O corpo do adolescente Denilson Antônio Teixeira da Silva, de 13 anos, desaparecido desde a última quarta-feira (9), foi encontrado em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite desta quinta-feira (10). O garoto teria saído de casa com o intuito de buscar um uniforme esportivo com o professor de futebol, José Luciano Silva, de 40 anos. Após sumir, o garoto chegou a telefonar para a mãe, Vânia Maria, pedindo socorro, mas a ligação caiu.
O corpo do jovem foi achado em um riacho, nas terras do Engenho Cangacá, em São Lourenço da Mata. De acordo com informações da polícia, o professor de futebol de Denilson é o principal suspeito de ter cometido o crime. Durante seu interrogatório, ele negou o crime, mas após a mãe do garoto ter contado sobre a ligação que ela recebeu do filho, o professor informou à delegada Carmem Lúcia, à frente do caso, onde o corpo estava. O suspeito, no entanto, negou ter matado a criança e disse que uma segunda pessoa cometeu o crime.
##RECOMENDA##A polícia de São Lourenço informou que não acredita na possibilidade de que ele não esteja envolvido na morte de Denilson, já que o professor também havia cumprido pena por abusar de crianças. Em sua ficha criminal, de acordo com a polícia, José Luciano foi preso em 2007, no estado de Mato Grosso, Centro-Oeste do Brasil, pelo crime de pedofilia.
O corpo de Denilson foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife. O suspeito Luciano Silva foi autuado em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver e encaminhado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. A polícia solicitou exames da perícia, que irão determinar a causa da morte do garoto e constatar se ele sofreu violência sexual.
Protesto
Inconformadas com a morte do garoto e com o aumento da violência em São Lourenço da Mata, algumas mulheres residentes no município estão organizando um protesto para o próximo dia 20 de março na Praça do Canhão, no centro da cidade. A vendedora Yulia Deuzeman, à frente da manifestação, pede que haja justiça no caso.
No domingo, às 9h, as mulheres prometem se reunir com cartazes e faixas. "Queremos protestas pela morte de Denilson e pela falta de segurança, principalmente, onde o corpo dele foi achado, que é um local de usuários de drogas", explicou a vendedora.
Ela conta que o movimento não parte de parentes do adolescente, mas sim de pessoas que ficaram inconformadas com a brutalidade do caso. O grupo deverá se encontrar na praça e decidir no local se irão seguir em passeata ou se ficam no espaço.