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O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,48% em novembro e fechou o mês em R$ 6,325 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 6,172 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 43,84 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 109,26 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 2,49% em novembro e fechou o mês em R$ 6,075 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,34% maior no mês, somando R$ 250,05 bilhões ao fim de novembro.

Parcela de títulos

Mesmo com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 11,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu em novembro, para 39,38%. Em outubro, estava em 39,19%. Já os papéis prefixados ampliaram a fatia de 25,98% para 26,20%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 30,27% do estoque da DPF em outubro, ante 30,65% em outubro. Os papéis cambiais oscilaram a participação de 4,18% para 4,16% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que a parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou baixa, passando de 20,81% em outubro para 20,48% em novembro.

O prazo médio da dívida teve recuo de 4,09 anos para 4,04 anos na mesma comparação.

Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 10,86% ao ano para 10,65% a.a. no mês passado.

Participações

De acordo com o Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em novembro. A parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 10,18% em outubro para 9,94% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 603,96 bilhões em novembro, ante R$ 603,23 bilhões em outubro.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,89% em novembro, ante 28,28% em outubro.

A parcela dos fundos de investimentos se manteve em 23,45%.

Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,29% para 23,08% de um mês para o outro.

Já as seguradoras passaram de 4,08% para 4,11% na mesma comparação.

'Colchão da dívida'

O Tesouro Nacional encerrou novembro com R$ 908,86 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 11,43% maior em termos nominais que os R$ 815,6 bilhões que estavam na reserva em outubro.

O montante ainda é 20,41% menor que o observado em novembro de 2022 (R$ 1,142 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O montante de novembro era suficiente para cobrir 8,34 meses de pagamentos de títulos, ante 8,7 meses em outubro.

O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.

A Nota técnica 29/2022, elaborada pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, afirma que a dívida pública poderá passar de 79% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para 89,8% em quatro anos, caso todo o aumento de gastos permitido pela PEC da Transição (PEC 32/2022) seja viabilizado pela emissão de títulos públicos. Os consultores sugerem a aprovação conjunta de alguma regra que sinalize para uma trajetória decrescente da dívida.

“Quanto mais se posterga o ajuste para conter o aumento da dívida, maior o esforço requerido para reconduzi-la à trajetória anteriormente desejada”, alerta a nota. A PEC retira do teto de gastos despesas de quase R$ 200 bilhões, principalmente com o Auxílio Brasil. O total da despesa prevista no Orçamento de 2023 é de R$ 1,8 trilhão.

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Os consultores ressaltam que uma percepção de risco maior aumenta o custo da rolagem da dívida com juros mais elevados. Em setembro de 2022, a dívida era de R$ 5,7 trilhões, com custo médio de 10,8% ao ano. 

Teto de gastos Os consultores consideram positiva a previsão de retirar do teto de gastos, como propõe a PEC, as despesas pagas com doações para o meio ambiente e mudanças climáticas e para as universidades públicas. Eles sugerem, inclusive, que toda a despesa paga com doações seja flexibilizada — ela teria sido de apenas R$ 2,6 bilhões nos últimos 12 anos. 

Já as despesas pagas com receitas próprias das universidades, também excepcionalizadas pela PEC, foram de R$ 10,5 bilhões desde 2010. No caso dos convênios, o valor foi de R$ 477,6 milhões, segundo a nota. 

*Da Agência Senado/Agência Câmara de Notícias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou nesta quinta-feira (20), que a União compense, da dívida pública de Pernambuco, as perdas de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transportes.

A liminar determina que a União faça a compensação desde julho deste ano, início da vigência das alíquotas reduzidas. Para Barroso, a Lei Complementar (LC) 194/2022, que qualificou esses itens como bens e serviços essenciais e vedou a fixação de alíquotas de ICMS sobre operações com eles em patamar superior ao das operações em geral, representará uma queda de arrecadação para todos os estados.

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O montante chega a R$ 83 bilhões por ano. O Governo de Pernambuco alega que sua perda apenas no segundo semestre de 2022 seria de aproximadamente R$ 1,8 bilhões. Por isso, pede que a compensação seja realizada ainda este ano, mês a mês, enquanto a União defende que é necessário apurar a perda total de 2022 para realizar o pagamento apenas no próximo ano.

O ministro destacou ainda que as perdas dos estados, que correm mensalmente, são por conta da desoneração tributária promovida pelo governo federal e desorganizam as programações orçamentárias estaduais aprovadas para este ano. 

“Se de um lado os estados devem cooperar com os objetivos legítimos da União na seara econômica, especificamente o de reduzir preços dos combustíveis, o ente federal não pode, de outro lado, desconsiderar que o ICMS constitui a principal fonte de receita dos estados e que muitos deles - ainda em situação de calamidade financeira -, não terão como cumprir os seus deveres constitucionais e legais após uma queda de arrecadação tão expressiva e brusca”, salientou.

Barroso destacou que o cálculo da reparação deve levar em conta apenas as perdas de arrecadação de ICMS nas operações que envolvam os itens determinados como essenciais. A seu ver, permitir que eventuais incrementos de arrecadação de ICMS em operações não abrangidas pela desoneração sejam considerados no cálculo da compensação pode representar apropriação, pela União, de resultados positivos obtidos pelo estado a partir da adoção de políticas de desenvolvimento econômico.

Na decisão, o magistrado determinou que o governo federal assuma os ônus decorrentes de eventual atraso no pagamento das dívidas e se abstenha de inscrever o estado em quaisquer cadastros federais de inadimplência, além de promover qualquer outro ato restritivo quanto a operações de crédito, convênios ou risco de crédito, por força das dívidas abrangidas na ação.

O Tesouro Nacional apresentou nesta quarta-feira (27) o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2021, com as metas para a gestão da Dívida Pública Federal (DPF) neste ano. O documento estipula que o estoque da DPF fique entre R$ 5,6 trilhões e R$ 5,9 trilhões até o fim deste ano. Em 2020, o estoque da DPF ficou em R$ 5,009 trilhões.

A estratégia de financiamento prevê como diretriz a substituição gradual dos títulos remunerados pela Selic por papéis prefixados ou atrelados à inflação, sinalizando uma mudança do quadro observado em 2020.

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Para os papéis remunerados pela Selic, o PAF prevê uma participação de 28% a 32% em 2021, o que possivelmente significará uma redução da fatia desses papéis, que encerraram 2020 em 34,8%. No ano passado, as bandas para esses títulos eram de 36% a 40%.

O órgão também apresenta expectativa de maior volume de emissões de títulos prefixados e dos remunerados por índices de preços em relação ao efetivamente observado no ano passado. O PAF 2021 estipula que a participação de títulos prefixados no estoque da DPF encerre este ano entre 38% e 42%, intervalo maior que o fixado no ano passado (30% a 34%).

A fatia desses papéis encerrou 2020 em 34,2%. Já para os títulos que seguem a variação da inflação, o PAF prevê uma parcela de 24% a 28% do estoque para 2021. No ano passado, a meta para esses papéis ia de 23% a 27% da DPF, e o registrado efetivamente no fim de 2020 foi 25,3%.

O plano anual estipula que os papéis atrelados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7% do estoque, mesma fatia prevista em 2020, quando acabou ficando em 5,1%.

O PAF de 2021 também traz parâmetros para o porcentual de vencimentos da DPF em 12 meses, devendo chegar ao fim do ano entre 24% e 29% do estoque. No ano passado, o PAF estipulou um intervalo entre 24% e 28%.

"Em decorrência desse desafio fiscal, é esperado que em 2021 ainda persista o aumento da participação de títulos prefixados de curto prazo", diz o Tesouro. O mesmo deve ocorrer com o prazo médio da dívida.

Para este ano, o prazo médio da DPF deve ficar entre 3,2 anos e 3,6 anos. Em 2020, o PAF previa limite mínimo de 3,50 anos e máximo de 3,80 anos, sendo que o observado no fim do ano foi prazo médio de 3,6 anos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 18, que a redução dos juros do País permitirá ao governo economizar, ao longo de todo mandato, R$ 400 bilhões com o custo da dívida. Segundo Guedes, R$ 80 bilhões foram poupados no primeiro ano de governo e mais R$ 120 bilhões em 2020. Outros R$ 200 bilhões deverão ser economizados nos próximos dois anos, numa média de R$ 100 bilhões por ano, projetou o ministro durante participação em premiação da revista Exame.

"Quebramos a dinâmica explosiva dos gastos", disse Guedes, referindo-se às despesas da Previdência, contidas pela reforma das aposentadorias, da taxa de juros, em função dos cortes na Selic, e do funcionalismo, com o congelamento dos salários de servidores.

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"O Brasil hoje é um país de juro mais baixo, estruturalmente mais baixo por controle dos gastos públicos, e câmbio de equilíbrio mais alto", acrescentou o ministro, aproveitando o comentário para também destacar o estímulo do dólar mais alto às exportações.

Durante o evento, Guedes também reafirmou o compromisso do governo com a regra que estabeleceu um teto aos gastos públicos, repetindo a defesa pela desindexação do Orçamento.

Segundo ele, enquanto não tiver coragem de enfrentar a indexação automática das despesas públicas, o Brasil não poderá sonhar em abrir mão do teto.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,17% em maio, quando atingiu R$ 4,250 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 4,160 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 16,53 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 73,58 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,26% e fechou o mês em R$ 4,032 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,41% maior, somando R$ 218 bilhões no mês passado.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública voltou a cair em maio em relação a abril. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,36% para 9,11% em maio, somando R$ 367,29 bilhões. Em abril, o estoque estava em R$ 369,26 bilhões.

As instituições de previdência reduziram a participação no estoque da dívida de 25,65% para 24,88%. A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 25,72% em abril para 26,77% em maio.

Os fundos de investimentos aumentaram levemente a fatia de 5,76% para 25,85%. Já a participação das seguradores passou de 3,96 % para 3,91%.

Em sessão do Tribunal de Contas da União (TCU) para julgamento das contas do presidente da República, Jair Bolsonaro, relativas ao exercício financeiro de 2019, o relator das contas, ministro Bruno Dantas, recomendou ao Poder Executivo que avalie a elaboração de um plano de gestão sobre a dívida pública, que sinalize para a sociedade e o mercado o montante estimado de endividamento.

Para ele, embora o Congresso nunca tenha aprovado um limite para a dívida pública, isso não impede o Poder Executivo de planejar e instituir um mecanismo de planejamento e previsibilidade na gestão do volume da dívida federal.

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Segundo o ministro, a ação poderia ajudar na formulação de "ações planejadas e previsíveis para retomar as rédeas do endividamento saudável".

Ele deu como exemplo o sistema de metas de inflação, que guia a condução da política monetária pelo Banco Central. Nesse caso, a política fiscal seria direcionada conforme esse planejamento da dívida.

"A simples sinalização de que há mecanismos de controle do endividamento, e não o contrário, pode favorecer a credibilidade duramente conquistada pelo país após pesados sacrifícios incorridos ao longo dos anos 90 e 2000", disse Dantas.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), uma ala de economistas defende a fixação de uma meta de dívida pública, combinada com um teto de gastos mais flexível, para sinalizar um compromisso crível com o ajuste fiscal nos próximos anos.

Neste ano, a dívida deve fechar próxima dos 100%, alertou Dantas, devido à necessidade do governo em elevar despesas para fazer frente às ações de combate à crise do novo coronavírus.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,05% em novembro, quando atingiu R$ 4,205 trilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 20, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 4,120 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 35,03 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 49,54 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,71% e fechou o mês em R$ 4,033 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 10,86% maio, somando R$ 171,51 bilhões no mês passado.

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 18,70% em outubro para 18,62% em novembro, segundo o Tesouro Nacional.

O prazo médio da dívida caiu de 4,08 anos em outubro para 4,04 anos em novembro.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF aumentou de 8,61% ao ano em outubro para 8,67% ao ano em novembro.

Estrangeiros

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em novembro em relação a outubro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 11,33% para 11,11% em novembro, somando R$ 448,33 bilhões. Em outubro, o estoque estava em R$ 449,37 bilhões.

A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 23,02% em outubro para 23,73% em novembro. Os fundos de investimentos aumentaram levemente a fatia de 26,48% para 26,41%. Já a participação das seguradoras passou de 4,06% para 3,99%.

Composição

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu levemente em novembro, de 30,42% em outubro para 30,63% no mês passado. Já os papéis atrelados à Selic reduziram levemente a fatia, de 39,38% para 39,27%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 25,83% do estoque da DPF em novembro, ante 26,27% em outubro. Os papéis cambiais tiveram aumento na participação na DPF de 3,93% em outubro para 4,27% em novembro.

Todos os papéis estão dentro das metas do PAF para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2019 vai de 38% a 42%. Para os pré-fixados, o intervalo vai de 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,00% em setembro, quando atingiu R$ 4,155 trilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional. Em agosto, o estoque estava em R$ 4,074 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 24,78 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 57,09 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,04% e fechou o mês em R$ 3,913 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,00% maior, somando R$ 162,49 bilhões no mês passado.

Investidores

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em setembro em relação a agosto. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 12,14% para 11,42% em setembro, somando R$ 455,87 bilhões. Em agosto, o estoque estava em R$ 474,98 bilhões.

Os fundos de investimentos também reduziram a fatia de 27,15% para 26,34%.

A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 22,93% em agosto para 23,61% em setembro. O grupo Previdência também ampliou a parcela, de 24,16% para 25,25%.

Já a participação das seguradoras passou de 4,00% para 3,91%.

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 31,44% em agosto para 31,75% em setembro. Os papéis atrelados à Selic elevaram levemente a fatia, de 38,35% para 38,36%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 25,78% do estoque da DPF em setembro, ante 26,06% em agosto. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,15% em agosto para 4,11% em setembro.

Todos os papéis estão dentro das metas do PAF para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2019 vai de 38% a 42%. Para os prefixados, o intervalo vai de 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% em agosto, quando atingiu R$ 4,074 trilhões - é a primeira vez que o endividamento ultrapassa os R$ 4 trilhões.

Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional. Em julho, o estoque estava em R$ 3,993 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 41,37 bilhões no mês passado, quando houve emissão líquida de R$ 39,62 bilhões.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,74% e fechou o mês em R$ 3,913 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 9,55% menor, somando R$ 160,87 bilhões no mês passado.

A fatia dos investidores estrangeiros na dívida pública caiu em agosto em relação a julho. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a participação dos investidores no Brasil no estoque da DPMFi passou de 12,31% para 12,14% em agosto, somando R$ 474,98 bilhões. Em julho, o estoque estava em R$ 473,45 bilhões.

A categoria das instituições financeiras, por outro lado, teve alta na participação do estoque da DPMFi de 22,72% em julho para 22,93% em agosto. Os fundos de investimentos aumentaram levemente a fatia de 25,29% para 27,15%. Já a participação das seguradoras passou de 3,98% para 4,00%.

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 31,05% em julho para 31,44% em agosto. Já os papéis atrelados à Selic reduziram levemente a fatia, de 38,37% para 38,35%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 26,06% do estoque da DPF em agosto, de 26,73% em julho. Os papéis cambiais aumentaram a participação na DPF de 3,85% em julho para 4,15% em agosto.

Todos os papéis estão dentro das metas do PAF para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2019 vai de 38% a 42%. Para os pré-fixados, o intervalo vai de 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 24% a 28% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 16,97% em julho para 18,26% em agosto, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida recuou de 4,18 anos em julho para 4,12 anos em agosto. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 8,66% ao ano em julho para 8,54% ao ano em agosto.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) fará na terça-feira (25), às 10h, uma audiência para debater a dívida pública e seus desdobramentos na economia brasileira.

Foram convidados para o debate o diretor de Fiscalização da Dívida Pública, da Política Econômica e da Contabilidade Federal do Tribunal de Contas União, Alessandro Caldeira; o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto; o subsecretário da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, José Franco Medeiro de Morais; e a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli. O pedido para a audiência é do senador Vanderlan Cardoso (PP-GO).

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Antes do início do debate, na primeira parte da reunião, será lido o relatório do senador Irajá (PSD-TO) sobre a indicação da economista Fernanda Nechio ao cargo de diretora no Banco Central. A sabatina da indicada será feita em outra data.

*Da Agência Senado

 

Depois de encerrar 2018 próxima da barreira de R$ 4 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim de 2019 entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões. Os números foram divulgados hoje (28) pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública em 2019. 

De acordo com o PAF, que apresenta metas para a dívida pública para este ano, o governo criou um espaço para aumentar a fatia de títulos corrigidos por taxas flutuantes como a Selic (juros básicos da economia) e de papéis corrigidos pelo câmbio, caso a instabilidade no mercado financeiro se intensifique. Nesse caso, cairia a parcela da dívida prefixada (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e vinculada à inflação.

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Segundo o documento, a fatia dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 29% e 33% da DPF. Atualmente, a participação está em 33%. A parcela corrigida por índices de preços deverá ficar entre 24% e 28%. Hoje, está em 27,5%.

A parcela da DPF vinculada à taxa Selic (juros básicos da economia) deverá encerrar 2019 entre 38% e 42%, contra os 35,5% registrados atualmente. Já a participação da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. O percentual atual está em 4%. Os números não levam em conta as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem no resultado.

Em 2018, a DPF registrou uma leve piora na composição, com aumento de títulos corrigidos por taxas flutuantes, que subiram de 31,5% em dezembro de 2017 para 35,5% no mês passado. Por causa da greve dos caminhoneiros e da corrida eleitoral, que trouxeram instabilidade ao mercado financeiro, o Tesouro teve de rever o PAF em setembro do ano passado, aumentando a participação dos títulos vinculados à Selic na dívida do governo.

Em tese, os títulos corrigidos por taxas flutuantes aumentam o risco da dívida pública, porque a Selic pressiona mais o endividamento do governo quando os juros básicos da economia sobem. No entanto, com a queda recorde dos juros básicos no ano passado, o aumento da participação desses papéis beneficiou o Tesouro porque ajudou a segurar o pagamento dos juros da dívida pública.

Quando o Banco Central reajusta os juros básicos, a parte da dívida interna corrigida pela Selic aumenta imediatamente. A taxa de juros dos papéis prefixados é definida no momento da emissão e não varia ao longo do tempo. Dessa forma, o Tesouro sabe exatamente quanto pagará de juros daqui a vários anos, quando os papéis vencerem e os investidores tiverem de ser reembolsados.

O Plano Anual de Financiamento também abriu uma margem para diminuir o prazo da DPF. No fim de 2018, o prazo médio ficou em 4,1 anos. O PAF estipulou que ficará entre 3,9 e 4,1 anos no fim de dezembro. O Tesouro divulga as estimativas em anos, não em meses. Já a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses encerrará 2019 entre 17% e 20%. Atualmente, está em 16,3%.

Segundo o Tesouro, o governo tem dois mecanismos de segurança para assegurar a capacidade de financiamento em caso de crise econômica que não permita ao Tesouro lançar títulos no mercado. Em primeiro lugar, o governo tem reservas internacionais suficientes para pagar os vencimentos da dívida pública externa em 2019. Além disso, o governo tem um colchão para cobrir pouco mais de seis meses dos vencimentos da dívida pública interna, que totalizarão R$ 639,1 bilhões este ano.

Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada, definida com antecedência.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, quer a devolução de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional já em 2019. A medida, defende a nova equipe econômica, vai reduzir mais rapidamente o estoque da dívida pública.

O valor a ser acertado já começou a ser negociado pela equipe de transição com o futuro presidente do BNDES, Joaquim Levy. Foi ele quem deu o pontapé inicial na política de devolução dos empréstimos em 2015, quando ocupou o cargo de ministro da Fazenda. Mas, à frente do BNDES, tem preocupação com o comprometimento que a devolução pode provocar na capacidade do banco de fazer novos desembolsos.

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O banco de fomento tem ainda uma dívida de R$ 260 bilhões para pagar ao Tesouro e tinha acertado um cronograma de devolução que prevê uma parcela de R$ 26 bilhões no ano que vem.

O acerto final do montante adicional a ser pago antecipadamente dependerá, porém, da evolução dos desembolsos de empréstimos, na avaliação da área técnica do banco.

A dívida do BNDES com o Tesouro tem origem nos empréstimos de R$ 500 bilhões que o banco recebeu da União durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e que foram responsáveis pela explosão da dívida pública.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, técnicos do BNDES já tinham sinalizado que haveria espaço maior para a devolução no ano que vem, mas o volume demandado é maior que o cogitado inicialmente pelo banco.

Empréstimos

No quadro atual, a avaliação é de que o BNDES teria condições de ampliar em mais R$ 50 bilhões a devolução, se o desembolso de empréstimos do banco a empresas não ultrapassar R$ 80 bilhões em 2019. Nesse cenário, a equipe técnica trabalhava com a possibilidade de devolver R$ 76 bilhões.

Para ampliar o pagamento, seria necessário um quadro mais favorável para venda de ações que o banco detém e de pré-pagamento das empresas dos empréstimos atrelados à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que corrige os financiamentos antigos do banco.

Em 2018, as empresas pagaram antecipadamente R$ 25 bilhões ao BNDES por seus financiamentos. Em 2019, a expectativa é de que, com um cenário de queda de juros, o pré-pagamento poderia chegar a R$ 20 bilhões. A perspectiva de melhora da Bolsa no ano que vem também favoreceria uma venda maior das ações do banco. Neste ano, a venda deve fechar em R$ 10 bilhões.

Até agora, o BNDES já devolveu R$ 309 bilhões, o que ajudou a reduzir a dívida bruta do governo, um dos principais indicadores de sustentabilidade da dívida pública.

Pelas projeções do Tesouro Nacional, a dívida bruta do governo vai entrar numa rota de crescimento até chegar ao pico de 81% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O cenário seria pior se não fossem as devoluções antecipadas dos empréstimos. Os dados mostram que as devoluções já feitas pelo banco e as acertadas com o BNDES para os próximos anos vão permitir uma redução de 9 pontos porcentuais da dívida bruta até 2027.

Sem esse cronograma de pagamento, a dívida chegaria em 2027 ao patamar de 82,2% do PIB, considerado já explosivo, de acordo com os padrões internacionais de avaliação de sustentabilidade para países emergentes, como o Brasil.

Se houver um pagamento adicional no ano que vem, o endividamento poderá cair mais rapidamente do que se fossem consideras as privatizações para abater a dívida - processo bem mais demorado. Procurado, o BNDES não quis comentar o assunto. A equipe de transição não respondeu os questionamentos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,01% em junho, quando atingiu R$ 3,754 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Tesouro Nacional. Em maio, o estoque estava em R$ 3,716 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 38,04 bilhões em junho. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 22,56 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 22,96 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 0,41 bilhão.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,94% e fechou o mês passado em R$ 3,607 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,67% maior, somando R$ 146,79 bilhões no sexto mês do ano.

Os estrangeiros diminuíram a participação na dívida pública brasileira em junho. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 11,96% em maio para 11,93% no mês passado, somando R$ 430,52 bilhões. Ainda assim, houve aumento no volume de papéis nas mãos desses investidores. Em maio, o estoque de títulos com estrangeiros estava em R$ 427,36 bilhões.

Os fundos de investimento continuaram os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 26,93% em maio para 26,53% no mês passado.

O grupo previdência manteve a fatia de 24,97% em junho. Já a parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 22,38% em maio para 22,58% em junho. As seguradores tiveram crescimento na participação de 3,86% para 3,88%.

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 34,67% em maio para 34,29% em junho. Os papéis atrelados à Selic também aumentaram a fatia, de 32,00% para 32,34%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,28% do estoque da DPF em junho, ante 29,32% em maio. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,01% em maio para 4,09% no mês passado.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Prazo médio da DPF

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,28% em maio para 20,24% em junho, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida caiu de 4,21 anos em maio para 4,14 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,04% ao ano em maio para 10,31% ao ano em junho.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,59% em maio, quando atingiu R$ 3,716 trilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 3,658 trilhões.

O estoque da DPF aumentou tanto pela apropriação de juros, que somou R$ 38,61 bilhões, quanto pela emissão líquida, no valor de R$ 19,85 bilhões em maio. Ao todo, houve emissão de R$ 35,335 bilhões em títulos, enquanto os resgates somaram R$ 15,487 bilhões no mês passado.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,40% e fechou o mês passado em R$ 3,573 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 6,62% maior, somando R$ 142,97 bilhões no quinto mês do ano.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram sua participação entre os detentores de títulos do Tesouro Nacional em maio. O porcentual dos investidores não residentes no Brasil no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu de 12,28% em abril para 11,96% no mês passado, somando R$ 427,36 bilhões, segundo os dados do Tesouro Nacional.

Ao contrário de meses anteriores, em que os estrangeiros detinham menor participação mesmo comprando mais papéis, em maio os não residentes diminuíram a posição comprada em títulos do Tesouro. Esses detentores tinham R$ 432,70 bilhões em títulos em abril, portanto mais do que o apurado no mês passado.

O grupo Fundos de Investimento segue como o maior detentor de papéis do Tesouro, mesmo com a participação passando de 27,29% em abril para 26,93% no mês passado. Esse grupo tem nas mãos R$ 962,51 bilhões em títulos da dívida interna.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,76% em abril para 22,38% em maio. Já o grupo Previdência aumentou sua fatia na dívida de 24,88% para 24,97%. As seguradoras, por sua vez, tiveram recuo na participação de 3,90% para 3,86% na mesma base de comparação.

Prefixada

A parcela de títulos prefixados na Dívida Pública Federal (DPF) subiu de 34,44% em abril para 34,67% em maio. Já os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia de 32,03% para 32,00% na mesma base de comparação.

Os títulos remunerados pela inflação caíram de 29,73% do estoque da DPF em abril para 29,32% em maio. Os papéis atrelados ao câmbio, por sua vez, elevaram a participação na DPF de 3,80% para 4,01% no mesmo período.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

12 meses

Em um mês marcado por leilões extraordinários de títulos do Tesouro Nacional, a parcela da Dívida Pública Federal (DPF) a vencer em 12 meses subiu de 18,26% em abril para 20,28% em maio. Já o prazo médio da dívida caiu de 4,28 anos em abril para 4,21 anos no mês passado.

O custo médio das emissões em oferta pública, por sua vez, recuou de 8,68% ao ano em abril para 8,49% ao ano em maio. Já o custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF passou de 9,89% ao ano para 10,04% ao ano na mesma base de comparação.

O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira, 21, que a dívida pública federal, que inclui endividamentos internos e externos do governo, registrou aumento de 1,97 novembro e chegou a R$ 3,09 trilhões. Em outubro a dívida somava R$ 3,03 trilhões.

De acordo com o governo, o crescimento da dívida pública em novembro está relacionado a emissão líquida, ou seja, colocação de títulos públicos no mercado acima do valor de resgastes de papéis em R$ 24,9 milhões e as despesas com juros no valor de R$ 34,8 bilhões.

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Os títulos prefixados (papéis que tem a correção determinada no momento do leilão) somaram R$ 1,1 trilhão em novembro, ou 37,2% do total, contra R$ 1,07 trilhão, ou 37% do total, em Outubro.

Segundo o Tesouro Nacional, o cálculo foi feito após a contabilização dos contratos de swap cambial.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima que a Dívida Pública Federal fique entre R$ 3,01 trilhões e R$ 3,03 trilhões em 2016.

O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 0,46% em outubro, quando atingiu R$ 3,032 trilhões. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (23) pelo Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque estava em R$ 3,046 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 22,02 bilhões em outubro. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 0,40% e fechou o mês em R$ 2,909 trilhões.

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A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 18,59% em setembro para 17,41% em outubro, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,59 anos em setembro para 4,66 anos em outubro. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 12,75% ao ano em setembro para 12,57% ao ano em outubro.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,92% menor, somando R$ 123,61 bilhões no décimo mês do ano.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram sua participação no estoque de títulos do Tesouro Nacional em outubro. A parcela dos investidores não-residentes no Brasil no total da DPMFi caiu de 14,97% em setembro para 14,90% em outubro, somando R$ 433,44 bilhões. Em setembro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 437,38 bilhões.

O grupo previdência, que já era o maior detentor de títulos, aumentou ainda mais sua parcela, passando de 24,26% em setembro para 24,64% no mês passado. Segundo o Tesouro, o aumento contínuo da participação desse grupo no estoque é positivo devido ao seu perfil de investimento em títulos de prazo mais alongado.

A fatia das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 24,14% em setembro para 23,14% em outubro. Os Fundos de Investimentos continuaram aumentando sua participação no mês, passando de 21,40% para 22,08%. Já as seguradores tiveram crescimento na participação de 4,52% para 4,58%.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 37,71% em setembro para 35,91% em outubro. Já os papéis atrelados à Selic aumentaram a fatia, de 26,54% para 27,64%.

Os títulos remunerados pela inflação subiram para 32,25% do estoque da DPF em outubro, ante 31,47% em setembro. E os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,29% em setembro para 4,21% em outubro.

Após os ajustes no Plano Anual de Financiamento (PAF) no mês passado, os papéis voltaram para dentro das metas estipuladas pelo Tesouro. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2016 é de 33% a 37% enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 27% a 31%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33%, e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Expectativas e análises

O coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, disse que a queda de 0,46% no estoque da DPF em outubro - para R$ 3,032 trilhões - já era esperada devido ao elevado vencimento de títulos programado para o mês.

"Apesar da queda em outubro, a expectativa é de que no fim do ano estejamos dentro do intervalo previsto no PAF, de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões, devido ao baixo vencimento de títulos em novembro e dezembro", acrescentou Secunho.

O coordenador destacou que o resgate líquido de R$ 36,04 bilhões em outubro se deveu ao vencimento de um grande volume de títulos prefixados. Esse é um movimento normal nos meses chamados "cabeça de trimestre".

Em outubro, as emissões do Tesouro somaram R$ 77,42 bilhões, enquanto só resgates chegaram a R$ 113,45 bilhões.

"Por outro lado, tivemos segunda maior emissão de NTN-B do ano, com títulos de mais longo prazo que alongam a dívida pública federal", ressaltou.

Tesouro Direto

Ao comentar sobre o desempenho do Programa Tesouro Direto em outubro, com a quantidade de investidores cadastrados ultrapassando o patamar de 1 milhão, Secunho adiantou que o órgão irá anunciar na primeira semana de dezembro medidas para facilitar investimento e resgate no programa. Ele não detalhou quais mudanças seriam essas.

Não-residentes

O coordenador-geral de operações da Dívida Pública repetiu que não existe meta para a participação de investidores estrangeiros nos títulos do Tesouro. Segundo ele, a queda da fatia de não-residentes nos papéis brasileiros estaria concentrada em títulos de curto prazo, com a realização de lucro por esses investidores.

A parcela dos investidores não-residentes no Brasil no total da DPMFi caiu de 14,97% em setembro para 14,90% em outubro, somando R$ 433,44 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 437,38 bilhões.

Mas, de acordo com Secunho, após a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, a tendência do mercado se modificou com o efeito causado pelo pleito americano nas taxas de juros e no câmbio. "Existiu uma realização de lucro permanente ao longo do ano devido à queda nas taxas de juros e no câmbio. Mas a partir de novembro, com a reversão nesses movimentos, os estrangeiros voltaram a aumentar suas compras para aproveitarem os juros mais elevados", salientou

12 meses

O coordenador destacou que o porcentual de vencimentos da DPF nos próximos 12 meses chegou em outubro ao menor nível da história, passando de 18,59% para 17,41%.

"Isso é positivo e da mais tranquilidade ao Tesouro em um momento de volatilidade nos mercados", avaliou.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa fez um alerta, nesta quinta-feira (27), para o crescimento da dívida pública no governo do presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com o petista, apesar do discurso em defesa do corte de gastos, dados divulgados pelo Tesouro Nacional mostram que o endividamento interno e externo teve aumento de 3,1%, em termos nominais, passando de R$ 2,955 trilhões em agosto para R$ 3,047 trilhões em setembro. Humberto disse que esta é a primeira vez na história que a dívida pública ultrapassa a barreira dos R$ 3 trilhões.

Para o líder, o aumento da dívida mostra que o governo Temer não sabe gerir e que não “resolve os problemas do Brasil”.  “O governo sem voto de Temer adora falar em cortes. Um dia dá uma tesourada na educação, no outro, é na saúde, mas continua ampliando a dívida pública. A gestão peemedebista quer aprovar a PEC [do Teto de Gastos] não porque ela é o melhor para o país, mas porque eles não sabem gerir”, cravou o senador. 

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“Os recursos e os cargos do governo agora só se destinam a saciar o apetite gigante da base aliada do peemedebista. Agora imagina isso se a PEC for realmente aprovada. Com menos dinheiro, vocês acham que quais projetos vão ser beneficiados com as verbas da saúde, da educação? Certamente o dinheiro não vai para os trabalhadores, para os que mais precisam”, emendou Humberto Costa. 

Sob a ótica do parlamentar, a PEC 241 vai gerar um grande conflito entre diversos setores. A expectativa dele é de que o texto seja rejeitado no Senado. “A mobilização segue em todo o País. São mais de mil escolas ocupadas. Agora, mais que nunca, ir para as ruas é fundamental. Não podemos deixar passar essa matéria que vai penalizar o país pelos próximos 20 anos”, afirmou o senador.

O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 0,04% em agosto, quando atingiu R$ 2,955 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) pelo Tesouro Nacional. Em julho, o estoque estava em R$ 2,956 trilhões.

No mês, houve um resgate líquido de R$ 33,17 bilhões, enquanto a correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 31,84 bilhões em agosto.

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A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 0,07% e fechou o mês em R$ 2,830 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,53% menor/maior, somando R$ 125,02 bilhões no oitavo mês do ano.

Essa divulgação deveria ter sido feita ainda em setembro, mas atrasou devido à greve dos servidores do órgão no mês passado. No dia 24 deste mês está prevista a divulgação do relatório referente ao mês de setembro.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em agosto. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 16,23% em julho para 15,67% em agosto, somando R$ 443,45 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional. Em julho, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 459,52 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 22,85 % em julho para 23,31% em agosto. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 21,22% para 21,07%. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 4,37% para 4,54%.

Parcela de prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 35,23% em julho para 36,85% em agosto. Os papéis atrelados à Selic também tiveram a participação aumentada, de 26,16% para 26,94%.

A fatia dos títulos remunerados pela inflação caiu para 31,82% do estoque da DPF em agosto, ante 34,25% em julho. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,36% em julho para 4,39% em agosto.

Os percentuais dos papéis prefixados e ligados à Selic estão fora das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF). O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2016 é de 31% a 35%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 30% a 34%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Parcela a vencer em 12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,61% em julho para 18,07% em agosto, segundo dados do Tesouro Nacional. Já o prazo médio da dívida subiu de 4,62 anos em julho para 4,67 anos em agosto.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 13,33% ao ano em julho para 13,15% ao ano em agosto.

Senadores da base aliada e da oposição articulam mudanças ao projeto de renegociação das dívidas dos Estados com a União, que já foi aprovado pela Câmara. A intenção é tentar restabelecer contrapartidas para que os governos estaduais consigam anistia temporária para saldar o passivo e, especialmente, beneficiar as regiões Norte e Nordeste, que alegam não ter sido contempladas a contento nas negociações feitas pelo Palácio do Planalto quando o texto foi apreciado pelos deputados.

Até o momento, as discussões do Senado em torno da proposta têm passado ao largo da pressão de governadores, que defendem um novo socorro, no valor total de R$ 14 bilhões - R$ 7 bilhões em dinheiro e a outra metade em aval para novos financiamentos - para atenuar a grave crise por que passam. Os governadores ameaçam decretar, na próxima semana, estado de calamidade pública, medida que permitiria, em tese, acesso de forma mais rápida a ajuda federal.

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O texto que passou pela Câmara - que prevê que os Estados deixarão de pagar à União até 2018 R$ 50 bilhões - privilegia principalmente as regiões Sul e Sudeste. Mas, pressionados pelos governos estaduais, senadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, maioria na Casa, querem alterar a proposta aprovada pelos deputados.

Relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) defendeu, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real da Agência Estado, que os Estados que tenham feito um ajuste nas contas sejam melhor beneficiados na proposta. Para ele, é preciso oferecer um "prêmio" a quem teve uma gestão mais responsável.

Premiação

"O processo de renegociação, do jeito que está, termina premiando Estados que estavam em desajuste maior e não aqueles que tiveram uma trajetória mais responsável da gestão. Senão fica na situação do devedor que nunca é estimulado a ficar adimplente com alguma medida", disse.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que não deve haver mudanças no acordo feito em junho com os governadores.

Monteiro avalia sugerir o retorno de contrapartidas disciplinadoras dos Estados. O senador afirmou que a proposta foi "um pouco desfigurada" na Câmara. O relator citou que a permissão para conceder aumentos salariais ao funcionalismo público pode ser um "foco de desequilíbrio". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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