Tópicos | dezembro 2014

Os indicadores que retratam o quadro de atividade da indústria brasileira tiveram em 2014 o pior desempenho dos últimos cinco anos e, para o início de 2015, a expectativa do setor é que o cenário de dificuldade continue.

Os dados divulgados nesta terça-feira (3), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostraram que o faturamento da indústria teve queda de 1,8% em 2014, que foi a maior retração anual desde 2009, quando o recuo foi de 4,8%.

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"O quadro da indústria em 2014 foi bastante negativo. O nível de atividade espelha as grandes dificuldades que as empresas brasileiras estão tendo: competição com produtos importados, demanda doméstica mais fraca, e queda do investimento", explicou o gerente de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco. "Há uma relação bastante estreita entre a dinâmica da economia brasileira com o desempenho do setor industrial", completou.

A queda nas horas trabalhadas na produção, que foi de 3,7% em 2014, também teve o pior resultado desde 2009, quando a retração foi de 8,0% no ano. Outro indicador que mostrou o pior resultado dos últimos cinco anos foi a utilização da capacidade instalada, que caiu 1,3% em 2014, também o pior desempenho desde 2009, quando o declínio foi de 2,7%.

O emprego na indústria mostrou retração de 0,7% em 2014, também o mais baixo desde a queda de 3,3% em 2009. A massa salarial, apesar de ter apresentado um crescimento de 1,5% no ano passado, mostrou desaceleração e foi o pior resultado desde 2009, quando houve retração de 2,3%.

Para 2015, a CNI espera que o cenário de dificuldade para o setor continue. "A necessidade de ajustes na política econômica, com foco na reorganização das contas, levou ao aumento de tributação e à elevação de taxa de juros. E esse quadro só agrava as dificuldades do setor industrial", disse Castelo Branco. "As expectativas para os primeiros meses de 2015 são de continuidade do quadro de dificuldade", completou.

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias despencou 16,8% em 2014, em relação ao ano anterior. A atividade teve o maior impacto negativo sobre o total da indústria nacional, que recuou 3,2% no período, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o pior desempenho para a produção de veículos desde o início da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), cuja série histórica nova começa em janeiro de 2002, mas com resultados anuais a partir de 2003.

Em 2014, a produção industrial diminuiu em 20 dos 26 ramos pesquisados ante 2013, alcançando 63,9% dos 805 produtos pesquisados. Além de veículos, outras contribuições negativas relevantes para o total nacional foram dos setores de metalurgia (-7,4%), produtos de metal (-9,8%), máquinas e equipamentos (-5,9%), outros produtos químicos (-3,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%), produtos alimentícios (-1,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,0%).

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Entre as seis atividades que ampliaram a produção no ano passado, os destaques foram indústrias extrativas (5,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,4%).

A indústria eliminou 140 mil vagas na passagem de novembro para dezembro, o equivalente a uma redução de 3,9% no total de ocupados no setor, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com dezembro de 2013, a atividade cortou 105 mil postos de trabalho, uma queda de 3,0% no número de empregados.

A construção demitiu 69 mil trabalhadores na passagem de novembro para dezembro, queda também de 3,9% na ocupação no setor. Em relação a dezembro de 2013, foram cortadas 92 mil vagas, redução de 5,1% no contingente de trabalhadores.

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Já o comércio abriu 63 mil vagas na passagem de dezembro para novembro, alta de 1,5% na ocupação. Mas o setor contabilizou 106 mil funcionários a menos em relação a dezembro de 2013, queda de 2,4% no total de ocupados.

A atividade de serviços prestados a empresas cortou 16 mil vagas em dezembro ante novembro, queda de 0,4% no montante de ocupados. Mas na comparação com dezembro de 2013 houve aumento de 0,6%, 24 mil funcionários a mais.

O setor de educação, saúde e administração pública registrou recuo de 1,7% no total de vagas em dezembro ante novembro, com 68 mil ocupados a menos. Em relação a dezembro de 2013 a queda foi de 0,9%, 36 mil trabalhadores a menos.

Nos serviços domésticos, houve aumento de 4,0% no total de trabalhadores em dezembro ante novembro, 55 mil pessoas a mais. Na comparação com dezembro de 2013 a alta foi de 5,3%, com 72 mil novas contratações.

No setor de outros serviços, a ocupação cresceu 0,6%, 28 mil empregados a mais. Em relação a dezembro de 2013, o crescimento foi de 3,4%, 143 mil trabalhadores a mais.

Impulsionada pelo processo de alta da Selic e pelos aportes do Tesouro Nacional aos bancos públicos, a dívida pública federal (DPF) apresentou um crescimento de R$ 173,089 bilhões em 2014 - ultimo ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Ministério da Fazenda, o estoque da DPF, que inclui dívida interna e externa do governo federal, subiu para R$ 2,295 trilhões - uma alta de 8,15% em apenas um ano. Em 2013, o estoque estava em R$ 2,122 trilhões.

Além do custo mais alto da dívida por conta do aperto monetário e das incertezas que marcaram o ano passado, a dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2014, o Tesouro emprestou ao banco de desenvolvimento R$ 60 bilhões - R$ 30 bilhões em dezembro, faltando poucos dias para o fim do ano e já com a nova equipe econômica escolhida. Em dezembro, o Tesouro também emitiu R$ 1 bilhão para o banco da Amazônia (Basa)

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O valor da DPF fechou dentro da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), de R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões. O impacto da correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 243,318 bilhões no ano passado, com alta de 11,46%.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 7,32% e fechou dezembro em R$ 2,183 trilhões. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,83% maior, somando R$ 112,29 bilhões no final do ano passado. O estoque da DPF aumentou apesar do resgate liquido de R$ 69,209 bilhões de títulos ao longo de 2014.

Investidores

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,07% em novembro de 2014 para 18,64% em dezembro, somando R$ 406,96 bilhões do total do estoque, conforme o Tesouro Nacional. Em novembro, o estoque estava em R$ 421,42 bilhões, o que significou uma redução de R$ 14,46 bilhões de um mês para o outro.

A categoria das instituições financeiras teve elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,26% para 29,77%. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,63% em novembro para 20,28% em dezembro de 2014. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,17% para 4,09%.

Indexadores

O Tesouro Nacional encerrou 2014 dentro dos parâmetros estabelecidos para a DPF, depois de ter passado quase todo o ano com a participação dos títulos prefixados e dos remunerados pela Selic fora das bandas.

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 42,02% em dezembro de 2013 para 41,58% em 2014. Os papéis atrelados à Selic também diminuíram a fatia de 19,11% para 18,66%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para 34,91% do estoque da DPF em 2014, ante 34,53% no final de 2013. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,35% em 2013 para 4,85% no ano passado.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou que a tendência do crédito tem sido de moderação do crescimento. Segundo ele, dezembro é um mês sazonalmente mais forte, mas ele observou que a alta de 2% no crédito total foi menor do que o registrado em dezembro de 2013. "Tivemos comportamento bom para o crédito livre e moderação do direcionado na margem em 2014", explicou.

Segundo Maciel, esse movimento de moderação também é influenciado, entre outros fatores, pelo crédito imobiliário, que na visão dele, "cresce a um ritmo relevante, mas mostra moderação a cada mês". Ainda assim, ele diz que a tendência do crédito imobiliário é de crescimento maior do que o das demais linhas.

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Ele relatou ainda que nesse movimento de redução do ritmo, houve moderação do crédito rural no último mês de 2014. Maciel explicou que esse movimento, no entanto, tem efeito estatístico. O saldo das operações para essa modalidade havia se expandido mais fortemente em 2013 e o mesmo efeito não se viu no ano passado. Maciel ponderou que no caso de capital de giro, que também mostrou um ritmo menor de avanço, reflete a atividade econômica menor em 2014 frente a 2013. "A tendência do crédito tem sido de moderação do crescimento", reforçou.

A taxa média de juros no crédito livre caiu de 32,9% ao ano em novembro para 32,4% ao ano em dezembro, informou o Banco Central (BC), nesta terça-feira (27). Em dezembro de 2013, essa taxa estava em 29% ao ano e, no encerramento de 2012, em 25,3%. Em 2011, quando teve início a atual série histórica do BC, o ano fechou com o juro médio em 31,12%. O cheque especial foi a exceção entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física.

A taxa do cheque especial teve avanço de 191,6% ao ano para 200,6% ao ano na mesma comparação. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo é o maior desde fevereiro de 1999 (204,34%). Para o crédito pessoal, recuou de 45,9% ao ano para 45,3% ao ano.

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Para veículos, os juros caíram de 22,7% ao ano para 22,3% ao ano de novembro para dezembro. Em dezembro de 2013, estava em 21,3% e um ano antes em 19,8%.

A taxa média de juros no crédito livre para a pessoa física passou de 44,1% ao ano para 43,4% ao ano, de novembro para dezembro, enquanto a para pessoa jurídica, caiu de 23,5% ao ano para 23,3% ao ano no mesmo período.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, recuou de 21,3% ao ano em novembro para 20,9% ao ano em dezembro. No final de 2013 estava em 19,7% e, no encerramento de 2012, em 18% ao ano. O juro médio do crédito direcionado passou de 7,9% ao ano para 7,8% ao ano na margem.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, minimizou nesta sexta-feira (23) o fraco resultado da geração de empregos no Brasil em 2014. Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ele justificou que o ano teve peculiaridades como Copa do Mundo e eleições. No ano, foram criadas 397 mil vagas. "Houve uma campanha de que a Copa não seria realizada, o que gera um insegurança e retrai o investidor. Também tivemos eleições acirradas e criaram uma ideia de que o Brasil vivia uma crise, estava quebrando. Isso criou uma expectativa em alguns setores", disse. O ministro viu o resultado de forma positiva. "O que é importante é que nos continuamos acrescentando postos de trabalho no estoque", afirmou.

Sobre dezembro, que teve o pior resultado para o mês desde 2008, com menos 555 mil vagas, Dias afirmou que, historicamente, o período tem uma grande queda no número de postos de trabalho.

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Apesar de já ter previsto a criação de 6 milhões de vagas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, Dias comemorou o resultado de 5,3 milhões de novos postos entre 2011 e 2014. "Cinco milhões foi espetacular. O mundo está em crise", disse.

Para 2015, Manoel Dias é otimista e afirma que o País verá os resultados de investimentos em infraestrutura se refletirem no mercado de trabalho. "Em um prazo relativamente pequeno, o Brasil vai retomar seu crescimento", avaliou.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou na tarde desta segunda-feira, 5, que o déficit da balança comercial em 2014, de US$ 3,9 bilhões, se deve principalmente à queda dos preços de commodities superior ao esperado (especialmente minério de ferro), cenário internacional desfavorável e a conta petróleo.

Segundo ele, a conta petróleo apresentou melhora, mas ainda registra déficit "bastante elevado". Outros fatores de impacto, segundo Godinho, são a safra brasileira de grãos e a taxa de câmbio.

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Godinho destacou que o déficit do ano passado representa apenas 1,7% do total de exportações do País. Em 1997, quando ocorreu o maior déficit da série histórica, de US$ 6,7 bilhões, esse valor representava 11,3% das vendas externas do Brasil.

O secretário chamou atenção para o fato de que o número de exportadores subiu no País pelo segundo ano consecutivo, passando de 18.809 em 2013 para 19.250 em 2014. Além disso, a exportação, que somou US$ 225,1 bi no ano, foi o quarto maior valor da série histórica. As importações, por outro lado, somaram US$ 229 bilhões e tiveram a quarta maior cifra.

Demanda

Godinho também disse que entre os 15 principais destinos dos produtos brasileiros, em 10 houve queda de demanda. O recuo, no entanto, não foi apenas de itens oriundos do Brasil, atingiu também outras praças.

O cenário para o País foi desfavorável ainda entre as economias que apresentaram aumento da demanda, regiões que buscaram produtos que não estavam na pauta de exportações dos brasileiros - caso da União Europeia e da China.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira, 5, que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou alta de 0,50% em dezembro. O resultado foi superior ao de novembro, quando a variação havia sido de 0,48%, e fez com que a taxa acumulada em 2014 chegasse ao fim do ano no nível de 6,17% ante 5,05% em 2013.

No mesmo período de comparação, o indicador cheio apurado pela FGV passou de uma taxa de inflação de 0,65%, em novembro, para 0,75% no mês seguinte. No acumulado de 2014, o IPC-S atingiu a marca de 6,87% ante 5,63% em 2013.

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A medida de núcleo do IPC-S é calculada por médias aparadas com suavização, com a exclusão de 20% das maiores altas e de 20% das maiores quedas de preços dos itens coletados pela FGV.

Em dezembro, foram excluídos 50 dos 85 itens de expressão componentes do indicador. Destes 50 itens eliminados, 22 registraram variações abaixo de 0,23%, que foi a linha de corte inferior, e outros 28 apresentaram taxas acima de 0,76%, que foi a linha de corte superior.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,3% na passagem de novembro para dezembro, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira, 30. O indicador saiu de 99,8 pontos para 101,1 pontos no período. Embora o ICS se mantenha em nível baixo em termos históricos, a tendência de queda identificada pela série de médias móveis trimestrais perdeu força.

Houve avanço na confiança em sete das 12 atividades pesquisadas. A melhora do ICS foi determinada tanto pela percepção sobre a situação atual quanto pelas expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve alta de 2,5% neste mês, depois de recuo de 3,8% em novembro. Já o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,6% em dezembro, após queda de 1,1% em novembro. A coleta de dados para a edição de dezembro da sondagem foi realizada entre os dias 1º e 19 deste mês.

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Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 1,23% em dezembro, após terem registrado alta de 2,98% em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 29. Já os preços de produtos industriais avançaram 0,40%, ante alta de 0,62%, na mesma comparação.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,69% em dezembro, ante avanço de 1,21% em novembro. Já a variação dos bens finais foi de 1,05%, após elevação de 0,69% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas subiram 0,05% em dezembro, ante alta de 2,01% no décimo primeiro mês do ano.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), por sua vez, apresentou avanço de 0,63%, depois de subir 1,26%. Em 12 meses, o IPA acumula aumento de 2,13%.

Na passagem de novembro para dezembro, uma forte contribuição para o resultado do IPA foi o índice relativo a Bens Finais, que variou 1,05% neste mês. Contribuiu para este avanço o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 0,67% para 1,30%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,73%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários dentro do IPA variou 0,69%. Em novembro, a taxa foi de 1,21%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 1,36% para 0,56%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,52%, ante 1,16%, em novembro.

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências de alta no IPA de dezembro estão Milho em grão (de 10,92% para 9,75%); Bovinos (de 5,86% para 3,59%); Batata-inglesa (de 78,88% para 41,43%); Óleo diesel (de 2,26% para 2,68%); e Soja em grão (de 6,05% para 1,69%).

Já na lista de maiores influências negativas estão Minério de ferro (de -4,71% para -5,76%); Leite in natura (de -4,22% para -5,10%); Suínos (de 7,37% para -9,41%); Aves (de -0,64% para -3,17%) e Uva (de 2,24% para -10,97%).

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,62% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira, 29. O resultado veio abaixo do registrado em novembro, quando o indicador avançou 0,98%, e do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (0,64% a 0,83%, com mediana de 0,68%).

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M saiu de 1,26% em novembro para 0,63% em dezembro. Na mesma base de comparação, o IPC-M saiu de 0,53% para 0,76%. O INCC-M desacelerou de 0,30% para 0,25%. A variação acumulada do IGP-M no ano de 2014 é de 3,69%.

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,79% em dezembro, após subir 0,38% em novembro, informou nesta sexta-feira, 19, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado na leitura mensal ficou dentro do intervalo de estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE-Projeções, que esperavam inflação entre 0,60% e 0,85%, com mediana de 0,75%. Com o resultado anunciado hoje, o índice acumulou alta de 6,46% em 2014.

Em dezembro, os grupos Alimentação e Bebidas (+0,94% em dezembro) e Transportes (de +1,59%) exerceram forte pressão sobre o índice, sendo responsáveis por 66% do indicador, visto que, juntos, tiveram impacto de 0,52 ponto porcentual, com os alimentos em 0,23 ponto porcentual e os transportes, em 0,29 ponto porcentual.

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O item passagens aéreas foi destaque no grupo Transportes, com aumento de 42,42% e 0,19 ponto porcentual, o principal impacto do mês. A gasolina (2,15% e contribuição de 0,08 ponto porcentual) foi outro destaque. O aumento de 3% do combustível nas bombas foi feito em 7 de novembro.

A energia elétrica (+1,54%) foi o item que exerceu a maior pressão no grupo Habitação, que subiu 0,71%. O resultado decorreu, principalmente, do aumento de 9,85% registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro, tendo em vista o reajuste de 17,75% em uma das concessionárias, em vigor desde 7 de novembro. No ano, a energia subiu 17,14%, e as despesas com Habitação subiram 8,76%, a mais elevada variação de grupo.

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