Tópicos | credibilidade dos partidos

O novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta a descrença dos pernambucanos com os políticos brasileiros. O estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (13), mostra que 84% dos entrevistados não confiam em nenhum político. Segundo os dados, apenas 9% disseram confiar na classe e 6% não souberam ou não responderam. 

O Instituto UNINASSAU também perguntou, de forma espontânea, qual o partido político mais admirado no Brasil. Na mesma linha de descrença, 71,5% responderam que nenhum. O Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de todas as polêmicas envolvendo a sigla nos últimos anos, é o mais admirado com 17,5%. As outras siglas, com um percentual bem abaixo do PT, aparecem com uma diferença pequena: PSB (1,7%), PMDB (1,3%), PSDB (1,3%) e outros (1,4%). Dos entrevistados, 5,3% não souberam ou não responderam. 

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Avaliando os dados, o coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, declarou que a reputação desfavorável da política é evidente. “Quase 85% dos eleitores não confiam nos políticos. Já os partidos políticos, isso não é novidade, estão em baixa para os eleitores. Tanto partidos políticos como classe política tem hoje um déficit forte de credibilidade. Esses dois dados juntos é um aspecto relevante”, reforçou. 

Se o PT é considerado o mais admirado, ao mesmo tempo, é o mais rejeitado. De acordo com a amostra, 10,7% não gostam da legenda. Em seguida, entre os mais rejeitados, está o PMDB que possui 7,4% Já o PSDB, o PSB e os que disseram outras siglas ficaram, respectivamente, com 5,2%, 2,5% e 1,7%. Os que afirmaram que não gostam de nenhum somam 52,8% e não souberam ou não responderam 19,8%. 

Ainda em destaque, o PT é apontado como a sigla que pode fazer mais pelos pobres com o percentual de 26,1% e, em segundo lugar, o PSB com 1,3%. O maior percentual, entretanto, está entre os que disseram nenhum, 58%. Já 11,4% não souberam ou não responderam e 3,1% disseram outros partidos. O apontado como o que pode fazer mais pelos ricos é o PMDB que ostenta 8,9%. O PSDB, o PT e o PSB receberam 7,1%, 4,6% e 3,5%, cada. 49,3% disseram nenhum e 25,6% não souberam ou não responderam. 

Para Adriano Oliveira, o percentual que aponta o PT como o mais querido entre a classe mais desfavorecida é relevante porque explica a parte da consolidação e da manutenção da liderança do ex-presidente Lula em Pernambuco e no Brasil. 

“É importante destacar que o PT é um partido fortemente identificado com os pobres e o PMDB por conta das reformas, se identifica como o partido de ricos junto com o PSDB. Então, o PT tem a bandeira dos pobres e o PMDB e o PSDB a bandeira dos ricos. Isso nos sugere o porquê Lula mantém essa liderança e ainda existe espaço aberto para o PT apresentar um candidato que não seja Lula na eleição de 2018 com a capacidade de crescimento eleitoral”, explicou o cientista. 

Foram realizadas 2.263 entrevistas, no período de 8 a 10 de maio de 2017, com pessoas residentes em Pernambuco. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro de 2,1%. 

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