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Sem fazer um inventário dos erros cometidos desde o escândalo do mensalão, o PT abrirá nesta quinta-feira, 11, seu 5º Congresso, em Salvador, com manifestações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que agora viu o instituto com seu nome aparecer nas investigações da Operação Lava Jato.

Além de Lula, a abertura do encontro contará com a presença da presidente Dilma Rousseff que, cobrada pelo partido, decidiu adiantar a volta de uma viagem à Bélgica para participar do ato.

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O desagravo a Lula será feito em discursos de dirigentes do PT, que tentam associar a denúncia a uma "criminalização" das doações recebidas pelo partido. "Defendo que tenha (desagravo). É algo que deve acontecer de forma espontânea", disse Francisco Rocha, o Rochinha, coordenador da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Lula faz parte. "Atos de solidariedade são naturais, ainda mais nesse momento", afirmou o presidente do PT paulista, Emídio Souza.

Embora não seja formalmente investigado, o ex-presidente entrou na berlinda após as revelações de que se reuniu com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa pouco antes da compra da refinaria de Pasadena (EUA) e de que a Camargo Corrêa, investigada na Lava Jato, doou R$ 3 milhões ao Instituto Lula. A organização diz que as contribuições foram regulares. Além disso, a empreiteira pagou R$ 1,5 milhão à LILS, pertencente ao ex-presidente, por palestras feitas entre 2011 e 2013.

Alvo

Parlamentares de oposição que integram a CPI da Petrobras protocolaram nesta quarta-feira, 10, requerimentos pedindo a convocação do presidente do instituto, Paulo Okamotto, para explicar as doações. Além disso, ameaçam pedir na sessão de hoje a quebra dos sigilos fiscal e bancário da organização, além da convocação do próprio Lula.

Para dirigentes petistas, passado o momento mais agudo da ameaça de impeachment contra Dilma, a oposição agora concentra forças contra Lula. Um dos objetivos do Congresso de Salvador é preparar o PT, que atravessa a maior crise em 35 anos de existência, para um processo de recuperação da imagem, que possibilite a volta de Lula ao cenário eleitoral em 2018. (Colaboraram Ana Fernandes, Daiene Cardoso e Andrei Netto)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em seu discurso na abertura a etapa estadual do V Congresso do PT em São Paulo, o presidente estadual da legenda, Emídio de Souza, mandou um recado à senadora Marta Suplicy, que deixou a legenda depois de fazer uma série de críticas públicas à agremiação que ajudou a fundar. Emídio disse aos delegados que acompanham o evento, na noite desta sexta-feira (22), que Marta "atacou covardemente o partido que sempre a abrigou". "O diretório estadual do PT vai, com apoio do (diretório) nacional e do municipal, reivindicar na semana que vem o mandato da senador a Marta Suplicy. Nossa militância que vai pra rua por quem foi eleito com nosso suor não vai aceitar que uma pessoa que trabalha contra o nosso projeto fique com o mandato."

O diretório estadual aprovou no dia 12 deste mês a iniciativa de pedir na Justiça Eleitoral o mandato da senadora, que é pré-candidata à Prefeitura paulistana em 2016 e deve enfrentar o petista que busca reeleição, Fernando Haddad. Emídio lembrou ainda no início do seu discurso que, nos 35 anos de história do PT, muitos deixaram a legenda "achando que se tornariam em algo maior que o PT"."O que pudemos constatar é que ninguém que deixou o projeto PT se tornou maior que o PT", afirmou.

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Ao fim de sua fala, Emídio também falou de 2016. Admitiu que o momento atual é difícil, mas afirmou que as pessoas "sabem reconhecer quem governa para valer". Em direção aos prefeitos paulistas, que acompanharam o evento, o dirigente fez um apelo para que rejeitem o "assédio" para migrarem a outros partidos. "Quero estimular os prefeitos a rejeitarem esse assédio que alguns partidos fazem à nossa militância", pediu Emídio. São Paulo é um dos Estados onde mais cresceu o antipetismo.

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