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Em duas semanas de governo, o presidente Jair Bolsonaro faz nesta terça-feira (15) a terceira reunião ministerial. Será a primeira após a confirmação dos nomes para a liderança do governo na Câmara, o deputado federal Major Victor Hugo (PSL-GO), e do porta-voz, general Otávio Santana do Rêgo Barros.

A reunião do Conselho de Ministros ocorre horas antes da cerimônia de assinatura do decreto que flexibiliza a posse de armas, segundo a Casa Civil. O texto regulamentará a posse de armas de fogo no país, uma das principais promessas de campanha do presidente da República.

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O decreto refere-se exclusivamente à posse de armas. O porte de arma de fogo, ou seja, o direito de andar com a arma na rua ou no carro, não será incluído no texto. A previsão é que seja facilitada a obtenção de licença para manter armas em casa.

Os detalhes do decreto, entretanto, não foram divulgados pela Casa Civil. A expectativa é que conceda 10 anos de prazo para renovação do registro de arma de fogo.

Fraudes

É aguardada para esta semana a edição da medida provisória (MP) que pretende reduzir de R$ 17 bilhões a R$ 20 bilhões as perdas na seguridade social até dezembro. Após reuniões no Palácio do Planalto, o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que há mais de 2 milhões de benefícios que devem ser auditados pela Receita Federal.

Segundo Marinho, são benefícios que têm indícios de ilicitude e devem passar por um mutirão de investigação. “Há relatórios de ações anteriores, inclusive convalidados pelo TCU [Tribunal de Contas da União], que demonstram uma incidência de 16% a 30% de fraudes nesse tipo de benefício”.

Liderança

Ontem (14), Bolsonaro confirmou, por meio de sua conta no Twitter, a escolha do deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), de 41 anos, para ocupar a liderança do governo na Câmara.

É o primeiro mandato do parlamentar, que tem dito aos mais próximos que seu ingresso na vida política foi incentivado pelo presidente da República.

Porta-voz

O general Otávio Santana do Rêgo Barros será o porta-voz da Presidência da República, segundo a Secretaria de Governo. O militar era o chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, cargo que ocupava desde 2014.

Como chefe do centro, Rêgo Barros foi um dos principais assessores do então comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, que deixou o posto na semana passada e vai integrar a equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a convite do presidente.

Pela primeira vez desde que tomou posse, o presidente Jair Bolsonaro se reúne nesta quinta-feira (3), a partir das 9h, com o Conselho de Ministros, no Palácio do Planalto. Os 22 ministros devem comparecer. A reunião ministerial ocorre logo após toda a equipe anunciar as prioridades e indicar as ações de suas áreas. Dias antes de assumir o governo, Bolsonaro avisou que a intenção é definir atos que desburocratizem e melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o objetivo da reunião é discutir as primeiras medidas que devem ser implementadas. Para ele, é fundamental haver um “pacto político” entre governo e oposição. “Teremos bons ouvidos para aqueles que se opõem ao nosso governo”, disse o ministro, informando que as “disputas ideológicas podem e devem ser travadas”.

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Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, a proposta de reforma da Previdência apresentada na gestão Michel Temer deve ser reavaliada.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que concentrará suas ações em quatro pilares: abertura da economia, simplificação de impostos, privatizações e reforma da Previdência, acompanhada da descentralização de recursos para estados e municípios.

Para o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, suas prioridades são o combate à corrupção e violência. Um plano anticorrupção está sendo finalizado para ser enviado ao Congresso Nacional e, paralelamente, deverá ser definida uma parceria com os estados para ampliar o sistema de segurança pública em todo o país.

O ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo, disse que quer garantir a paz, evitar conflitos e o uso da violência. No entanto, Azevedo também defendeu mais recursos para a modernização das Forças Armadas para “dissuadir eventuais aventuras”.

A reunião ministerial ocorre após a publicação da Medida Provisória (MP) 870, que define a reestruturação do governo e os detalhes sobre as atribuições e prioridades de cada pasta e áreas específicas.

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cobrou dos demais países do Mercosul esforço maior para aumentar o fluxo de comércio e "fluidez" no bloco. No seu discurso, durante a reunião ampliada do Conselho de Ministros - em que participam também os países associados e convidados -, Figueiredo afirmou que é necessário "resguardar os ganhos das últimas duas décadas".

O ministro endereçou o recado a todos os presentes, mas o alvo prioritário das queixas brasileiras é a Argentina. Apesar da compreensão do Brasil com os problemas do vizinho, as reclamações frequentes são relativas a barreiras não tarifárias impostas periodicamente pelo governo argentino a produtos brasileiros.

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"O comércio interno é o elemento de maior impacto na imagem do Mercosul. Precisamos renovar a fluidez do nosso comércio", pediu o ministro. "Precisamos reafirmar nossa estratégia de inserção externa para atender às expectativas de nossas empresas".

Figueiredo reafirmou a proposta brasileira de antecipar para o fim deste ano o prazo de desgravação tarifária com os demais países da América do Sul - na verdade, o Brasil mira Chile, Peru e Colômbia, países com os quais o Mercosul já tem tarifas zero para mais de 90% dos produtos e recebe o mesmo tratamento. A exceção é a Colômbia, que oferece ao Brasil apenas 58%.

O chanceler brasileiro também defendeu a proposta de acordo comercial com a União Europeia. "O Brasil mantém firme seu interesse. Todos os países já alcançaram ofertas compatíveis com os compromissos assumidos", disse, repetindo a afirmação de que o bloco está pronto e espera hoje pelos europeus.

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