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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não compareceu, pela terceira vez, à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Ele havia sido convocado pelos parlamentares para prestar esclarecimentos.

Em um novo ofício enviado ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), o ministro reiterou que é alvo de ameaças proferidas por parlamentares, daí as ausências. Flávio Dino voltou a sugerir uma comissão geral no Plenário.

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Crime de responsabilidade
O presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sanderson (PL-RS), disse que denunciará Flávio Dino à Procuradoria-Geral da República, para que responda por crime de responsabilidade no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não houve justificativa à comissão”, afirmou Sanderson, destacando que o ofício de Flávio Dino foi enviado outra vez à Presidência da Câmara. “Essa é a terceira vez que o ministro da Justiça comete um crime de responsabilidade”, criticou.

Pela Constituição, a ausência injustificada de ministro de Estado convocado pelo Congresso poderá configurar crime de responsabilidade. A Lei 1.079/50 prevê que, nesse caso, o ministro poderá ser alvo de um processo de impeachment.

O que os deputados quem saber
A convocação de Flávio Dino decorre de 23 dos 30 pedidos hoje em andamento na comissão. Entre outros pontos, os deputados querem explicações sobre:

- atos de 8 de janeiro;

- regulamentação das armas;

- invasão de terras;

- interferência na Polícia Federal;

- fake news sobre caçadores, atiradores e colecionadores (CACs);

- corte de verba no Orçamento de 2024 para combate ao crime organizado;

- ataques aos membros da comissão;

- controle de conteúdos danosos no YouTube;

- prisões relativas a dados falsos sobre vacinas; e

- criminalização dos games.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados poderá votar nesta terça-feira (24), a partir das 14h, uma representação contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sob acusação de crime de responsabilidade.

Convocado, o ministro não compareceu a audiência pública marcada para as 9h. “Atendo agora a convite da Procuradoria-Geral da República para reunião sobre terras indígenas”, publicou Flávio Dino às 9h18 em redes sociais.

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O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS), informou ao colegiado que o ministro, desta vez, não havia enviado nenhuma justificativa. Ao faltar no último dia 10, Dino alegou a realização de operação policial em vários estados.

Pela Constituição, a ausência injustificada de ministro de Estado convocado pelo Congresso poderá configurar crime de responsabilidade. A Lei 1.079/50 prevê que, nesse caso, o ministro poderá ser alvo de um processo de impeachment.

A convocação do ministro da Justiça decorre de 20 requerimentos. Entre outros pontos, os deputados querem explicações de Flávio Dino sobre:

- atos de 8 de janeiro;

- regulamentação das armas;

- invasão de terras;

- interferência na Polícia Federal;

- fake news sobre caçadores, atiradores e colecionadores (CACs);

- corte de verba no Orçamento de 2024 para combate ao crime organizado;

- ataques aos membros da comissão;

- controle de conteúdos danosos no YouTube;

- prisões relativas a dados falsos sobre vacinas; e

- criminalização dos games.

*Da Agência Câmara de Notícias

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não compareceu a uma audiência pública marcada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para atender 19 requerimentos.

Ele havia sido convocado, mas justificou a ausência pela necessidade de atender uma operação policial integrada em vários estados. E sugeriu que seja feita uma comissão geral em Plenário em outra data por causa da quantidade de assuntos. Como foi convocado, Dino era obrigado a comparecer à Câmara. 

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O presidente da comissão, deputado Sanderson (PL-RS) criticou a ausência do ministro, afirmando que os parlamentares “não estão brincando” com a segurança pública.

Os deputados queriam explicações de Dino sobre:

- atos de 8 de janeiro,

- regulamentação das armas,

- invasão de terras,

- interferência na Polícia Federal,

- fake news sobre caçadores, atiradores e colecionadores (CACs),

- corte de verba no Orçamento de 2024 para combate ao crime organizado,

- ataques aos membros da comissão,

- controle de conteúdos danosos no YouTube,

- prisões relativas a dados falsos sobre vacinas, e

- criminalização do game.

*Da Agência Câmara de Notícias

Projeto de lei complementar que cria mecanismos de proteção à população LGBTQIA+ encarcerada é o primeiro item da pauta da reunião de terça-feira (10)  da Comissão de Segurança Pública (CSP), que tem início às 11h.

Apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), o PLP 150/2021 determina medidas como a construção ou adaptação de celas, alas e galerias prisionais específicas para o recolhimento de presos com esse perfil.

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O autor propõe que parte dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) também sejam destinados à capacitação dos profissionais que trabalham no sistema prisional sobre direitos humanos, igualdade e não discriminação.

Na justificativa do projeto, Contarato menciona que um dos problemas centrais de vulnerabilidade LGBTQIA+ em estabelecimentos prisionais é a ausência de espaços específicos onde possam cumprir suas penas, resultando na violação generalizada de seus direitos.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), que já foi relator do texto na Comissão de Direitos Humanos (CDH), também é o responsável pela relatoria na CSP. O voto é favorável ao texto, com três emendas já aprovadas na CDH.

Saidão e pirâmide

Também está na pauta o PL 2.253/2022, que extingue o benefício da saída temporária dos presos, determina o exame criminológico para a progressão de regime de pena e a monitoração eletrônica de quem passar para regime aberto ou semi-aberto. O projeto, da Câmara, tem como relator o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). 

*Da Agência Senado

O crescimento assustador de casos de ataques às escolas brasileiras — sendo oito somente nos primeiros três meses deste ano — disparou alerta para a urgência de ações múltiplas no enfrentamento da situação. No Senado, os parlamentares querem entender o porquê do aumento de registros e o que pode ser feito para coibir esses atos, especialmente a partir da atuação legislativa. Para isso, a Comissão de Segurança Pública (CSP) debateu nesta quarta-feira (19) o tema em audiência pública. 

O uso indiscriminado da internet — da produção ao consumo de conteúdos inadequados que incitam atos violentos— é uma das principais preocupações relacionadas ao problema. Levantamentos apontam que há significativa cooptação dos agressores nas redes, sendo em sua maioria jovens entre 10 e 25 anos, que foram vítimas de bullying no período escolar e que buscam notariedade.

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Na terça-feira (18), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu, em evento no Palácio do Planalto, a aprovação do projeto de lei (PL 2.630/2020) que regulamenta a atuação das plataformas de redes sociais como uma das medidas de prevenção à violência nas escolas.

Senadores

Relator desse projeto no Senado, conhecido como PL das fake news, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que foi o autor do requerimento para a audiência pública na CPS, cobrou a urgência na aprovação do PL 2.630/2020, que tramita na Câmara, diante do crescimento “em progressão geométrica” da violência no ambiente escolar. O parlamentar fez um chamamento aos pais para que mantenham um olhar mais atento a seus filhos. 

Para a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), é preciso cuidado para não se criminalizar as plataformas de forma a gerar uma censura prévia.

— As plataformas sempre foram parceiras dessa Casa quando nós precisamos enfrentar um problema que envolvia as plataformas. (...) A minha preocupação de criminalizar as redes sociais é que depois venha uma censura à internet, às redes, à imprensa—, alertou.

O senador Fabiano Contarato (PT-SE), que também propôs o debate público na Comissão de Educação (CE) e de Constituição e Justiça (CCJ), criticou a política armamentista e enfatizou que “não se reduz criminalidade armando a população”. Ele também sinalizou que é preciso cuidado com soluções imediatistas em momento de comoção.  — Você não reduz criminalidade armando a população. Precisamos que a população seja armada com livros. (...) Vamos fortalecer as instituições de estado para que cumpram seus papeis — afirmou.

Para Contarato, a psicologia e a assistência social têm de estar muito mais fortes dentro das unidades escolares, assim como é preciso ofertar aos alunos o acesso contínuo e adequado de laboratórios, bibliotecas e quadras de esportes.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse que apesar de o país ter alcançado a universalização da educação, “78% dos jovens brasileiros não conseguem entrar nas universidades e não têm qualificação para o mercado”.

— A educação se constrói dentro da escola, mas com a participação da família. Temos de voltar a esse conteúdo de solidariedade, de respeito. (...) Essa é uma discussão de estado. Temos de sair do discurso para entrar no mundo real, saber o que está acontecendo na ponta—propôs.

O senador Alan Rick (União-AC) destacou que em 2015 apresentou, na Câmara dos Deputados, um projeto de lei (PL 708) que estabelece normas para a segurança escolar.

— Desde aquela época, a nossa preocupação é criar um modelo sistematizado de políticas públicas da União, estados e municípios, em escolas públicas e privadas. (...) Esse projeto traz a oportunidade de um amplo debate sobre as normas a serem executadas para dar segurança aos estabelecimentos de ensino—afirmou. 

Mobilização nas redes

O secretário Nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça, Marivaldo de Castro Pereira, informou que a pasta buscou diálogo com as entidades que atuam nas redes sociais onde foram identificadas mobilizações, após o caso do atentado em Blumenau (SC) que culminou na recente morte de três crianças em ataque a uma creche.

Desde então, uma série de operações foram deflagradas com os estados e com a Polícia Federal, resultando em mais de 265 pessoas presas ou apreendidas e 224 casos investigados em todo o Brasil. 

— O problema vai muito além da segurança pública. É um problema que exige ampla mobilização da sociedade, da família, das comunidades escolares e a retomada do diálogo com os estudantes — disse Pereira.

Nessa terça-feira, lembrou o secretário, o governo federal destinou R$ 3,1 bilhões para infraestrutura, equipamentos de segurança, ações de formação e suporte à implantação de núcleos de apoio psicossocial em escolas.

— Precisamos buscar a unidade de toda a sociedade para interromper o discurso do ódio.  (...) Temos de retomar a política de combate ao bullying nas escolas e implementar a lei com a presença de psicólogos nas escolas—apontou.

Rádio e televisão

A partir dos últimos casos de ataques em escolas públicas, as emissoras de rádio e tv têm feito alterações na forma como abordam os fatos, em especial não divulgando os nomes e as imagens dos agressores que, em tese, esperam por notoriedade de seus atos.

Segundo o diretor de Assuntos Legais e Regulatórios da Associação Brasileira das Emissoras de Rédio e Televisão (Abert), Rodolfo Salema, as emissoras, seguindo uma regra do bom jornalismo, “evitam a glamorização do criminoso”, mas essa definição de linha editorial de comunicação cabe a cada empresa, em análise caso a caso.  Para Salema, as plataformas também deveriam fazer esse tipo de análise quanto à divulgação de atos de ataques. 

— É preciso sim mudarmos a legislação para se criar um marco regulatório para essas plataformas. Esse assunto envolve questões de politica pública, educação midiática, transparência das plataformas, enfim, medidas para que a gente consiga encontrar soluções—defendeu.

Plataformas

A diretora de Políticas Públicas para Integridade da Meta, que reúne Instagram, Facebook e WhatsApp, Monica Steffen Guise, afirmou que é "mito" as especulações de que a empresa não se importaria com os casos de violência ou que lucre com a disseminação desse tipo de informação.

Segundo Monica, são proibidas a divulgação de políticas de violência e são removidos conteúdos de quem a propaga. Ela exemplificou com o caso do atentado em Blumenau, onde foram identificadas as contas do agressor e removidos e fornecidos os dados às autoridades competentes.

— Treinamos autoridades no Brasil para obter dados juntos a Meta o mais rápido possível: polícias estaduais e a Federal, secretarias de Segurança Pública, magistratura e Procuradoria Geral da República (PGR) — informou a diretora. Monica enfatizou que o Brasil é reconhecido internacionalmente pelo Marco Civil da Internet, assim como pela Lei Geral de Proteção de Dados. 

O diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, também afirmou que a empresa é colaborativa e que conta com equipes para identificação, remoção e denúncia de publicações inadequadas. Somente entre março e abril deste ano, o Google recebeu mais de 700 pedidos emergenciais de autoridades públicas com foco em assuntos ligados ao terrorismo e aos ataques às escolas. 

— Com foco na cooperação, a gente entende que a educação ativa e constante é fundamental para que as pessoas que utilizam as nossas plataformas, para compartilhar conteúdos, os façam de maneira segura. Por isso, a gente trabalha em parceria com entidades da sociedade civil— explicou.

Escolas Para o coordenador-geral de Juventude da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Yann Evanovick, é preciso conhecer as experiências de outros países, como a dos Estados Unidos, mas não importar a mesma forma de enfrentar o problema, já que as realidades são diferentes.

— Todos os protocolos dos Estados Unidos são questionados e importar para a dinâmica brasileira é um equívoco — expôs o coordenador.  Ele lembrou que naquele país já houve 584 pessoas vitimadas em 331 escolas, sendo 34 incidentes somente em 2021. 

O governo federal pretende iniciar agora, segundo Evanovick, uma pesquisa de caráter nacional para saber a real incidência dos ataques às escolas no Brasil.  A professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Catarina de Almeida Santos, disse “ser muito bom saber que a Comissão de Segurança Pública está chamando o setor de Educação para esse debate”. Ela também enfatizou o crescimento do número de ataques no Brasil, ao apontar oito casos somente nos últimos três meses.

Catarina também fez referência aos casos dos Estados Unidos, onde, de acordo com a professora, as escolas com segurança armada estão tendo mais problema, inclusive com aumento do déficit de aprendizagem. 

Segundo Catarina, levantamento do Instituto Sou da Paz apontou que em metade dos ataques às escolas no Brasil as armas vieram da casa dos agressores. Ela também relacionou o aumento do número de ataques ao crescimento de porte de armas pela sociedade civil. 

O procurador de Justiça do Ministério Público do Acre, Sammy Barbosa Lopes, afirmou que  “colocar um policial na porta de cada escola é uma solução boa, mas inexequível”. — A maior parte dos ataques é perpetrado por membros das comunidades escolares, ai precisamos refletir, porque, assim como nos Estados Unidos, temos jovens com livre acesso a armas de fogo. É um problema complexo. É preciso pensar na responsabilidade das redes sociais. Existem páginas nas redes sociais que fazem apologia a massacres—afirmou. 

A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Rosilene Corrêa, disse que “há um pedido de socorro da sociedade”.  — Escola é o lugar mais público que nós temos. Não pode ser um ambiente em que tenhamos medo. Mas não podemos entender como solução apenas o investimento em segurança. Precisamos de uma força tarefa e pensarmos o papel da educação para mudar essa sociedade—observou.

Psicologia

O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Pedro Paulo Bicalho, chamou atenção para o fato de que após quatro anos de aprovação da Lei 13.395/2019, que garante a prestação de serviços de psicologia e de serviços sociais nas redes públicas, ela ainda não seja cumprida.

— A própria segurança pública reconhece que a criação de um quadro de psicólogos é fundamental no enfrentamento da violência — afirmou. 

De acordo com Bicalho, apenas 85 munícipios brasileiros garantiram a presença dos psicólogos nas escolas públicas.  Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Aurélio José Pelozato da Rosa, crianças morrem hoje no Brasil porque têm medo de falar com o policial militar, prática que precisa ser modificada. 

— Nós queremos a cultura da ausência do medo também nesse sentido e da paz social—ressaltou.   

*Da Agência Senado

A Comissão de Segurança Pública (CSP) fez nesta quarta-feira (6) sua primeira reunião deliberativa. Além de aprovar dois projetos de lei, a CSP, criada em  março de 2021 como 15ª comissão permanente do Senado, prestou uma homenagem ao senador Major Olimpio (SP). Morto no ano passado em decorrência da Covid-19, o parlamentar foi um dos idealizadores da comissão.

O presidente da CSP, senador Omar Aziz (PSD-AM), inaugurou uma galeria de ex-presidentes da comissão. Segundo o parlamentar, Major Olímpio será para sempre lembrado no painel de fotografias.

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"Quero fazer uma homenagem ao principal responsável pela criação desta comissão. Nosso querido amigo e saudoso senador Major Olimpio, que faleceu em 18 março de 2021. Ele sempre teve uma atuação muito forte na segurança pública e foi autor de um projeto de resolução que resultou na criação desta comissão. Vamos inaugurar a galeria que tem Major Olimpio como o presidente de honra da comissão", disse.

O senador Giordano (MDB-SP), que era suplente de Major Olímpio, elogiou a iniciativa.

"Ele era um grande guerreiro e lutador pela segurança pública do país. É uma tristeza muito grande ele não ver esse painel. Ele, que criou a CSP com muita braveza e muita luta. Um homem digno, lutador e que fez história. Por isso, tem que ter sua marca registrada no Senado", afirmou, diante da foto de Major Olímpio na galeria de ex-presidentes da CSP.

Esperidião Amin (PP-SC) classificou a homenagem como “muito justa e muito devida”.

"Major Olímpio deu uma grande contribuição para que tivéssemos esse foco numa necessidade da sociedade brasileira, que é a segurança pública no sentido mais amplo. O fato de sua designação (como presidente de honra da CSP) vai nos estimular a procurar, sempre através do diálogo e da interação com a sociedade, zelar pelo aperfeiçoamento da nossa segurança pública", disse.

Criação da CSP

A CSP foi criada por meio da Resolução 6, de 2021, promulgada no dia 17 de março daquele ano. A comissão é resultado de três projetos de resolução do Senado (PRS). Além de Major Olímpio, que apresentou o PRS 2/2019, defenderam a instalação de uma comissão permanente de segurança pública os senadores Roberto Rocha (PTB-MA) e Elmano Ferrer (PP-PI). Eles são autores, respectivamente, do PRS 21/2015 e do PRS 39/2017.

Os três PRS tramitaram em conjunto. O relator dos projetos foi o então senador Antonio Anastasia (MG), atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A votação em Plenário ocorreu no dia 10 de março de 2021, quando Major Olímpio já estava internado havia uma semana em virtude da Covid-19.

Durante a votação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou o empenho de Major Olímpio para a criação do colegiado permanente.

"Nos últimos dois anos, ele falou muito insistente e firmemente a respeito da criação dessa Comissão de Segurança Pública, que é uma bandeira legítima do senador Major Olimpio, a quem estimamos melhoras sempre", disse Pacheco na ocasião.

A CSP foi instalada no dia 24 de março de 2021. A comissão tem 19 senadores titulares e 19 suplentes. Das 47 matérias em tramitação até esta quarta-feira, 24 tratam de temas jurídicos; 10 de soberania, defesa nacional e ordem pública; 9 de política social; e 4 administração pública.

*Da Agência Senado

O Senado poderá criar uma Comissão de Segurança Pública para se somar às onze comissões permanentes em funcionamento atualmente na Casa. A iniciativa integra o Projeto de Resolução (PRS) 36/2003, do senador Magno Malta (PR-ES), que desde 2011 aguarda deliberação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O relator, Pedro Taques (PDT-MT), deu parecer favorável à aprovação.

O projeto retira da CCJ a incumbência de examinar matérias relativas à segurança pública. Entre suas atribuições estão emitir parecer sobre as matérias concernentes à segurança pública, exercer a fiscalização e o controle dos atos do governo na área e realizar estudos para propor medidas legislativas cabíveis.

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Quando apresentou o projeto, em 2003, Magno Malta ressaltou a necessidade de um foro especial, dentro do Senado, para discutir matérias sobre segurança pública, que em sua avaliação exigem alto grau de especialização. No seu entender, a criação da comissão permanente permitirá uma reflexão mais direcionada, assim como o acompanhamento da elaboração da proposta orçamentária a respeito do tema. Ele entende que a iniciativa fará o Senado dar um grande passo a fim de colaborar com o Executivo na missão de preservar a ordem pública.

Em seu relatório, o senador Pedro Taques considera o projeto louvável, afirmando que a existência de uma comissão permanente com a atribuição de cuidar dos assuntos relativos à segurança pública só pode merecer o apoio do Senado. Taques afirma que o déficit de segurança é claramente visível no Brasil e deixa a sociedade em perene risco.

Com informações da Agência Senado

A comissão especial temporária responsável por analisar matérias em tramitação no Senado que tratam de segurança pública terá até o próximo dia 09 de fevereiro para a conclusão de parecer sobre 44 propostas. Instalada em outubro, a Comissão, presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tinha inicialmente 90 dias de prazo, mas foi necessário prorrogar os trabalhos em função do fim da sessão legislativa, em 22 de dezembro.

O relator, senador Pedro Taques (PDT-MT), disse esperar vontade política para aprovar as propostas que vierem a ser formuladas pela comissão. 

Responsável pela análise de proposições que tratam da “Proteção ao Cidadão e à Vítima”, o senador Armando Monteiro (PTB) explica como a comissão atuou. “Em vez de ficarmos discutindo coisas novas, fizemos um inventário de todos os projetos que estão em curso nas duas Casas, e verificamos então em que áreas poderíamos contribuir para fazer essa agenda avançar. Desde temas de financiamento da segurança até a integração das policias”, resumiu o petebista.

A Comissão Temporária de Segurança Pública já realizou 11 reuniões. O financiamento e a unificação das polícias civil e militar; o controle rígido das armas; a atenção ao cidadão e à vítima; a vigilância privada; e a Defesa Civil foram temas debatidos nas audiências públicas com autoridades e especialistas na área.

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