Tópicos | março 2015

O quadro de recessão da economia brasileira desde o ano passado e o cenário de alta de juros têm afetado a geração de caixa por parte das empresas e elevado a taxa de inadimplência, de acordo com estudo divulgado pela Serasa Experian nesta quarta-feira (20). Dados da Serasa mostram que, em março, dos 7 milhões de empresas que atuam no País, 3,8 milhões estavam com dívidas em atraso, número recorde.

"A grande maioria das empresas negativadas é formada por pequenas e médias e elas concentram a maior parcela da geração de empregos no Brasil. A falta de caixa para honrar as dívidas também impacta o pagamento de salários, o que ajuda a engrossar as taxas de desemprego", afirmam os economistas da entidade, em nota.

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Segundo a Serasa, o valor total da dívida das empresas soma R$ 86,4 bilhões, uma média de R$ 22,8 mil por CNPJ negativado. A maior parte está devendo para apenas um credor (59,0%). Do total, 20,6% devem para mais de três credores e 20,3% estão com pagamentos pendentes para dois credores.

Entre os setores que possuem o maior número de empresas inadimplentes o mais atingido é o comércio, com 46,3% do total. Em seguida, aparece o setor de serviços, com 43,7% e a indústria, com 9%.

O estudo mostra ainda que o Sudeste é a região que concentra a maioria das empresas inadimplentes do País: 51,4%. Em segundo lugar aparece o Nordeste, com 17,5%, seguido do Sul (17,1%), Centro-oeste (8,4%) e Norte (5,7%).

A produção da indústria de bens de capital caiu 4,4% em março ante fevereiro, enquanto na comparação com março de 2014 o indicador mostrou queda de 12,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, houve queda de 18,0% na produção de bens de capital em relação a igual período do ano passado. Já no acumulado em 12 meses até março, o recuo é de 13,8%.

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Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou redução de 1,1% na produção na passagem de fevereiro para março. Já na comparação com março do ano passado, houve recuo de 4,0%. No acumulado do ano, a queda é de 8,4%, enquanto a taxa em 12 meses é de -5,0%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de março exibiu redução de 3,1% na produção ante fevereiro e queda de 6,6% em relação a igual período de 2014. Entre os semiduráveis e os não duráveis, a produção caiu 0,3% em março ante fevereiro e recuou 3,1% na comparação com março do ano passado.

No caso dos bens intermediários, o IBGE informou que a produção diminuiu 0,2% em março ante fevereiro. Em relação a março de 2013, essa atividade caiu 2,1%. No acumulado do ano, o instituto observou queda de 2,8% na produção, enquanto a taxa em 12 meses ficou em -3,2%.

Revisão

O IBGE revisou o desempenho da produção industrial em fevereiro ante janeiro. A queda na atividade foi de 1,3%, mais do que o recuo de 0,9% apurado na leitura inicial.

A mudança está relacionada a uma piora no índice de bens de capital e de bens de consumo. A produção de bens de capital em fevereiro ante janeiro foi revisada de -4,1% para -4,4%. Nos bens de consumo duráveis, a queda no período foi de 1,9%, acima do verificado na leitura inicial (-0,4%). Já nos bens de consumo semi e não duráveis, a queda de 0,5% passou para recuo de 1,0% no período.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 4,79% em março, atingindo R$ 2,441 trilhões, informou, nesta segunda-feira, 27, o Tesouro Nacional. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 2,329 trilhão. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 41,39 bilhões no mês passado. A DPF inclui a dívida interna e externa.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) cresceu 4,66% e fechou o mês em R$ 2,316 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 7,27% maior, somando R$ 124,72 bilhões em março.

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A parcela de títulos prefixados na DPF cresceu 39,71% em fevereiro para 41,08% em março. Já os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia, de 20,01% para 19,13%, no período. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 34,62% do estoque da DPF em março, ante 35,25% em fevereiro. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 5,02% para 5,18%.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2015 é de 40% a 44%, enquanto para os papéis remunerados pela Selic vai de 17% a 22%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 33% a 37% e, no de câmbio, de 4% a 6%.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública ficou praticamente estável em março em relação a fevereiro. A participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 20,28% para 20,27% em março, somando R$ 469,61 bilhões. Em fevereiro, o estoque estava em R$ 448,95 bilhões.

A categoria das instituições financeiras teve queda na participação do estoque da DPMFi de 27,75% em janeiro para 27,39% em março. Os fundos de investimentos reduziram a fatia de 20,37% para 19,80%. Já a participação das seguradores passou de 3,98% para 3,97%.

O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 0,5 ponto porcentual de fevereiro para março, informou o Banco Central. Em janeiro, a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento, que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de 78,6% ao ano em fevereiro para 79,1% ao ano no mês passado.

O juro do rotativo é a taxa mais elevada desse segmento e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC, batendo até mesmo a do cheque especial. Atingiu a marca de 345,8% ao ano em março, ante 342,7% de fevereiro, uma elevação de 3,1 pontos porcentuais na margem. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro caiu 0,6 ponto de fevereiro para março, passando de 112,1% ao ano para 111,5% ao ano.

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A taxa média de juros no crédito livre subiu de 40,6% ao ano em fevereiro para 40,9% ao ano em março, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Banco Central. O porcentual é recorde da série histórica iniciada em março de 2011. No primeiro trimestre deste ano, a taxa subiu 3,6 pontos porcentuais. Em 12 meses, a alta é de 4,4 pp.

Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 54,3% ao ano em fevereiro para 54,4% ao ano em março, também a maior da série, iniciada em março de 2011. Para pessoa jurídica, a taxa passou de 26,1% ao ano para 26,5% ao ano de fevereiro para março.

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Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 214,2% ao ano em fevereiro para 220,4% ao ano no mês passado. Para o crédito pessoal, a taxa total caiu de 47% em fevereiro para 46,1% em março. No caso de consignado, a taxa ficou estável em 26,8%.

No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 24,8% ao ano para 24,7% ao ano de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 25,6% em fevereiro para 25,8% em março.

Os Investimentos Diretos no País (IDP, antes chamados de IED) não foram suficientes para cobrir o rombo nas contas externas. Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (22) pelo Banco Central, esses recursos trazidos por estrangeiros e que são destinados para o setor produtivo somaram US$ 4,263 bilhões em março, deixando uma diferença a ser coberta por capital especulativo, recursos que têm sido atraídos ao Brasil pelo elevado diferencial entre os juros externo e doméstico.

O resultado ficou ligeiramente acima das estimativas apuradas pelo AE Projeções, feitas com base na metodologia antiga, que iam de US$ 3,3 bilhões a US$ 4,2 bilhões, com mediana de US$ 3,7 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de março ficaria em US$ 3,6 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 20 de março, quando o País havia recebido US$ 2,4 bilhões em recursos externos.

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No acumulado dos últimos 12 meses até março deste ano, o saldo de Investimento Estrangeiro ficou em US$ 88,793 bilhões, o que representa 3,97 % do Produto Interno Bruto (PIB). No trimestre, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 13,136 bilhões.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) na nota de Contas Externas brasileiras divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira, 22, passou a se chamar Investimento Direto no País (IDP). A mudança de nomenclatura faz parte das alterações implementadas pela instituição para acompanhar a nova edição do manual de balanço de pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A última revisão foi em 2001. O Investimento Brasileiro Direto (IBD) também mudou e agora passa a se chamar Investimento Direto no Exterior (IDE).

Com a mudança, o Banco Central introduziu nas estatísticas o conceito de "lucros reinvestidos" - que ocorre quando uma empresa obteve um lucro e decide manter esses recursos no Brasil em vez de repatriá-lo para a matriz. Essa nova conta tem impacto no registro de IDP, mas não afeta o fluxo cambial. Em março, os lucros reinvestidos ficaram negativos em US$ 223 milhões.

Lucros e dividendos

A alta do dólar frente o real, que chegou a 35% nos últimos 12 meses, começa a esfriar a remessa de lucros e dividendos para fora do País. Ainda assim, o saldo dessa conta continua negativo - em março, a saída líquida somou US$ 1,199 bilhão. Em igual mês do ano passado, esse envio de recursos foi de US$ 2,091 bilhões.

No acumulado do primeiro trimestre, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 2,669 bilhões. O resultado é quase a metade do registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 4,918 bilhões.

As despesas com juros externos somaram US$ 1,070 bilhão em março ante US$ 963 milhões em igual mês do ano passado. No trimestre, essas despesas alcançaram US$ 6,899 bilhões, valor maior que os US$ 6,4 bilhões de igual período do ano passado.

Investimento externo

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 3,165 bilhões em março e positivo em US$ 16,670 bilhões no acumulado de 2015. Em igual mês do ano passado, essas aplicações somavam US$ 15,134 bilhões.

O aumento da procura por esses títulos teve início em junho de 2013, quando o governo zerou o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) sobre esse tipo de aplicação. Mais recentemente, o atual ciclo de aperto monetário aumentou o diferencial de juros entre o Brasil e o restante do mundo, tornando as aplicações brasileiras de renda fixa mais interessantes para os estrangeiros. O investimento em títulos negociados no exterior ficou negativo em US$ 1,601 bilhão em março e em US$ 3,217 bilhões no ano.

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 1,354 bilhão em março. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido ligeiramente menor, de US$ 1,303 bilhão. Para o ano completo, o BC manteve a projeção de que a aplicação nesses papéis somem US$ 13 bilhões.

As aplicações em ações negociadas no País somaram US$ 1,136 bilhão. Já as negociadas no exterior (ADRs) registraram um saldo positivo de US$ 2 milhões. As aplicações em fundos de investimento, dado que não existia até a divulgação passada, foram de US$ 216 milhões. Em março do ano passado, as aplicações de estrangeiros em fundos somou apenas US$ 19 milhões.

Juros de rolagem

A taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 102% em março. O resultado ficou abaixo do verificado em março do ano passado, quando a taxa havia sido de 217%, valor suficiente para honrar compromissos das empresas no período.

De acordo com os números apresentados hoje pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, que até a nota anterior tinham a nomenclatura de "bônus, notes e commercial papers" ficou em 62% em março. Em igual mês de 2014 havia sido de 52%. Já os empréstimos diretos conseguiram uma cobertura de 114% no mês passado ante 456% de março de 2014.

No trimestre, a taxa de rolagem total ficou em 104%. Os títulos de longo prazo ficaram com taxa de 54% e os empréstimos diretos com 115% no período.

Mesmo com a alta de 35% do dólar em relação ao real nos últimos 12 meses, a conta de viagens internacionais continuou a registrar déficit. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 955 milhões. Em março do ano passado, o déficit nessa conta era de US$ 1,301 bilhão.

O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,504 bilhão em março. Já o gasto dos estrangeiros em passeio no Brasil ficou em US$ 548 milhões no mês passado. No acumulado do ano até março, o saldo líquido dessa conta ficou negativo US$ 3,595 bilhões. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 4,125 bilhões.

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O desmatamento da Amazônia Legal foi de 58 km² em março de 2015, um aumento de 195% em relação ao mesmo mês no ano anterior, quando foram derrubados 20 km² de florestas. Os dados são do monitoramento não oficial produzido pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Os dados do SAD revelaram tendência de aumento da devastação em todos os meses de 2015. Foram registradas taxas de desmatamento de 288 km² em janeiro e de 42 km² em fevereiro - o que representa um aumento de 169% e 282%, respectivamente, em comparação com os mesmos meses de 2014.

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Os Estados que mais sofreram com o desmatamento em março de 2015, segundo o SAD, foram Mato Grosso (76%) e Amazonas (13%), seguidos por Rondônia (8%), Tocantins (2%) e Pará (1%).

Em março, 86% do desmatamento aconteceu em áreas privadas, 9% em assentamentos de reforma agrária e 5% em unidades de conservação. Os municípios mais desmatados foram Feliz Natal e Itaúba, ambos em Mato Grosso.

A devastação acumulada nos oito primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento - de agosto de 2014 a março de 2015 - chegou a 1.761 km². O aumento foi de 214% em relação aos 560 km² desmatados no período anterior. De agosto de 2014 a março de 2015, Mato Grosso liderou o ranking do desmate, com 639 km² - aumento de 640%.

O Imazon também publicou dados sobre a degradação florestal - as áreas em que as árvores não sofreram corte raso, mas onde a floresta foi excessivamente explorada ou atingida por queimadas.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 15 km² em março, aumento de 200% em relação a março de 2014, quando foram registrados 5 km² de degradação.

O boletim adverte que a extensão do desmatamento e a degradação da floresta registrada em março de 2015 podem estar subestimadas, já que 53% da área florestal amazônica estava coberta por nuvens e, portanto, fora do alcance dos satélites. Em março de 2014, as nuvens cobriam 58% da floresta.

Sistema alternativo

O SAD usa imagens do mesmo sensor e do mesmo satélite empregados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece ao governo federal as informações sobre novas áreas de desmatamento na Amazônia, auxiliando nas operações de repressão à devastação ilegal. No entanto, as metodologias usadas pelo Inpe e pelo Imazon são distintas.

O Inpe ainda não divulgou os dados do Deter para março de 2015. Mas, em março de 2014, o sistema registrou 53 km² de áreas com alterações florestais, que sofreram corte raso e degradação.

Os últimos dados do Deter, divulgados no dia 2 de março, cobriam o período entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Naquele trimestre, as áreas com alterações florestais chegaram a 291 km² - um aumento de 5% em relação ao mesmo período de um ano antes.

Já os dados do SAD do Imazon para o trimestre entre novembro de 2014 e janeiro de 2015 indicavam que as alterações florestais teriam chegado a 1.163 km², com um aumento de 326% em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O indicador de recuperação de crédito do consumidor da Boa Vista SCPC teve queda de 4,7% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2014, a retração foi de 2,9%. Em 12 meses, ante igual intervalo do ano anterior, a baixa é de 4,3%. E no primeiro trimestre o indicador caiu 3,6% em relação ao mesmo período de 2014.

A queda de 4,3% no acumulado em 12 meses é a maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2005. "Em 2015, além da menor intensidade das transações no mercado de crédito, observa-se maior deterioração do cenário macroeconômico no Brasil - especialmente para o mercado de trabalho", diz a Boa Vista em nota. Segundo a empresa, apesar de, no momento, os fundamentos do mercado de crédito permanecerem ainda em bons níveis, deve ocorrer uma ligeira deterioração nos próximos meses. Isso trará novo resultado negativo na recuperação de crédito, que deve fechar o ano com queda de 1,5% na comparação com 2014.

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O indicador que considera a recuperação de crédito do consumidor apenas no setor varejista registrou recuo de 3,8% em março na comparação mensal e queda de 15,3% na variação anual. Na divisão por regiões geográficas, na margem o índice geral apresentou maior baixa no Centro-Oeste (-5,8%), seguido do Sudeste e Nordeste (ambos com -4,9%), Sul (-3,9%) e Norte (-1,2%).

O indicador de recuperação de crédito é elaborado a partir da quantidade de exclusões dos registros de dívidas vencidas e não pagas informados anteriormente à Boa Vista pelas empresas credoras.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 1,21% em março, após subir 0,53% em fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam desde um avanço de 0,90% a uma alta de 1,20%, com mediana de 1,00%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, subiu 1,24% no mês passado, após avançar 0,41% em fevereiro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, e que cresceu 1,41% em março, na comparação com alta de 0,97% no mês anterior. E o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, e que apresentou alta de 0,62%, contra avanço de 0,31%, na mesma base de comparação.

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Com o resultado, o IGP-DI acumula altas de 2,43% no ano e de 3,46% nos últimos 12 meses. O período de coleta de preços para o índice de março foi do dia 1º ao dia 31 do mês passado.

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou em cinco das sete capitais pesquisadas em março, informou a instituição nesta segunda-feira, 6. No geral, o IPC-S apresentou variação de 1,41% em todo o mês de março (quatro quadrissemanas). Na terceira quadrissemana de março, o IPC-S ficou em 1,47%. Em fevereiro, subiu 0,97%. Até março, o indicador acumula altas de 4,16% no ano e de 8,59% em 12 meses.

Por região, o IPC-S apresentou decréscimo na taxa de variação de preços em Salvador (1,15% a 0,91%), Brasília (2,16% a 1,97%), Belo Horizonte (1,41 a 1,32%), no Recife (0,69% a 0,31%), em Porto Alegre (1,72% a 1,64%). O IPC-S subiu em São Paulo (1,48% a 1,53%) e no Rio de Janeiro (1,44 a 1,52%).

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Com valorização de mais de 20% no primeiro trimestre, o dólar foi a aplicação mais rentável em março. No mês, a moeda americana teve alta de 12,04%. Impulsionado pelo avanço do dólar, o ouro subiu de 10,43%. Já a Bovespa, que liderou os investimentos em fevereiro, ficou na lanterna, com recuo de 0,84%.

"O dólar se valorizou frente às principais moedas, sobretudo pela discussão de quando os Estados Unidos vão subir os juros", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos. "O outro lado é a questão interna: o nosso cenário econômico ruim, a indicação do ministro Levy de que não renovaria o estoque de swaps cambiais, além das turbulências do cenário político", diz. Apesar da valorização, o investimento em dólar para quem não possui dívida em moeda estrangeira ou tem uma viagem marcada é desaconselhado pelos especialistas, pela alta oscilação e grau de risco.

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Já o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - teve queda de 0,84% no mês. "O cenário ruim interno está espantando os investimentos. Isso é visto na queda dos índices de confiança do consumidor e do empresariado", diz Michael Viriato, coordenador do laboratório de finanças do Insper.

Para Colombo, a baixa na Bolsa oferece boas oportunidades. "Para quem tem visão de longo prazo e não vai precisar do dinheiro tão cedo, o momento ainda é adequado", diz.

A renda fixa avançou 1,17% em março; os fundos DI, 1,06%. "A renda fixa vem subindo em função das taxas nominais - março teve mais dias úteis, por exemplo -, mas a inflação alta do jeito que está corrói todo o ganho", diz Colombo. O mercado espera um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,40% para março, segundo o último boletim de Focus, do Banco Central.

Para Viriato, o atual cenário de incertezas indicam que não é hora de arriscar. "Para o pequeno investidor, não é momento de apostar. Vale a pena esperar mais um pouco, investindo em títulos prefixados ou referenciados à inflação para se proteger", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou a alta para 1,41% em março, ante alta de 0,97%% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira, 1. Na terceira quadrissemana de março, o IPC-S havia ficado em 1,47%. O indicador acumula altas de 4,16% no ano e de 8,59% em 12 meses.

O IPC-S de março ficou abaixo da mediana de 1,45%, calculada pelo AE Projeções, a partir das estimativas dos analistas do mercado. O resultado manteve-se dentro do intervalo das projeções, de 1,34% a 1,60%.

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Das oito classes de despesa analisadas, sete registraram decréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana de março: Transportes (1,42% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,83% para 0,70%), Educação, Leitura e Recreação (0,68% para 0,44%), Alimentação (1,09% para 1,02%), Vestuário (-0,22% para -0,33%), Despesas Diversas (0,83% para 0,61%) e Comunicação (-0,06% para -0,07%). No sentido contrário, registrou acréscimo o grupo Habitação (3,19% para 3,71%).

A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Habitação. De fevereiro para março, o IPC acelerou de alta de 1,14% para 1,42%. No mesmo período, Habitação saiu de 1,19% para 2,93%, puxado pelo comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, (de 3,68% para 16,84%).

Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras duas classes de despesas. O grupo Alimentação passou de 0,92% para 1,10% entre fevereiro e março, com contribuição do item laticínios (de -1,47% para 0,47%). Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais registrou alta de 0,72% ante elevação de 0,39%, com contribuição do item artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,66% para 1,40%).

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As maiores influências de alta do IPC de março são tarifa de eletricidade residencial (de 3,68% para 16,84%), gasolina (de 4,25% para 5,13%), condomínio residencial (de 1,50% para 3,32%), refeições em bares e restaurantes (apesar da desaceleração, de 1,31% para 0,87%) e aluguel residencial (com menor ritmo de alta, de 1,05% para 0,95%).

Por outro lado, a lista de maiores pressões de baixa no período é composta por batata-inglesa (de 0,55% para -5,73%), tarifa de telefone residencial (de 0,02% para -0,75%), camisa masculina (de -0,04% para -1,62%), frango em pedaços (de -0,28% para -1,59%) e tarifa de táxi (de 0,87% para -1,01%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) desacelerou de 0,50% em fevereiro para 0,36% em março. O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,41% em março, após o avanço de 0,77% apurado na leitura do mês anterior. Já o índice relativo a Mão de Obra, por sua vez, teve alta de 0,31%, após avançar 0,26% em fevereiro.

Entre as maiores influências de baixa do indicador estão cimento portland comum (de 0,09% para -0,70%), condutores elétricos (de 0,16% para -1,28%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,25% para -0,07%), tubos e conexões de PVC (de 0,25% para -0,09%) e eletroduto de PVC (de 2,34% para -0,29%).

Por outro lado, a FGV entre os itens com maiores influências de alta do INCC-M de março estão ajudante especializado (de 0,15% para 0,40%), elevador (de 0,39% para 0,89%), servente (de 0,41% para 0,28%), esquadrias de alumínio (de 2,21% para 1,40%) e pedreiro (de 0,25% para 0,34%).

A aceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) no mês de março foi decorrente, sobretudo, das oscilações do câmbio, avalia o Bradesco. Neste mês, o indicador registrou alta de 0,98% após avançar 0,27% no mês de fevereiro, divulgou nesta segunda-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). "Esse movimento é reflexo principalmente do repasse da depreciação da taxa de câmbio, que influenciou a alta de grãos no IPA agrícola e de diversos grupos importantes do IPA industrial", diz o banco em boletim enviado a clientes.

No âmbito dos preços agropecuários no atacado, o Bradesco destaca as altas de soja e milho e as quedas menores de in natura e, entre os preços industriais, a pressão dos preços de minério de ferro, celulose, metalurgia e químicos.

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Para os próximos meses, a expectativa da instituição financeira é de "algum arrefecimento na cadeia agrícola e continuidade da aceleração dos industriais". Este último movimento deve se dar em decorrência da dissipação dos alívios gerados pela queda de petróleo ultimamente, avalia o Bradesco. "Para o IGP-M de abril, esperamos elevação de 0,70%", diz o relatório.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou a alta na passagem de fevereiro para março, com a taxa subindo de 0,27% para 0,98%, no período, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (30). O resultado do IGP-M deste mês ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,86% a 1,06%, mas acima da mediana estimada, de 0,93%.

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de queda de 0,09% em fevereiro para alta de 0,92% em março. Na mesma base de comparação, o IPC-M saiu de alta de 1,14% para 1,42%. Já o INCC-M desacelerou de 0,50% para 0,36%, na margem. Até março, a variação acumulada pelo IGP-M no ano é de 2,03% e de 3,16% nos últimos 12 meses.

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A insatisfação das famílias com a economia continuou crescendo em março. Inflação elevada, mercado de trabalho em deterioração, a turbulência no ambiente político e os temores de racionamento de água e energia levaram 77,6% dos consumidores a classificar a situação atual da economia como ruim.

O resultado representa um aumento de seis pontos porcentuais em relação a fevereiro (71,6%), que já havia sido marcado por um mínimo histórico na confiança do consumidor e por um recorde nas avaliações pessimistas sobre a economia. Nesta quarta-feira, 25, a instituição divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,9%, a um novo piso da série, iniciada em setembro de 2005.

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Por outro lado, a parcela de famílias que considera a situação da economia como boa diminuiu ainda mais. Em fevereiro, essa fatia era 5,8% dos consumidores, mas chegou a 4,5% do total em março. Em relação ao futuro próximo, as expectativas tampouco são favoráveis.

O indicador que mede o otimismo em relação à evolução da situação financeira da família nos seis meses seguintes apresentou recuo de 2,8%, para 114,1 pontos, segundo a FGV. A proporção de consumidores prevendo melhora da situação financeira caiu de 27,9% em fevereiro para 27,0% do total em março, enquanto o porcentual dos que projetam piora aumentou de 10,5% para 12,9% no período.

A insegurança das famílias em relação ao mercado de trabalho é um dos principais entraves ao consumo nos próximos meses, afirmou nesta quinta-feira, 19, a economista Juliana Serapio, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Inflação elevada e a alta de juros também contribuem para a maior cautela dos consumidores. Os bens duráveis são os principais cortes do orçamento: quase metade das famílias acha que é um mau momento para adquirir esse tipo de produto.

Em março, o indicador que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 6,1% ante fevereiro, ao menor nível da série, iniciada em janeiro de 2010. "A inflação de transportes acelerou muito em fevereiro, principalmente gasolina e diesel. A alta do dólar também contribui, pois acaba sendo repassada a alguns produtos como o trigo, um produto bastante básico e provoca aumentos nos pães", comentou Juliana.

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Mas o fator principal, segundo a especialista, é a desaceleração do mercado de trabalho. Na quarta-feira, 18, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou que 2,4 mil postos formais foram fechados em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o terceiro mês seguido de demissões. Já a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas ficou em 5,3% em janeiro, contra 4,8% em igual mês de 2014.

"As famílias estão ficando mais inseguras em relação à renda futura e o emprego", afirmou Juliana. Segundo a economista, a desaceleração do mercado de trabalho gera essa incerteza e explica a cautela das famílias na hora das compras. "Elas tendem a evitar o consumo de itens desnecessários por conta do orçamento mais apertado e dos juros mais altos."

A ICF de março mostra que os bens duráveis devem ser os mais afetados pela decisão dos consumidores. Ao todo, 49,7% das famílias dizem que é um mau momento para adquirir esse tipo de produto. Segundo a CNC, a taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres para pessoas físicas, de 52,62% ao ano em janeiro (o maior patamar da série do Banco Central) é um grande inibidor desse tipo de gasto.

"Até então, com as perspectivas nada animadoras, não vejo reversão desse quadro. Há todo um conjunto de fatores contribuindo (para a baixa intenção de consumo). É difícil um fator isolado proporcionar uma melhora", afirmou Juliana.

Diante das sinalizações das famílias, o quadro não é nada alentador para o comércio. "O setor, que era um propulsor do crescimento, está bastante baqueado", disse a economista da CNC. Recentemente, a entidade revisou a previsão de aumento no volume de vendas do varejo restrito (sem veículos e material de construção) para 1% este ano. Se confirmado, o resultado será o pior desde 2003 (-3,7%).

A inflação atacadista acelerou em março, influenciada principalmente pelo encarecimento da soja e do milho e pela queda menos intensa nos preços do minério de ferro. O resultado levou o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) a subir 0,83% neste mês, após alta de 0,43% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a instituição, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,75%, ante aumento de 0,03% na mesma base de comparação. As maiores pressões vieram das matérias-primas brutas (-1,26% para 0,88%), com destaque para soja (-7,79% para 4,29%), minério de ferro (-4,45% para -0,47%) e milho (-2,23% para 3,24%). No sentido contrário, destacaram-se mandioca (18,09% para 1,01%), bovinos (1,31% para -0,36%) e café (2,46% para -1,40%).

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Entre os bens intermediários (-0,17% para 0,24%), três dos cinco subgrupos ganharam força na passagem do mês. O destaque ficou coma materiais e componentes para a manufatura, que caiu 0,68% em fevereiro e passou a subir 0,16% em março.

No caso dos bens finais, houve um pequeno alívio, com a taxa passando de 1,29% no mês passado para 1,17% agora em março. Segundo a FGV, o subgrupo bens de consumo duráveis (1,22% para -0,05%) foi o principal responsável pelo movimento. Apesar disso, outros itens ficaram mais caros, como o tomate (21,19%) e os ovos (26,31%). O período de coleta de preços para o IGP-10 de março foi do dia 11 de fevereiro ao dia 10 deste mês.

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 0,83% em março, após subir 0,43% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira (17). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 1,69% no ano e de 3,38% em 12 meses. O resultado do indicador na leitura mensal ficou dentro do intervalo das estimativas do mercado financeiro, que estimavam desde um avanço de 0,49% a uma alta de 0,90%, e ligeiramente acima da mediana prevista, de +0,82%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-10. O IPA-10, que representa o atacado, subiu 0,75% neste mês, após avançar 0,03% em fevereiro. Por sua vez, o IPC-10, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 1,29% em março, em comparação com alta de 1,39% no mês anterior. Já o INCC-10, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta de 0,24%, contra avanço de 0,80%, na mesma base de comparação.

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O período de coleta de preços para o IGP-10 de março foi do dia 11 de fevereiro ao dia 10 deste mês. O IGP-DI de fevereiro, que havia captado preços do dia 1º ao dia 28 do mês passado, apresentou alta de 0,53%.

Dentro do IGP-10, os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 2,03% em março, após alta de 0,05% no mês passado. Os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,26%, em comparação ao avanço de 0,02% observado em fevereiro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 1,17% em março, após aumento de 1,29% no mês anterior. Já os preços dos bens intermediários subiram 0,24% neste mês. Em fevereiro, este indicador recuou 0,17%. Os preços das matérias-primas brutas subiram 0,88%, ante recuo de 1,26% na mesma base de comparação.

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