Tópicos | Emídio de Souza

O escritório do deputado estadual paulista Emídio de Souza (PT) foi invadido no último final de semana. Localizado na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, o espaço foi ocupado por criminosos que usaram um pé de cabra para estourar a única grade não ligada ao sistema de alarmes. Emídio é também pré-candidato do PT à prefeitura de Osasco.

O crime foi identificado pelos assessores do parlamentar na segunda-feira (9), ao chegarem para o trabalho. "Infelizmente fomos alvos de ações criminosas. Assessores chegaram para trabalhar e encontraram o escritório vandalizado. Não tinha ninguém na hora da ocorrência e, por ora, não constatamos a falta de nada. Vou tomar medidas para que esse bandido pague pelo crime que cometeu", disse o parlamentar em uma rede social.

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Em nota, a assessoria do deputado informou que os criminosos arrombaram armários e gavetas e espalharam documentos. O caso já está sendo apurado pelo 5º Distrito Policial de Osasco e perícia foi acionada. O circuito de câmeras do espaço estão sendo analisadas.

O diretório municipal do PT em São Paulo prestou solidariedade ao deputado e repudiou o ocorrido. "É imprescindível que as autoridades investiguem e que esses graves ocorridos não fiquem impunes", disse em nota.

Essa é a segunda invasão a escritórios de apoio de parlamentares petistas e paulistas em menos de uma semana. Na segunda-feira da semana passada, dia 2, o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) teve a sua sede parlamentar política em Guarulhos atacada durante a madrugada. "Roubaram computadores e outros equipamentos. Destruíram as instalações, deixaram inscrições atacando o PT. A polícia já está investigando, mas aviso que não seremos intimidados por violência de qualquer natureza!", disse o parlamentar.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o tesoureiro do partido, Emidio de Souza, foram proibidos de entrar, nesta terça-feira, 4, na sala onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. O único político autorizado a entrar foi o candidato a vice e possível sucessor de Lula, Fernando Haddad, constituído como integrante da defesa do ex-presidente, junto com outros advogados.

Gleisi e Emidio também foram nomeados para integrar a defesa de Lula, mas na semana passada a juíza da 12ª Vara Criminal de Curitiba, Carolina Lebbos, proibiu a senadora de atuar como advogada do ex-presidente atendendo pedido do Ministério Público Federal (MPF).

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Gleisi reagiu à proibição comparando a decisão da juíza à ditadura militar. A assessoria de imprensa da senadora foi procurada, mas até agora não respondeu os contatos.

Emídio foi subscrito como advogado de defesa por Gleisi e por isso também foi barrado. O tesoureiro deve ser reincorporado à equipe de advogados de Lula por meio do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.

Com Gleisi barrada, Haddad passou a concentrar todas as informações sobre as posições e orientações políticas de Lula depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter indeferido o registro de candidatura do petista.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o tesoureiro do partido, Emídio de Souza, tiveram a procuração dada por Luiz Inácio Lula da Silva para que eles atuassem juridicamente em seu nome julgada invalida pela Justiça Federal, em Curitiba - berço da Operação Lava Jato.

"A procuração outorgada a Gleisi Helena Hoffmann e, por conseguinte, o substabelecimento de evento 294, em favor de Emidio Pereira de Souza, padecem de vício de nulidade, não possuindo o condão de produzir efeitos", escreveu a juíza federal Carolina Lebbos Moura, responsável pela execução penal de Lula.

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O petista está preso e condenado pela Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP). Com sentença confirmada em segunda instância, em janeiro, ele foi detido em 7 de abril em uma cela especial na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Os procuradores da força-tarefa pediram à Justiça no dia 14 que Gleisi fosse impedida de atuar como advogada de Lula. Ao se qualificar como defensora jurídica, Gleisi passou a ter direito de visitar seu "cliente" na cela especial montada para ele na PF.

O Ministério Público Federal é categórico ao afirmar que Lula e os petistas transformaram a cela na PF em comitê de campanha eleitoral. O ex-presidente teve seu nome registrado pelo PT como candidato do partido a presidente da República - mesmo ele sendo inelegível pelas regra da Ficha Limpa.

Na decisão desta quinta-feira, 30, a juíza afirma que conforme já havia fundamentado em outros despachos, é preciso observar "o impedimento de membro do Poder Legislativo Federal para o exercício da advocacia em favor do executado, condenado por crime contra a Administração Pública Federal e lavagem de dinheiro, inclusive com o dever de ressarcimento de danos causados em detrimento de sociedade de economia mista".

A presidente do PT é senadora. "Portanto, insere-se na limitação acima referida (art. 30, II, Lei n. 8.906/94), encontrando-se impedida de atuar na qualidade de advogada do executado", registra a juíza.

Desde que Lula foi preso, em 7 de abril, para início do cumprimento da pena em segundo grau no caso do triplex do Guarujá, Gleisi e outros petistas passaram a ter o direito de ver o ex-presidente. Além de serem recebidos como "amigos", no mesmo dia de visitação da família, pelo menos cinco petistas que têm carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se qualificaram no processo para poder representar Lula. Assim, eles podem visitar o condenado em qualquer dia da semana, menos nos finais de semana e feriado.

O MPF adverte que "a juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta".

Além de Gleisi, a força-tarefa cita outros quatro petistas que viraram advogados de Lula no processo da execução penal, entre eles o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e nome que será registrado hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como vice na chapa presidencial. Os outros são: Wadih Damous, Luiz Carlos Sigmaringa Seixas e Emídio Pereira.

No caso de Damous, ele obteve direito a continuar como representante legal de Lula no processo e a visitar o ex-presidente por ordem liminar do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), a segunda instância da Lava Jato de Curitiba.

No despacho, a juíza ressalta que a proibição de atuar como defensores de Lula imposta a Gleisi e Emidio não veda a "visitação ao detento, desde que observado o regime próprio das visitas sociais".

O presidente do PT paulista, Emídio de Souza, disse ser pessoalmente favorável à expulsão do senador Delcídio Amaral (MS) do partido. O dirigente destacou ainda que a decisão deveria ser tomada de forma rápida, dada a gravidade do caso - Delcídio foi preso na quarta-feira, 25, após ser flagrado em um áudio tentando obstruir as investigações da Lava Jato.

"Pessoalmente sou favorável à expulsão, não é uma posição do diretório de São Paulo", disse Emídio, após participar de evento promovido pelo Instituto Lula, com a presença do ex-presidente, na capital. Questionado se o partido deveria tomar logo a decisão de expulsar Delcídio, respondeu: "Muito rápido, porque é muito grave a situação".

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Emídio argumentou que, diferentemente dos casos do ex-tesoureiro João Vaccari e do ex-ministro José Dirceu, que foram condenados e presos mas continuam nos quadros do PT, o caso de Delcídio "não tem nada a ver com política". "Não vamos pagar por coisas que não cometemos", destacou.

O dirigente paulista comparou o caso do senador com o então deputado estadual Luiz Moura, que foi expulso após ser divulgada a suspeita de ligação dele com a facção criminosa PCC.

Emídio disse que não seria uma precipitação e defendeu que o partido não precisa esperar uma condenação de Delcídio para expulsá-lo. "O PT tem autonomia pra expulsar o filiado que quiser no momento que quiser", afirmou. E frisou que ele e a direção paulista apoiam a nota emitida na quarta-feira, 25, pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, que disse que o partido não deve solidariedade ao senador. "O PT não está obrigado a prestar solidariedade aos atos de todo e qualquer filiado, ele (Delcídio) tem que responder na medida da responsabilidade dele", afirmou. "O PT já paga um preço alto por suas posições políticas, por erros individuais nós não podemos pagar", completou.

Bancada no Senado

Emídio demonstrou não concordar com a posição da bancada petista, que votou majoritariamente pela revogação da prisão de Delcídio na noite de quarta-feira. O senador Humberto Costa (PE), líder da bancada, chegou a dizer em plenário que a direção do partido emitiu a nota à revelia da bancada e que o documento não representava a posição dos senadores petistas. "A bancada do PT no Senado vai ter que se explicar, eu não concordo, eu apoio a nota do Rui Falcão", disse Emídio. "A bancada deve ter feito a análise de elementos para isso, mas a direção de São Paulo apoia integralmente o Rui."

Nove senadores do PT votaram pela revogação da prisão de Delcídio Amaral. Apenas dois votaram para que a decisão do Supremo Tribunal Federal fosse mantida e para que ele continuasse preso: Paulo Paim (RS) e Walter Pinheiro (BA).

Em seu discurso na abertura a etapa estadual do V Congresso do PT em São Paulo, o presidente estadual da legenda, Emídio de Souza, mandou um recado à senadora Marta Suplicy, que deixou a legenda depois de fazer uma série de críticas públicas à agremiação que ajudou a fundar. Emídio disse aos delegados que acompanham o evento, na noite desta sexta-feira (22), que Marta "atacou covardemente o partido que sempre a abrigou". "O diretório estadual do PT vai, com apoio do (diretório) nacional e do municipal, reivindicar na semana que vem o mandato da senador a Marta Suplicy. Nossa militância que vai pra rua por quem foi eleito com nosso suor não vai aceitar que uma pessoa que trabalha contra o nosso projeto fique com o mandato."

O diretório estadual aprovou no dia 12 deste mês a iniciativa de pedir na Justiça Eleitoral o mandato da senadora, que é pré-candidata à Prefeitura paulistana em 2016 e deve enfrentar o petista que busca reeleição, Fernando Haddad. Emídio lembrou ainda no início do seu discurso que, nos 35 anos de história do PT, muitos deixaram a legenda "achando que se tornariam em algo maior que o PT"."O que pudemos constatar é que ninguém que deixou o projeto PT se tornou maior que o PT", afirmou.

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Ao fim de sua fala, Emídio também falou de 2016. Admitiu que o momento atual é difícil, mas afirmou que as pessoas "sabem reconhecer quem governa para valer". Em direção aos prefeitos paulistas, que acompanharam o evento, o dirigente fez um apelo para que rejeitem o "assédio" para migrarem a outros partidos. "Quero estimular os prefeitos a rejeitarem esse assédio que alguns partidos fazem à nossa militância", pediu Emídio. São Paulo é um dos Estados onde mais cresceu o antipetismo.

O presidente estadual do PT, Emídio de Souza, foi designado pelo partido para conduzir as conversas com Marta Suplicy para tentar retê-la na legenda. Segundo uma fonte próxima às conversas, Emídio ainda está falando internamente com lideranças do PT antes de contatar Marta. A ideia da legenda, no entanto, é acelerar as tratativas e fazer um primeiro encontro acontecer entre esta semana e a próxima.

"A Marta está fechada em copas, então a ideia é tentar se aproximar já com algo a oferecer. Mantê-la no partido é fundamental para o PT", disse a fonte, que pediu para não ser identificada, ao Broadcast Político. Uma possibilidade estudada pelo PT é oferecer a Marta apoio para que ela seja a candidata ao governo paulista em 2018.

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Nos cenários traçados internamente pelo partido, a vaga chegou a ser cogitada para Fernando Haddad, caso seja reeleito prefeito de São Paulo e esteja com popularidade em alta até lá, mas ter Marta como adversária em 2016 na disputa pela Prefeitura poderia comprometer o futuro político imediato de Haddad e do projeto petista na Capital. "Primeiro a gente tem que pensar agora. O importante para o partido e para o Haddad é que ele seja reeleito e faça um bom governo. Ele é jovem e tem muito futuro político pela frente."

A negociação dependerá, ressalva a fonte, de se e como Marta vai receber Emídio. Havendo uma "receptividade" por parte dela, as conversas podem avançar.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pode estar em baixa com a população da Capital - de acordo com recente pesquisa Datafolha, a gestão do petista é reprovada por 47% dos paulistanos -, mas não vai ser deixado de lado por seu partido nas eleições gerais deste ano. "Não vamos fazer de conta que o Haddad não é nosso", garantiu ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, e coordenador-geral da campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.

Segundo Emídio, a ideia é resgatar a imagem do prefeito e mostrar os feitos de sua gestão no horário eleitoral gratuito deste pleito. Usando a metáfora preferida de seu pai, a de que não se acende uma vela para deixá-la debaixo da mesa, o dirigente alega que o prefeito tem realizado uma gestão eficiente, com propostas inovadoras para o futuro da cidade, porém é avesso à propaganda de seus feitos. "Ao contrário de Alckmin (governador tucano e candidato à reeleição) que realiza uma administração medíocre, baseada no puro marketing", alfineta.

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Além do resgate da imagem e gestão do afilhado político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia petista tem um foco principal: ajudar a alavancar as campanhas da presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e de Alexandre Padilha ao governo do Estado. Emídio argumenta que o horário eleitoral gratuito deverá reverter o baixo índice de intenção de voto que o ex-ministro da Saúde registra nas atuais pesquisas eleitorais e acredita que ao mostrar à população que muitos feitos da gestão petista estão sendo apropriados pela gestão de Alckmin, como o Programa Minha Casa, Minha Vida, a rejeição que Dilma tem no maior e mais estratégico colégio eleitoral do País tende a diminuir.

Com relação à gestão Haddad, pesquisas internas do partido apontam que muitas das políticas adotadas por Haddad na cidade possuem alto índice de aprovação, mas por falta de uma política de divulgação, o prefeito não colhe esses frutos. "Vamos usar a campanha eleitoral deste ano para mostrar que Haddad tem políticas bem-sucedidas. Em um ano e meio, por exemplo, ele bateu a meta proposta para o mandato de corredores de ônibus", exemplifica.

O programa do horário eleitoral gratuito do PT em São Paulo deve destacar ainda outras ações do prefeito, como o fim da aprovação automática e o fato de que a prefeitura vai bater a meta de 10% de coleta seletiva antes do prazo previsto. "Não vamos esconder o Haddad, vamos resgatá-lo", reitera Emídio.

Recentemente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou publicamente Haddad para que falasse mais à população de seus programas de governo. No primeiro ato da campanha de Padilha, no centro de São Paulo, no dia 18 de julho, o palanque foi formado justamente por Lula, Padilha e Haddad. Na ocasião, em seu discurso, Lula afirmou que Haddad está apanhando "de manhã, de tarde e de noite" e que agora não era mais a hora de dar a outra face do rosto. "Temos que reagir", disse o ex-presidente.

Dilma

Na tentativa de aumentar o índice de intenção de voto do candidato do PT ao governo de São Paulo, a presidente Dilma também deverá dar uma força, embarcando na campanha no Estado. Em reunião nesta semana em Brasília, Dilma foi enfática ao afirmar que quer ir para a rua. A cúpula petista, inclusive, já fechou uma agenda de Dilma e Padilha para uma caminhada no dia 9 de agosto, provavelmente em Osasco (SP). Falta, contudo, definir questões essenciais para quem comanda o País, como uma estratégia de segurança que permita à presidente colocar em prática o desejo de estar no 'olho a olho' com o eleitorado.

Durante uma caminhada este mês, no Rio de Janeiro, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou que a presidente não tem condições de andar na rua e ter contato direto com o eleitor. Na sexta-feira, 25, em uma agenda no Morro do Vidigal, também no Rio, o tucano voltou a repetir a crítica, dizendo que ela "tem dificuldade de se apresentar à população, por isso tem privilegiado reuniões em locais fechados, cercada de aliados". O desejo de Dilma é provar justamente o contrário e, nessa estratégia, o Estado de São Paulo terá uma atenção especial, visto que a rejeição da petista é alta no Estado que concentra 22,4% do eleitorado. Segundo a última pesquisa Datafolha, no primeiro turno, Dilma e Aécio têm, cada um, 25% dos votos no Estado. Na simulação de segundo turno o tucano vence a petista por 50% a 31%.

O presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio de Souza, aproveitou o ato político de apoio à candidatura do petista Alexandre Padilha ao governo do Estado, nesta sexta-feira, no centro da capital paulista, para reforçar a candidatura do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao Senado. "O Suplicy vai encerrar a carreira de (José) Serra (PSDB)", afirmou, em referência ao adversário tucano que disputa a vaga com o senador do PT. "São Paulo sabe que o Suplicy é o candidato mais comprometido", afirmou.

No evento, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), Emídio foi um dos poucos que fizeram críticas nominais aos adversários. Lula citou rapidamente o antecessor Fernando Henrique Cardoso, ao dizer que está disposto a debater corrupção durante a campanha. "FHC já escreveu dois artigos. Nós temos de debater a corrupção neste País", disse.

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O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, presente no ato, também citou os tucanos. Ao fazer críticas ao governo de FHC, Berzoini disse que o ex-presidente era na verdade "Fernando Henrique fracassando Cardoso, Fernando Henrique demitindo Cardoso e Fernando Henrique privatizando Cardoso".

Durante o evento, Padilha destacou que se eleito vai acabar com a aprovação automática nas escolas estaduais e voltou a dizer que sua candidatura é a que tem o "verdadeiro compromisso com os trabalhadores". "Hoje começou a campanha na rua", afirmou.

O presidente estadual do PT, Emídio de Souza, disse que as pessoas que hostilizaram a presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, na ultima quinta-feira (15), provavelmente nunca haviam entrado em um metrô no País. "Muitos dos que xingaram a presidente são da turma que nunca andou de metrô", afirmou Souza, em discurso durante ato de oficialização da candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. O político criticou a política de transporte do governo do PSDB no Estado.

Emídio de Souza pediu unidade e empenho da militância do partido como resposta às manifestações contra a presidente Dilma. Ele, porém, afirmou que o PT fará uma campanha sem ataques aos adversários durante essas eleições. "Os militantes do PT têm que responder à manifestação vergonhosa ocorrida no estádio", disse. "Nosso desafio é fazer uma campanha que mostre a união e a capacidade de aglutinar os setores da sociedade", afirmou.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, se referiu aos xingamentos, durante seu discurso, ao "ódio" que os partidos de oposição teriam contra o PT, à presidente Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Contra o ódio vamos responder com a esperança", afirmou, em referência à candidatura de Padilha em São Paulo.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também exaltou a presidente Dilma em sua rápida fala no ato político.

O presidente eleito do PT paulista e ex-prefeito de Osasco, Emídio de Souza, avalia que a situação desfavorável do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014 é "natural" e diz que não espera nenhum milagre para o aumento da popularidade do petista antes do horário eleitoral gratuito. Emídio, que irá coordenar a campanha de Padilha no Estado, espera uma aliança com pelo menos mais cinco partidos na disputa paulista e aposta em um racha dentro da campanha pela reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ao chegar para a reunião dos presidentes estaduais eleitos no último Processo de Eleição Direto (PED), nesta segunda-feira, 02, Emídio afirmou que um candidato novo só se tornará conhecido a partir do horário eleitoral gratuito. "Não esperamos nenhum milagre até lá. Até lá vai ser campanha de visitar organizações sociais, criar discurso adequado. Nós não temos pressa", comentou. Ele lembrou ainda que o atual prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, "patinou em um dígito (nas pesquisas de intenção de voto) durante muito tempo até dar um salto".

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"O problema não é o que você tem um ano antes da eleição é o que você vai ter na chegada, para nós está absolutamente dentro do previsto, não tem surpresa nenhuma, não tem campanha na rua, não havia porque ele estar melhor que isso", completou.

Segundo Emídio, a prioridade na aliança estadual é a união com partidos da base parlamentar do PT. "Dois partidos dessa base têm candidatos em São Paulo, que são o PMDB e o PSD, os demais estamos conversando, inclusive aqueles que são da nossa base mas que integram a base do Alckmin em São Paulo", afirmou. "O vice do Alckmin dependendo de quem ele decida pode causar descontentamentos que engordem a nossa aliança", aponta o petista. Ele mencionou, por exemplo, que há conversas constantes do PT com o deputado Campos Machado, presidente estadual do PTB e tradicional aliado de Geraldo Alckmin.

Entre os partidos que Emídio conta para a aliança com o PT em São Paulo, estão PR, PP, PCdoB, PDT, PROS. A intenção é ainda cooptar para a aliança "quem desgrudar" da união com Alckmin.

Emídio negou que já haja uma discussão sobre um nome para o candidato a vice na chapa de Padilha. "Isso são conjecturas", completou. "Queremos um perfil (de vice) que complete o Padilha, não precisamos de um militante do PT, precisamos talvez de alguém com mais entrada no empresariado, na classe média", disse.

"O que é certo é que o vice não será do PT, mas estamos em uma aliança que deve ter, no mínimo, seis partidos, então vamos abrir essa discussão no momento adequado", completou.

Kassab

A candidatura do ex-prefeito Gilberto Kassab ao governo de São Paulo, para o presidente eleito do PT-SP, "aponta e define mais a possibilidade de segundo turno no Estado". O apoio de Kassab a Padilha, nas palavras de Emídio, é sempre bem-vindo. "Mas talvez seja melhorar marcharmos juntos no segundo turno", argumentou.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a espionagem dos Estados Unidos à presidente Dilma e usou o incidente até mesmo para defender a eleição do ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo em 2014. Durante lançamento da candidatura do ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, na noite dessa sexta-feira (27), Lula disse que todos tinham de se orgulhar de Dilma pelo discurso dela na Organização das Nações Unidas (ONU) e emendou: "Precisamos eleger o Padilha para enfrentar essa situação. Se, sozinha, Dilma teve coragem de falar na ONU, se tiver por detrás o Padilha fica mais fácil".

Lula afirmou ainda que o Brasil não precisa mais pedir licença para tomar qualquer decisão ou mesmo negociar com outros países não aliados aos americanos. "Desde quando nós precisamos pedir licença para tomar decisão, para conversar, negociar? O mundo tem de entender que acabou o momento histórico que nesse país predominava o complexo de vira-latas".

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O ex-presidente criticou ainda as cobranças internacionais aos programas de aquisição de alimentos de pequenos agricultores pelo governo federal, insinuando que a ação possa ser encarada como subsídio agrícola. "O governo americano questiona até mesmo o programa que estabelecem fundos para merenda. É um momento de insanidade afirmar que a presidente está dando subsídios aos agricultores pequenos".

Sobre o apoio a Emídio, Lula exaltou o fato de ele ser ex-prefeito de Osasco e de não ter nenhum cargo executivo ou legislativo no momento. "No PT está acabando a história de quem só tem importância é deputado, prefeito, presidente. Para ser presidente do partido é preciso alguém com a sua experiência política".

O ex-presidente elogiou ainda o atual presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva, o qual, segundo Lula, "foi o que mais se dedicou à organização, sem excluir ninguém", concluiu.

O ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, candidato favorito à presidência do PT estadual, afirmou nesta sexta-feira, 27, no lançamento da sua candidatura que o nome do ministro da saúde Alexandre Padilha está "consolidado" como candidato petista para a sucessão de Geraldo Alckmin em 2014. "Há um consenso sem resistência e é um nome novo com dinamismo capaz de encarar o desafio que São Paulo precisa", afirmou.

De acordo com Emídio, Padilha deve deixar o cargo entre o final do ano e começo de 2014 para iniciar a sua campanha para a eleição do próximo ano. O governador foi alvo de duras críticas de Emídio. Segundo o ex-prefeito, o tucano foi o principal responsável pela onda de protestos ocorrida em junho passado. "O governador foi muito valente com os manifestantes, na desocupação do Pinheirinho, mas é muito manso com o crime organizado". Ainda segundo Emídio, o foco do PT nas alianças em 2014 são os partidos da base aliada do governo federal, apesar de alguns deles como o PMDB, com Paulo Skaf, e o PSD, com Gilberto Kassab, ensaiarem uma candidatura própria.

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