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Familiares de Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, que morreu na segunda-feira, 3, velam o corpo do dentista no Cemitério Gethsemani, no Morumbi, zona sul de São Paulo, nesta terça-feira. O pai de Alexandre, Lance Gaddy, de 68 anos, disse que o filho, queimado no dia 27 de maio em seu consultório em São José dos Campos, foi vítima de um crime brutal. "Foi um ato covarde, não se faz isso com um ser humano. Será que o prazer secundário é roubar e o primário é causar dor? Porque a proposta desses bandidos não foi roubar, a proposta foi machucar. A polícia tem procurar um criminoso que quis provocar uma dor brutal no Alexandre", afirmou.

Lance questionou a investigação da morte do dentista. "A primeira perícia foi feita porcamente. Queremos que seja feita outra, de forma adequada". Ele fez um apelo para as autoridades de segurança do Estado de São Paulo criarem políticas para prevenção de crimes contra dentistas. "O que é preciso é a sociedade pressionar as autoridades para que dispositivos de segurança sejam implementados. Precisa-se colocar mais câmeras de seguranças, sistemas de patrulhamento mais eficazes. Custa caro? Sim, custa. Mas quanto custa o tratamento de uma vítima no hospital? Quanto custa a perda de um profissional na sociedade? Quanto custa a dor de uma família?", indagou.

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Um das irmãs do dentista, Cristiane Peçanha Gaddy disse que o irmão foi transferido para o Hospital Albert Einstein com 95% de chances de morrer. "Ele foi bem atendido pela equipe médica da Santa Casa de São José dos Campos, mas não tinha um aparelho de hemodiálise ininterrupta lá. Ele tinha de fazer a cada três horas. Tiveram de quebrar a parede do quarto com ele lá para instalar equipamentos", afirmou. "Um médico do Einstein foi buscá-lo lá e comemorou porque conseguiu trazê-lo vivo".

Para o pai, também falta infraestrutura na rede de saúde. "O meu filho teve de ser transferido com chances de morrer para ter um tratamento adequado. E era o hospital referência para tratamento de queimados em São José. Não foi por culpa dos médicos, mas das condições que os colocam para trabalhar", afirmou.

Mariane Peçanha Gaddy, irmã do dentista, disse que a família está se sentindo "impotente" com a brutalidade do crime. "É uma sensação de horror que estamos vivendo. Quando ouvi a história da outra dentista morta em São Bernardo do Campo, me senti revoltada como cidadã, mas nunca achei que essa situação fosse acontecer comigo. Quando acontece, parece um pesadelo", afirmou. "A primeira coisa que eu pensei quando soube do crime, foi 'meu Deus, não deixa meu irmão sofrer'. Depois o foco foi mentalizando para ele poder se recuperar".

"A gente espera que a polícia e as demais autoridades resolvam esse caso para que nenhuma outra pessoa passe o horror que o meu irmão passou na mão de dois bichos, porque não são humanos. Quero, não por vingança, mas para não fazerem o que esses caras fizeram com meu irmão".

Segundo a irmã, em março, a ex-mulher do dentista teve o consultório assaltado, também na Vila Industrial, em São José dos Campos. O computador de Gaddy estava no local e foi roubado. "No computador tinha o balanço de quanto ele ganhava por mês e acredito que possam ter sido os mesmos bandidos."

O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, que teve o corpo queimado após uma suposta tentativa de assalto em seu consultório, em São José dos Campos, interior de São Paulo, morreu às 22h30 de segunda-feira (3), no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na zona sul paulistana. Segundo o hospital, o estado de Gaddy era crítico. Ele teve mais de 50% do corpo queimado, "a maioria dessas lesões de terceiro grau".

O dentista foi queimado na noite do dia 27 de maio e encontrado consciente pelas equipes de socorro. Ele contou aos policiais que dois criminosos invadiram o seu consultório por volta das 21 horas. Segundo Gaddy, os bandidos atearam fogo contra seu corpo após ele pegar um celular do bolso. O aparelho foi encaminhado para perícia e as recentes conversas do dentista estão sendo rastreadas.

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Segundo o delegado seccional de São José dos Campos, Leon Nascimento Ribeiro, foram ouvidos no último fim de semana a ex-mulher de Gaddy, amigos, familiares e vizinhos do dentista. "Ninguém viu uma movimentação estranha no consultório ou possíveis suspeitos. As investigações continuam, mas ainda não temos suspeitos, nem sequer presos."

Um mês após Cinthya Magaly Moutinho de Souza ser queimada viva em seu consultório em São Bernardo do Campo, o também dentista Alexandre Peçanha Gaddy teve 60% do corpo queimado na noite de anteontem em um assalto em São José dos Campos. Seu estado de saúde é grave. Ontem, o Conselho Regional de Odontologia (CRO-SP) anunciou a criação de uma linha direta para denúncias de violência - representantes da entidade se encontrarão hoje com o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

Dois bandidos encapuzados invadiram o consultório de Gaddy, de 41 anos, às 20h58 de segunda-feira e atearam fogo em seu corpo por não terem encontrado dinheiro - Cinthya morreu porque bandidos acharam apenas R$ 30 em sua conta.

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Mariane Peçanha Gaddy, irmã da vítima, disse que o dentista encerrava o trabalho às 18h, mas anteontem ficou até mais tarde para esterilizar equipamentos. O portão do consultório, na Rua dos Periquitos, 923, na Vila Tatetuba, tem chave elétrica, mas há aviso de que o equipamento está quebrado e é preciso chamar a recepcionista, que já havia ido embora. Não há sinais de arrombamento. À polícia, o dentista contou que foi levado ao banheiro do imóvel, amarrado com a corda de uma cortina e, em seguida, queimado. Foram encontrados um isqueiro e uma garrafa de álcool.

O comerciante Mauro Lopes Duarte, que passava pelo local, ouviu o pedido de socorro. "Escutei gritos de ‘ai, ai, ai’ , como se alguém estivesse com muita dor." Duarte chamou a polícia. "Quando arrombamos a porta, ele estava ajoelhado, todo queimado no rosto, na barriga e no peito. Ele estava agonizando."

Gaddy foi levado ao Hospital Municipal Doutor José de Carvalho Florence. "São queimaduras de até 3.º grau. O risco de infecção é alto, ele está com respirador, sedado e tem quadro de insuficiência respiratória e renal", disse José Roberto Tavares, diretor da Santa Casa, para onde Gaddy foi transferido ontem. Há risco de vida. Ele é separado e tem dois filhos - um menino de 10 anos e uma menina de 4.

Segundo o delegado seccional, Leon Nascimento Ribeiro, nada foi levado. "Os bandidos podem ter desistido do roubo depois dos gritos." Imagens de câmeras de vizinhos serão usadas pela polícia. As de uma oficina gravaram um homem correndo às 21h01. A viatura de polícia chega às 21h05.

Repúdio

O CRO-SP cobrou, em nota, "atitudes urgentes e rigorosas por parte do governo e das autoridades de segurança pública". Ao secretário, o órgão vai pedir uma delegacia especializada em profissionais de saúde. "Queremos um atendimento específico e um setor de mapeamento dessas ocorrências", afirmou o diretor da entidade, Marco Antonio Manfredini. Além da criação do 0800 em até duas semanas, será publicada uma cartilha com dicas de segurança em consultórios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ataque ao dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, que teve 60% de seu corpo queimado durante um assalto em São José dos Campos, no interior de São Paulo, mobilizou internautas nas redes sociais. O crime aconteceu na noite de segunda-feira, 27, e a vítima segue internada em estado grave. No Twitter, usuários lamentaram mais um caso de violência hedionda e dentistas demonstraram preocupação com a recorrência dos roubos a consultórios.

"Que absurdo é esse? Nós profissionais da saúde que vivemos de devolver sorrisos e qualidade de vida, temos que ter medo de ficar no nosso consultório?", disse o também dentista Felipe Moura. "Afanar a cabeça de criminosos produz monstros", comentou Rodrigo Squarcini.

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Gaddy foi socorrido pela polícia ainda com o corpo em chamas, e levado consciente ao pronto-socorro do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos. Ele deve ser transferido para o setor especializado em queimados da Santa Casa da cidade.

O ataque em São José dos Campos foi cometido um mês e dois dias após a também dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza ter morrido queimada por ladrões dentro de seu consultório, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.

A Justiça de São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista, decretou a prisão preventiva dos três acusados de matar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza em 25 de abril. Após receber a denúncia do caso na terça-feira, 14, o juiz da 3ª Vara Criminal de São Bernardo, Edgar de Souza Castro, decretou nessa quarta, 15, a prisão de Jonatas Cassiano Araújo, Thiago de Jesus Pereira e Victor Miguel Souza Silva. Os acusados têm agora dez dias para apresentar defesa.

O delegado Roberto Bueno Menezes, do 2° DP da cidade, foi quem concluiu o caso e pediu a prisão preventiva dos suspeitos por considerá-los muito perigosos para permanecer em liberdade. Além da periculosidade dos acusados, o pedido de prisão preventiva pode ser feito quando há possibilidade de fuga ou de prejuízo às investigações.

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Menezes também solicitou à justiça que o adolescente de 17 anos, que participou do assalto, permaneça na Fundação Casa. A dentista foi queimada viva em seu consultório após os três acusados e o menor constatarem que Cinthya tinha apenas R$ 30 em sua conta bancária. Uma paciente que testemunhou o crime afirmou que o menor teria sido o responsável por atear fogo na vítima.

Moradores, amigos e simpatizantes fazem uma passeata pela paz na tarde desta terça-feira, 30, no Jardim Hollywood, em São Bernardo do Campo (SP), onde a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza foi assassinada na quinta-feira, 25. Segundo Mônica Formigoni, jornalista esportiva e uma das organizadoras, o caso chocou os moradores da região, grande parte deles aposentados. Eles pedem também a diminuição da maioridade penal.

O ato partirá de uma praça na esquina entre a rua Warner e a Copacabana em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, logo em frente à casa onde a dentista vivia e trabalhava. De lá, o grupo andará cinco quadras até a Rodovia Anchieta. "Todos estarão de camiseta branca pedindo paz. E para ter paz, tem que realizar algumas reformas no Código Penal, como baixar a maioridade. Do jeito que está, ninguém aguenta mais", diz Mônica. Segundo ela, há pessoas vindo de outros bairros e mesmo de São Paulo para participar. Como grande parte dos frequentadores são idosos, o ato não deve durar mais do que uma hora.

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Um seminarista de uma igreja da região foi chamado para ajudar a comandar um carro de som que será usado para puxar e apaziguar o grupo. "Está todo mundo muito revoltado. Já vi senhoras de 70 anos falando que paga a bala da polícia para matar eles (os assassinos). Pessoas que não saem da igreja", afirmou. O plano de parar a rodovia foi abandonado e os manifestantes apenas se aglomerarão num ponto de ônibus. Cinthya foi queimada viva por quatro criminosos que invadiram seu consultório na tarde de quinta.

O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Blazeck, afirmou na tarde deste sábado, 27, que os três suspeitos presos na madrugada já confessaram participação na morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, em São Bernardo do Campo, na quinta-feira, 25. Ela foi queimada viva em seu consultório.

"Todos confessaram a prática do crime em São Bernardo e outros", disse Blazeck em coletiva na sede da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), no centro da capital. Ainda de acordo com ele, os criminosos, antes de atearem fogo em Cinthya, a ameaçaram com um isqueiro e com álcool, "para que ela cedesse bens de patrimônio".

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A polícia disse também que vítima estava com as mãos amarradas por trás das costas, enquanto um dos suspeitos, Victor Miguel Souza Silva, de 24 anos, apontado como o líder do grupo, trocava o isqueiro com um adolescente que também participou do crime. "O jovem conta (o episódio) como se fosse o capítulo de uma novela", disse a delegada Elisabete Sato, diretora do Departamento de Homicídios e de Preteção à Pessoa (DHPP).

Ainda segundo ela, quando o grupo recebeu a informação de que Cinthya tinha apenas R$ 30 em sua conta bancária, o adolescente ficou bravo e ateou fogo na vítima com o isqueiro.

A delegada disse que o grupo fez "tortura" com a dentista ao lhe ameaçar com o isqueiro.

Todos os suspeitos foram presos na Favela Santa Cruz, em Diadema, no ABC. Eles estava em duas casas. Em uma delas, foi encontrado Victor, com um adolescente que, segundo a polícia, lhe dava cobertura. Esse jovem, que tem 17 anos, não teria participado do assassinato. Mesmo assim, foi apreendido.

Na outra casa, foi preso Jonatas Cassiano Araujo, de 21 anos, com outros dois adolescentes, ambos de 17 anos, um dos quais teria admitido atear fogo na vítima. As duas residências ficavam a cerca de 50 metros de distância uma da outra.

Foragido. Um dos suspeitos de participar do crime, Tiago de Jesus Pereira, permanece foragido. Teria sido ele quem ligou para os criminosos informando da quantia na conta de Cynthia.

Segundo a delegada Elisabete Sato, três dos presos seriam usuários de cocaína.

Maioridade penal. O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, que abriu a coletiva de imprensa neste sábado, defendeu a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) "para proteger os cidadãos de bem". "Temos mais um caso cruel, que exige uma reflexão e um debate no Congresso Nacional por uma postura mais rígida."

Para ele, trata-se de um "crime bárbaro de latrocínio". (André Cabette Fábio)

Mais três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato da dentista Cinthya Magaly, de 47 anos, ocorrido na tarde de quinta-feira, 25, foram levadas para prestar depoimento no 2.º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Os suspeitos foram encontrados em uma casa com materiais odontológicos. Até agora a polícia não confirmou se essas pessoas têm ligação com o crime.

Segundo a investigação, o grupo acusado teria envolvimento em mais dois assaltos a consultório este mês. O Audi A3 preto usado no crime foi apreendido. O mesmo veículo também foi flagrado em um assalto a uma casa em dezembro no ano passado.

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Três criminosos invadiram a clínica odontológica de Cinthya e dois deles roubaram seu cartão de crédito para fazer um saque em um caixa eletrônico. Ao constatarem que a dentista só tinha R$ 30 na conta, eles retornaram ao consultório, atearam fogo na vítima e fugiram - a polícia suspeita que haja um quarto envolvido no crime, que estaria esperando no Audi preto do lado de fora. Araújo foi identificado pelas câmeras de segurança do posto de gasolina onde foi feito o saque.

Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão, momento em que os outros dois criminosos invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos.

Na madrugada desta sexta-feira um menor foi apreendido em sua casa pela PM depois de uma denúncia anônima. Levado ao 2º DP, ele negou participação no crime mas falou que chegou a ser convidado para o assalto. Disse também que recebeu uma ligação de Araújo dizendo que "tinha dado m.". Depois de ouvido, o menor foi liberado.

Segundo a investigação, o grupo acusado do crime teria envolvimento em mais dois assaltos a consultório este mês. O Audi A3 preto usado no crime foi apreendido.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou como "bárbaro" o crime que resultou na morte da dentista Cinthya Magaly, de 47 anos, nessa quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A dentista foi queimada viva durante um roubo. O governador disse que as prisões devem acontecer "nas próximas horas".

Dos quatro suspeitos, dois foram identificados, segundo Alckmin, que garantiu que a polícia está empenhada na solução do crime. "Foi um crime bárbaro, que nos envergonha a todos", disse o governador. "Esperamos que rapidamente possamos entregar esses quatro à Justiça."

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Sobre o fato de um dos suspeito ser menor de idade, o governador lembrou que encaminhou ao Congresso Nacional, na semana passada, um projeto de alteração ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) pedindo uma punição maior a adolescentes que cometem crimes hediondos.

Criminosos atearam fogo e mataram a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na tarde de quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo, no ABC. O crime aconteceu na Rua Copacabana, por volta das 12h30, minutos depois de o governo divulgar os números de criminalidade do primeiro trimestre, mostrando que os latrocínios cresceram 18,8% no Estado em comparação ao mesmo período do ano passado.

Três bandidos invadiram o consultório da vítima e anunciaram o assalto. Cynthia disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Dois dos bandidos foram a um posto de combustível fazer o saque. Quando descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30, a queimaram viva.

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Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a polícia acredita que um quarto bandido aguardava na frente do consultório, dentro de um Audi preto. Ele desconfia que uma quadrilha especializada em assaltos a consultórios esteja agindo na região. "Temos investigações em andamento, já temos imagens de um dos bandidos e em pouco espaço de tempo vamos tirá-los de circulação."

Investigadores do 83.º DP de São Paulo, no Sacomã, disseram que um assalto a um consultório, em que quatro criminosos usaram o mesmo tipo de veículo do crime em São Bernardo, também ocorreu no dia 12 de abril no bairro.

O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. O pai dela, Viriato Gomes de Souza, de 70 anos, afirmou que ela não costumava ficar sozinha em casa no horário do almoço. "Ela ia buscar a irmã na escola, mas, como tinha uma paciente, eu fui com a minha mulher."

Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.

Segundo o delegado seccional, a paciente - que não ficou ferida - conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos."

Vizinha de Cinthya, Lindacim de Olivera, de 54 anos, sentiu o cheiro de queimado e ouviu os gritos da dentista. Foi ela quem chamou o Corpo de Bombeiros. "Ouvi alguém pedindo socorro e fui até o portão do consultório ver o que estava acontecendo."

Quando o pai chegou à rua, viu a movimentação na frente de casa. Foi avisado pelos vizinhos da morte da filha. "Quis entrar, tentei reanimá-la, mas já não dava para fazer nada."

Emocionado, ele diz não saber o motivo de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, sem inimigos. Agora, a gente não sabe o que vai fazer da vida, se continuará morando lá. Espero que ninguém precise passar pela dor que estou passando."

Às 20h de quinta-feira, 25, PMs identificaram a dona do Audi preto. Segundo a polícia, o veículo pertence à mãe de um dos bandidos. O plano é chegar ao bando com base nas informações dadas pela mulher. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao menos três bandidos atearam fogo e mataram a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na tarde desta quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo (SP). O crime aconteceu por volta das 12h30, na Rua Copacabana. Os criminosos invadiram o consultório da vítima e anunciaram o assalto. Quando descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30, atearam fogo nela ainda viva.

Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a dentista estava atendendo uma paciente quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos se passou por um paciente, o que fez a vítima abrir o portão, e outros dois invadiram a casa. A paciente ficou vendada durante todo o crime e ouviu a dentista gritar pedindo para os bandidos não atearem fogo. "Atearam fogo por maldade", afirmou Bueno Filho. Ele desconfia que uma quadrilha especializada em assalto a consultórios esteja agindo na região.

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Vizinhos ouviram os gritos da dentista e chamaram o Corpo de Bombeiros e a polícia. Eles identificaram um carro Audi preto estacionado em frente ao consultório. Segundo testemunhas, um quarto bandido ficou o tempo todo dentro do carro. O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã. O pai da vítima, Viriato Gomes de Souza, de 70 anos, afirmou que ela só estava sozinha porque precisava atender a paciente. Normalmente nesse horário ela buscaria a irmã, que tem deficiência mental na escola. Como tinha paciente, ficou em casa enquanto os pais foram buscar a irmã.

Emocionado, Viriato diz que não sabe os motivos de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, que não tem inimigos. Agora a gente não sabe o que vai fazer, se vai continuar morando lá", afirmou. "Espero que ninguém precise passar pela dor que eu estou passando."

A polícia prendeu nesta quinta-feira (17), em Nazaré da Mata, um homem que trabalhava como dentista de maneira ilegal. O "Doutor Aragão", como era conhecido José Lins de Aragão, tinha uma clínica em pleno centro da cidade, localizada na zona da mata de Pernambuco.

O acusado está detido na delegacia de Nazaré da Mata e ainda vai ser ouvido antes de ser encaminhado para o presídio.

Mais informações em instantes

No Dia Nacional do Cirurgião-Dentista e da Saúde Bucal, o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Newton Miranda de Carvalho, relata um dado alarmante no Brasil: 27 milhões de brasileiros que nunca foram a um dentista, por falta de informação ou por falta de acesso. “As 22 mil equipes de saúde bucal que existem no Brasil são um grande avanço, mas insuficientes para colocar o problema da saúde bucal em patamares aceitáveis”, diz Carvalho.

O presidente ainda afirma que gostaria de voltar ao sistema antigo em que, em vez de o profissional estar apenas no consultório, ele atuava nas escolas primárias. ”Nós reduzimos muito o número de cáries com esse sistema”, informa. “O problema básico é que a educação para a saúde ainda é deficiente. A ação governamental ainda é insuficiente” acrescenta.

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De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 22.139 equipes de saúde bucal em atuação. O Brasil concentra o maior número de dentistas do mundo, mas “a má distribuição geográfica é o problema”, diz o presidente da ABO. Newton de Carvalho explica que em um simples exame o dentista pode detectar o início de problemas que vão de uma simples cárie até algo mais sério, como o câncer de boca.

"O câncer bucal esta aumentando de forma absurda. Em 2012, estimamos que cerca de 7 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença. Para 2013, estimamos 14 mil. Isso é um índice muito alto, está dobrando em pouco espaço de tempo. É o fumo, o álcool, o sol sem proteção, a radiação ataca o lábio", alerta Carvalho.

Além disso, o presidente da ABO explica que a literatura científica médica e odontológica é rica em exemplos de relações comprovadas entre a boca e doenças cardíacas e pulmonares, diabetes, hipertensão e até o nascimento de bebês prematuros.

Newton de Carvalho recomenda a ida ao dentista de seis em seis meses. “Que escovem os dentes de três a quatro vezes por dia e não deixem de ir ao dentista. Não é só quando o dente dói que devemos ir ao dentista. Muitas vezes quando o dente dói, o problema já está avançado”. Para ele, o Dia Nacional do Cirurgião-Dentista “não é só de comemorações, é para lembrar que existem doenças bucais”.

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Os cirurgiões dentistas paralisam os atendimentos dos planos de saúde nesta quinta-feira (25) em protesto aos baixos honorários pagos - atualmente o repasse é de R$ 10 para as consultas. A mobilização é feita hoje por causa do Dia Nacional do Cirurgião Dentista. A ação teve início às 8h na sede do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Pernambuco, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.

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Cerca de 50 odontologistas seguirão para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na Ilha do Leite, área central do Recife.  De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Ailton Coelho de Ataídes (foto), o movimento é para chamar atenção dos planos de saúde. “Nós estamos aqui para mobilizar pela única coisa que queremos, que é um pagamento justo. Todo profissional quer dignidade e precisamos ser pagos dignamente para exercer o nosso papel”, afirma.

O baixo rendimento salarial acaba comprometendo na hora de atender os pacientes. “Acaba prejudicando quem nós atendemos, pois sabemos que estamos ali só por que precisamos, mas não estamos sendo pagos com justiça”, conta Rogério Zimmermann, cirurgião dentista.

O valor do Coeficiente Brasileiro Hierarquizado de Procedimentos Odontológicos é abaixo do esperado pela categoria. “Vamos até a ANS para reivindicar nossos direitos e ver se eles tomam alguma providência, além de ver se equiparamos o valor da consulta com a CBHPO”, relata Zimmermann. 

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