Tópicos | Copa Suruga

A Chapecoense pode conquistar o seu segundo título internacional, nesta terça-feira (15), a partir das 7 horas (de Brasília), quando decide contra o Urawa Red Diamonds a Copa Suruga, no estádio Saitama, em Saitama, no Japão. Em partida única, o atual campeão da Copa Sul-Americana enfrenta o campeão da Copa da Liga Japonesa. Em caso de empate no tempo normal, a decisão irá para os pênaltis.

Esta é a 10.ª edição da Copa Suruga, que leva o nome de um banco japonês. É ele quem banca a premiação de US$ 200 mil (perto de R$ 630 mil) ao campeão e de US$ 60 mil (perto de 180 mil) ao vice-campeão. A competição tem muita importância no Japão, que detém a supremacia em cima dos sul-americanos: 5 a 4. O time catarinense, portanto, pode igualar esta disputa. Além disso, conta com a chancela de órgãos importantes como a Conmebol, a J-League e a Fifa.

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O Internacional foi campeão em 2009, quando venceu o Oita Trinita por 2 a 1. O São Paulo, porém, perdeu para o Kashima Antlers por 3 a 2, em 2013. Na época, o clube japonês era dirigido pelo brasileiro Toninho Cerezo.

A arbitragem será neutra, vindo da Coreia do Sul. Uma desvantagem para a Chapecoense vai ser a torcida que deve lotar o estádio Saitama, com capacidade para 63.700 torcedores. Neste local foram disputados quatro jogos da Copa do Mundo de 2002, inclusive a vitória do Brasil sobre a Turquia por 1 a 0, com gol de Ronaldo. Este jogo foi válido pela semifinal, antes do Brasil conquistar o inédito pentacampeonato.

Mas para o técnico Vinícius Eutrópio, a maior dificuldade encontrada por seus jogadores foi com o fuso horário (12 horas de diferença). Isso foi amenizado com a chegada da delegação com quatro dias antecedência, podendo treinar inclusive no horário da partida.

A delegação chegou à cidade de sete milhões de habitantes no último sábado à noite depois de sua passagem pela Europa. Antes perdeu o troféu Joan Gamper para o Barcelona, por 5 a 0, e um jogo-treino para o Lyon, da França, por 2 a 1.

OS TIMES - Vinícius Eutrópio está preocupado em encaixar a marcação para evitar o jogo rápido do adversário. O time japonês usa como expediente o jogo aéreo, o que exige muita atenção em cobranças de faltas e escanteios, além dos cruzamentos.

A baixa principal vai ser o volante Andrei Girotto, negociado com o Nantes, da França. Lucas Mineiro entra em seu lugar. Por ser mais pegador, Luis Antonio recupera sua vaga no lugar de Lucas Marques, enquanto que o equatoriano Penilla entra no lugar do venezuelano Seijas com a obrigação de puxar os contra-ataques.

Mesmo como zebra nesta disputa, o técnico brasileiro tentou mostrar confiança. "Desta vez representamos não só o Brasil como a América do Sul. E temos que fazer bonito, dando o máximo. Os jogadores estão bem conscientes disso".

O Urawa Red Diamonds não vive um bom momento na J-League, a primeira divisão do Japão. Ocupa a oitava posição com 33 pontos, bem atrás do Kashima Antlers, que lidera sozinho com 46. Na última rodada, a 22.ª, porém, venceu por 2 a 1 o Albirex Niigata, que é lanterna e dirigido pelo brasileiro Wagner Lopes. O time joga no esquema 3-5-2, muito utilizado pelos japoneses com forte influência europeia.

No elenco do Urawa Red Diamonds estão dois brasileiros. Um deles é o zagueiro Maurício, atualmente reserva. Ele se formou na base do São Paulo, passou depois por Juventus e foi campeão da Série B do Brasileiro (2011) com a Portuguesa. Chegou a ser chamado para a seleção brasileira de base ao lado de nomes conhecidos como Neymar e Casemiro. O outro é o atacante Rafael Silva, base no São Paulo e profissionalizado pelo Coritiba.

Mas a principal estrela do Urawa Red Diamonds é o eslovaco Zlatan. O atacante defendeu a Eslováquia na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e atualmente está com 33 anos.

O Kashiwa Reysol venceu o Lanús por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Hitachi Kashiwa Soccer Stadium, no Japão, e conquistou o título da Copa Suruga. Comandado pelo brasileiro Nelsinho Baptista, a equipe faturou pela primeira vez este torneio, que é disputado desde 2008 e marca o confronto entres os campeões da Copa da Liga Japonesa e da Copa Sul-Americana.

O meia brasileiro Leandro, autor de uma assistência e do gol de pênalti que decidiu a partida, foi o destaque do duelo, no qual o Japão ampliou o seu domínio como maior vencedor desta competição. Foi o quinto título seguido obtido por um clube japonês, após as conquistas de FC Tokyo (2010), Jubilo Iwata (2011) e Kashima Antlers (2012 e 2013).

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Antes dessa série de conquistas de equipes do Sol Nascente, o Arsenal de Sarandí, da Argentina, e o Internacional foram os primeiros campeões da Copa Suruga, respectivamente em 2008 e 2009. Outro brasileiro a ter disputado este torneio, o São Paulo caiu por 3 a 2 diante do Kashima Antlers na final do ano passado.

No confronto desta quarta, o Kashiwa Reysol abriu o placar aos 44 minutos do primeiro tempo. Kurisawa roubou a bola de Somoza e tocou para Leandro, que com um passe deixou Takayama em ótima condição para finalizar e fazer 1 a 0.

Na etapa final, o time argentino contou com um pouco de sorte para empatar o duelo aos 14 minutos. Somoza, que havia vacilado no lance do gol japonês, arriscou o chute de fora da área, a bola desviou em Masushima e traiu o goleiro Sugeno, que saltava para o outro canto.

Após o gol, o Lanús chegou a acertar uma bola no travessão e por pouco não virou o jogo, mas o time da casa acabou ficando com o título ao ser beneficiado por um lance polêmico no finalzinho. Kudo roubou a bola de Braguieri na intermediária e invadiu a grande área pela direita. Em seguida, ele cavou um pênalti ao deixar a sua perna bater na de um defensor. O árbitro entrou na dele e apontou a penalidade, revoltando os argentinos. O brasileiro Leandro foi para cobrança e garantiu o 2 a 1, aos 44 minutos.

Apesar da derrota por 3 a 2 do São Paulo para o Kashima Antlers, nesta quarta-feira, pela Copa Suruga, o técnico Paulo Autuori fez questão de destacar o poder de reação da equipe. Após terminar o primeiro tempo perdendo por 2 a 0, o time arrancou o empate na etapa final, mas acabou sendo derrotado por ter sofrido um gol no lance final da partida, realizada em Kashima, no Japão.

"Temos de realçar a capacidade de reação da equipe mesmo depois de fazer quatro jogos em uma semana. Reagiu, mostrou caráter e às vezes paga o preço da inexperiência. A perna dos atletas fica um pouco presa, porque são muitas viagens e isso atrapalha um pouco", avaliou.

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Autuori reconheceu que o São Paulo teve desempenho ruim no primeiro tempo, mas depois conseguiu envolver o adversário. De acordo com o treinador, a falta de experiência de alguns jogadores pesou para a derrota. Ele acredita, no entanto, que o grupo vai amadurecer com a decepção provocada pelo gol marcado por Osako aos 47 minutos do segundo tempo.

"Acho que foi um bom jogo. Nossa equipe não esteve bem no primeiro tempo. No segundo pudemos reagir e jogar mais na vertical. Mas na infelicidade sofremos o gol no momento que o jogo estava definido. Nossa equipe é jovem e isso dará mais experiência e aprendizado aos jogadores. Esse jogo de hoje trará mais maturidade", completou.

Após a excursão pela Europa e Japão, o São Paulo volta ao País e entrará novamente em campo no próximo domingo, quando vai enfrentar a Portuguesa, no Canindé, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo é um confronto direto na luta contra o descenso, pois o São Paulo ocupa a 18ª colocação, uma posição à frente da Portuguesa.

O São Paulo encerrou nesta terça-feira a sua excursão pelo exterior com sua terceira derrota em quatro jogos. Na Copa Suruga, torneio disputado entre os campeões da Copa Sul-Americana e da Copa da Liga Japonesa, o Kashima Antlers faturou o título ao derrotar o time do Morumbi por 3 a 2, em casa, no Kashima Stadium.

Nos outros três jogos da excursão, o São Paulo foi derrotado por Bayern de Munique (2 a 0) e Milan (1 a 0), na Alemanha, pela Copa Audi, e venceu o Benfica (2 a 0), em Lisboa, pela Copa Eusébio. Dessa vez, sem alguns titulares, que voltaram ao Brasil e não seguiram para o Japão, o time voltou a perder.

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Após um primeiro tempo apático, o São Paulo reagiu na etapa final e conseguiu empatar a partida. No entanto, no lance final da partida, o Kashima Antlers, que já havia perdido um pênalti, garantiu a sua vitória em um lance de sorte. Após finalização, a bola desviou em Osako, que, assim, marcou o seu terceiro gol na partida e garantiu a conquista do Kashima Antlers, que também venceu a Copa Suruga no ano passado.

Com a excursão ao exterior encerrada, o São Paulo retorna ao País preocupado com a sua situação no Campeonato Brasileiro. A equipe volta a entrar em campo no próximo domingo, quando vai enfrentar a Portuguesa, no Estádio do Canindé, em partida válida pela 13ª rodada. Os dois times estão na zona de rebaixamento da competição.

O JOGO - Com boas jogadas de Aloísio, o São Paulo dominou os minutos iniciais da partida e teve mais posse de bola, mas sem conseguir criar chances perigosas de gol. A primeira delas surgiu exatamente quando o Kashima Antlers deixou o campo de defesa, tentando pressionar o time brasileiro.

Em um contra-ataque, aos 16 minutos, Paulo Henrique Ganso passou para Aloísio, que tocou para Ademilson. Dentro da grande área, o atacante finalizou por cima da meta adversária.

Trocando passes em velocidade, o Kashima passou a ameaçar o São Paulo, especialmente com Osako. E foi dele o gol que abriu o placar da partida, aproveitando a desorganização do sistema defensivo adversário. Aos 24 minutos, Shibasaki foi lançado na ponta direita e tocou para o meio da área. Ogasawara passou para Osako. Ele tirou Rogério Ceni, que demorou a sair do gol, e finalizou para a rede.

O São Paulo não conseguiu reagir após ficar em desvantagem, principalmente pela falta de criatividade do seu meio-de-campo, e ainda sofreu o segundo gol aos 39 minutos. O brasileiro Juninho, na ponta esquerda, cruzou para Osako, que dominou na grande área e tocou para marcar o seu segundo gol na partida.

Para o segundo tempo, Paulo Autuori promoveu as entradas de Lucas Evangelista e Silvinho. O primeiro lance da etapa final, criado por Aloisio, parecia indicar que o time deixaria de lado a apatia que marcou a sua postura nos primeiros 45 minutos.

E o São Paulo logo conseguiu diminuir a vantagem do time japonês. Aos 12 minutos, Ganso aproveitou rebote de bola dividida, avançou pelo meio e finalizou no canto direito da meta do Kashima. Sogahata ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.

Com o São Paulo se lançando ao setor ofensivo, o Kashima conseguiu encaixar um contra-ataque e teve Osako derrubado na grande área por Silvinho. O atacante, então, teve a chance de marcar o seu terceiro gol na partida, mas a cobrança foi defendida por Rogério Ceni.

O árbitro, porém, mandou o pênalti ser repetido, pois considerou que o goleiro se adiantou. Na nova tentativa, Osako chutou para fora, com a bola saindo por cima da meta são-paulina. Assim, o atacante perdeu a chance de marcar o seu terceiro gol na partida e motivou ainda mais o São Paulo, que seguiu pressionando o time japonês.

E o time brasileiro empatou a partida aos 29 minutos. Douglas avançou pela direita e cruzou para Ganso, que passou a Aloísio. Ele precisou apenas finalizar para a meta vazia do Kashima, igualando o placar em 2 a 2.

O São Paulo seguiu no campo de ataque, mas sem conseguir criar chances claras de gol. Assim, a definição da partida parecia seguir para a disputa de pênaltis. Aos 47 minutos, porém, após chute de fora da área de Shibasaki, a bola desviou em Osako e enganou Rogério Ceni: 3 a 2 para o Kashima Antlers, campeão da Copa Suruga.

 

FICHA TÉCNICA

KASHIMA ANTLERS 3 x 2 SÃO PAULO

KASHIMA ANTLERS - Sogahata; Nishi, Maeno (Nakata), Ogasawara e Aoki (Iwamasa); Endo (Nakamura), Shibasaki, Doi (Nozawa) e Yamamura; Osako e Juninho (Umebachi). Técnico: Toninho Cerezo.

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Douglas, Lucas Silva (Roni), Edson Silva e Reinaldo; Wellington, Rodrigo Caio, Maicon (Lucas Evangelista) e Paulo Henrique Ganso; Aloísio e Ademilson (Silvinho). Técnico: Paulo Autuori.

GOLS - Osako, aos 24 e aos 39 minutos do primeiro tempo; Paulo Henrique Ganso, aos 12, Aloísio, aos 29, e Osako, aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Abdul Malik Bin Abdul Bashir (Fifa/Cingapura).

CARTÕES AMARELOS - Ogasawara e Iwamasa (Kashima Antlers).

PÚBLICO e RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - Kashima Stadium, em Kashima (Japão).

O São Paulo chegou nesta segunda-feira ao Japão, onde disputa a Copa Suruga na quarta, contra o Kashima Antlers. E, sem muito tempo de preparação e de adaptação ao fuso horário japonês, o técnico Paulo Autuori já levou os jogadores para fazer o primeiro treino, no centro de treinamento do próprio Kashima Antlers.

O Japão é a última parada da excursão são-paulina. Antes, o time passou pela Alemanha, onde perdeu os dois jogos da Copa Audi (para Bayern de Munique e Milan), e por Portugal, onde conquistou a Copa Eusébio com vitória sobre o Benfica. De Lisboa, a delegação fez um longo voo até Kashima, contando com escala em Paris.

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Do grupo que estava na Europa, cinco jogadores voltaram antes ao Brasil. O zagueiro Paulo Miranda sofreu uma contusão, enquanto o meia Jadson, o atacante Osvaldo, o zagueiro Rafael Toloi e o volante Fabrício foram poupados do desgaste da viagem ao Japão. A preocupação de Autuori é que eles estejam descansados para o jogo contra a Portuguesa, marcado para a noite de domingo, no Canindé, pelo Brasileirão.

No primeiro treino em Kashima, após quase 19 horas de viagem, a atividade ficou restrita à academia, com cerca de 1 hora de exercícios para acelerar a adaptação ao fuso horário. A exceção foram os goleiros Rogério Ceni, Denis e Renan Ribeiro, que, junto com o preparador Haroldo Lamounier, foram ao campo treinar.

"Com uma sequência desgastante como essa, não há como exigir algo muito intenso no começo. Fizemos uma atividade física mais leve, pois eles saíram de um jogo, tiveram uma longa viagem e ainda não estão adaptados ao fuso. É importante tira-los do hotel para que não durmam. A partir de amanhã (terça-feira), podemos intensificar os trabalhos", explicou o preparador físico, Gilvan dos Santos, após o trabalho na academia.

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