Tópicos | outubro 2014

O Brasil encerrou o mês de outubro com 19,655 milhões de acessos de TV paga. O número está presente no balanço divulgado nesta sexta-feira (5) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De cada cem domicílios brasileiros, 29,98 tinham o serviço de TV por assinatura ao final de outubro, aponta a agência. Nesse cálculo de densidade, a Anatel leva em consideração o número de domicílios estimado a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Estado com a maior base de assinantes é São Paulo, com 7,473 milhões de domicílios atendidos pelo serviço. Isso significa que de cada cem endereços paulistas, 50,79 têm TV por assinatura. O Distrito Federal tem uma base bem menor, de 509,8 mil acessos da TV paga, mas que resulta em uma densidade de 56,97 endereços atendidos a cada cem domicílios brasilienses, a mais alta do País. A menor densidade foi verificada no Piauí, onde há 77,9 mil acessos. Ou seja, de cada cem domicílios piauienses, 8,29 têm TV paga.

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Na divisão de mercado, a liderança foi obtida pela Telmex (Claro/Embratel/NET), com 10,423 milhões de acessos (53,03% de participação). O segundo lugar ficou com a SKY/DirecTV, com 5,653 milhões de acessos (28,76%). A terceira colocação foi ocupada pela OI, com 1,122 milhão de acessos (5,71%). São citados também, com menores participações, Vivendi (GVT), Telefônica, Big Brasil, Algar (CTBC Telecom), NossaTV, Cabo, Prefeitura de Londrina/Copel e "outros".

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou nesta quarta-feira, 26, que o governo optou este ano por adotar uma política não recessiva para manter os investimentos e as políticas sociais. Segundo ele, a decisão do governo de descontingenciar R$ 10,1 bilhões no último relatório de avaliação de receitas e despesas divulgado na última sexta-feira, 21, tem como objetivo manter as despesas em áreas essenciais, como saúde. "São despesas essenciais em áreas sociais. Não é gasto que podemos decidir fazer ou não", afirmou.

O secretário disse ser normal fazer ajustes nas projeções do governo. Ele contou que houve ano em que a receita, no último dia, ficou R$ 9 bilhões a menos que o previsto. "É um fato. E nós tivemos que ter condições de cumprir a meta. A existência de diferenças ao longo do período sempre ocorre", justificou.

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Augustin afirmou que sempre tem análises mais conservadoras que dizem que o resultado primário vai ser pior. "Esse ano não está bem. Então a previsão conservadora estava certa, mas em outros anos estava errada", disse.

O secretário afirmou que há momentos em que o resultado primário é ajustado ao ciclo econômico para ajudar quando a economia perde dinamismo. "Foi uma decisão que achamos correta, de apostar e trabalhar para que a economia não tivesse danos maiores por conta da crise internacional", afirmou.

Rebaixamento

De acordo com Augustin, há uma "grande vontade de enxergar dificuldades" e que, por isso, muitos usam o plural para dizer que agências de classificação de risco rebaixaram a nota do Brasil, quando, na realidade, foi apenas uma. "É tanta vontade de alguns de enxergar isso que eles usam o plural, "as agências", quando é um caso e uma agência", disse.

Em seguida, Augustin argumentou que o Brasil teve, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, sete rebaixamentos. "Portanto, isso não é uma situação não usual, isso pode ocorrer", disse. "Isso não é uma situação anormal. Evidentemente, quando há momentos em que você tem que ter política anticíclica, é normal que isso se reflita na avaliação das agências. Três agências fizeram reavaliação, uma manteve como estava, uma rebaixou e outra colocou outlook negativo", lembrou.

Augustin evitou dizer se acredita que ocorrerá novo rebaixamento. "As análises previstas são para o ano que vem. Até lá vamos ter um trabalho normal e acho que fundamentos não indicam isso (rebaixamento)", disse, acrescentando que a participação dos estrangeiros na dívida tem crescido.

Os bancos públicos continuam a puxar o aumento do estoque de crédito em 2014 até outubro, ainda que em um ritmo mais brando do que o visto no ano passado. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Banco Central, houve avanço de 12,4% no ano até agora nesse segmento, para um total de R$ 1,562 trilhão. Apenas em outubro, o crescimento foi de 1,3% e, em 12 meses, de 18,3%.

Nos bancos privados nacionais, o avanço foi de 3,7% no ano até o mês passado, para R$ 936,2 bilhões. Em outubro, houve avanço de 0,4% e, em 12 meses encerrados no mês passado, alta de 6,5%. Já nos bancos estrangeiros, houve alta de 1,3% no acumulado do ano, para R$ 427,436 bilhões. A elevação mensal foi de 0,4% e em 12 meses o segmento registra alta de 4,8%.

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A inadimplência ficou praticamente estável nas instituições oficiais, com queda de 0,1% em outubro. Nas privadas nacionais, a taxa também caiu 0,1% e, nas estrangeiras, o calote ficou estável. As provisões ficaram subiram levemente (0,1%) nos bancos públicos e ficaram estáveis tanto nos nacionais privados quanto nos estrangeiros.

BNDES

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceram 1,2% de setembro para outubro, somando R$ 565,674 bilhões. No ano, até outubro, a expansão está em 10%% e, em 12 meses, em 16,1%.

Em outubro sobre setembro, houve avanço de 2,4% nas linhas de capital de giro (R$ 21,164 bilhões), de 1,2% no financiamento ao investimento (R$ 534,151 bilhões) e alta de 1,7% nas modalidades para o setor rural (R$ 10,359 bilhões) por parte do banco de desenvolvimento.

O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Nunes, disse nesta segunda-feira (24) que a arrecadação de impostos e contribuições federais terá uma estagnação esse ano e não apresentará um crescimento real. "Tendo em vista o novo relatório (de avaliação de receitas e despesas divulgado na sexta-feira), o incremento da arrecadação será em torno de 0%. Não vai ter alta real", disse.

Segundo ele, a Receita vem reavaliando os números, à medida que o tempo vai passando, com base nos novos parâmetros macroeconômicos do governo. A arrecadação pode e deve passar por processo de revisão contínua observando as variáveis daquele ano", argumentou.

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Sobre 2015, a Receita preferiu não revelar as projeções de desempenho da arrecadação, apesar de o governo também ter revisto os parâmetros para o ano que vem. Segundo o coordenador de Previsão e Análise, Raimundo Elói de Carvalho, a Receita só irá se pronunciar no relatório de programação orçamentária que tem que ser divulgado no início de 2015 com base no orçamento aprovado pelo Congresso. Segundo Carvalho, os novos parâmetros vão guiar os parlamentares na votação.

"O projeto está sendo apreciado no âmbito do Congresso e não há possibilidade de o Executivo interferir no processo", complementou Nunes.

Refis

Apesar da frustração das receitas extras com o Refis nos meses de setembro e outubro, a Receita Federal mantém em torno de R$ 18 bilhões a previsão de arrecadação com o parcelamento em 2014. Em agosto, o Fisco informou que haveria um recolhimento mensal, até dezembro, de R$ 2,2 bilhões. No entanto, a arrecadação ficou em R$ 1,6 bilhão por mês.

Nunes explicou que parte dessa frustração se deve ao fato de alguns contribuintes terem antecipado o pagamento da entrada na parcela de agosto. "Nós temos certeza que isso ocorreu. Temos esse dado", disse. Outro fator são os contribuintes que estão pagando menos que o devido. Nesse caso, o secretário afirmou que eles podem ser excluídos do programa. "Os inadimplentes estão sujeitos a sanções previstas nas leis que regem o parcelamento", afirmou.

Apesar da arrecadação abaixo do esperado, Nunes disse que a reabertura do prazo de adesão ao Refis até 1º de dezembro irá reequilibrar a conta. Segundo ele, são esperados em torno de R$ 1 bilhão com a nova chance dada aos contribuintes pelo Congresso. A Receita também espera cerca de R$ 3 bilhões esse mês com a quitação de parcelamentos em andamento por contribuintes que querem usar a base de cálculo negativa de CSLL, com pagamento de 30% do valor do débito em dinheiro. O Refis aberto em agosto já rendeu R$ 10,433 bilhões até outubro e mais R$ 3,2 bilhões devem ser arrecadados nos últimos dois meses do ano.

Balancete de suspensão

De acordo com Nunes, as empresas têm usado os chamados "balancetes de suspensão", o que impacta o recolhimento dos tributos IRPJ e CSLL. Na prática, significa que as empresas deixaram de pagar tributos no mês para compensar o que pagaram a mais nos meses anteriores com base no modelo por estimativa mensal.

"As empresas estão apresentando recolhimento menor das estimativas, fazendo balancete de suspensão. Elas deixam de efetuar o recolhimento quando fazem balancete de suspensão", disse Nunes. Em outubro, o recolhimento de IRPJ e CSLL, que são impostos ligados ao lucro das empresas, somou R$ 19,3 bilhões, o que representa R$ 3,1 bilhões a menos que o valor arrecadado em outubro de 2013. A queda foi de 14,07%.

"Os 3 bilhões (de reais) a menos em outubro e os comportamentos ruins em meses anteriores estão associados a um pequeno conjunto de empresas, mas representativas em termos de arrecadação", explicou Nunes.

A comparação também foi impactada, segundo Nunes, devido ao comportamento de alguns contribuintes no mês de outubro. "Tivemos um número restrito de contribuintes, menor que 5, que tiveram recolhimento expressivo em outubro do ano passado e acabou impactando na comparação", disse.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, projetou nesta segunda-feira, 24, que o déficit das transações correntes de novembro deve ser de US$ 8 bilhões. Para outubro, ele havia previsto um saldo negativo de US$ 6,6 bilhões, mas acabou ficando em US$ 8,131 bilhões. A diferença do mês passado foi atribuída ao desempenho da balança comercial, de acordo com o técnico. Ele salientou que, nos primeiros dias deste mês, o saldo comercial já mostra déficit elevado, daí a projeção maior para este mês.

Se a nova estimativa de Maciel para o mês de novembro for confirmada, a projeção do Banco Central para o resultado do ano, de US$ 80 bilhões, já será extrapolada. Apesar disso, ele disse que não faria ajustes nas expectativas agora porque isso, tradicionalmente, só é feito em dezembro, quando é conhecido o dado de novembro. O técnico lembrou que dezembro é mês sazonalmente favorável para as contas externas.

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Maciel disse também que o resultado da conta corrente em 12 meses, de 3,73% do Produto Interno Bruto (PIB) é o maior desde fevereiro 2002 (3,94%). Nesse período, o resultado está no vermelho em US$ 84,428 bilhões.

Outubro

De acordo com Maciel, o déficit de outubro é maior para o mês da série histórica iniciada em 1980. Ele acrescentou, porém, que, como os volumes antes dessa data eram menores, é possível considerar que é o maior desde 1947, quando o BC começou a levantar os dados de transações correntes. O resultado de outubro, comentou o técnico, também ficou maior do que a previsão e também mais elevado do que o saldo do mesmo mês de 2013.

A balança comercial, segundo Maciel, voltou a ser a grande responsável pelo déficit maior das transações no mês passado. Ele salientou que o preço das exportações recuou 4,2% de janeiro a outubro ante mesmo período de 2013. "O preço das exportações recuou de forma significativa levando-se em conta o mesmo quantum", comentou.

Como exemplo, o economista citou que, nesse período, houve queda de 20% do preço de minério de ferro; 5% de soja, 9% de açúcar em bruto, 8% de celulose e 23% de milho. Já o conjunto de preços importados nos primeiros dez meses do ano recuou de forma mais branda: 1,5%.

IED

O chefe do Departamento Econômico do BC disse também que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) segue fluindo em níveis significativos para o Brasil, deixando o País em situação confortável para o financiamento do déficit em transações correntes. Segundo ele, esses recursos, direcionados ao setor produtivo, financiam a maior parte do rombo externo, mas outras fontes de financiamento também têm apresentado bom fluxo, a exemplo das taxas de rolagem, que em outubro ficaram em 282%.

Maciel ainda disse que a expectativa do BC para novembro é de que o IED registre ingresso de US$ 4 bilhões, número que se confirmado vai deixar o País distante em US$ 7,8 bilhões da previsão da autoridade monetária para a entrada de investimentos no ano, projeção que está em US$ 63 bilhões.

A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,637 bilhão em outubro. Segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central, esse saldo negativo é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior (US$ 2,124 bilhões) acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil (US$ 488 milhões). O saldo negativo foi menor do que o visto em setembro de 2013, de US$ 1,760 bilhão. No acumulado do ano até o mês passado, o déficit da conta de viagens soma US$ 15,850 bilhões ante US$ 15,367 bilhões vistos em igual período de 2013.

No mês passado, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, salientou que já havia moderação nas despesas de viagens, apesar de essa conta ainda registrar crescimento. Para ele, os gastos dos brasileiros no exterior devem esfriar nos próximos meses por causa da alta recente do dólar. A expectativa do técnico era de que essa diminuição começasse a ser vista nos dados de setembro. Em instantes, Maciel comentará os dados referentes a outubro.

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O movimento no comércio brasileiro cresceu 0,2% em outubro de 2014, em relação a setembro, e subiu 3,5% na comparação com outubro do ano passado. A alta foi percebida pelo levantamento da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que considera a quantidade de consultas à base de dados por empresas do setor varejista. No acumulado de 12 meses encerrados em outubro, o indicador subiu 4,8% quando comparado ao mesmo período de 2013.

Na avaliação dos especialistas da Boa Vista SCPC, a evolução do varejo é "modesta" neste ano, especialmente quando se observa a variação no período de 12 meses. O desempenho de outubro mantém-se em consonância à projeção de crescimento de 3,5% em 2014.

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No longo prazo, o setor de "Móveis e Eletrodomésticos" é o que mais contribui para a evolução do indicador. Nos 12 meses encerrados em outubro, houve elevação de 7,8%. No mês, o setor apresentou alta de 0,7%, descontados efeitos sazonais. A atividade do setor de "Supermercados, Alimentos e Bebidas" caiu 0,2% em outubro, na série dessazonalizada. Com isso, a variação acumulada em 12 meses cresceu apenas 2,3%.

O segmento de "Combustíveis e Lubrificantes" subiu 0,9% na variação mensal dos dados com ajuste sazonal. O setor apresentou alta de 6,9% na avaliação de longo prazo nos 12 meses encerrados em outubro. Por fim, a categoria de "Tecidos, Vestuários e Calçados" apresentou alta de 1,3% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Houve aceleração nos 12 meses acumulados, ficando em 5%.

Os dados de atividade da indústria em outubro mostraram melhora em relação a setembro, mas continuam abaixo do patamar registrado em 2013. É o que mostra a Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A utilização da capacidade instalada da indústria em outubro teve uma leve alta, subindo de 72% em setembro para 73% em outubro. Houve queda, entretanto, na comparação com outubro do ano passado, quando estava em 75%.

No mês passado, em uma escala na qual valores abaixo de 50 pontos representam queda e acima de 50 pontos representam aumento, a produção industrial registrou 50,8 pontos. Em setembro, havia queda, com o indicador em 49,7 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano passado, também houve queda. Em outubro de 2013, o indicador estava bem melhor, em 54,5 pontos.

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Apesar da melhora em relação a setembro, os dados de outubro ainda apontam uma atividade industrial fraca, segundo a avaliação da CNI. Além disso, de modo geral, tanto outubro quanto novembro são meses de maior atividade do setor.

A Sondagem mostra ainda que o emprego na indústria continua caindo, com o indicador em 47,1 pontos. Esse recuo, no entanto, é menos intenso que o registrado em setembro, quando o indicador ficou em 46,8 pontos. Em outubro de 2013, o indicador era mais positivo, com 49,9 pontos.

A utilização da capacidade instalada na indústria está bastante distante do usual para esse período do ano. Em outubro, o indicador que faz essa correlação registrou 42,9 pontos, ante 42,5 pontos de setembro. Em outubro de 2013, estava em 46,7 pontos.

O indicador de estoques ficou em 50,5 pontos em outubro, ante 50,2 pontos em setembro. Na relação dos estoques efetivos e os planejados pelos empresários, o indicador ficou em 51,0 pontos em outubro, ante 51,3 pontos em setembro. "Um ponto de atenção é que o nível de estoques das grandes empresas cresceu e aumentou o volume de estoque indesejados", avaliou a CNI.

Seis meses

As expectativas dos empresários para os próximos seis meses continuam negativas, segundo a sondagem. A pesquisa aponta que o indicador de demanda ficou em 50 pontos em novembro, ante 52,3 pontos em outubro. Os valores variam de zero a cem. Abaixo de 50 revelam expectativas negativas.

A perspectiva quanto ao número de empregados também caiu, de 50,1 pontos para 47,9 pontos. O indicador que mede a expectativa quanto à compra de matérias-primas teve leve queda, de 46,9 pontos para 46,4 pontos.

As roupas pesaram mais no orçamento das famílias de baixa renda em outubro, assim como os itens de higiene e cuidado pessoal. Por outro lado, os alimentos, que comprometem quase um terço do rendimento mensal desses consumidores, deram uma trégua, assim como a tarifa de eletricidade residencial, que vem registrando aumentos consideráveis ao longo de 2014. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) registrou alta de 0,46% no mês passado, resultado idêntico ao observado em setembro.

Ao todo, quatro das oito classes de despesas ganharam força na passagem do mês, segundo o índice que apura a inflação percebida pelas famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. A principal influência foi o grupo Vestuário (-0,11% para 0,96%), diante das roupas 0,91% mais caras.

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Também aceleraram em outubro os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,57%), Comunicação (0,03% para 0,31%) e Despesas Diversas (0,06% para 0,13%). Em cada categoria, os destaques partiram dos itens de higiene e cuidado pessoal (0,31% para 0,87%), tarifa de telefone residencial (-0,81% para 0,11%) e alimentos para animais domésticos (-0,24% para 0,38%), respectivamente.

No sentido contrário, a Alimentação desacelerou de 0,49% para 0,43%. As carnes bovinas subiram 1,51%, menos que os 2,81% de setembro. Além disso, ficaram mais baratos a cebola (-16,49%), a batata inglesa (-4,37%), os ovos (-4,44%) e o leite longa vida (-0,60%), embora o tomate tenha subido 17,35%.

Na Habitação (0,70% para 0,55%), o alívio veio da tarifa de eletricidade residencial (2,79% para -0,22%). Apesar disso, a taxa de água e esgoto residencial, que vem contabilizando os descontos concedidos em São Paulo para quem reduz o consumo, subiu 1,05% em outubro, após queda de 1,17% em setembro.

Também perderam força na passagem do mês Transportes (0,41% para 0,12%) e Educação, Leitura e Recreação (0,48% para 0,38%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de ônibus urbano (0,36% para 0,05%)e passagem aérea (12,13% para -8,18%), respectivamente.

Acima da média

A taxa do IPC-C1 de outubro foi superior à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) mostrou alta de 0,43% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV.

No acumulado em 12 meses, o IPC-C1 passou de 6,53% em setembro para 6,24% até outubro de 2014. O resultado, desta vez, se manteve em patamar inferior em relação ao IPC-BR, que avançou a 6,84% em igual período.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda subiu 0,46% em outubro, resultado idêntico ao observado em setembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) divulgado nesta quarta-feira (12), pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula altas de 4,97% no ano e de 6,24% em 12 meses.

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A inadimplência voltou a acelerar em outubro. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), divulgados nesta segunda-feira (10), os calotes no mês passado cresceram 3,95% em relação a outubro de 2013. Em setembro, a expansão da inadimplência era de 3,84% na comparação anual.

Os dados mostram que a quantidade de CPFs negativados aumentou de 54 milhões para 55 milhões no mês passado. De acordo com o SPC, entretanto, o resultado de outubro ainda é a segunda menor expansão da inadimplência em 2014.

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Em relação a setembro deste ano, a inadimplência em outubro subiu 1,26%. Para o SPC, o avanço dos calotes, apesar dos incentivos e "feirões" de negociação de dívidas, reflete as dificuldades dos consumidores em quitar seus débitos. Embora a inadimplência tenha avançado em outubro, o SPC acredita que esse indicador deve desacelerar até o fim do ano devido ao recebimento das parcelas do 13º salário.

O número de dívidas em atraso também aumentou em outubro na comparação com o mesmo mês de 2013, com avanço de 3,93%. Já em relação a setembro deste ano, o indicador ficou praticamente estável, com ligeiro crescimento de 0,06%. Mas a quantidade de novas pendências, com até 90 dias de atraso, aumentou 13,55% na comparação mensal.

Renegociações

A alta da inadimplência em outubro reverteu a queda registrada em setembro, na avaliação da economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti. "Estamos em um período de renegociações de dívidas e há a entrada de novas parcelas do 13º salário, mas, por outro lado, a dificuldade de pagamento dos débitos continua. A taxa de juros voltou a subir e a confiança dos consumidores é cada vez menor. Então, existem fatores positivos e negativos, mas os negativos estão pesando mais", completou a economista.

Mas, para Marcela, novembro e dezembro devem trazer dados mais positivos para a inadimplência. "Vamos continuar tendo mais inadimplência do que em 2013, mas o ritmo de crescimento deve diminuir. O brasileiro não deve porque quer, mas por descontrole financeiro mesmo. Então o 13º deve ser muito usado para resolver essas pendências", afirmou. "O ideal seria quitar tudo agora e não se endividar tanto no Natal, porque existem muitos compromissos financeiros no começo do ano", completou.

As dívidas mais antigas, com atrasos superiores a 365 dias, continuam representando a maior parte da inadimplência no País. As dívidas com um a três anos equivalem a 37,70% do total, enquanto os calotes com três a cinco anos respondem por 35,84%. "As dívidas mais longas ficam mais difíceis de serem pagas e algumas pessoas simplesmente desistem delas", comentou Marcela.

A taxa de inadimplência dos consumidores brasileiros registrou queda de 0,2% no décimo mês de 2014 em relação a setembro, com ajuste sazonal, de acordo com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Na comparação interanual, o indicador também caiu, 2,4%. Neste ano, contudo, o nível de inadimplência subiu 2,2% ante o acumulado de janeiro a outubro de 2013. No acumulado em 12 meses até o mês passado, o índice cresceu 1,9% em relação ao período até outubro de 2013. A pesquisa mostra que o valor médio das dívidas registradas no mês passado foi de R$ 942,78.

Ao avaliar apenas o comportamento da inadimplência no varejo, o levantamento indica que houve elevação da taxa em outubro, de 0,9%, na comparação com o nono mês deste ano. As regiões Nordeste (7,8%) e Sudeste (1,7%) tiveram elevações na comparação mensal. Já no Centro-Oeste, no Norte e no Sul houve recuo. Nessa ordem, as taxas ficaram negativas em 7,7%, 8,3% e 3,5%.

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No geral, a Região Sul foi onde o levantamento constatou o maior patamar de inadimplência, de 8,2%, no acumulado de janeiro a outubro de 2014. Na sequência, aparece o Centro-Oeste (6,7%) e o Nordeste (2,8%). Norte e Sudeste foram os locais onde as taxas de inadimplência tiveram as menores altas no período, de 0,9% e 0,2%, respectivamente.

Segundo a equipe econômica da Boa Vista, o nível de inadimplência no País deve sofrer pouca oscilação nos próximos meses. De acordo com a instituição, as condições de crédito mais apertadas, com maior seletividade das empresas na concessão de empréstimos, a desaceleração gradual do mercado de trabalho e as taxas de juros (elevadas) devem manter a dinâmica da inadimplência até o final do ano. "A expectativa é que o número de registros de inadimplência feche 2014 com um leve crescimento, em torno de 2,5%", estima.

A inflação de serviços desacelerou o ritmo de alta na passagem de setembro para outubro, de 0,77% para 0,43%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (7). No mesmo período, o IPCA passou de 0,57% para 0,42%.

"Nos serviços, uma das principais influências para a desaceleração foi passagem aérea", apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. A tarifa aérea aumentou 1,94% em outubro, após alta de 17,85% em setembro. Apesar de mais comportada no último mês, a inflação de serviços ainda roda bem acima do IPCA no acumulado em 12 meses. A taxa dos serviços está em 8,48% nos 12 meses encerrados em outubro, contra 6,59% do IPCA. No ano, os serviços sobem 6,55%, enquanto IPCA ficou em 5,05%. "Ou seja, os serviços se mantiveram neste ano pressionando a taxa de inflação", concluiu Eulina.

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Monitorados

A inflação de bens e serviços monitorados pelo governo reduziu a alta de 0,40% em setembro para 0,38% em outubro, segundo os dados do IPCA do IBGE. "Os monitorados se mantiveram no mesmo patamar. Mas no ano e em 12 meses, ainda estão abaixo do IPCA", apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. Em 12 meses, a inflação de monitorados ficou em 5,57%, contra uma taxa de 6,59% do IPCA. No ano, os preços administrados aumentaram 4,12%, enquanto o IPCA ficou em 5,05%.

Cada 1% de repasse do reajuste anunciado pela Petrobras de 3% no preço da gasolina nas refinarias às bombas implicará um adicional de 0,04 ponto porcentual à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo é da coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

"Esse reajuste começa a valer hoje e se transpõe para os postos. A gente vai ver quanto isso vai ser praticado nas bombas. A cada 1% de aumento que chegue nas bombas, vamos ter impacto no índice 0,04 ponto porcentual. Então, se nada mais aumentar, só a gasolina em 1%, isso vai ter impacto de 0,04 ponto porcentual (sobre o IPCA)", disse.

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A coordenadora explica que, devido ao período de coleta de preços para o cálculo da inflação, 75% da alta na gasolina serão absorvidos no IPCA de novembro, enquanto os 25% restantes terão impacto em dezembro. A gasolina tem um peso de 3,73% no orçamento das famílias, segundo o IPCA de outubro.

Já o aumento de 5% anunciado sobre o diesel terá impacto mais difuso, indireto. "O diesel está nos ônibus, no frete. O frete costuma aumentar quando aumenta o preço do diesel, mas quando aumenta o pedágio também tende a aumentar. Agora tudo vai depender da possibilidade de se praticar esse reajuste daqui para frente da possibilidade de o consumidor absorver", ponderou.

Os aumentos nas despesas com alimentação e habitação foram responsáveis por metade da inflação de outubro, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (7).

O grupo alimentação e bebidas reduziu o ritmo de alta de 0,78% em setembro para 0,46% em outubro, o equivalente a uma contribuição de 0,11 ponto porcentual à taxa de 0,42% do IPCA do último mês. Já habitação passou de 0,77% para 0,68%, o equivalente a um impacto de 0,10 ponto porcentual. Embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, os dois grupos juntos responderam por 0,21 ponto porcentual da inflação de outubro.

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Carnes

O ritmo de aumento nos preços das carnes diminuiu na passagem de setembro para outubro. No entanto o item ainda teve o maior impacto para a inflação do último mês, com uma contribuição de 0,04 ponto porcentual à taxa de 0,42% do IPCA de outubro.

As carnes reduziram a alta de 3,17% em setembro para 1,46% em outubro. Da mesma forma, outros produtos perderam força, como as frutas, cerveja, frango em pedaços, refrigerante, cerveja fora de casa, pão francês, refeição fora de casa, entre outros. Na direção oposta, o tomate saiu de uma queda de 9,42% em setembro para um aumento de 12,37% em outubro.

Transportes

Antes mesmo do reajuste anunciado pela Petrobras, de 3% sobre a gasolina nas refinarias, os combustíveis já ficaram mais caros ao consumidor em outubro. Tanto a gasolina quanto o etanol tiveram aumento de 0,18% no último mês, após registrarem queda em setembro. O recuo tinha sido de 0,07% sobre o litro da gasolina e de 0,01% sobre o litro do etanol.

Mas o encarecimento dos combustíveis foi compensado pela queda nos preços das passagens aéreas, que desacelerou o ritmo de aumento nos gastos com Transportes, de 0,63% em setembro para 0,39% em outubro. As tarifas aéreas caíram 1,94% no último mês, após a forte alta de 17,85% registrada em setembro. Outros itens que registraram taxas menores na passagem de mês foram o conserto de automóvel (de 1,35% em setembro para 0,92% em outubro) e automóvel novo (de 0,76% para 0,61%).

A frota de veículos brasileiros deverá mais do que dobrar nos próximos 20 anos, de acordo com projeção feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e apresentada nesta quinta-feira (6), pelo presidente da entidade, Luiz Moan. De acordo com o estudo, em um cenário "básico", o número de automóveis no País saltará de 39,7 milhões em 2013 para 95,2 milhões em 2034. Esse número, contudo, poderá variar, chegando a até 105,5 milhões de unidades, em um cenário positivo, ou a 84,6 milhões, em um cenário pessimista.

De acordo com Moan, isso será resultado de um aumento na taxa de motorização, cuja projeção da Anfavea é de que passará de 5,1 habitantes por automóvel (dado de 2013) para 2,4 em 2034, podendo chegar a 2,7 em um cenário mais positivo. Com isso, o licenciamento de novos veículos também deverá mais do que dobrar, passando de 3,6 milhões neste ano para 7,4 milhões em 2034. Número que poderá chegar a 8,3 milhões, dentro de uma visão melhor, ou a 6,3 milhões, na perspectiva ruim.

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O presidente da Anfavea destacou que as projeções foram baseadas em algumas premissas como o crescimento da população e do PIB. Tomando como base o histórico dos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Anfavea projeta que a população brasileira deverá saltar de 201 milhões de habitantes (em 2013) para 226 milhões em 2034. Já para o PIB, a entidade estima que deverá passar dos US$ 2,243 bilhões do ano passado para US$ 4,036 bilhões daqui a 20 anos. No caso do PIB per capita, de US$ 11,2 mil para US$ 17,9 mil.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 0,1% em outubro ante o mês anterior, para 72,2 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Em setembro, o ICD havia subido 1,4%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a estabilidade na margem não altera a tendência de piora da percepção sobre o estado geral do mercado de trabalho pelo consumidor que vem sendo observada nos últimos meses.

"O resultado reflete a fraca condição recente de crescimento da economia brasileira e expectativas distintas dependendo da faixa de renda. Surpreendentemente, a faixa de renda mais baixa está pessimista e a de renda mais alta, otimista. As pessoas com renda até R$ 2.100,00 esperam uma elevação da taxa de desemprego enquanto pessoas com renda superior a R$ 9.600,00, uma menor taxa de desemprego", destacou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV, em nota.

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A instituição ressaltou ainda que foram essas classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em outubro. Entre as famílias com renda mensal até R$ 2,1 mil, o Indicador de Emprego (invertido) subiu 1,3%. Já entre os consumidores que possuem renda familiar acima de R$ 9,6 mil, houve queda de 1,1%.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,37% em outubro. O número representa uma alta em relação a setembro, quando o índice apresentou um avanço de 0,21%. O resultado apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) ficou dentro do intervalo das previsões de 11 instituições pesquisadas pelo AE Projeções, que apontavam que o índice poderia ficar entre avanços de 0,37% e 0,42%, com mediana de 0,40%.

Em outubro, as medições para Alimentação, Vestuário e Educação ganharam força. A inflação em Alimentos acelerou para 0,85%, de 0,72% em setembro. Em Vestuário, os preços avançaram para 0,37%, de 0,22%. Em Educação, houve aumento para 0,21% em outubro, de 0,10% no mês anterior. As desacelerações foram anotadas em Saúde e Transportes. Em Saúde, o índice perdeu força para alta de 0,44%, de 0,47% em setembro. Em Transportes, houve alta de 0,07% em outubro, de 0,13% em setembro.

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Habitação passou a subir 0,38% em outubro, ante queda de 0,22% na leitura anterior. Movimento contrário ocorreu com o grupo de Despesas Pessoas, que passou a cair 0,12%, depois de avanço de 0,29% na última medição.

O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, defendeu nesta segunda-feira (3) a política do governo de redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis que foi contestada na Organização Mundial de Comércio (OMC), na semana passada, pela União Europeia.

"O Brasil acredita que os regimes contestados pela UE são plenamente compatíveis com as regras multilaterais. Estamos muito confiantes com o resultado do painel", afirmou.

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A União Europeia argumentou que o Brasil aplica altos impostos internos para importações em diversos setores, enquanto os produtos brasileiros podem se beneficiar de isenções ou reduções seletivas.

O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou nesta segunda-feira (3) que mantém para esse ano a previsão de um superávit comercial em 2014. Ele, no entanto, destacou que é preciso esperar o resultado da balança em novembro que será decisivo para confirmação dessa expectativa.

Godinho destacou que dezembro é um mês tradicionalmente superavitário. Há um esforço do lado das exportações para fechamento de contratos e diminuição de estoques. Também há menor importação de insumos por causa da produção industrial menor no começo do ano.

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O secretário também acredita que deve haver uma melhora na chamada conta-petróleo, principalmente por conta do aumento da produção e das exportações. "Há uma concentração de aumento da produção de petróleo nos últimos meses do ano", afirmou.

De acordo com dados do MDIC, a balança comercial da chamada conta-petróleo registrou um déficit de US$ 13,773 bilhões de janeiro a outubro. Segundo Godinho, se mantido o ritmo das importações no ano, a conta-petróleo deve fechar 2014 com um déficit na casa dos US$ 15 bilhões. "Esse é um dos fatores importantes para o resultado da balança comercial no ano", destacou.

Godinho também espera uma melhora nas vendas de minério de ferro, com possível aumento da quantidade embarcada em novembro e dezembro, além de uma continuidade do aumento da exportação do complexo carne que cresceu 5% de janeiro a outubro e 11% somente em outubro, 11%.

Minério e Argentina

O secretário avaliou ainda que dois fatores em 2014 tiveram um desempenho divergente do esperado pelo ministério e pelos analistas de comércio exterior. Segundo ele, um dos fatores foi a queda de preços internacionais mais acentuada que o previsto. "A expectativa era de que o preço se acomodasse em patamar mais baixo que em 2013, mas a queda foi maior que o previsto pelo MDIC e pelos especialistas", comentou.

Godinho disse que o minério de ferro teve queda no preço na ordem de 20% esse ano em relação a 2013. Somente em outubro, o recuo foi de 40%. Segundo o secretário, se os preços estivessem no mesmo patamar do ano passado, as exportações de minério de ferro teriam sido US$ 5,4 bilhões a mais.

Outro fator que afetou negativamente a balança, afirmou Godinho, foi a queda forte na demanda da Argentina, terceiro parceiro comercial e principal comprador de manufaturados brasileiros. Segundo ele, a demanda da Argentina por produtos brasileiros caiu 27% no ano. A procura por manufaturados diminuiu 29% e de automóveis, 44% no acumulado do ano.

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