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A presidente Dilma Rousseff afirmou há pouco que nos governos do PT o Brasil "não se ajoelhou" na crise financeira mundial como ocorreu em períodos de turbulência econômica no passado, quando o País era administrado pela oposição.

Em seu pronunciamento na convenção nacional do PT, Dilma disse que no passado o Brasil se defendia de crises econômicas de uma forma "perversa" - com medidas de austeridade, como aumento dos juros e arrocho salarial -, enquanto que na atual o País soube defender o emprego e o salário do trabalhador. "Eles alienavam o nosso futuro", concluiu a presidente.

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A convenção nacional do PT, que ocorre neste momento em Brasília, oficializou a indicação do nome de Dilma para disputar um segundo mandato como presidente da República.

Em meio à polêmica sobre o decreto que institui a política nacional de participação social, o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, reconheceu há pouco que o governo poderia ter feito um "processo muito mais amplo de comunicação" sobre o tema, mas defendeu o combate às acusações de que a matéria seja "chavista" ou "bolivarianista".

"Nós poderíamos ter feito um processo muito mais amplo de comunicação. Muita gente não viu (o decreto), não leu, não gostou e criticou. Nós precisamos, de fato, melhorar o nosso processo de comunicação", afirmou Carvalho, durante entrevista concedida à Fundação Perseu Abramo, antes de participar da convenção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília.

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"Eu acho que o que nós precisamos é desmontar essa ideia de que essa coisa dos conselhos 'é uma coisa meio chavista', 'meio bolivarianista'. Eu não quero aqui adjetivar, não estou falando que é uma coisa equivocada o bolivarismo, não me cabe esse papel. Estou dizendo que (o decreto) é uma outra filosofia de governo onde a sociedade comparece com muita autonomia pro debate, isso faz parte da educação democrática do País", disse o ministro.

O decreto de Dilma pretende "fortalecer e articular" mecanismos de "atuação conjunta" entre governo federal e a sociedade civil, definindo diretrizes gerais de atuação. O texto orienta todos os órgãos federais a adotar consultas populares, mas não altera a composição dos conselhos já existentes nem cria automaticamente mais instâncias.

Convencimento.

Ao falar com jornalistas após a entrevista, Carvalho reiterou que o governo não cogita desistir do decreto. "O que o governo pensa é que o decreto deve ser mantido, nós queremos dialogar com o Congresso, buscando convencer o Congresso, com todo o respeito, evidentemente, de que não vale a pena gastar energia votar contra um decreto que, na verdade, não muda em nada substancialmente a realidade", afirmou o ministro.

Para Carvalho, o Congresso Nacional poderia contribuir no debate sobre participação social com a convocação de audiências públicas para discutir o assunto.

"O Congresso assumiria um papel, um papel de vanguarda, de protagonizar esse debate. Uma forma em que é uma relação ganha-ganha e quem vai ganhar mais é o Brasil", comentou Carvalho. "O decreto fica lá, mas o Congresso assume um papel protagonista em convocar um debate sobre a participação social e sobre esse anseio das ruas em participar da política."

Para o ministro, a discussão sobre o papel dos conselhos e das conferências "é ótima", porque "a imprensa nunca se dedicou" ao tema antes da polêmica envolvendo o decreto. Mesmo assim, Carvalho disse que viu a controvérsia com "uma surpresa extraordinária" e a atribuiu ao resultado desse "grande debate eleitoral e de forças que têm medo" do avanço da democracia.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse há pouco que o governo da presidente Dilma Rousseff não é "portador de ódio" e, num ataque às candidaturas da oposição, afirmou que as alternativas que se apresentam no cenário eleitoral representam uma "política da exclusão". Na avaliação do ministro, "quem apostar na luta ódio contra ódio vai perder". "Nós não somos portadores do ódio, nem queremos polemizar nesse sentido", disse.

No último domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, se em 2002 o PT fez campanha para "a esperança vencer o medo", o foco da próxima corrida presidencial será uma "campanha para a esperança vencer o ódio". Esse comentário de Lula foi feito após a presidente Dilma Rousseff ser vaiada e xingada na Arena Corinthians, palco da abertura da Copa do Mundo.

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"Quem apostar na luta ódio contra ódio vai perder. Não vale a pena. O presidente Lula, como eu, temos denunciado uma prática de disseminação de um ódio de classe contra aqueles que tentam a mudança no País, a gente privilegiada que não quer a mudança. Felizmente ela é uma minoria, e ela dissemina esse ódio difundindo inverdades como, por exemplo, de que nós somos os grande autores da corrupção, que nós somos aqueles que se apoderaram do aparelho de Estado para os seus companheiros, para os 'petralhas', e assim por diante", disse há pouco Carvalho a jornalistas, antes de participar da convenção nacional do PT, em Brasília.

"É disso que se trata a nossa insurgência. Nós não somos portadores do ódio e nem queremos polemizar nesse sentido. Nós queremos que as maiorias vençam as minorias que resistem à mudança. A mudança é pelo bem de todo o mundo, inclusive das minorias. Nós não fizemos um governo de ódio, fizemos um governo que procurou unificar o País", afirmou o ministro.

Enquanto aliados de Dilma apostam no discurso de que Dilma é "vítima das elites", o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves já disse que não vai cair na "armadilha da luta de classes".

Mudanças

Ao falar do slogan da campanha de Dilma, "Mais mudanças, mais futuro", Carvalho afirmou que o Brasil é "testemunha" das mudanças implantadas pela gestão do PT na economia e nas políticas sociais.

"Quem governou esses 12 anos e quem conhece esse país e traz consigo a energia do povo, esse diálogo aberto com a sociedade, como nós sempre fizemos, nós entendemos que (o PT) tem condições objetivas e subjetivas de continuar operando essa mudança que o país precisa", comentou o ministro.

"As propostas que se apresentam como alternativa não são de mudança, representam na verdade o retorno de uma política que era a política da exclusão, em que as pessoas não tinham o direito que hoje têm", disse o ministro, repetindo o discurso de petistas de que a candidatura de Aécio Neves representa um "retrocesso".

"Basta você comparar o Brasil de hoje com o Brasil de 2002. Não há dúvida nenhuma que quem tem condições de continuar fazendo esse processo que o Brasil anseia é a presidenta Dilma e aquilo que ela representa como projeto", concluiu Carvalho.

O ministro da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho, lamentou há pouco o desembarque o PTB da aliança da reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Se é real que houve essa defecção, só posso lamentar", disse o ministro, destacando que não tinha ainda nenhuma informação oficial sobre a decisão petebista.

Na convenção nacional que vai sacramentar a candidatura da presidente Dilma, Carvalho lembrou que o PTB está aliado com o PT "há muito tempo" - desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Carvalho disse ainda que é preciso "valorizar muito" os partidos que continuam na aliança e que a defecção petebista não aumenta as chances de mais dissidências na aliança pela reeleição de Dilma.

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O vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (CE), classificou há pouco de "conversa para boi dormir" a justificativa dada pelo presidente do PTB, Benito Gama, para o desembarque da sigla da aliança para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PTB, que apoiou o governo no primeiro mandato de Dilma, deve anunciar hoje apoio ao candidato do PSDB, senador Aécio Neves, à presidência da República. Ao Estado de S. Paulo, Gama disse que divergências em acordos estaduais com o PT, como em Roraima, Acre, Piauí e Bahía, levaram o PTB a deixar o projeto nacional da presidente Dilma.

"Acho que é conversa para boi dormir. Não é problema nos Estados, isso todo mundo tem", disse Guimarães ao chegar à convenção nacional do PT que oficializa hoje a candidatura de Dilma. Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a perda do PTB - "se confirmada" - embora ruim "não é o fim do mundo". "Chama atenção para termos mais cuidado com os outros aliados", disse.

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Apesar de a justificativa oficial ser problemas nos Estados, a cúpula do PTB estava descontente por não ter conseguido emplacar um posto no primeiro escalão na reforma ministerial deste ano e de não ter conseguido confirmar o líder do partido no Senado, Gim Argello (DF), no Tribunal de Contas da União (TCU).

O secretário-geral do PT, deputado Geraldo Magela (DF), disse que o governo não tem "nenhuma responsabilidade" pela indicação de Gim ao TCU não ter prosperado. "A responsabilidade foi dele. Foi um processo (de Argello) de tentar forçar a barra".

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