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O influencer pernambucano Ney Silva, conhecido como a "Voz da Várzea", causou um mal-estar ao fazer uma visita ao CT Rei Pelé e ser recebido por Marinho e Kaio Jorge, jogadores do Santos. A torcida reclamou da falta do uso de máscara e alguns até cobraram "foco" na final da Libertadores da América, no próximo dia 30. O clube, em nota, nesta sexta-feira (21), admitiu o ato falho. 

O clube disse que o CT Rei Pelé tem sido frequentado apenas por quem participa das atividades diretamente. A entrada de três visitantes, entre eles Ney Silva, foi autorizada por um funcionário. O Santos disse que já apurou o caso e que tomará as medidas necessárias. 

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No seu Instagram, Ney Silva se defendeu mostrando um teste de Covid-19 realizado no dia 19 de janeiro, que teve resultado negativo. Ele pediu desculpas ao clube paulista, e à torcida, que ficou incomodada com a presença dele no treino, e disse que só tirou a máscara para registrar uma foto com Marinho. 

Mas em um vídeo no Instagram, o goleiro Braulio, figura que sempre marca presença nos eventos de Ney Silva, estava sem máscara conversando com o atacante Kaio Jorge e mais uma pessoa, que também não usava o item recomendado pelos protocolos de segurança contra a Covid-19. O vídeo foi gravado por Ney, mas o influencer não apareceu.

O Santos realizou neste domingo a descontaminação do CT Rei Pelé, uma das medidas necessárias para que o local receba os jogadores para avaliações físicas e fisiológicas, agendadas para a próxima terça (23) e quarta-feira (24), com o intuito de retomar a rotina de treinamentos no local.

A volta das atividades presenciais só estará liberada para os clubes participantes da Série A1 do Campeonato Paulista em 1º de julho, de acordo com determinação do governador de São Paulo, João Doria. Mas assim como outros clubes, o Santos vai realizar essas avaliações com o intuito de acelerar a retomada dos trabalhos.

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Na última sexta-feira, o Santos fez testes de coronavírus em 24 jogadores e 45 funcionários. Por pertencer ao grupo de risco, o técnico Jesualdo Ferreira foi testado em sua residência, procedimento que se repetirá com oito atletas do elenco principal que não puderam fazer os exames por questão de logística. E a expectativa no clube é de que os resultados dos testes sejam conhecidos nesta segunda-feira.

Entre os principais clubes do futebol paulista, o Corinthians revelou que registrou 55 casos de coronavírus, sendo 21 jogadores, com 13 já recuperados, e 34 funcionários, com 29 livres da doença. Já o Palmeiras teve quatro resultados positivos no elenco, sendo que um atleta ainda está doente, além de outros seis casos com profissionais da equipe, com três curados.

Quando o Paulistão foi paralisado, o Santos liderava o Grupo A, com 15 pontos, próximo da classificação às quartas de final. Ainda sem datas previstas, o time terá pela frente Santo André e Novorizontino nas duas rodadas finais da primeira fase.

A Secretaria do Patrimônio da União em São Paulo (SPU-SP) mandou o Santos desocupar a área do CT Rei Pelé. O clube foi notificado no último dia 26 de setembro. A decisão tem base no inquérito civil instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) de Santos em abril de 2008. Questionado pela reportagem sobre o caso, o Santos afirmou que "não comenta nenhum tipo de assunto sub judice (em análise pelo juiz responsável)".

O terreno pertence à União e foi concedido ao clube em 6 de novembro de 1996, de acordo com a certidão nº 21/96 do Ministério do Patrimônio da União (MPU), e previa a instalação de um local de treinamento para a população mais carente, com a meta de formar atletas em diversas modalidades esportivas. O local passou por constantes vistorias e diligências, entre os anos de 2000 e 2006, comprovando na época que o clube cumpria o acordo.

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Em 9 de abril de 2008, o procurador Rodrigo Joaquim Lima, do MPF de Santos, instaurou inquérito civil porque o clube teria deixado de cumprir sua parte no acordo. Mais de oito anos depois, em 19 de dezembro de 2016, a procuradora Juliana Mendes Daun Fonseca, também do MPF de Santos, emitiu ofício à Consultoria Jurídica da União em São Paulo (CJU-SP) e à SPU-SP solicitando manifestação sobre o projeto apresentado pelo Santos em julho daquele ano.

No dia 20 de março de 2017, a procuradora concluiu que o clube não mantinha a destinação pública pactuada, o que demandaria a rescisão contratual e consequente retomada do bem público federal. No mesmo dia, a procuradora Juliana Mendes Daun Fonseca mandou o Santos enviar, em um prazo de 90 dias, projeto que atendesse ao contrato de cessão gratuita.

Um laudo que contraria as afirmações do MPF de Santos foi apresentado pelo Santos em 11 de julho, apontando 89 ações e projetos sociais entre janeiro de 2015 e junho de 2017, contestando a SPU, que não aceitou as explicações e notificou o clube. A decisão pede desocupação imediata

A Secretaria do Patrimônio da União em São Paulo afirma que está analisando medidas judiciais cabíveis porque o Santos não se manifestou. De acordo com o Ministério Público Federal em de Santos, foi feita uma análise dos fatos e documentos apresentados pelo clube, informações avaliadas pela SPU e a Consultoria Jurídica da União em São Paulo, instituições com poder para decidir se há respaldo jurídico e técnico à manutenção do contrato de cessão. O MPF informou ainda que aguarda o posicionamento definitivo dos órgãos, e que tomará medidas administrativas e judiciais para assegurar o interesse público.

Inaugurado em 1º de outubro de 2005, o CT Rei Pelé ocupa uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados entre a rua Rangel Pestana e as avenidas Francisco Manoel e Waldemar Leão, no bairro do Jabaquara. Tem três campos, piscina para recuperação física e fisioterápica, sala de musculação, vestiários, salas de gerência e administração, espaço de fisiologia, setor de psicologia e assessoria especializada.

Abriga ainda o Hotel Recanto dos Alvinegros, onde os atletas ficam concentrados antes das partidas, em 28 suítes, com TV a cabo, pontos de internet, ar condicionado e frigobar, salão de jogos, auditório e refeitório, além de uma área destinada aos jornalistas, espaço para coletivas de imprensa e acesso aos treinos.

Antes da construção do CT, funcionava no terreno o Conjunto Poliesportivo Chico Guimarães, da prefeitura de Santos, usado em torneios e jogos de equipes amadoras da cidade.

A goleada por 8 a 0 sofrida diante do Barcelona gerou revolta na torcida do Santos, que só piorou com a "fuga" da delegação no desembarque em Guarulhos, na madrugada deste domingo (4). Com medo de protestos violentos contra seus jogadores, a diretoria resolveu fugir na chegada ao Brasil, que aconteceu sem alarde. Para deixar o aeroporto, o elenco fez um esquema especial de segurança por dentro da pista.

Cerca de 50 torcedores esperavam o Santos no setor de desembarque internacional do aeroporto. Eles usavam nariz de palhaço e estavam 'armados' com ovos, que pretendiam atirar nos jogadores. A Polícia Federal não autorizou a entrada de um ônibus particular na pista para retirar os jogadores, então o grupo e os dirigentes fizeram um deslocamento interno pelo aeroporto até o terminal 4, que fica a 2,5 km do terminal 2, onde eram aguardados pela torcida.

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A mudança de planos pegou os torcedores de surpresa. Eles chegaram no aeroporto às 21h e alguns deles estavam com a camisa da Torcida Jovem, uma das uniformizadas do clube. Também mostravam irritação, principalmente com o Comitê Gestor do Santos e com o gerente de futebol, Nei Pandolfo. Irritados com o "drible" tomado pelos jogadores no desembarque, os torcedores prometem agora novas manifestações na frente do CT Rei Pelé, em Santos. Eles asseguraram, no entanto, que o protesto maior vai acontecer na Vila Belmiro, quarta-feira, quando o Santos enfrenta o Corinthians pelo Brasileiro.

A ordem dos organizados é poupar os meninos e também boa parte dos jogadores. A bronca vai recair mesmo em cima da diretoria. O clima para o clássico na Vila não é dos melhores nesse momento. Até quarta-feira, a diretoria vai tentar costurar uma paz. Promete reforços em breve. Para não expor ainda mais os jogadores, anunciou que não serão feitas entrevistas coletivas até sábado, independentemente do resultado do jogo de quarta-feira. No domingo, o confronto é com o Cruzeiro, no Mineirão.

A revolta dos torcedores já havia ficado clara na sexta-feira, data da goleada, quando os muros da Vila Belmiro foram pichados com pedidos de queda do presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e do Comitê de Gestão do clube. A diretoria chegou a emitir nota para acalmar a torcida, assumindo a responsabilidade pelo resultado e prometendo que a equipe vai reagir.

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