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O volume de emissões de títulos em ofertas públicas em setembro, que alcançou R$ 52 bilhões, é o maior resultado da série do Tesouro Nacional, que tem início em janeiro 2000. A informação foi dada nesta quarta-feira (24), pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido.

As emissões totais, que, além das ofertas públicas, incluem trocas e emissões diretas, foi de R$ 56 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão em trocas e R$ 2,4 bilhões em emissões diretas.

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O Tesouro atribui o recorde de ofertas públicas à mudança nas condições da economia devido à conjuntura internacional. Garrido lembrou que o órgão reduziu a emissão de títulos ao longo dos meses de maior volatilidade neste ano. Quando houve mudança de expectativa no mercado, segundo ele, a volatilidade diminuiu. "Como o Tesouro colocou menos títulos ao longo do ano, parece que havia demanda reprimida por esses títulos, que veio à tona com a redução da volatilidade", afirmou.

Garrido disse que outubro apresenta "demanda significativa", mas o volume total de emissões deve ser inferior ao verificado em setembro. "Não teremos um novo recorde", afirmou.

Estoque da dívida

A expectativa é que ocorra um aumento do estoque da Dívida Pública Federal (DPF) a partir de outubro e até o final do ano. "Em outubro vamos observar aumento do estoque. Em novembro e dezembro também teremos aumento, chegando próximo das bandas previstas do Plano Anual de Financiamento (PAF)", disse Garrido.

Apesar disso, ele afirmou que não tem como afirmar se o estoque da DPF estará dentro da meta de bandas previstas no PAF (R$ 2,1 trilhões a R$ 2,24 trilhões).

Garrido comentou que a taxa da LTN (título prefixado) mais longo caiu do primeiro para o último leilão de títulos realizados em setembro, de 11,895% para 11,49%. "Houve menor incerteza em relação à política monetária americana e o mercado ficou mais otimista, aumentando a demanda e reduzindo as taxas", afirmou. Ele diz que a tendência é que as condições de mercado permaneçam favoráveis.

O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,77% em agosto (o equivalente a R$ 34,668 bilhões), atingindo R$ 1,991 trilhão. Em julho, o estoque estava em R$ 1,957 trilhão. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro, houve uma emissão líquida no mês passado de R$ 17,278 bilhões. A apropriação de juros no mês foi de R$ 17,390 bilhões. A dívida também se elevou em função de uma emissão direta de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), de R$ 1,450 bilhão, para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

No acumulado de janeiro a agosto, houve um resgate líquido de R$ 158,884 bilhões. Isso levou a uma queda no estoque de R$ 16,311 bilhões em relação ao fim do ano passado.

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Os dados mostram que a DPMFi subiu 1,69% no mês passado, atingindo R$ 1,895 trilhão. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 3,39%, fechando o mês em R$ 95,84 bilhões.

A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 22,40% em julho para 24,32% em agosto. O prazo médio da dívida caiu de 4,38 anos em julho para 4,35 anos em agosto. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 11,22% ao ano em julho para 11,24% ao ano em agosto.

A parcela de títulos prefixados na Dívida Pública Federal (DPF) subiu de 37,78% em julho para 38,21% em agosto. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, também aumentaram a fatia, de 22,42% para 22,66%. Os títulos remunerados pela inflação, no entanto, caíram para 34,37% do estoque da DPF em agosto, ante 35,12% em julho. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,68% em julho para 4,75% em agosto.

Segundo os parâmetros estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), a participação dos títulos prefixados no total da dívida está abaixo da banda mínima, que é de 41%. Os papéis remunerados pela Selic, por outro lado, estão acima da banda superior do PAF, que é de 19%.

Estrangeiros

Os estrangeiros aumentaram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em agosto. O estoque de títulos nas mãos de estrangeiros subiu R$ 18,7 bilhões no mês passado. A participação destes investidores no estoque da DPMFi subiu de 15,51% em julho para 16,23% em agosto, somando R$ 307,77 bilhões. Em julho, o estoque estava em R$ 289,07 bilhões.

A categoria das instituições financeiras teve uma ligeira elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,72% em julho para 27,83% em agosto. Os Fundos de Investimentos, por outro lado, reduziram a fatia de 24,34% para 23,93%. Já as seguradores tiveram a participação reduzida de 4,28% para 4,19%.

Recompra

O Tesouro Nacional fez uma recompra de apenas R$ 35,11 milhões (US$ 15,70 milhões) em títulos da Dívida Pública Federal externa em julho e agosto. A redução total de pagamento de juros da dívida externa com as recompras feitas em 2013 é de R$ 1,89 bilhão.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, destacou nesta segunda-feira os vencimentos expressivos de julho, o que levou a um resgate líquido de R$ 47,35 bilhões. De acordo com Garrido, as emissões de papéis em julho estão em linha com o previsto pelo Tesouro. "Houve um volume confortável de emissões, o que tem garantido ao Tesouro rolar a dívida", afirmou.

Ele afirmou ainda que as emissões diretas que são feitas para aporte na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) têm impacto pequeno no mercado secundário de títulos públicos. Segundo Garrido, o volume emitido para a CDE é baixo e com prazo curto de vencimento (2014). Em julho, a emissão direta para esta finalidade somou R$ 518 milhões. "Não tem impacto no mercado secundário esta colocação", disse.

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A alta de 2,6% no estoque da Dívida Pública Federal (DPF) em junho sobre o mês anterior é explicada por uma emissão líquida no valor de R$ 31,737 bilhões e uma apropriação de juros de R$ 18,646 bilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional na tarde desta quarta-feira, 24.

As emissões diretas de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) somaram R$ 23,1 bilhões em junho, dos quais R$ 15 bilhões foram para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A emissão para o banco ocorreu no dia 28 do mês passado. No mesmo dia, foram emitidos R$ 8 bilhões destinados à Caixa Econômica Federal.

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No acumulado do primeiro semestre, houve um resgate líquido de R$ 128,817 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano. A dívida fechou 2012 em R$ 2,007 trilhões. No semestre, ocorreu uma redução de R$ 22,405 bilhões, ou menos 1,12%, em relação ao estoque de dezembro. Isso porque parte do impacto dos resgates líquidos foi neutralizada pela correção de juros, que somou R$ 106,411 bilhões de janeiro a junho deste ano.

Composição

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic diminuiu de 21,45% em maio para 21,44% do total da Dívida Pública Federal (DPF) em junho, de acordo com os dados do Tesouro. A participação de títulos prefixados passou de 39,16% em maio para 40,01% no mês passado. Os títulos atrelados à inflação fecharam junho em 34,07%, ante 34,62% do total da DPF em maio. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio caiu de 4,77% para 4,48% do total da DPF.

As participações dos títulos prefixados e dos remunerados pela taxa Selic no estoque da DPF em junho continuaram fora dos parâmetros do Plano Anual de Financiamento (PAF). A meta do órgão é fechar o ano com uma fatia dos papeis prefixados entre 41% e 45% do total da dívida. O Tesouro também planeja fechar 2013 com a participação dos títulos remunerados pela Selic entre 14% e 19% do estoque.

No caso da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPFi), a fatia de papéis prefixados passou de 40,42% em maio para 41,20% no mês passado. Em relação aos títulos indexados a índices de preços, houve uma queda no período de 36,40% para 35,70% da DPMFi. No caso dos papéis corrigidos pela taxa básica de juros, houve queda na participação, passando de 22,56% para 22,47% em junho. Os títulos corrigidos pela variação cambial passaram de 0,62% para 0,63% no período.

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou alta de 2,6% em junho, ante maio, e atingiu R$ 1,935 trilhão, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional na tarde desta quarta-feira, 24. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 18,646 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e a externa. Enquanto a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,94% e fechou o mês em R$ 1,894 trilhão, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,88% menor, somando R$ 90,92 bilhões.

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O custo médio da DPF nos últimos 12 meses até junho subiu para 11,24% ao ano, ante 11,04% em maio. O custo médio da DPMFi em 12 meses se manteve em 10,93% ao ano.

O prazo médio da DPF em junho ficou em 4,26 anos. O resultado mostra uma queda em relação a maio, quando o prazo médio estava em 4,3 anos. O Tesouro Nacional espera fechar 2013 com um prazo médio da DPF entre 4,1 anos e 4,3 anos. A parcela da DPF a vencer em 12 meses atingiu 22,50% do total do estoque em junho, ante 23,38% em maio.

Investidores

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi em junho somou R$ 275,18 bilhões, ou 14,52% do total, ante 14,38% em maio (R$ 264,69 bilhões). Segundo dados do Tesouro Nacional, o grupo de estrangeiros possui 79,09% de sua carteira em títulos prefixados.

A participação das instituições financeiras subiu para 29,5% em junho, ante 28,45% em maio. Os fundos de investimento passaram de 24,49% em maio para 23,95% em junho. O grupo Previdência teve variação negativa, passando de 17,52% para 17,24% no período. O governo diminuiu a participação relativa de 6,42% para 6,27%. As seguradoras mantiveram participação em 4,25%.

A dívida pública da França subiu 2% no primeiro trimestre de 2013 em relação ao quarto trimestre do ano passado, atingido cerca de 91,7% do Produto Interno Bruto, informou a agência nacional de estatísticas Insee nesta sexta-feira.

A dívida pública na segunda maior economia da zona do euro somou 1,87 trilhão de euros no primeiro trimestre, de 36,5 bilhões de euros no quarto trimestre do ano passado.

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A dívida em percentagem do Produto Interno Bruto subiu para 91,7%, de 90,2% no quarto trimestre do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse nesta quinta-feira que é contra a ideia de que Estados e municípios emitam títulos da dívida mobiliária. Na quarta-feira (20), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu a mudança do indexador da dívida de São Paulo com o Tesouro e disse que o governo paulistano considera como uma proposta para aumentar a capacidade de investimentos do Estado a possibilidade de emissão de títulos pelo próprio município.

Augustin disse que este assunto não foi discutido na reunião que teve com Haddad. "Eu não tenho visto neste período nenhum movimento neste sentido. Mas posso adiantar que o Tesouro não é a favor de que Estados e municípios lancem títulos da dívida mobiliária. A legislação não permite e nós achamos que a lei está muito correta em não permitir", disse.

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A Dívida Pública Federal (DPF) poderá fechar 2013 em até R$ 2,240 trilhões, com crescimento de 11,55% em relação ao ano passado. Esse é o limite máximo da meta para o estoque da DPF fixada no Plano Anual de Financiamento (PAF) deste ano, divulgado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. A banda tem intervalo entre R$ 2,100 trilhões (limite mínimo) e R$ 2,240 trilhões (limite máximo). Em 2012, a DPF fechou o ano em R$ 2,008 trilhões.

No cenário mais otimista, o estoque da dívida poderá crescer R$ 92 bilhões, alta de 4,58%. Já no cenário mais pessimista a dívida terá uma expansão de R$ 232 bilhões. O PAF é um documento divulgado todos os anos pelo Ministério da Fazenda que contém metas e diretrizes para os principais indicadores da dívida pública interna e externa.

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Dívidas externa e interna

A necessidade líquida de financiamento do Tesouro Nacional para pagamento da Dívida Pública Federal (DPF) em 2013 será de R$ 412,6 bilhões. Mesmo com a queda dos juros, a necessidade de financiamento aumentou em relação ao ano passado. A estimativa do PAF de 2012 era de R$ 362,34 bilhões.

Segundo o PAF deste ano, os vencimentos da dívida externa em 2013 serão de R$ 10,7 bilhões e da dívida interna, de R$ 493,2 bilhões. O Tesouro ainda prevê vencimentos e pagamentos de juros de títulos na carteira do Banco Central de R$ 39,9 bilhões, que precisam ser pagos com recursos orçamentários. Por outro lado, já há uma projeção no Orçamento deste ano de R$ 131,2 bilhões que serão utilizados para pagamento da dívida federal.

O Tesouro Nacional informou que já adquiriu no mercado US$ 9,7 bilhões, o suficiente para o pagamento de 61% da dívida externa a vencer até 2015. O Tesouro pode comprar dólares antecipadamente para o pagamento da dívida até o equivalente ao valor dos vencimentos nos próximos 1.500 dias (cerca de quatro anos).

A dívida pública da Itália cresceu para o nível recorde de 2,012 trilhões de euros (US$ 2,68 trilhões), em novembro do ano passado, mas as operações de liquidez e maiores taxas de impostos deverão reduzir a dívida para menos de 2 trilhões de euros, em dezembro, disse nesta segunda-feira (14), o Banco da Itália.

A dívida soberana da Itália cresceu 114 bilhões de euros nos primeiros 11 meses de 2012, incluindo 23 bilhões em contribuições do país aos fundos de resgate europeus. O Tesouro, no entanto, tem 35 bilhões de euros em caixa guardados no banco central, o que, juntamente com a receita originada de um novo imposto sobre propriedade no país, pode reduzir novamente a dívida pública em dezembro, segundo o banco central.

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A receita com impostos cresceu 10 bilhões de euros, para 341 bilhões de euros, de janeiro até novembro, um aumento de 3,1% na comparação com o mesmo período de 2011. A economia italiana tem sofrido contração desde meados de 2011.

As informações são da Dow Jones.

A dívida bruta do governo federal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) subiu 5 pontos porcentuais em 2012, passando de 54,2% em dezembro de 2011 para 59,2% em outubro do ano passado, a maior alta desde o ano fechado de 2006.

De acordo com especialistas, algumas ações do governo explicam esse movimento: a compra de dólares para conter a valorização do câmbio, o avanço do repasse de recursos para bancos públicos e a redução do superávit primário, causada pela desaceleração da arrecadação federal e da alta dos gastos da União para estimular o nível de atividade.

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Economistas ouvidos pela Agência Estado mostram avaliações favoráveis e críticas a essa expansão do passivo federal em 2012, ano marcado por um crescimento fraco do PIB, de cerca de 1%. Embora todos destaquem que o País está longe de um risco de solvência, há uma preocupação de que em 2013 a dívida bruta continue em rota de elevação devido à continuidade da política de gastos públicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A dívida pública federal subiu R$ 37,65 bilhões em setembro pressionada pelo aporte de R$ 21,1 bilhões do governo federal à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil (BB). Além do empréstimo do Tesouro Nacional aos dois bancos públicos para elevar a oferta de crédito no País, a dívida também sofreu com o impacto da correção dos juros no estoque de títulos públicos. Só no mês passado, a conta com esse tipo de despesa foi de R$ 13,96 bilhões.

Mesmo com a queda da Selic para 7,25% ao ano, o custo da dívida para o Tesouro está em um nível mais alto. Levando-se conta dívidas antigas e novas emissões de papéis, o custo médio para o Tesouro é de 11,76% ao ano.

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A dívida pública, que inclui o endividamento interno e externo, chegou a R$ 1,9 trilhão no mês passado, com alta de 2,02% em relação a agosto. Pelas previsões do Tesouro, pode fechar o ano em, no máximo, R$ 2,05 trilhões.

Em outubro, a dívida também sofrerá o impacto de mais um empréstimo ao BNDES no valor de R$ 20 bilhões. Ao longo do ano, o Tesouro já liberou R$ 61,1 bilhões ao BNDES, Caixa e BB em empréstimos de longo prazo feitos por meio de títulos públicos, que na prática funcionam como aumento de capital.

Se não fossem esses empréstimos, o estoque da dívida deste ano teria caído por causa dos resgates de títulos feitos pelo Tesouro sem a contrapartida de emissões de novos papéis.

Apesar do impacto negativo, o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Fernando Garrido, defendeu os aportes e rebateu as críticas sobre o caráter anticoncorrencial da medida e sobre o custo elevado para o Tesouro. Segundo ele, os bancos públicos têm funções diferentes dos privados, como custeio à safra agrícola e financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Se não fossem os empréstimos aos bancos oficiais, a dívida teria caído R$ 22,5 bilhões até setembro. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, não está descartado um novo empréstimo do BNDES até o fim do ano para ajudar no aumento dos investimentos em infraestrutura em 2013.

Condições

Apesar do impacto negativo dos empréstimos aos três bancos públicos, o Tesouro conseguiu até setembro uma melhoria na composição e prazo médio da dívida. A parcela do endividamento vinculada à Selic atingiu o menor nível da séria histórica, em 22,79%, patamar já próximo da meta mais otimista, de 22%, fixada pelo Tesouro para 2012.

Já a parcela da dívida em títulos prefixados (com taxa de juros definida na hora da venda), considerados melhores para a gestão da dívida, subiu para 38,77%. O prazo médio está no nível recorde de 4,05 anos e pode fechar o ano acima da meta prevista. "Temos verificado uma demanda por alongamento bastante significativa por parte dos investidores, o que é bastante positivo para o Tesouro", disse Garrido. Ele destacou também o aumento de títulos da dívida interna na mão dos investidores estrangeiros, que bateu recorde em setembro em 13, 42% - o equivalente a R$ 243,68 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A dívida pública da Itália atingiu 1,973 bilhão de euros (US$ 2,429 bilhões) em junho, um novo recorde, segundo dados do Banco da Itália. Naquele mês, a dívida aumentou 6,6 bilhões de euros em relação a maio.

Nos primeiros seis meses deste ano, os gastos públicos italianos cresceram 1,1 bilhão de euros, para 47,7 bilhões de euros, em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, 16,6 bilhões de euros foram transferidos para o exterior, bem acima de 6,1 bilhões de euros no primeiro semestre de 2011. As informações são da Dow Jones.

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Pela primeira vez no ano, o custo médio acumulado em 12 meses da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) foi reduzido. De acordo com dados do Tesouro Nacional, o custo passou de 12,79% ao ano em setembro para 12,66% ao ano no mês passado. A informação foi dada hoje pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido. Ele não soube informar, no entanto, qual foi a última vez em que houve redução desse custo.

No mês passado, o resultado foi influenciado por índices de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, ficou em 0,43% em outubro ante 0,75% no mês anterior. O mesmo ocorreu com o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que passou de 1,01% para 0,53% no período, e o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que desacelerou de 1,03% para 0,40%.

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Papéis

Fernando Garrido também informou hoje que a participação dos títulos atrelados à taxa de câmbio na Dívida Pública Federal (DPF) pode ficar um pouco abaixo da banda mínima do Plano Anual de Financiamento (PAF). Para os demais papéis, Garrido acredita que as metas serão cumpridas. Segundo ele, a fatia atrelada ao câmbio, que ficou em 3,95% do estoque em outubro, deve fechar o ano entre 3,9% e 4,1%. A banda mínima é de 4%.

Para os papéis prefixados, o coordenador explicou que não há mais resgates em novembro e dezembro, o que fará com que a meta do PAF seja cumprida. "Segundo nossas projeções ficaremos dentro do PAF. Só teremos emissões até o final do ano", disse. Em outubro, os títulos prefixados correspondiam a 35,03% do estoque da DPF. O PAF prevê uma banda entre 36% e 40%.

Garrido prevê que a fatia de papéis remunerados pela inflação também se ajustará até o fim do ano. "Em novembro, temos vencimentos, o que vai reduzir a participação até o final do ano. Devemos terminar dentro da banda", afirmou. Os títulos indexados a índice de preços representaram 29,02% do estoque em outubro. A banda do PAF varia entre 26% e 29%.

O coordenador informou ainda que a participação dos títulos remunerados pela Selic deve ficar "dentro da metade superior da banda do PAF". Em outubro, correspondiam a 32,01% da dívida total. A banda do PAF vai de 28% a 33% do estoque da DPF.

Dívida externa

O coordenador destacou o resgate não recorrente de R$ 5,2 bilhões na Dívida Pública Federal externa (DPFE). Desse total, de acordo com ele, R$ 4,7 bilhões se referem, basicamente, ao pagamento da dívida contratual com o Banco Mundial (Bird). "Em 31 de outubro, o Tesouro Nacional fez um pagamento antecipado de parte de sua dívida, que já foi divulgado pelo Bird", disse.

Garrido explicou que dois fatores foram de importante motivação para essa antecipação. Primeiro, segundo ele, é que financeiramente era interessante para o governo pagar parte de sua dívida mais cedo. O outro é que as instituições multilaterais têm limite de exposição de crédito para cada país. "O pré-pagamento por parte do Tesouro abriu espaço para o banco ter mais disponibilidade para Estados e municípios", declarou. Com isso, o Bird tem capacidade maior de oferta para outros investimentos no País, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), saneamento ou transporte, por exemplo.

Ele disse também que, como outubro é "cabeça de trimestre", houve uma concentração de resgates de títulos prefixados. "Esse resgate já estava planejado", disse.

O vice-ministro das Finanças do Japão, Fumihiko Igarashi, previu que a dívida pública do país chegará a 1,056 quatrilhão de ienes (US$ 13,750 trilhões) em março de 2012, quando termina o ano fiscal. A declaração sugere que se tornará mais difícil manter o financiamento do enorme passivo utilizando a poupança interna.

Igarashi fez a previsão, segundo seus próprios cálculos, durante um seminário. O número, disse, foi calculado com base em métodos utilizados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Ao fazer a declaração, o vice-ministro enfatizou a necessidade de o Japão implementar reformas orçamentárias para evitar os problemas que afligem as nações europeias.

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A dívida do Japão está se aproximando do valor da poupança privada líquida do país, que é de 1,1 quatrilhão de ienes (US$ 14,319 trilhões). O montante é mais de duas vezes superior ao Produto Interno Bruto (PIB) anual e está entre os maiores entre os países industrializados - incluindo Itália e Espanha, que estão atualmente beirando a crise.

O Produto Interno Bruto do Japão para o ano fiscal que terminou em março de 2011 (não ajustado para mudanças de preços) foi de 475,8 trilhões de ienes (US$ 6,195 trilhões), segundo dados do governo japonês. As informações são da Dow Jones.

A Divida Pública Federal (DPF, interna e externa, apresentou alta de 2,28%, superando a marca de R$ 1,8 trilhão. Segundo dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, a DPF, em setembro, teve uma alta de R$ 40,34 bilhões. No ano, de janeiro a setembro, o estoque da DPF cresceu R$ 114,70 bilhões, aumento correspondente a 6,77%.

Em setembro, o aumento da DPF foi provocado por uma emissão líquida de R$ 11,67 bilhões e um impacto de juros no estoque da dívida de R$ 28,673 bilhões. Os dados do Tesouro mostram que o crescimento da dívida, em 2011, foi decorrente sobretudo do impacto da correção dos juros no estoque da dívida, que no período alcançou R$ 160,49 bilhões. Por outro lado, o Tesouro fez um resgate líquido de papéis, nesse período de janeiro a setembro, de R$ 45,78 bilhões.

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