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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 1º de setembro, que a Pasta vai aumentar a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, atualmente em 2,5%. De acordo com ele, a economia brasileira deve crescer algo em torno de 3%, dado o desempenho visto no primeiro semestre.

Haddad afirmou que a pasta está feliz de ver que as projeções que fizera no início do ano também estão sendo superadas. "O resultado do PIB realmente surpreendeu positivamente."

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No segundo trimestre, o PIB cresceu 0,9% em relação ao primeiro, acima da mediana das estimativas colhidas pela pesquisa do Projeções Broadcast, de 0,3%. Mais cedo, o Ministério afirmou em nota que o dado coloca um viés de alta na projeção de crescimento.

"Vamos rever o PIB para cima, mas a Secretaria de Política Econômica tem um modelo e vai fazer isso de forma ordenada", disse ele a jornalistas nesta sexta-feira, na sede do Ministério na capital paulista, afirmando ainda que todo o mercado financeiro deve revisar as projeções no sentido positivo. "O segundo trimestre veio forte, e isso deve garantir um crescimento no ano em torno de 3%."

Haddad afirmou que os dados mostram que o crescimento está disseminado entre vários setores da economia, gerando um padrão saudável. Ainda de acordo com ele, há preocupações com a atividade no terceiro trimestre, mas que não devem mudar o quadro geral para o ano.

Segundo o ministro, a arrecadação de julho permite antever uma atividade mais fraca naquele mês, mas ele considera que os números foram afetados por uma arrecadação excepcionalmente baixa por parte de algumas empresas. "Agosto está melhor do que julho, mas os números ainda não estão fechados", disse.

O titular da Fazenda afirmou que não espera que o crescimento acima do esperado da economia venha acompanhado de uma aceleração da inflação, o que poderia afetar o ritmo do corte na taxa de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). "Eu não acredito em pressões inflacionárias acima do esperado no segundo semestre", disse ele.

O ministro disse ainda que o crescimento dá força à agenda econômica do governo, que ainda depende da aprovação de uma série de pontos pelo Congresso. Ele voltou a afirmar que a equipe econômica está à disposição dos parlamentares para discutir os projetos.

"Estamos à disposição das lideranças da Câmara, e do Senado", disse ele. "Se nós aprovarmos as medidas que foram para a Câmara, vamos continuar colhendo os frutos."

Um dos exemplos nesta seara, segundo ele, é o marco das garantias de crédito, que voltou para a Câmara após ser aprovado pelo Senado com alterações.

O projeto deve alavancar o mercado de crédito no País, afirmou Haddad, que ressaltou ainda o início de uma nova fase do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, criado pelo governo federal em parceria com os bancos.

"A partir do mês que vem setembro teremos encontro de contas no Desenrola", disse ele, referindo-se ao cadastro de dívidas dos brasileiros em uma plataforma online, onde os bancos farão uma espécie de leilão para oferecer descontos.

A alta de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2023 ante o quarto trimestre de 2022 foi a oitava seguida na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB cresceu 3,7% no primeiro semestre do ano.

Ainda segundo o IBGE, o PIB alcançou o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996, e está 7,4% acima do patamar pré-pandemia, do quarto trimestre de 2019.

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A igual alta de 0,9% no PIB da indústria no segundo trimestre do ano ante o primeiro foi a mais acentuada desde o segundo trimestre de 2022, quando o segmento cresceu 1,2%, segundo o IBGE. No primeiro trimestre, a indústria havia ficado estável (0,1%) ante os últimos três meses de 2022.

O PIB de Serviços, que avançou 0,6% no segundo trimestre, completou 12 trimestres sem variações negativas. O comportamento repete o verificado pelo IBGE no primeiro trimestre (0,6%).

O consumo das famílias, que cresceu 0,9% no segundo trimestre contra o primeiro, teve a alta mais acentuada desde o segundo trimestre de 2022 (1,6%).

Já a alta de 0,7% no Consumo do Governo na mesma base de comparação é a mais acentuada desde o terceiro trimestre do ano passado (1,5%).

Outro destaque foi a alta de 4,5% nas importações no segundo trimestre contra o primeiro, a mais acentuada desde o terceiro trimestre de 2022 (5,2%). As importações se recuperam após duas quedas seguidas.

Por fim, as exportações, que subiram 2,9% na margem no segundo trimestre, se reaproximaram do crescimento verificado no fim de 2022 (3,5%), após terem crescido apenas 0,3% nos três primeiros meses deste ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,90% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre, informou na manhã desta sexta-feira (1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam alta de 0,3%. O intervalo das estimativas ia de queda de 0,1% a uma alta de 1,1%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 3,40%, resultado que também superou a mediana das previsões do mercado, que apontava avanço de 2,7%. O intervalo das projeções, neste caso, ia de elevação de 0,4% a 3,6%.

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Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões.

O Produto Interno Bruto da indústria registrou alta de 0,90% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB apresentou avanço de 1,50%.

O PIB da agropecuária registrou baixa de 0,90% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre, informou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB apresentou avanço de 17,00%.

Já o PIB de serviços registrou alta de 0,60% no segundo trimestre de 2023 ante o trimestre anterior. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB apresentou avanço de 2,30%.

O consumo das famílias registrou alta de 0,90% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre, informou o IBGE. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o consumo das famílias apresentou avanço de 3,00%.

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,70% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o consumo do governo teve alta de 2,90%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou alta de 0,10% no segundo trimestre de 2023 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, a FBCF apresentou recuo de 2,60%. Segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) do segundo trimestre ficou em 17,20%.

No segundo trimestre de 2023, o País tinha 2,040 milhões de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 2,992 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 31,7% em relação ao segundo trimestre de 2022.

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Outras 952 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 22,4% menos indivíduos nessa situação ante o segundo trimestre de 2022.

No segundo trimestre de 2023, 4,050 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 5,5% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,605 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um aumento de 1,5% nessa categoria de desemprego do que no segundo trimestre de 2022.

A taxa de desemprego recuou de forma estatisticamente significativa em oito das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro trimestre de 2023 para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

"Do primeiro para o segundo trimestre, é possível observar uma tendência de queda em todas as unidades da Federação, mas a redução foi estatisticamente significativa em apenas oito delas. A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir", apontou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, em nota oficial.

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Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 8,8% no primeiro trimestre de 2023 para 8,0% no segundo trimestre de 2023. Em São Paulo, a taxa de desemprego desceu de 8,5% para 7,8% no período.

No segundo trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%). Os menores resultados foram registrados em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%).

O Banco do Brasil renegociou cerca de R$ 4,4 bilhões nas primeiras semanas do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal. De acordo com o banco, R$ 4,1 bilhões vieram do banco, e outros R$ 308 milhões, da Ativos S.A., empresa de recuperação de créditos do banco.

Foram renegociados os contratos de mais de 264 mil clientes do BB e de 241 mil clientes da Ativos S.A.. O banco estendeu as condições do Desenrola a públicos que não necessariamente estão na Faixa 2, que está com renegociação aberta desde 17 de julho.

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A presidente do BB, Tarciana Medeiros, afirmou, em coletiva de imprensa, que o Desenrola é uma iniciativa importante para a população. "A regularização devolve a dignidade às famílias", disse ela, que destacou ainda a adesão de todo o sistema financeiro ao programa.

Ainda de acordo com a executiva, o banco aplicou modelos de inteligência de dados na atuação no programa. "Nossa atuação no Desenrola foi orientada por inteligência analítica", afirmou ela, emendando que o BB já utiliza esse tipo de tecnologia em outros negócios.

Do total de renegociações dos clientes do BB, cerca de 85 mil clientes são da Faixa 2 do Desenrola, e renegociaram R$ 725 milhões. Outros mais de 160 mil clientes pessoas físicas entraram nas condições ampliadas a todos os clientes do banco, assim como 19 mil micro e pequenas empresas, que já renegociaram cerca de R$ 960 milhões.

As vendas de celulares no Brasil subiram 3,1% no segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 11,3 milhões de unidades (um acréscimo de 345 mil). Em termos de receita, esse mercado cresceu 14,1%, movimentando R$ 17 bilhões na mesma base de comparação. Os dados são da consultoria IDC e foram divulgados nesta quarta-feira, 21.

O resultado do segundo trimestre mostrou uma recuperação do mercado, que havia registrado queda de 5,8% na comparação anual, afetado, principalmente, pela falta de componentes para produção devido ao desarranjo das cadeias globais de suprimentos.

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O preço médio dos aparelhos vendidos foi de R$ 1.878 entre abril e junho, sendo 10% maior do que no mesmo período do ano passado, reflexo do aumento dos custos de produção e frete, além da desvalorização do real, segundo a consultoria.

Os produtos na faixa de preço entre R$ 1.500 e R$ 1.799 foram os mais vendidos, representando 32% do volume total de vendas de smartphones.

Do total de 11,3 milhões de aparelhos comercializados, 10,8 milhões são do tipo smartphone (alta de 4%) e 505,5 mil são do tipo feature phones - aquele modelo mais simples e com menos funções (queda de 12,9%).

O volume de vendas de feature phones é bem menor, mas continua tendo espaço principalmente fora dos grandes centros urbanos, atendendo ao público que utiliza o aparelho mais como telefone e não tanto como ferramenta de acesso à internet.

A IDC observou ainda uma queda de 47% no mercado cinza (mercado paralelo) no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, devido às ações de combate è pirataria e importação ilegal.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre do ano, informou nesta quinta-feira (1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam um avanço de 0,4% a 1,4%, mas acima da mediana, que era positiva em 0,9%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 3,2% no segundo trimestre de 2022, vindo dentro das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de uma elevação de 0,2% a 3,7%, com mediana positiva de 2,8%.

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Ainda segundo o instituto, o PIB do segundo trimestre de 2022 totalizou R$ 2,4 trilhões.

O PIB da indústria subiu 2,2% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB da indústria mostrou alta de 1,9%.

O Produto Interno Bruto da agropecuária subiu 0,5% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre do ano. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB da agropecuária apresentou queda de 2,5%.

No setor de serviços, o PIB subiu 1,3% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, o PIB de serviços teve alta de 4,5%.

A Amazon registrou prejuízo líquido de US$ 2,0 bilhões no segundo trimestre deste ano, ou US$ 0,20 por ação diluída. Em igual período do ano passado, a empresa havia registrado lucro de US$ 7,8 bilhões, ou US$ 0,76 por ação. O resultado ainda contrariou a expectativa de lucro de US$ 0,12 por ação, dos analistas ouvidos pelo FactSet. A empresa diz que o prejuízo informado inclui uma perda de US$ 3,9 bilhões, gerada por seu investimento em ações ordinárias da Rivian Automotive.

As vendas líquidas da empresa, por sua vez, tiveram crescimento de US$ 121,2 bilhões no segundo trimestre, de US$ 113,1 bilhões em igual intervalo de 2021. Excluindo-se o impacto desfavorável de US$ 3,6 bilhões por causa do câmbio no período, o crescimento líquido nas vendas foi de 10% na comparação anual, apontou a empresa. O resultado da receita superou a previsão de US$ 119 bilhões dos analistas. Depois do balanço, a ação subia 11,83% no after hours em Nova York, às 17h24 (de Brasília).

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A empresa afirma em seu balanço que, apesar das pressões inflacionárias continuadas em combustível, energia e transportes, ela faz progressos em controlar mais seus custos e melhorar sua produtividade. A Amazon ainda diz que espera, no terceiro trimestre, que suas vendas líquidas fiquem entre US$ 125 e US$ 130 bilhões, crescimento entre 13% e 17% na comparação anual. Ao mesmo tempo, ela alerta para a imprevisibilidade diante de muitos fatores, como a pandemia da covid-19, variações cambiais, mudanças nas condições econômicas globais, na demanda dos consumidores e seus gastos, problemas em cadeias globais de produção, entre outros.

A Gol registrou um prejuízo líquido de R$ 2,85 bilhões no segundo trimestre de 2022, revertendo resultado positivo de R$ 642,9 milhões registrado um ano antes, informou a companhia em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira. No critério recorrente, a companhia apurou prejuízo líquido de R$ 620,8 milhões, reduzindo em 51,7% as perdas de um ano antes.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente do trimestre alcançou R$ 439 milhões, ante resultado negativo de R$ 547,4 milhões no mesmo período de 2021. Com isso, a margem Ebitda recorrente foi de 13,5% de abril a junho, ante margem negativa de 53,2% um ano antes.

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A receita operacional líquida da companhia alcançou R$ 3,24 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 1,02 bilhão no mesmo período de 2021.

Em balanço, a companhia afirma que os resultados do segundo trimestre "demonstram a consistente recuperação da demanda em um trimestre historicamente caracterizado pela baixa sazonalidade no setor aéreo brasileiro". A aérea acrescentou que os investimentos em tecnologia e oferta de produtos "são essenciais para ampliar a posição de liderança da Gol, tanto com a atual retomada do público corporativo como no aumento da oferta de novas rotas para os clientes que buscam destinos a lazer".

Projeções

A Gol revisou suas projeções financeiras para 2022 diante dos aumentos consecutivos nos preços de querosene de aviação (QAV) no País desde o início do ano, bem como os movimentos de repasse em tarifas, informou a companhia na manhã desta quinta-feira. Para o ano, a aérea projeta uma receita líquida total de R$ 15,4 bilhões, ante projeção anterior de R$ 13,7 bilhões.

No segmento de carga e outras receitas, a companhia elevou a projeção de receita líquida de R$ 800 milhões para R$ 1 bilhão no ano.

A companhia reduziu a projeção de taxa de ocupação média para o ano de 82% para 80%. A projeção de frota total média passou de 130 a 140 para 132 a 138 aeronaves no ano. "Para 2022, a companhia reitera seu foco na transformação da frota e prevê que até o final do ano 44 aeronaves 737-MAX estejam em operação, representando cerca de 32% da frota total", disse no documento de atualização.

Para 2022, a companhia espera margem Ebitda de 20%, ante projeção anterior de 24%. A aérea reduziu a previsão de dívida financeira de aproximadamente US$ 2,1 bilhões para US$ 2 bilhões. Por outro lado, manteve a projeção de alavancagem (dívida líquida sobre o Ebitda) de 8 vezes em 2022.

O Twitter informou, nesta sexta-feira (22), ter registrado prejuízo líquido de US$ 270 milhões no segundo trimestre deste ano, em meio ao imbróglio causado pela desistência de Elon Musk de comprar a empresa. O resultado reverte o lucro de US$ 66 milhões apurado em igual período de 2021, diante de um cenário macroeconômico que afetou negativamente o setor de publicidade.

O prejuízo da controladora da rede social totalizou US$ 0,35 por ação, ou US$ 0,08 em termos ajustados. O dado contrariou expectativa de analistas consultados pela FactSet, que esperavam ganho de US$ 0,14 por papel.

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Ainda segundo o balanço, a receita da companhia caiu 1% na comparação anual dos três meses encerrados em junho, a US$ 1,18 bilhão. O valor também frustrou a projeção do mercado, que era de US$ 1,32 bilhão. Esse desempenho foi atribuído, em parte, às "incertezas" relacionadas à oferta de Musk.

Oferta e desistência

Por conta do litígio, o Twitter cancelou a teleconferência regular e decidiu não divulgar guidance para este ano. Em abril, o CEO da Tesla apresentou uma oferta de compra da empresa a US$ 54,20 por papel, o que representaria cerca de US$ 44 bilhões.

Após semanas de negociações, no entanto, o bilionário voltou atrás e desistiu da transação em julho, sob justificativa de que a rede social não teria sido transparente sobre números de contas falsas e spam.

Em resposta, o Twitter abriu ação judicial contra Musk para tentar forçar a conclusão do acordo. O julgamento acontecerá em setembro, depois que a Justiça americana contrariou os apelos dos advogados do empresário e optou por um processo mais rápido.

Às 9h28 (de Brasília), a ação do Twitter caía 2,23% no pré-mercado da Bolsa de Nova York, após a divulgação dos resultados.

Os lançamentos e as vendas das 15 maiores incorporadoras do País ficaram praticamente estáveis no segundo trimestre, após uma sequência de crescimento nas operações vista há cerca de três anos. Apesar da desaceleração, os números mostraram mais resiliência do que a esperada pelos analistas de mercado imobiliário. Mesmo com a inflação e os juros em alta, que prejudicam o setor, o valor de venda dos lançamentos consolidados atingiu R$ 9,93 bilhões no segundo trimestre, alta de 2,4% ante igual período de 2021. As vendas ficaram estáveis, com queda de 0,6%, a R$ 7,7 bilhões.

Os números foram compilados pela reportagem a partir do balanço prévio de 15 incorporadoras listadas na Bolsa: Cury, Direcional, MRV, Plano & Plano e Tenda (atuação no segmento econômico) e Cyrela, Even, Eztec, Gafisa, Helbor, Lavvi, Melnick, Mitre, Moura Dubeux e Trisul (voltadas a consumidores de média-alta e alta rendas).

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Algumas empresas se destacaram pelo crescimento dos lançamentos e das vendas, casos de Cyrela, Cury e Direcional. Pelo lado negativo, apareceram Tenda e Eztec. "De maneira geral, a temporada de prévias foi boa", disse o analista da XP Ygor Altero. "As melhores prévias foram de Cury, Direcional e Cyrela."

Baixa renda

Para entender a situação do mercado, é preciso olhar cada setor separadamente. No segmento de baixa renda, que concentra o programa Casa Verde e Amarela (CVA), com imóveis de até cerca de R$ 350 mil, os lançamentos subiram 7,5% no segundo trimestre, para R$ 4,73 bilhões, enquanto as vendas líquidas caíram 1,6%, para R$ 3,93 bilhões. "Está havendo uma clara movimentação de transferência de share (participação) das empresas pequenas para as grandes", afirmou o analista do Bradesco BBI Bruno Mendonça, em entrevista. "O segmento do Casa Verde e Amarela vem encolhendo no País, mas isso não conversa com os dados das grandes empresas listadas na Bolsa."

Além disso, começou a valer no segundo trimestre uma parte dos estímulos do governo federal ao Casa Verde e Amarela atualizando as taxas de juros e as curvas de subsídios, com ganho de poder de compra pela população. Isso ajudou as empresas a seguir repassando o aumento dos custos dos materiais para os preços finais dos apartamentos.

A MRV, maior construtora residencial do País, subiu os preços em 30,5% em um ano, para R$ 219 mil. Na Direcional, a alta foi de 13,5%; na Cury, 41%; na Plano & Plano, 6,3%, e na Tenda, 33,2%. A exceção, neste caso, foi a Tenda, que, endividada, reduziu os lançamentos e subiu os preços, levando a uma perda na velocidade das vendas.

Média e alta rendas

Entre as construtoras voltadas ao público de maior poder aquisitivo, os lançamentos atingiram R$ 5,2 bilhões no segundo trimestre, baixa de 2% na comparação anual. As vendas líquidas foram de R$ 3,7 bilhões, alta de 0,5%. Aqui, a maioria das empresas buscou fazer lançamentos residenciais de alto padrão e luxo, com apartamentos entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão.

Os consumidores destes segmentos têm renda elevada e sofrem menos com aumento da gasolina, comida e juros dos financiamentos, por exemplo. Já os imóveis de classe média, na faixa de R$ 500 mil a R$ 600 mil, têm perdido espaço justamente pelo aperto da renda.

Um dos resultados mais robustos, segundo os analistas, foi da Cyrela, líder em alto padrão. Even, Melnick e Gafisa também ampliaram lançamentos e vendas, impulsionadas por projetos de alto padrão. Já a Eztec e a Helbor, mais voltadas à classe média, encolheram. A Eztec cortou os lançamentos pela metade no trimestre.

"Em geral, as empresas aqui estão mais seletivas, buscando lançar unicamente aquilo que tenham segurança de que vão vender bem", disse Mendonça, do Bradesco BBI. "Os números estão melhores do que o humor do mercado sugeria. Mas fica a pergunta: até quando?"

Segundo Mendonça, muitos lançamentos podem ter sido adiantados pelas empresas para fugir da Copa do Mundo e das eleições presidenciais neste fim de ano - o que quer dizer, portanto, que devem baixar o mesmo ritmo até o fim do ano.

Crise à frente?

Analistas do Citi, André Mazini e Hugo Grassi lembram que há muitos canteiros em obra e com entregas das chaves em 2022 e 2023. Só que as taxas de juros estão bem mais altas. Há dois anos, beiravam 7%, enquanto hoje estão perto dos 10% ao ano - isso sem contar a correção dos contratos na planta pelo INCC, que acumula alta acima de 20% nos últimos dois anos. "Achamos que o filme vai ficar mais feio pela frente", estimou Grassi.

Nem todas as empresas divulgam os distratos em seus balanços, o que impede o levantamento de um dado consolidado pela reportagem. Tomando como base pesquisa da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), os distratos subiram 55% no trimestre fechado em abril, na comparação anual, chegando a 18,9 mil unidades. Em termos relativos, foram equivalentes a 11,2% das vendas brutas no período.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 0,1% no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre de 2021, informou nesta quinta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 0,3% a uma alta de 0,4%, com mediana de estabilidade (0,0%).

Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 4,0% no terceiro trimestre de 2021, vindo dentro das estimativas, que variavam de uma elevação de 3,5% a 4,8%, com mediana positiva de 4,2%. Ainda segundo o instituto, o PIB do terceiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,2 trilhões.

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O PIB da agropecuária caiu 8,0% no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o PIB da agropecuária mostrou queda de 9,0%.

Já o PIB de serviços subiu 1,1% no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre, segundo o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o PIB de serviços teve alta de 5,8%.

O Produto Interno Bruto da indústria ficou estável (0,0%) no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o PIB da indústria mostrou alta de 1,3%.

O consumo das famílias subiu 0,9% no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre, informou o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o consumo das famílias mostrou alta de 4,2%.

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2021 ante o segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o consumo do governo mostrou alta 3,5%.

Revisões

O IBGE revisou a variação do PIB do segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre de 2021, que passou de -0,1% para -0,4%. O órgão também revisou a taxa de variação do PIB do primeiro trimestre deste ano ante o quarto trimestre de 2020, que agora aponta para uma alta de 1,3%, ante um avanço de 1,2% estimado anteriormente.

O desempenho do quarto trimestre de 2020 ante o terceiro trimestre do ano passado foi mantido numa queda de 3,1%, mas a variação do terceiro trimestre de 2020 ante o segundo trimestre do ano passado foi revisado para um salto de 7,8%, ante o avanço de 7,7% estimado anteriormente.

De acordo com um estudo realizado pela consultoria Gmattos, a modalidade de pagamento eletrônico Pix já configura 2,16% do total de transações realizadas em 2021. O valor foi alcançado durante o segundo trimestre do ano e representa quase o dobro dos 1,16% apurados no primeiro trimestre.

Segundo o estudo, o método de pagamentos, que até o início de 2021 era utilizado por 16,9% das lojas eletrônicas consultadas, teve um salto de 40,7% no final do segundo trimestre (que equivale ao período de abril e junho). Além disso, a pesquisa também prevê que até o final do último trimestre deste ano, o Pix poderá representar 3,4% de todas as transações realizadas.

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Outro dado constatado, é que o pagamento via débito foi o mais afetado pelo Pix. A pesquisa da Gmattos indicou que de todas as lojas consultadas, 33% mantiveram a opção de débito. Em contrapartida, os boletos, que para muitos especialistas seriam os principais prejudicados pelo Pix, foram mantidos em 91,6% das varejistas.

O Pix foi lançado oficialmente em novembro de 2020, como uma alternativa de transferência e realização de pagamentos. Seu funcionamento gira em torno de suas chaves, que podem ser geradas de maneira aleatórias ou cadastradas por meio do número de celular, CPF, CNPJ, e-mail ou QR Code.

As exportações cresceram 9,4% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quarta-feira os resultados das Contas Nacionais Trimestrais, que trouxeram os números do Produto Interno Bruto (PIB). Na comparação com o segundo trimestre de 2020, as exportações mostraram alta de 14,1%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 0,6% no segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2020, as importações mostraram alta de 20,2%.

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A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Taxa de poupança

A taxa de poupança ficou em 20,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2021, conforme o IBGE.

Já a taxa de investimento ficou em 18,2% no segundo trimestre de 2021, segundo o IBGE.

A Lojas Americanas registrou lucro líquido consolidado de R$ 254,7 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 7,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da varejista entre abril e junho ficou em R$ 1,070 bilhão, alta anual de 45%. A margem Ebitda Ajustada foi de 15,5%, com leve recuo de 0,1 ponto porcentual ante o ano passado.

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A receita líquida de vendas e serviços da Lojas Americanas chegou a R$ 6,917 bilhões no segundo trimestre, avanço de 46,1%. A venda bruta de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) foi de R$ 12,632 bilhões, avanço de 32,6%.

O resultado financeiro líquido da Lojas Americanas no trimestre foi de R$ 121,8 milhões, revertendo o indicador negativo de R$ 296,5 milhões do mesmo período de 2020.

A companhia encerrou o trimestre com posição de caixa líquido consolidado de R$ 3,455 bilhões, ante dívida de R$ 3,747 bilhões no fim de junho de 2020.

O Bradesco vai iniciar o retorno dos funcionários ao seu quartel-general, na Cidade de Deus, em Osasco, a partir da segunda quinzena de setembro ou outubro. Segundo o presidente do banco, Octavio de Lazari, a volta será gradual, área a área, e aguardará que cada pessoa tenha completado o ciclo de imunização contra a Covid-19.

Lazari, não sabe, contudo, se a vacina será exigida para o regresso ao trabalho presencial. "Nosso trabalho vai ser muito mais de conscientização das pessoas sobre a importância da vacinação", disse o executivo nesta quarta-feira, 4, em conferência telefônica com jornalistas para comentar os resultados do banco no segundo trimestre.

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Na sua rede, o Bradesco já adota o rodízio. Os funcionários passam metade da carga horária de trabalho nas agências onde estão lotados e a outra metade trabalhando de casa, em home office.

Até o fim deste ano, o banco vai fechar entre 200 e 250 agências, além das 227 encerradas no primeiro semestre. Essas agências, conforme Lazari, não estão simplesmente deixando de existir, mas sendo transformadas em unidades de negócios, que são estruturas mais enxutas que as tradicionais. "São unidades que geram menos gastos, não têm vigilante", resumiu.

O Bradesco registrou lucro líquido de R$ 6,32 bilhões no segundo trimestre, alta de 63,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado havia sido positivo em R$ 3,9 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre, no entanto, o lucro teve queda de 3%.

Com a melhora das condições econômicas do País, o banco conseguiu retomar seu patamar de operação da primeira metade de 2019, um ano antes da pandemia. Segundo Lazari, o avanço da vacinação abriu espaço à recuperação. "Conseguirmos entregar resultado consolidado expressivo, apesar do seguro", disse.

O abalo sentido em seguros, sob impacto das pesadas indenizações por vidas perdidas para a pandemia, fez essa área responder por aproximadamente 10% do resultado consolidado do Bradesco, metade da fatia a que costumeiramente responde.

Os seguros também devem retomar sua participação nos resultado do grupo, assim como a economia deve deslanchar, à medida em que a vacinação seja acelerada, no segundo semestre, apontando para um crescimento do PIB de 5,2%, nas estimativas do Bradesco.

Segundo Lazari, já foi possível sentir a melhora no emprego formal, que favoreceu a expansão do crédito, bem como a manutenção da inadimplência sob controle.

Aumento dos juros

O presidente do banco afirmou que o aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic, será repassado ao crédito. "Não tem como não fazê-lo. Esse repasse é certo na taxa de juros da atividade bancária", afirmou Lazari.

O executivo disse esperar que o Banco Central (BC) eleve novamente os juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina nesta quarta. Não citou, contudo, um patamar de elevação. A equipe econômica do Bradesco elevou recentemente sua expectativa para a Selic, de 6,5% para 7,0% ao ano.

A manutenção da Selic em um patamar baixo foi importante para que as pessoas pudessem honrar suas dívidas durante a pandemia, devido às medidas de restrição, na visão do presidente do Bradesco. No entanto, agora, a pressão inflacionária obriga ir na direção oposta e subir os juros. "É o que temos para hoje. Devemos ter mais pressão inflacionária por alimentos", disse, ao ser questionado sobre o ambiente macroeconômico do País, com inflação elevada.

Para Lazari, porém, o BC tem instrumentos para agir. "O Banco Central tem os instrumentos necessários para conter o aumento da inflação, para debelar essa inflação. Mas a pressão inflacionária vai levar ao aumento dos juros. Não tem muito o que fazer", avaliou.

O Bradesco acredita que sua taxa de inadimplência suba nos próximos trimestres e volte ao patamar pré-pandemia. "A inadimplência está muito comportada, mas é natural que volte aos níveis de 2019. É a nossa menor inadimplência histórica", disse.

A expectativa é que, depois de voltar ao patamar de 2019, a inadimplência do banco se estabilize, o que deve ocorrer no próximo ano. O executivo lembrou que o indicador que mede os calotes está "melhor do que o imaginado em março de 2020", quando a pandemia estourou no País.

A inadimplência do Bradesco, considerando atrasos acima de 90 dias, fechou o segundo trimestre em 2,5%, estável frente ao primeiro. Os calotes de curto prazo, que compreendem créditos vencidos e não pagos entre 15 e 90 dias, tiveram redução de 0,6 ponto porcentual no trimestre, para 2,6% ao fim de junho.

O setor de aviação foi mais uma vez fortemente impactado pela pandemia, dessa vez pela segunda onda de Covid-19 no Brasil. A Gol registrou prejuízo líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre, ampliando as perdas de R$ 771,8 milhões de um ano antes. Embora o discurso seja de ritmo crescente da demanda, a companhia revisou para baixo as projeções para o segundo semestre, com expectativa de geração de caixa reduzida e aumento de dívida.

A Gol informou em documento de atualização ao investidor que espera encerrar o segundo semestre do ano com R$ 4,2 bilhões em liquidez, ante R$ 4,5 bilhões projetados anteriormente, além de uma dívida líquida ajustada de R$ 15,3 bilhões, ante R$ 14,8 bilhões projetados anteriormente. A aérea afirma que diversas iniciativas são relevantes "para assegurar que a Gol mantenha a liquidez nos patamares esperados no final de 2021".

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A companhia projeta ainda geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,7 bilhão no segundo semestre, ante projeção inicial de R$ 2 bilhões. No segundo trimestre, a aérea reportou Ebitda negativo, de R$ 466,6 milhões, ampliando resultado negativo de R$ 282,5 milhões um ano antes.

O desempenho ocorre em meio à recuperação dos indicadores operacionais, que no mesmo período de 2020 foram impactados pela primeira onda da covid-19 no País. De abril a junho deste ano, a companhia registrou avanço de 344% da demanda, medida pelo número de passageiro-quilômetro transportado pago (RPK, no jargão do setor), em relação ao mesmo intervalo de 2020.

Já a oferta, medida pelo assento quilômetro ofertado (ASK), avançou 307,4% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação da companhia foi de 85,1% no segundo trimestre, ante 78,1% um ano antes.

Em balanço, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, demonstrou otimismo. "O progresso na vacinação é promissor para a recuperação contínua da economia doméstica e o aumento na demanda de viagens, à medida em que os brasileiros se sentirem seguros para retornar às suas rotinas normais", afirmou no documento.

No entanto, a Gol também está ajustando sua frota para o segundo semestre para "adequar os custos operacionais aos patamares atuais de vendas e demanda". A companhia irá operar

102 aeronaves em sua malha, ante 110 projetado anteriormente. Ainda assim, o número representa um aumento de 56% sobre o primeiro semestre.

Endividamento

A dívida líquida da Gol cresceu 6% sobre igual período do ano passado, para R$ 14,2 bilhões. Já a dívida bruta registrou ligeira queda de 5,3%, para R$ 15,3 bilhões. Em balanço, a companhia afirma que "tem trabalhado para fortalecer margens e manteve seu custo fixo reduzido em comparação ao pré-pandemia, além de converter seus custos fixos de folha e arrendamento para variável".

A liquidez total da aérea foi de R$ 1,81 bilhão no segundo trimestre, queda de 45,1% sobre igual período de 2020. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda ajustado foi de 10,1 vezes de abril a junho, ante 3,3 vezes em igual intervalo do ano passado, demonstrando que a companhia continua tentando se ajustar às oscilações do mercado.

A indústria brasileira fechou o segundo trimestre deste ano com uma ociosidade recorde. O Produto Interno Bruto (PIB) do setor ficou 15,4% abaixo de sua capacidade produtiva, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast. O resultado representa o pior desempenho da série histórica da pesquisa, iniciada em 1998. A última vez em que as empresas usaram toda sua capacidade produtiva foi no último trimestre de 2013.

Com a recuperação da produção desde maio, é esperada uma redução na ociosidade do setor neste terceiro trimestre, mas a previsão é ainda voltar aos níveis pré-pandemia - entre 5% e 7% abaixo do potencial produtivo, e longe de recuperar o que foi perdido na recessão anterior, que se estendeu de 2014 a 2016.

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"Com certeza, o terceiro trimestre vai trazer uma melhora, mas não vai voltar ao que era antes de 2014. Você tem uma capacidade para produzir, mas não está tendo demanda. Uma das razões para a inflação baixa é essa", diz Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB da FGV e um dos autores do estudo do Ibre/FGV, ao lado das pesquisadoras Elisa Andrade e Juliana Trece.

Passado o pior momento da crise provocada pela pandemia, o empresário industrial até se mostra mais confiante do que estava antes que a Covid-19 chegasse ao País. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de setembro teve um avanço de 7,2 pontos em relação ao resultado de agosto, para 105,9 pontos, informou ontem a FGV. Caso se confirme, o índice alcançará o maior patamar desde janeiro de 2013.

Houve melhora tanto nas avaliações sobre o presente quanto em relação às expectativas para os próximos meses. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria indicou um aumento de 2,7 pontos porcentuais em relação ao patamar de agosto, passando de 75,3% para 78,0% em setembro.

Desemprego. Por ser mais formal que outros setores, a indústria não demitiu tantos trabalhadores quanto o restante da economia, o que em tese pode ajudar nesse processo de retomada da produção pós-pandemia. No setor privado, foram perdidos 10,7 milhões de postos de trabalho no segundo trimestre em relação ao segundo trimestre do ano passado, enquanto a indústria de transformação fechou um milhão vagas.

Ou seja, enquanto a ocupação no conjunto dos setores econômicos do setor privado caiu 13,4% entre o segundo trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, a indústria de transformação enxugou menos o quadro de funcionários (11,1%), mostra um levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

"O baque foi geral, foi ruim para todo mundo, mas a indústria amorteceu. A indústria nunca teve as portas fechadas como o comércio e alguns serviços. E o fato de a indústria ser um setor mais formalizado permite lançar mão de ferramentas como lay-off, antecipação de férias, e mesmo participação de programas de governo, como redução de jornada", disse Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi, que compilou no estudo microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A combinação entre a pandemia de Covid-19 e as flutuações do dólar teve resultado negativo para o mercado de celulares no Brasil. No segundo trimestre de 2020, as vendas do setor caíram 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento da consultoria IDC Brasil divulgado nessa terça-feira (8). Segundo a firma, trata-se de uma das piores quedas já registradas no setor.

De acordo com a consultoria, foram vendidos 9,6 milhões de dispositivos no período - 8,74 milhões de unidades foram comercializadas em canais oficiais de venda e 885 mil no "mercado cinza", que oferta produtos de origem duvidosa.

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Entre os aparelhos vendidos por canais oficiais, 8,35 milhões foram smartphones e 391 mil foram celulares simples (feature phones, no jargão do setor). As duas categorias sofreram retrações: o tombo foi de 31,1% para os smartphones e 54% para os celulares. A venda de smartphones no mercado cinza foi a única que registrou alta: 8,3% (ou 790 mil aparelhos).

"No início do ano, o cenário era favorável, mas a pandemia afetou bastante o setor, que sofreu primeiro com a falta de componentes da China e, depois, com o aumento de preços devido às flutuações cambiais", disse, em nota, Renato Meireles, analista do IDC Brasil. "Com a reabertura de lojas físicas, a tendência é de diminuição dos índices de queda nas vendas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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