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Após os atos antidemocráticos e criminosos que aconteceram em Brasília-DF no último domingo (8), o Consórcio Universidades de Pernambuco publicou uma nota de repúdio ao acontecimento.

Em posicionamento, as instituições afirmaram lamentar os atos que chamaram de “vandalismo ao patrimônio nacional e à democracia”. As universidades também se mostraram favoráveis à punição dos atores da violência. 

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) publicou uma mensagem separada de apoio às ações do Ministério Público Federal em Pernambuco no sentido de investigar e responsabilizar os autores de atos terroristas na Esplanada dos Ministérios.

Leia a nota completa publicada pelo Consórcio Universitas de Pernambuco e acordado pelas instituições Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf): 

“O Consórcio Pernambuco Universitas lamenta profundamente os atos de vandalismo ao patrimônio nacional e à democracia. Solicitamos a imediata apuração e devida punição a todos os participantes, financiadores, apoiadores e articuladores dos atos terroristas que invadem e depredam os três poderes da República, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. 

Tratam-se de atos criminosos, inaceitáveis e imperdoáveis, orquestrados e coordenados por aqueles que não aceitam o resultado das urnas, buscando destruir o patrimônio público, ferir a soberania popular e violar o Estado Democrático de Direito.”

O Consórcio Universitas, conselho conjunto de algumas instituições de ensino superior de Pernambuco, divulgou, nesta quinta-feira (22), uma nota declarando preocupação com a manutenção da qualidade dos trabalhos desenvolvidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes). O consórcio é formado pelos reitores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape) e Universidade De Pernambuco (UPE).

O posicionamento vem em resposta à nomeação da nova presidente da Capes, Dra. Cláudia Queda de Toledo, nomeada pelo Ministro da Educação Milton Ribeiro no último dia 15. Segundo seu currículo acadêmico, divulgado na plataforma Lattes, Queda de Toledo foi coordenadora de um curso de mestrado que, em 2017, foi descredenciado pela própria Capes, órgão responsável por avaliar a qualidade dos cursos de pós-graduação no país.

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“Defendemos que cargos como o de presidente da CAPES sejam ocupados por pessoas não apenas com qualificação técnica, mas também com profundo conhecimento sobre a pós-graduação e o sistema educacional brasileiro. É imprescindível também que seja capaz de dialogar com toda a comunidade científica e liderar a construção de uma política nacional de pesquisa e pós-graduação.”, diz a carta.

O consórcio afirma ainda a importância da Capes como “a grande responsável pela qualidade da pós-graduação brasileira”, e que seu sistema de avaliação “contribuiu enormemente para o avanço da pesquisa e da inovação tecnológica no país”.

Por fim, a carta emite a preocupação do consórcio com o futuro da qualidade dos trabalhos científicos coordenados e produzidos pelo órgão. “O Brasil é hoje uma referência internacional na formação qualificada de mestres e doutores graças ao trabalho devotado de grandes cientistas brasileiros que estiveram à frente da CAPES ao longo de sua trajetória. Precisamos, portanto, preservar essa instituição, que é um orgulho para todos os pesquisadores brasileiros.”

Confira a nota na íntegra:

"As instituições de ensino superior pernambucanas que formam o Consórcio Universitas se unem a outras entidades acadêmicas e científicas do País para expressar sua profunda preocupação com a preservação da qualidade do trabalho desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que tem tido papel fundamental na formação de recursos humanos de alto nível e na consolidação da pós-graduação no Brasil.

A complexidade do momento atual exige respostas urgentes da ciência brasileira e, mais do que nunca, o papel da CAPES de indutor do desenvolvimento científico e tecnológico se faz de extrema relevância. Não podemos concordar, portanto, com a interrupção e descontinuidade frequentes nas ações da instituição, ameaçando provocar retrocessos e comprometer seu futuro.

Defendemos que cargos como o de presidente da CAPES sejam ocupados por pessoas não apenas com qualificação técnica, mas também com profundo conhecimento sobre a pós-graduação e o sistema educacional brasileiro. É imprescindível também que seja capaz de dialogar com toda a comunidade científica e liderar a construção de uma política nacional de pesquisa e pós-graduação.

A CAPES é, sem dúvidas, hoje a grande responsável pela qualidade da pós-graduação brasileira. O seu bem-sucedido sistema de avaliação dos programas de pós-graduação contribuiu enormemente para o avanço da pesquisa e da inovação tecnológica no País. Ao longo dos seus quase 70 anos de fundação, tem trabalhado incansavelmente para elevar o nível da pesquisa no Brasil bem como no apoio à formação e capacitação de docentes, estudantes de graduação e pós-graduação por meio do fomento de bolsas e auxílios de pesquisa dirigidos aos programas de pós-graduação no País.

O Brasil é hoje uma referência internacional na formação qualificada de mestres e doutores graças ao trabalho devotado de grandes cientistas brasileiros que estiveram à frente da CAPES ao longo de sua trajetória. Precisamos, portanto, preservar essa instituição, que é um orgulho para todos os pesquisadores brasileiros."

Na tarde desta terça-feira (28), os reitores de importantes universidades pernambucanas - UFPE, UPE, UFRPE e Unicap - deram uma entrevista coletiva para apresentar detalhes sobre os semestres excepcionais remotos que serão adotados pelas instituições a partir do próximo mês. Na ocasião, um dos pontos abordados pelos reitores foi a não obrigatoriedade da adesão ou conclusão das disciplinas ofertadas, o que na prática desobriga o estudante de cursar as disciplinas remotas, sem que haja punição ao aluno. 

Segundo Pedro Falcão, reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), uma das razões que levou à decisão de ofertar um semestre opcional foi a dificuldade de acesso à internet por parte de um número muito considerável de estudantes. “Os estudantes não vão ter prejuízos no histórico escolar. Não vai aparecer que ele perdeu um semestre se ele desistir, se for reprovado. Temos 30% de alunos com dificuldade de acesso à conectividade, devido à situação de vulnerabilidade social”, disse ele. Na UPE, o semestre remoto terá dez semanas de duração, entre 8 de setembro e 14 de novembro. 

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciará o semestre remoto excepcional com até 300 horas/aula para a maioria dos alunos, exceto os que estão no último ano de curso, que poderão ter uma carga horária maior para acelerar o processo de formatura. A instituição de ensino também está aderindo a um programa do Ministério da Educação (MEC) junto à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para fornecer pacotes de plano de dados para estudantes carentes de universidades e institutos federais.

De acordo com o reitor, assim como no caso da UPE, “nenhum estudante será penalizado, tendo em vista a pandemia”, afirmou Alfredo. Em caso de reprovação ou desistência do semestre excepcional, as atividades remotas desenvolvidas no período não serão contabilizadas no histórico escolar do aluno.  

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) também iniciará um Período Letivo Excepcional (PLE) com dez semanas de duração no dia 17 de agosto, além de ter instituído um programa de auxílio a estudantes em situação de vulnerabilidade, com o pagamento parcelado de R$ 1.380 para compra de equipamentos eletrônicos. 

O reitor da Rural, Marcelo Carneiro Leão, explica que durante esse período, além de não haver penalidades para estudantes que desistam ou sejam reprovados, as formas de avaliação serão distintas dos semestres convencionais e vão incluir tanto atividades com o professor presente (síncronas) como aquelas que podem ser desempenhadas em tempos diferentes (assíncronas). 

“[A avaliação] pode ser elaboração de projeto, trabalho, atividade online. A gente está dando ênfase nas atividades assíncronas, pois para elas a internet não precisa ser muito potente. Cada professor está fazendo plano de ensino com ênfase em atividades assíncrona, mas também pode ter momentos de atividades síncronas”, disse o reitor.

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