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A suspeita de que o PMDB do Rio tenha prometido pagar pelo apoio do nanico PTN marcou o terceiro debate entre os candidatos à Prefeitura do Rio, realizado na noite dessa segunda-feira, 1º, pela Rede Record, e transformou em alvo o peemedebista Eduardo Paes, que tenta a reeleição.

Marcelo Freixo (PSOL), Rodrigo Maia (DEM) e Aspásia Camargo (PV) falaram sobre a denúncia, publicada no sábado no site da revista Veja. A expressão "mensalão carioca" usada por Freixo quase tirou Paes do sério. A Record concedeu um minuto de direito de resposta ao prefeito, que voltou a negar que seu partido tenha comprado apoio de aliados.

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Nessa segunda, o Ministério Público Eleitoral do Rio decidiu abrir um procedimento administrativo para apurar as denúncias de que o PMDB da cidade teria oferecido R$ 1 milhão para garantir o apoio do PTN. O procurador regional eleitoral do Rio, Maurício Rocha Ribeiro, disse que o caso configura abuso de poder político e econômico e recomendou a investigação.

A Procuradoria disse ter determinado diligências para apurar as denúncias, como a coleta de depoimentos de testemunhas e a recuperação da gravação veiculada pelo site da revista, na qual o presidente do PTN, Jorge Sanfins Esch, afirma a correligionários que aceitou receber a quantia para apoiar a reeleição de Paes.

A coligação que apoia Eduardo Paes informou que advogados da campanha também protocolaram no MPE pedido de apuração "rigorosa" das denúncias.

O PMDB do Rio de Janeiro teria comprado por R$ 1 milhão o apoio do nanico PTN (Partido Trabalhista Nacional) à reeleição do prefeito peemedebista Eduardo Paes. É que o revela um vídeo publicado pelo site da revista "Veja" neste sábado (29). Nas imagens, o presidente regional do PTN, Jorge Sanfins Esch, diz a correligionários que impediu uma candidatura própria do PTN à Prefeitura do Rio em troca de R$ 200 mil do PMDB para custear a campanha de vereadores do partido.

Os R$ 800 mil restantes viriam da quitação de uma suposta dívida que a Prefeitura do Rio teria com o próprio Esch e outras três pessoas. O suposto débito teria se acumulado durante os dois últimos mandatos de César Maia (2000-2008), época em que eles trabalharam na RioLuz (Empresa Municipal de Iluminação Pública). No vídeo, Esch diz que o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, teria se comprometido a intervir para que a Prefeitura quitasse a dívida com ele.

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O jornal O Estado de S. Paulo tentou entrar em contato com Esch neste sábado pelo celular e pelos telefones do diretório municipal do PTN no Rio de Janeiro e da sede nacional, em São Paulo, mas não obteve sucesso.

À revista "Veja", Esch disse que o apoio do PTN à reeleição do prefeito foi selado na convenção do partido, ocorrida em 30 de junho, que teve a presença do ex-chefe da Casa Civil e atual coordenador de campanha de Paes, Pedro Paulo Teixeira. O PTN, no entanto, não teria recebido o dinheiro prometido.

Em relação aos R$ 800 mil, Esch afirmou à revista que integrou o Conselho de Administração da RioLuz durante oito anos e que o jetom recebido era inferior ao de outras autarquias municipais. Para receber a diferença, ele e outros três ex-conselheiros abriram um procedimento administrativo na prefeitura em 2008 que, segundo Esch contou à "Veja", ainda não teve desfecho.

Já a assessoria de Paes informou que contribuiu com R$ 154 mil em material de campanha, como placas e panfletos, para os candidatos a vereador do PTN. O apoio teria sido declarado à Justiça Eleitoral. Segundo a assessoria do prefeito, não houve doação em dinheiro ao PTN. Em relação aos R$ 800 mil, a assessoria de Paes afirmou que o procedimento administrativo foi indeferido pela atual gestão em 12 de dezembro de 2011.

Na segunda prestação de contas do Diretório Municipal do PTN, que consta do site do TSE, há apenas a doação de R$ 70 mil da empresa Locar Saneamento Ambiental Ltda. A doação foi feita em 29 de agosto. Nos dois dias seguintes, houve dois saques no valor total de R$ 33 mil, a título de "composição de fundo de caixa". O beneficiário foi o próprio Diretório Municipal do PTN.

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