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As exportações cresceram 9,4% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quarta-feira os resultados das Contas Nacionais Trimestrais, que trouxeram os números do Produto Interno Bruto (PIB). Na comparação com o segundo trimestre de 2020, as exportações mostraram alta de 14,1%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 0,6% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2020, as importações mostraram alta de 20,2%.

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A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Taxa de poupança

A taxa de poupança ficou em 20,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2021, conforme o IBGE.

Já a taxa de investimento ficou em 18,2% no segundo trimestre de 2021, segundo o IBGE.

Ainda em meio às incertezas causadas pela pandemia de Covid-19, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,103 bilhões em julho, informou nesta quarta-feira o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 5,235 bilhões.

O resultado ficou acima do intervalo das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 1,689 bilhões a US$ 5,600 bilhões, com mediana de US$ 4,550 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de julho indicaria entrada de US$ 4,7 bilhões.

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No acumulado do ano até julho, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 31,795 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em junho.

No acumulado dos 12 meses até julho deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 47,498 bilhões, o que representa 3,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 2,028 bilhões em julho, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 330 milhões. No acumulado do ano até julho, o saldo ficou positivo em US$ 6,667 bilhões.

Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 874 milhões em julho. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido positivo em apenas US$ 3 milhões. Nos sete primeiros meses do ano, os fundos registram entradas líquidas de US$ 589 milhões.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 1,911 bilhão em julho. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 553 milhões. No acumulado de 2021 até julho, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 14,007 bilhões.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou ainda que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 144% em julho. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais do que suficiente para rolar compromissos das empresas no período.

O resultado ficou bem acima do verificado em julho do ano passado, quando a taxa havia sido de 42%.

De acordo com os números apresentados nesta quarta pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 148% em julho. Em igual mês de 2020, havia sido de 22%. Já os empréstimos diretos atingiram 142% no mês passado, ante 61% de julho do ano anterior.

No acumulado do ano até julho, a taxa de rolagem total ficou em 116%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 111% e os empréstimos diretos, de 118% no período.

Ainda em meio às incertezas sobre o futuro do Brasil, na esteira da segunda onda da pandemia do novo coronavírus, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 3,544 bilhões em abril, informou nesta quarta-feira o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 1,632 bilhão.

O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 2,838 bilhões a US$ 5,500 bilhões, com mediana de US$ 5,000 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de abril indicaria entrada de US$ 4,9 bilhões.

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No acumulado do ano até abril, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 21,253 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No acumulado dos 12 meses até abril deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 41,168 bilhões, o que representa 2,80% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 2,012 bilhões em abril, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 2,558 bilhões. No acumulado do ano até abril, o saldo ficou positivo em US$ 4,083 bilhões.

Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou negativo em US$ 437 milhões em abril. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 144 milhões. No acumulado do ano até abril, os fundos registram saídas líquidas de US$ 33 milhões.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 1,222 bilhão em abril. No mesmo mês do ano passado, havia ficado negativo em US$ 4,870 bilhões. No acumulado do ano até abril, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 6,445 bilhões.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 104% em abril. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade suficiente para rolar compromissos das empresas no período.

O resultado ficou acima do verificado em abril do ano passado, quando a taxa havia sido de 49%.

De acordo com os números apresentados nesta quarta-feira pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 76% em abril. Em igual mês de 2019, havia sido de 25%. Já os empréstimos diretos atingiram 108% no mês passado, ante 55% de abril do ano anterior.

No ano até abril, a taxa de rolagem total ficou em 115%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 113% e os empréstimos diretos, de 115% no período.

As contas externas registraram superávit de US$ 3,721 bilhões em agosto deste ano, segundo números divulgados ontem pelo Banco Central. Esse foi o quinto mês seguido de resultados positivos. No entanto, os investimentos estrangeiros no País caíram 85% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2019. No mês, as aplicações somaram US$ 1,4 bilhão, ante US$ 9,5 bilhões em agosto do ano passado.

Na terça-feira, em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro disse que os investimentos diretos no País aumentaram no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2019. "Isso comprova a confiança do mundo em nosso governo", afirmou a outros líderes mundiais.

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Os números do próprio BC, no entanto, o desmentem. O Brasil registrou no primeiro semestre de 2020 um total de US$ 25,349 bilhões de Investimento Direto no País (IDP), valor inferior aos US$ 32,233 bilhões registrados no primeiro semestre do ano passado.

O Banco Central também informou que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 26,957 bilhões de janeiro a agosto deste ano. Com isso, houve queda de 41% frente ao mesmo período de 2019, quando somaram (US$ 46 bilhões). O valor é o menor para o período desde 2009, quando totalizaram US$ 18,972 bilhões. Ou seja, foi a menor entrada de investimentos no país em 11 anos.

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o investimento direto se caracteriza por uma relação de longo prazo entre a empresa investida, que está no Brasil, e a investidora, no exterior.

Situação inédita

"O que estamos vivendo hoje é uma situação internacional pode-se dizer inédita e afeta de formas diferenciadas os componentes do balanço de pagamentos, como o investimento direto. O mais provável é que [os investimentos estrangeiros] voltem quando a situação tiver um menor nível de incerteza aos patamares anteriores", disse.

Além disso, os números do BC mostram retirada pelos investidores de US$ 28,281 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos oito primeiros meses deste ano. O valor inclui ações, fundos de investimentos e títulos da renda fixa.

Segundo ao BC, essa é a maior saída de recursos de aplicações financeiras da economia brasileira desde o início da sua série histórica em 1995, ou seja, em 26 anos. No mesmo período do ano passado, US$ 7,509 bilhões ingressaram no país em aplicações financeiras.

Mesmo assim, os investimentos estrangeiros foram suficientes para cobrir o rombo das contas externas no acumulado deste ano (US$ 8,539 bilhões). Quando o déficit não é "coberto" pelos investimentos estrangeiros, o País tem de se apoiar em outros fluxos, como ingresso de recursos para aplicações financeiras, ou empréstimos buscados no exterior, para fechar as contas.

O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do país, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

A melhora no resultado das contas externas neste ano é fruto do saldo positivo da balança comercial brasileira, que tem sustentado bons números em meio à pandemia da covid-19, principalmente por conta da queda de importações.

Além disso, déficits menores nas contas de serviços e renda também têm sido registrados, em razão do desaquecimento da economia mundial e do fechamento de fronteiras - este último fator contribuiu para o menor gasto de brasileiros no exterior em 16 anos em agosto.

O número de agosto ficou acima do teto do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de superávit de US$ 1,63 bilhão a US$ 3,20 bilhões (mediana positiva de US$ 2,40 bilhões).

Segundo o BC, na parcial dos oito primeiros meses deste ano, a conta de transações correntes registrou um déficit de US$ 8,539 bilhões, o que representa uma queda de 75% frente ao mesmo período do ano passado (-US$ 34,020 bilhões).

Gastos de brasileiros

Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 267 milhões em agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2019, quando as despesas em outros países totalizaram US$ 1,309 bilhão, a queda foi de 79%. Este também foi o menor valor para o mês de agosto desde 2004, ou seja, em 16 anos.

O recuo se deu em meio à disparada do dólar e à escalada das tensões acerca do novo coronavírus, que resultou no fechamento de fronteiras e na suspensão de voos por alguns meses.

A moeda norte-americana tem registrado forte alta neste ano por conta da pandemia, com os investidores avaliando o impacto do pacote de estímulo nas contas públicas - que vêm registrando forte deterioração. De janeiro a agosto, a alta do dólar acumulada foi de 36,69%.

Com a disparada do dólar, as viagens de brasileiros ao exterior ficam mais caras. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.

No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda segundo informações do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 4,110 bilhões.

Na comparação com o mesmo período de 2019, quando as despesas no exterior totalizaram US$ 12,014 bilhões, a queda foi de 66%.

De acordo com dados do BC, em agosto deste ano os estrangeiros gastaram US$ 146 milhões no Brasil, com forte queda frente ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (US$ 468 milhões).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após o superávit de US$ 3,840 bilhões em abril, o resultado das transações correntes ficou novamente positivo em maio deste ano, em US$ 1,326 bilhão, informou nesta quarta-feira (24) o Banco Central. Os dados refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que a partir de março se intensificou no Brasil, reduzindo o volume de importações de produtos. A autarquia projetava para o mês passado superávit de US$ 3,1 bilhões na conta corrente.

O número de maio ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de superávit de US$ 1,000 bilhão a superávit de US$ 4,500 bilhões (mediana positiva de US$ 1,930 bilhão).

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A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 4,205 bilhões em maio, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,717 bilhão. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 1,303 bilhão. No caso da conta financeira, o resultado ficou positivo em US$ 1,449 bilhão.

No acumulado do ano até maio, o rombo nas contas externas soma US$ 11,334 bilhões. A estimativa atual do BC é de déficit em conta corrente de US$ 41,0 bilhões em 2020. Esta estimativa, no entanto, foi divulgada no fim de março, quando os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia ainda não eram claros. O dado será atualizado nesta quinta-feira, 25, na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Nos 12 meses até maio deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 42,447 bilhões, o que representa 2,54% do Produto Interno Bruto (PIB). Este é o menor porcentual desde setembro de 2019 (2,53%).

Lucros e dividendos

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de apenas US$ 32 milhões em maio, informou o Banco Central. A saída líquida representa um volume bastante inferior aos US$ 2,431 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.

No acumulado do ano até maio, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 6,175 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos de 2020 some US$ 25,0 bilhões. Esta projeção, no entanto, havia sido divulgada no fim de março.

O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 1,274 bilhão em maio, ante US$ 997 milhões em igual mês do ano passado.

No acumulado do ano até maio, essas despesas alcançaram US$ 9,065 bilhões.

Viagens internacionais

Sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia, a conta de viagens internacionais registrou déficit de apenas US$ 87 milhões em maio, informou o Banco Central. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em maio de 2019, o déficit nessa conta foi de US$ 1,053 bilhão.

Na prática, com o dólar mais elevado e o espaço aéreo fechado em vários países, os gastos líquidos dos brasileiros no exterior despencaram 91,7% em maio deste ano. Vale lembrar que a pandemia do novo coronavírus ganhou corpo a partir de março, quando se intensificaram as restrições de deslocamento entre países. No dia 24 de maio, os Estados Unidos anunciaram a proibição de entrada de viajantes estrangeiros provenientes do Brasil.

O desempenho da conta de viagens internacionais no mês passado foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 200 milhões - queda de 86,4% em relação a maio de 2019. Já o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 113 milhões no mês passado, o que representa um recuo de 72,9%.

No ano até maio, o saldo líquido da conta de viagens ficou negativo em US$ 1,663 bilhão.

Junho

A conta de viagens internacionais registra déficit de apenas US$ 101 milhões em junho até o dia 19. O dado parcial para o mês leva em conta os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia.

Com as restrições de viagens aéreas em todo o mundo, os brasileiros gastaram no exterior apenas US$ 218 milhões em junho até o dia 19. Já os turistas em viagem ao Brasil tiveram despesas de US$ 117 milhões no período.

Dívida externa

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em maio é de US$ 313,946 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2019 terminou com uma dívida de US$ 322,985 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 233,407 bilhões em maio, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 80,540 bilhões no fim do mês passado.

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Lemos, adiantou nesta segunda-feira, 27, que em agosto, até o dia 23, a entrada de Investimento Direto no País (IDP) chegou a US$ 8,6 bilhões.

Em julho, os ingressos de IDP somaram US$ 3,897 bilhões, e o BC espera que a entrada de recursos nessa rubrica chegue a US$ 9,5 bilhões em agosto. "A entrada de IDP tem sido mais do que suficiente para compensar o déficit em transações correntes", afirmou Lemos.

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Juros e dividendos

Lemos destacou que houve queda nas despesas líquidas tanto em juros como nas remessas de lucros e dividendos em julho.

"Com a elevação das taxas de juros internacionais, que remuneram as nossas reservas, houve um aumento de 54,8% nas receitas com juros em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado", explicou. "Já os pagamentos de juros apresentaram redução de 10% na mesma comparação", completou.

A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,746 bilhão em julho, informou o Banco Central. A saída líquida representa um volume menor que os US$ 2,077 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.

O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 3,794 bilhões em junho ante US$ 4,542 bilhões em igual mês do ano passado.

Em agosto, até o dia 23, os pagamentos líquidos de juros chegam a US$ 255 milhões e as remessas líquidas de lucros e dividendos somam US$ 944 milhões.

Os gastos dos brasileiros com viagens ao exterior caíram 16,5% em 2016 em relação ao ano anterior, para US$ 14,5 bilhões, informou nesta terça-feira (24) o Banco Central. É o menor valor desde 2009, quando os turistas brasileiros deixaram US$ 10,9 bilhões lá fora.

O recuo contrasta com a queda do dólar que, em tese, ajudaria os brasileiros a gastar mais em outros países, mas pode ser explicado pela recessão e aperto no orçamento das famílias. No ano passado, a moeda americana caiu 17,8% e mantém a tendência em janeiro de 2017 (-2,67%), com uma cotação ao redor de R$ 3,16.

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Em dezembro, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 1,392 bilhão, enquanto o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 484 bilhões.

No acumulado de 2016, o saldo líquido dessa conta - isto é, a diferença entre o que foi desembolsado por brasileiros e estrangeiros - ficou negativo em US$ 8,473 bilhões. Os estrangeiros gastaram US$ 6 bilhões no Brasil no ano passado, uma leve alta de 3%.

Em 2015, este saldo havia ficado negativo em US$ 11,513 bilhões. O BC estimava um déficit de US$ 8,5 bilhões para esta rubrica em 2016.

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em outubro é de US$ 335,361 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2015 terminou com uma dívida de US$ 334,745 bilhões e o último dado verificado (do mês de setembro deste ano) somava US$ 338,502 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 269,492 bilhões em outubro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 65,869 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

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De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo as amortizações de empréstimos de empresas não financeiras (US$ 4,4 bilhões) e os desembolsos de títulos do governo (US$ 1,5 bilhão). A variação da dívida externa de curto prazo decorreu, principalmente, dos desembolsos de empréstimos de US$ 1,8 bilhão recebidos pelo setor financeiro.

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em julho é de US$ 338,056 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2015 terminou com uma dívida de US$ 334,745 bilhões e o último dado verificado (do mês de março) somava US$ 334,608 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 274,081 bilhões em julho, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 63,976 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

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De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa as amortizações de empréstimos e de títulos de dívida do setor financeiro (US$ 3,6 bilhões), o aumento de preço dos títulos da República (US$ 2,9 bilhões) e variações por paridade, que aumentaram o estoque em US$ 885 milhões.

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em fevereiro é de US$ 330,687 bilhões. Segundo a instituição, em dezembro de 2015, último dado verificado, a dívida somava US$ 334,636 bilhões e, no fim de 2014, a dívida era de US$ 352,684 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 276,261 bilhões em fevereiro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 54,427 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo a amortização de empréstimos e de títulos do setor financeiro (US$ 5,5 bilhões e US$ 2 bilhões, respectivamente).

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A variação da dívida externa de curto prazo no período ocorreu, ainda segundo o BC, principalmente pela amortização de empréstimos dos setores financeiro (US$ 2 bilhões) e não financeiro (US$ 1,3 bilhão).

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, projetou, para janeiro, um déficit de US$ 6,7 bilhões em conta corrente. Essa estimativa, segundo ele, mostra continuidade do ajuste nas contas externas.

Durante divulgação dos dados de setor externo, o técnico ainda celebrou o resultado dos Investimentos Diretos no País (recursos estrangeiros destinados ao setor produtivo). Em 2015, essa conta registrou ingresso de US$ 75,075 bilhões.

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Para janeiro, a expectativa do BC é de que o ingresso desses investimentos fique em US$ 4,6 bilhões e, até dia 22, a parcial mostrava entrada de US$ 3,6 bilhões.

Apenas em dezembro, o IDP apresentou ingressos de US$ 15,211 bilhões, resultado classificado como expressivo e que foi influenciado por investimentos no setor elétrico (US$ 2 bilhões), de petróleo (US$ 1,4 bilhão) e automotivo (US$ 2,6 bilhões).

Remessa de lucros de dividendos

Maciel informou que em janeiro, até a sexta-feira, 22, a remessa de lucros e dividendos somava US$ 124 milhões . No mesmo período, o gasto com juros foi de US$ 3,276 bilhões e as despesas líquida com viagens, de US$ 180 milhões. Nesta última conta, entram despesas no valor de US$ 664 milhões e receitas no total de US$ 484 milhões.

O técnico informou também que nos primeiros 22 dias deste mês a saída de aplicações em ações foi de US$ 269 milhões, enquanto as saídas em Renda Fixa somaram US$ 1,094 bilhão.

No caso desses investimentos, Maciel disse que o Brasil registrou ingressos "significativos" de títulos no ano passado, embora tenha diminuído em relação a 2014. Sobre ações, a despeito de saídas usais no fim do ano, o técnico salientou que o resultado anual ainda ficou no azul. "O mercado é muito volátil", disse.

Maciel disse ainda que nesses primeiros dias do mês, a taxa de rolagem ficou em 21%, composta com 43% de títulos e 20% de empréstimos. "Em 2015, tivemos amortizações do mesmo tamanho dos desembolsos (101%)", comparou. Agora, os dados mostram uma taxa de rolagem está muito baixa, mas isso é explicado pelo chefe de departamento pelo fato de o BC considerar em seus cálculos papéis com vencimentos superiores a 365 dias e as captações mais recentes terem sido feitas com prazo abaixo de um ano.

Fluxo cambial

O chefe do Departamento Econômico do BC afirmou que o ingresso de dólares no Brasil foi superior às saídas no acumulado de janeiro. Até o dia 22, o fluxo cambial total estava positivo em US$ 1,809 bilhão. Esse resultado foi formado por saldo no fluxo comercial positivo em US$ 3,219 bilhões e por um resultado negativo no financeiro em US$ 1,441 bilhão.

O saldo comercial do fluxo foi composto por exportações de US$ 9,872 bilhões, resultado formado por US$ 1,698 bilhão de Adiamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,842 bilhões em Pagamento Antecipado de exportação (PA) e US$ 5,332 bilhões na linha demais. As importações somaram US$ 6,653 bilhões.

No caso da linha financeira, o resultado foi formado por compras de US$ 20,751 bilhões e US$ vendas de US$ 22,161 bilhões. Maciel também apresentou a posição vendida dos bancos até 22 de janeiro. Eles estavam vendidos em US$ 18,592 bilhões.

Mesmo com a disparada do dólar ante o real em 2015, a conta de viagens internacionais continuou a registrar déficit em novembro. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 505 milhões. O ritmo, porém, vem diminuindo a cada levantamento feito pelo Banco Central já que em igual mês do ano passado, o déficit nessa conta era de US$ 1,243 bilhão.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 971 milhões em novembro. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 466 milhões no mês passado. No acumulado do ano até novembro, o saldo líquido dessa conta ficou negativo em US$ 10,860 bilhões. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 17,107 bilhões.

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A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em outubro é de US$ 350,321 bilhões. O último dado verificado pela instituição foi em junho e estava em US$ 349,225 bilhões Segundo a autarquia, em dezembro de 2014, a dívida estava em US$ 352,684 bilhões.

No fim de 2013, a dívida era de US$ 312,517 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 286,500 bilhões em outubro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 63,821 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.

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De acordo com a instituição, dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo em outubro, destacam-se os empréstimos líquidos tomados pelo setor financeiro (US$ 298 milhões), a amortização de títulos pelo setor financeiro (US$ 749 milhões) e a elevação provocada pela variação de preços de US$ 597 milhões.

A variação da dívida de curto prazo foi explicada principalmente por empréstimos tomados pelo setor financeiro (US$ 145 milhões) e amortizações de empréstimos do setor não financeiro de US$ 715 milhões.

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em setembro é de US$ 351,716 bilhões. O último dado verificado pela instituição foi de junho e estava em US$ 349,226 bilhões. Segundo a autarquia, em dezembro de 2014, a dívida estava em US$ 348,489 bilhões. No fim de 2013, a dívida era de US$ 308,625 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 286,267 bilhões em setembro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 65,449 bilhões no fim do mês passado, de acordo com as estimativas do BC.

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Segundo a instituição, a variação da dívida externa de longo prazo foi influenciada principalmente por empréstimos líquidos tomados do setor financeiro, que somaram US$ 3,6 bilhões, além de reduções provocadas pelas variações de paridades e preços, respectivamente, de US$ 2 bilhões e US$ 6,1 bilhões.

A variação da dívida externa de curto prazo no período é explicada, segundo o BC, por empréstimos do setor financeiro de US$ 7,1 bilhões e amortizações de US$ 1,4 bilhão do setor não financeiro.

Os Investimentos Diretos no País (IDP, antes chamados de IED) não foram suficientes para cobrir o rombo nas contas externas. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (22) pelo Banco Central, esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados para o setor produtivo somaram US$ 4,263 bilhões em março, deixando uma diferença a ser coberta por capital especulativo, recursos que têm sido atraídos ao Brasil pelo elevado diferencial entre os juros externo e doméstico.

O resultado ficou ligeiramente acima das estimativas apuradas pelo AE Projeções, feitas com base na metodologia antiga, que iam de US$ 3,3 bilhões a US$ 4,2 bilhões, com mediana de US$ 3,7 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de março ficaria em US$ 3,6 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 20 de março, quando o País havia recebido US$ 2,4 bilhões em recursos externos.

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No acumulado dos últimos 12 meses até março deste ano, o saldo de Investimento Estrangeiro ficou em US$ 88,793 bilhões, o que representa 3,97 % do Produto Interno Bruto (PIB). No trimestre, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 13,136 bilhões.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) na nota de Contas Externas brasileiras divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira, 22, passou a se chamar Investimento Direto no País (IDP). A mudança de nomenclatura faz parte das alterações implementadas pela instituição para acompanhar a nova edição do manual de balanço de pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A última revisão foi em 2001. O Investimento Brasileiro Direto (IBD) também mudou e agora passa a se chamar Investimento Direto no Exterior (IDE).

Com a mudança, o Banco Central introduziu nas estatísticas o conceito de "lucros reinvestidos" - que ocorre quando uma empresa obteve um lucro e decide manter esses recursos no Brasil em vez de repatriá-lo para a matriz. Essa nova conta tem impacto no registro de IDP, mas não afeta o fluxo cambial. Em março, os lucros reinvestidos ficaram negativos em US$ 223 milhões.

Lucros e dividendos

A alta do dólar frente o real, que chegou a 35% nos últimos 12 meses, começa a esfriar a remessa de lucros e dividendos para fora do País. Ainda assim, o saldo dessa conta continua negativo - em março, a saída líquida somou US$ 1,199 bilhão. Em igual mês do ano passado, esse envio de recursos foi de US$ 2,091 bilhões.

No acumulado do primeiro trimestre, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 2,669 bilhões. O resultado é quase a metade do registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 4,918 bilhões.

As despesas com juros externos somaram US$ 1,070 bilhão em março ante US$ 963 milhões em igual mês do ano passado. No trimestre, essas despesas alcançaram US$ 6,899 bilhões, valor maior que os US$ 6,4 bilhões de igual período do ano passado.

Investimento externo

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 3,165 bilhões em março e positivo em US$ 16,670 bilhões no acumulado de 2015. Em igual mês do ano passado, essas aplicações somavam US$ 15,134 bilhões.

O aumento da procura por esses títulos teve início em junho de 2013, quando o governo zerou o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) sobre esse tipo de aplicação. Mais recentemente, o atual ciclo de aperto monetário aumentou o diferencial de juros entre o Brasil e o restante do mundo, tornando as aplicações brasileiras de renda fixa mais interessantes para os estrangeiros. O investimento em títulos negociados no exterior ficou negativo em US$ 1,601 bilhão em março e em US$ 3,217 bilhões no ano.

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 1,354 bilhão em março. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido ligeiramente menor, de US$ 1,303 bilhão. Para o ano completo, o BC manteve a projeção de que a aplicação nesses papéis somem US$ 13 bilhões.

As aplicações em ações negociadas no País somaram US$ 1,136 bilhão. Já as negociadas no exterior (ADRs) registraram um saldo positivo de US$ 2 milhões. As aplicações em fundos de investimento, dado que não existia até a divulgação passada, foram de US$ 216 milhões. Em março do ano passado, as aplicações de estrangeiros em fundos somou apenas US$ 19 milhões.

Juros de rolagem

A taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 102% em março. O resultado ficou abaixo do verificado em março do ano passado, quando a taxa havia sido de 217%, valor suficiente para honrar compromissos das empresas no período.

De acordo com os números apresentados hoje pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, que até a nota anterior tinham a nomenclatura de "bônus, notes e commercial papers" ficou em 62% em março. Em igual mês de 2014 havia sido de 52%. Já os empréstimos diretos conseguiram uma cobertura de 114% no mês passado ante 456% de março de 2014.

No trimestre, a taxa de rolagem total ficou em 104%. Os títulos de longo prazo ficaram com taxa de 54% e os empréstimos diretos com 115% no período.

Mesmo com a alta de 35% do dólar em relação ao real nos últimos 12 meses, a conta de viagens internacionais continuou a registrar déficit. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 955 milhões. Em março do ano passado, o déficit nessa conta era de US$ 1,301 bilhão.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,504 bilhão em março. Já o gasto dos estrangeiros em passeio no Brasil ficou em US$ 548 milhões no mês passado. No acumulado do ano até março, o saldo líquido dessa conta ficou negativo US$ 3,595 bilhões. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 4,125 bilhões.

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A conta de viagens internacionais registrou um saldo líquido negativo de US$ 970 milhões em fevereiro, informou o Banco Central. O déficit é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior, no total de US$ 1,477 bilhão, acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil (US$ 507 milhões).

O saldo negativo de fevereiro deste ano é menor do que o visto no mesmo mês de 2014, quando ficou em US$ 1,324 bilhão. No primeiro bimestre de 2015, o déficit da conta de viagens soma US$ 2,623 bilhões, ante US$ 2,801 bilhões negativos do acumulado dos dois primeiros meses do ano passado.

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O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, projetou nesta segunda-feira, 24, que o déficit das transações correntes de novembro deve ser de US$ 8 bilhões. Para outubro, ele havia previsto um saldo negativo de US$ 6,6 bilhões, mas acabou ficando em US$ 8,131 bilhões. A diferença do mês passado foi atribuída ao desempenho da balança comercial, de acordo com o técnico. Ele salientou que, nos primeiros dias deste mês, o saldo comercial já mostra déficit elevado, daí a projeção maior para este mês.

Se a nova estimativa de Maciel para o mês de novembro for confirmada, a projeção do Banco Central para o resultado do ano, de US$ 80 bilhões, já será extrapolada. Apesar disso, ele disse que não faria ajustes nas expectativas agora porque isso, tradicionalmente, só é feito em dezembro, quando é conhecido o dado de novembro. O técnico lembrou que dezembro é mês sazonalmente favorável para as contas externas.

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Maciel disse também que o resultado da conta corrente em 12 meses, de 3,73% do Produto Interno Bruto (PIB) é o maior desde fevereiro 2002 (3,94%). Nesse período, o resultado está no vermelho em US$ 84,428 bilhões.

Outubro

De acordo com Maciel, o déficit de outubro é maior para o mês da série histórica iniciada em 1980. Ele acrescentou, porém, que, como os volumes antes dessa data eram menores, é possível considerar que é o maior desde 1947, quando o BC começou a levantar os dados de transações correntes. O resultado de outubro, comentou o técnico, também ficou maior do que a previsão e também mais elevado do que o saldo do mesmo mês de 2013.

A balança comercial, segundo Maciel, voltou a ser a grande responsável pelo déficit maior das transações no mês passado. Ele salientou que o preço das exportações recuou 4,2% de janeiro a outubro ante mesmo período de 2013. "O preço das exportações recuou de forma significativa levando-se em conta o mesmo quantum", comentou.

Como exemplo, o economista citou que, nesse período, houve queda de 20% do preço de minério de ferro; 5% de soja, 9% de açúcar em bruto, 8% de celulose e 23% de milho. Já o conjunto de preços importados nos primeiros dez meses do ano recuou de forma mais branda: 1,5%.

IED

O chefe do Departamento Econômico do BC disse também que o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) segue fluindo em níveis significativos para o Brasil, deixando o País em situação confortável para o financiamento do déficit em transações correntes. Segundo ele, esses recursos, direcionados ao setor produtivo, financiam a maior parte do rombo externo, mas outras fontes de financiamento também têm apresentado bom fluxo, a exemplo das taxas de rolagem, que em outubro ficaram em 282%.

Maciel ainda disse que a expectativa do BC para novembro é de que o IED registre ingresso de US$ 4 bilhões, número que se confirmado vai deixar o País distante em US$ 7,8 bilhões da previsão da autoridade monetária para a entrada de investimentos no ano, projeção que está em US$ 63 bilhões.

A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,637 bilhão em outubro. Segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central, esse saldo negativo é resultado do volume de despesas pagas por brasileiros no exterior (US$ 2,124 bilhões) acima das receitas obtidas com turistas estrangeiros em passeio pelo Brasil (US$ 488 milhões). O saldo negativo foi menor do que o visto em setembro de 2013, de US$ 1,760 bilhão. No acumulado do ano até o mês passado, o déficit da conta de viagens soma US$ 15,850 bilhões ante US$ 15,367 bilhões vistos em igual período de 2013.

No mês passado, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, salientou que já havia moderação nas despesas de viagens, apesar de essa conta ainda registrar crescimento. Para ele, os gastos dos brasileiros no exterior devem esfriar nos próximos meses por causa da alta recente do dólar. A expectativa do técnico era de que essa diminuição começasse a ser vista nos dados de setembro. Em instantes, Maciel comentará os dados referentes a outubro.

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O chefe do Departamento do Banco Central, Tulio Maciel, salientou nesta sexta-feira (24), que a conta de serviços vem mostrando moderação e seguiu, em setembro, a tendência de crescimento gradual, assim como a de rendas. No mês passado, o saldo ficou negativo em US$ 4,7 bilhões. No ano, de acordo com cálculos do economista, o crescimento está em 3,2%. Em todo o ano passado, a expansão do déficit da conta de serviços foi de 15% sobre 2012, conforme Maciel.

De acordo com o economista, o aluguel de equipamentos já é o principal item da conta de serviços. No ano, enquanto a conta de serviços acumula resultado negativo de US$ 35,634 bilhões, o aluguel somou US$ 16,161 bilhões. "Aluguel de equipamentos já é o principal item de serviços e deve continuar crescendo", estimou.

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De janeiro a setembro, houve crescimento dessa conta de 21% e, apenas no mês passado, alta de 31% sobre setembro de 2013. "Esse item está associado à extrativa mineral. Isso tem correlação com aumento da produção de petróleo e a tendência é aumentar", previu.

O aspecto positivo dessa conta, de acordo com Maciel, é que a despesa é associada a uma produção. Ainda em serviços, Maciel chamou atenção para os gastos com transportes, que vêm caindo. Isso, de acordo com ele, reflete a menor corrente de comércio, já que os fretes estão diminuindo com menores importações e exportações.

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