido verídico. O que ele está colocando agora são as propostas claras de governo dele. Então, é bem provável que ele consiga aprovar porque ele tem maioria no Congresso”, explicou.  

Pedro Soares, no entanto, alertou para o fato de que o PT já declarou, caso Bolsonaro vença, que farão uma oposição radical. “Eu acredito que a vida de Bolsonaro, se for eleito, terá critérios de facilidade levando em consideração que ele tem a maioria do Congresso, mas claro a gente não pode resumir a vida do presidente levando em consideração as facilidades que ele vai ter pelo fato de ter a maioria. Acho que a oposição do PT, o jogo de cintura, os atores políticos do PT vão ter um trabalho árduo. A gente pode fazer várias leituras do que significa essa oposição radical”.

Por sua vez, Haddad teria uma dificuldade a mais para fazer parcerias, principalmente por conta das três bancadas citadas mesmo o PT tendo conquistado 57 cadeiras na Câmara dos Deputados, a maior do pleito. “Ele teria, digamos, uma posição confortável, mas ainda assim não fortalecida do PT. Eu acredito que a vida de Haddad vai ser um pouco mais difícil do que a de Bolsonaro transitando dentro do parlamento porque a maioria do Congresso já manifestou uma posição contra Haddad”, explicou.  

“A gente não pode dizer que os presidentes seja A ou seja B terá uma vida fácil porque não vai. Ambos vão ter uma vida difícil, mas acredito que o Bolsonaro pelo fato de ter maioria do Congresso vai ter uma vida um pouco mais, digamos assim, confortável do que Haddad transitando no Congresso”, reiterou. 

Uma bancada mais conservadora

Seja Bolsonaro ou Haddad eleito, o fato é que o Congresso Nacional terá uma composição mais conservadora do que a que se observa até agora. Uma dúvida também posta é que não se sabe exatamente a postura que será adotada, caso Bolsonaro vença e nem tampouco do candidato a vice, o general Mourão. “Que é extremamente conservador, não sabe o comportamento das bancadas, a gente não sabe qual vai ser o incentivo dos atores políticos que estão bancando o PSL por trás das eleições como, por exemplo, a TV Record, de Edir Macedo, a gente não sabe, mas pode fazer várias leituras", alertou o especialista.

 

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