Tópicos | Daniel Godinho

A queda nas exportações do Brasil para países da América Latina foi puxada pela Argentina, destacou o secretário de comércio exterior do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho. Somente as vendas brasileiras de automóveis para o mercado argentino caíram 64% em janeiro. Foi justamente a retração de 58% nos embarques de automóveis que explicou a queda das vendas de manufaturados no mês passado.

Godinho afirmou também nesta segunda-feira, 2, que a queda no preço do minério de ferro afetou as exportações brasileiras para a China. Segundo ele, as exportações de minério de ferro para o país asiático caíram 63% no mês passado por causa, principalmente, do fator preço.

##RECOMENDA##

O secretário disse que houve uma pequena queda nas quantidades embarcadas que ainda não indicam um tendência de diminuição da demanda chinesa, embora tenha admitido que a desaceleração da economia da China pode vir a afetar a demanda. "Se isolarmos a China, para o restante da Ásia tem crescimento, principalmente para Indonésia e Vietnã. Temos que olhar para o mercado chinês para entender a queda para das exportações para a Ásia", comentou.

Para os Estados Unidos, houve uma queda das exportações de 3% por conta do recuo nos preços do petróleo. As vendas do combustível para o mercado norte-americano caiu 45%, o que foi compensado em parte pelo aumento das exportações de semimanufaturados de ferro e aço e aviões.

Houve também uma queda de 9,3% nas importações brasileiras dos Estados Unidos, reduzindo o déficit comercial entre os dois países. Os EUA foram o principal mercado de produtos brasileiros manufaturados em 2014 e o governo conta com a continuidade da melhora do mercado para aumentar as vendas para o país.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou na tarde desta segunda-feira, 5, que o déficit da balança comercial em 2014, de US$ 3,9 bilhões, se deve principalmente à queda dos preços de commodities superior ao esperado (especialmente minério de ferro), cenário internacional desfavorável e a conta petróleo.

Segundo ele, a conta petróleo apresentou melhora, mas ainda registra déficit "bastante elevado". Outros fatores de impacto, segundo Godinho, são a safra brasileira de grãos e a taxa de câmbio.

##RECOMENDA##

Godinho destacou que o déficit do ano passado representa apenas 1,7% do total de exportações do País. Em 1997, quando ocorreu o maior déficit da série histórica, de US$ 6,7 bilhões, esse valor representava 11,3% das vendas externas do Brasil.

O secretário chamou atenção para o fato de que o número de exportadores subiu no País pelo segundo ano consecutivo, passando de 18.809 em 2013 para 19.250 em 2014. Além disso, a exportação, que somou US$ 225,1 bi no ano, foi o quarto maior valor da série histórica. As importações, por outro lado, somaram US$ 229 bilhões e tiveram a quarta maior cifra.

Demanda

Godinho também disse que entre os 15 principais destinos dos produtos brasileiros, em 10 houve queda de demanda. O recuo, no entanto, não foi apenas de itens oriundos do Brasil, atingiu também outras praças.

O cenário para o País foi desfavorável ainda entre as economias que apresentaram aumento da demanda, regiões que buscaram produtos que não estavam na pauta de exportações dos brasileiros - caso da União Europeia e da China.

O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, defendeu nesta segunda-feira (3) a política do governo de redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis que foi contestada na Organização Mundial de Comércio (OMC), na semana passada, pela União Europeia.

"O Brasil acredita que os regimes contestados pela UE são plenamente compatíveis com as regras multilaterais. Estamos muito confiantes com o resultado do painel", afirmou.

##RECOMENDA##

A União Europeia argumentou que o Brasil aplica altos impostos internos para importações em diversos setores, enquanto os produtos brasileiros podem se beneficiar de isenções ou reduções seletivas.

O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou nesta segunda-feira (3) que mantém para esse ano a previsão de um superávit comercial em 2014. Ele, no entanto, destacou que é preciso esperar o resultado da balança em novembro que será decisivo para confirmação dessa expectativa.

Godinho destacou que dezembro é um mês tradicionalmente superavitário. Há um esforço do lado das exportações para fechamento de contratos e diminuição de estoques. Também há menor importação de insumos por causa da produção industrial menor no começo do ano.

##RECOMENDA##

O secretário também acredita que deve haver uma melhora na chamada conta-petróleo, principalmente por conta do aumento da produção e das exportações. "Há uma concentração de aumento da produção de petróleo nos últimos meses do ano", afirmou.

De acordo com dados do MDIC, a balança comercial da chamada conta-petróleo registrou um déficit de US$ 13,773 bilhões de janeiro a outubro. Segundo Godinho, se mantido o ritmo das importações no ano, a conta-petróleo deve fechar 2014 com um déficit na casa dos US$ 15 bilhões. "Esse é um dos fatores importantes para o resultado da balança comercial no ano", destacou.

Godinho também espera uma melhora nas vendas de minério de ferro, com possível aumento da quantidade embarcada em novembro e dezembro, além de uma continuidade do aumento da exportação do complexo carne que cresceu 5% de janeiro a outubro e 11% somente em outubro, 11%.

Minério e Argentina

O secretário avaliou ainda que dois fatores em 2014 tiveram um desempenho divergente do esperado pelo ministério e pelos analistas de comércio exterior. Segundo ele, um dos fatores foi a queda de preços internacionais mais acentuada que o previsto. "A expectativa era de que o preço se acomodasse em patamar mais baixo que em 2013, mas a queda foi maior que o previsto pelo MDIC e pelos especialistas", comentou.

Godinho disse que o minério de ferro teve queda no preço na ordem de 20% esse ano em relação a 2013. Somente em outubro, o recuo foi de 40%. Segundo o secretário, se os preços estivessem no mesmo patamar do ano passado, as exportações de minério de ferro teriam sido US$ 5,4 bilhões a mais.

Outro fator que afetou negativamente a balança, afirmou Godinho, foi a queda forte na demanda da Argentina, terceiro parceiro comercial e principal comprador de manufaturados brasileiros. Segundo ele, a demanda da Argentina por produtos brasileiros caiu 27% no ano. A procura por manufaturados diminuiu 29% e de automóveis, 44% no acumulado do ano.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando