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Três novos desembargadores da 1ª Câmara Regional do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) tomarão posse nesta terça-feira (28), às 17h, no gabinete do presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves, no Palácio da Justiça. Os magistrados Márcio Fernando de Aguiar Silva e Humberto Costa Vasconcelos Júnior foram eleitos em sessão do Pleno do Tribunal. Já Waldemir Tavares de Albuquerque Filho foi indicado em lista tríplice de representantes do Ministério Público para a vaga ser preenchida pelo Quinto Constitucional, e indicado pelo governador Paulo Câmara (PSB). 

Nessa segunda-feira (27), os desembargadores elegeram Márcio Aguiar por ser o mais antigo entre os sete juízes que se candidataram para a vaga destinada ao critério de antiguidade na magistratura estadual. Em seguida, cada integrante do Pleno votou em três magistrados para a formação de lista tríplice, na qual o mais votado é eleito. Humberto Vasconcelos obteve 40 votos, Demócrito Ramos Reinaldo Filho alcançou 39 e Honório Gomes do Rêgo Barros, 28. Por integrar a lista pela terceira vez consecutiva, Humberto Vasconcelos foi automaticamente eleito.

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Perfis – Prestes a completar 30 anos na magistratura, em junho deste ano, Márcio Aguiar iniciou a carreira no TJPE como juiz substituto da Comarca de Rio Formoso. Atuou também em Camaragibe, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, além de Fernando de Noronha. Desde 1997, era juiz titular da 4ª Vara de Sucessões e Registros Públicos da Capital. 

Humberto Vasconcelos ingressou na magistratura estadual em 1990. Iniciou a carreira na comarca de Tacaratu e foi ainda juiz de Feira Nova, Carpina, Paudalho, Nazaré da Mata, Lagoa do Carro e Lagoa de Itaenga antes de ser promovido para a Capital. Atualmente é Juiz Titular da Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição Judiciária do Recife. É Professor da Escola Superior da Magistratura e membro titular da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja). Os novos desembargadores atuarão na 2ª Turma da 1ª Câmara Regional, sediada em Caruaru, no Agreste pernambucano.

 

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco (Sindjud-PE) se manifestou contra a aprovação dos auxílios-moradia e livro que os desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) querem que sejam implantados ao subsídio recebido mensalmente por eles. O Sindicato afirma, em nota, "reconhecer o valor e relevância da carreira da magistratura", no entanto, a criação dos auxílios é uma "medida corporativista, antiética, de legalidade questionável e inoportuna". 

Ainda segundo o Sindjud-PE, o acréscimo compromete a gestão financeira e orçamentária do Poder Judiciário, prejudicando os serviços prestados à população. O Partido Popular Socialista (PPS) também reprovou os auxílios e solicitou que os magistrados retirassem as propostas da pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

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Leia o texto na íntegra:

Diante do projeto de resolução que visa à instituição do auxílio-moradia para magistrados, no valor de 10% do subsídio, bem como do projeto de lei que cria o auxílio-livro, publicados nos Diários de Justiça Eletrônico (DJE) dos últimos dias 06 e 08, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco (Sindjud-PE) expressa reprovação em relação à pretensão dos propositores - 34 desembargadores do TJPE. A decisão tem por objetivo criar artifícios indiretos para ampliar a renda mensal, em detrimento do teto remuneratório constitucional.

Reconhecemos o valor e a relevância da carreira da magistratura, assim como a importância de uma remuneração condigna. A Constituição Federal prevê o pagamento de subsídio, por parcela única, vedada o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, estabelecendo um teto que atenda as necessidades fundamentais. A pretensão de se criar auxílio-moradia e o auxílio-livros é uma medida corporativista, antiética, de legalidade questionável e inoportuna.

Esta política compromete a gestão financeira e orçamentária do Poder Judiciário, assim como os pleitos dos Servidores da Justiça, além de prejudicar a qualidade do serviço prestado à população. Temos mais de dois milhões de processos acumulados e tampouco conseguimos resolver os cerca de 550 mil processos que entram a cada ano. 

Diante desse quadro e num momento em que a sociedade clama por mais qualidade no serviço público e mais ética no âmbito dos Poderes, faz-se necessária uma postura bem diferente dos nobres magistrados, uma postura pautada na ética, na legalidade e na Justiça.

Recife, 14 de janeiro de 2014

Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco (Sindjud-PE)

O PPS se posicionou, nesta terça-feira (14), contra os auxílios-livro e moradia que estão em análise para a implantação no acréscimo do salário dos magistrados do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O partido chama os auxílios de "artifício para encobrir um aumento real no salário dos magistrados" e cobra a "imediata" suspensão da proposta, que já foi encaminhada para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Os 422 juízes e 46 desembargadores pernambucanos estão com a proposição de incorporar uma verba indenizatória para custear o aluguel de imóveis, no valor de 10% do subsídio. Além disso, outro projeto também propõe um auxílio anual  de R$ 2 mil para efetuar a compra de livros, revistas, computadores.

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Veja no texto na íntegra:

PARTIDO POPULAR SOCIALISTA (PPS)

NOTA OFICIAL

O Partido Popular Socialista discorda da iniciativa do Tribunal de Justiça de Pernambuco de instituir nos salários de seus desembargadores, o auxílio-livro e o auxílio-moradia.

Estes “auxílios”, na verdade, não passam de artifício para encobrir um aumento real no salário dos magistrados do TJPE, privilégio este que os outros servidores do Estado de Pernambuco não tiveram direito.

Dessa forma, o PPS de Pernambuco cobra a imediata suspensão desta proposta por parte do Tribunal de Justiça, em nome da moralidade no serviço público e do respeito para com todos os outros servidores do Estado, com os demais cidadãos pernambucanos e a própria história do Tribunal, que importa a todos resguardar.

Acreditamos que ao ouvir a ponderação de várias entidades da sociedade civil e da imprensa pernambucana, os próprios desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco concordarão que esta proposta é absolutamente extemporânea e vão retirá-la da pauta da Assembleia Legislativa do Estado.

A 4ª Câmara de Direito Público de Competência Fazendária será inaugurada, no dia 2 de janeiro, pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A solenidade está programada para ocorrer às 10h, no Palácio da Justiça, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

De acordo com o TJPE, os editais de preenchimento das três vagas de integrantes do órgão colegiado serão publicados no Diário da Justiça Eletrônico no dia seguinte. As inscrições para os desembargadores que queiram atuar na câmara estão disponível a partir do dia 6 de janeiro.

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O Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) se reunirá, nesta quarta-feira (18), em sessão extraordinária para eleger três novos desembargadores para a Corte do Judiciário Estadual. A sessão acontece 16h30, na Sala Desembargador Antônio de Brito Alves, no Palácio da Justiça de Pernambuco, Bairro de Santo Antônio, centro do Recife.

Os juízes eleitos vão assumir os cargos de desembargadores tendo como base os critérios de antiguidade e merecimento no exercício da magistratura pernambucana.

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Na mesma reunião, serão formados quadros de substituição de juízes de direito da 3ª Entrância para substituição de desembargadores do Tribunal na área cível, criminal e de direito público, quando estes se afastarem de suas atividades por período superior a 30 dias.

Com informações da assessoria

O Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai se reunir em sessão extraordinária com a finalidade de eleger três novos desembargadores para a Corte do Judiciário estadual. A sessão acontece na próxima quarta-feira (18), às 16h30, na Sala Desembargador Antônio de Brito Alves, no Palácio da Justiça de Pernambuco. Os juízes a serem eleitos pelo Tribunal Pleno vão assumir os cargos de desembargadores tendo como base os critérios de antiguidade e merecimento no exercício da magistratura pernambucana.

Na mesma reunião, o Pleno do TJPE irá formar quadros de substituição de juízes de direito da 3ª Entrância para substituição de desembargadores do Tribunal na área cível, criminal e de direito público, quando estes se afastarem da atividade judicante por período superior a 30 dias.

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Com informações da assessoria.

Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) elegem, na próxima segunda-feira (11), a nova mesa diretora para o biênio 2013/2014. A sessão ordinária do Tribunal Pleno acontece às 9h30, na Sala Desembargador Antônio de Brito Alves, no 1º andar do Palácio da Justiça. Os magistrados eleitos assumem a Presidência, as 1ª e 2ª Vice-Presidências e a Corregedoria Geral da Justiça do TJPE. 

Durante a sessão do Pleno, vai ocorrer a eleição de quatro membros, e respectivos suplentes, para compor o Conselho da Magistratura, dentre os desembargadores que não integram a Corte Especial do órgão.  Também serão indicados, na reunião, os membros da Comissão de Organização Judiciária e Regimento Interno e da Comissão de Jurisprudência e Publicações do próximo biênio.  

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TRE-PE - O Pleno do TJPE ainda vai indicar os nomes que vão constituir a lista tríplice para o cargo de desembargador eleitoral substituto, da classe de advogados, do Tribunal Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes, tenciona zerar em dezembro de 2013 todos os processos sobre improbidade administrativa que foram distribuídos entre seus pares até o fim de 2011.

Ele disse estar confiante em atingir a meta e convocou todos os magistrados das Comarcas Criminais e de Direito Público para assumirem a responsabilidade de atualizar as ações no sistema informatizado do judiciário estadual.

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Segundo Jovaldo Nunes a ideia é que, até o fim de 2012, se tenha um levantamento de todas as peças relacionadas ao tema.

De acordo com alguns números divulgados pelo TJPE, tramitando no 1º grau, existem aproximadamente 1.300 processos de improbidade administrativa. Já em 2ª instância o número chega a cem.

Todos os desembargadores mostraram-se dispostos a colaborar com o cumprimento da meta. O presidente do Tribunal afirmou que também levará aos juízes do 1º Grau o convite e, se for preciso, irá pessoalmente, de gabinete em gabinete, pedir o reforço no julgamento dessas ações.

Ao participarem do VI Encontro Nacional do Poder Judiciário na cidade de Aracaju, no estado de Sergipe, durane o início do mês, os presidentes dos Tribunais de Justiça Estaduais e Federais assumiram o compromisso de zerar o número de processos de improbidade administrativa. 

É considerados crimes de improbidade administrativa o enriquecimento ilícito praticados por um agente público no exercício de alguns cargo público.

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) celebrada nesta quinta-feira (25) os 30 anos de nomeação dos 12 desembargadores da Casa, completados no dia 23 de outubro. Para comemorar a data, haverá uma missa em ação de graças na Igreja Ordem Terceira de São Francisco, na Rua do Imperador Dom Pedro II, às 9h. 

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O presidente do TJPE, desembargador Jovaldo Nunes Gomes está entre os integrantes da Casa há 30 anos. Também fazem parte da Casa há três décadas: Fernando Cerqueira Noberto dos Santos, José Carlos Patriota Malta, Luiz Carlos de Barros Figueiredo, Alfredo Sérgio Magalhães Jambo, Josué Antônio Fonseca de Sena e Alberto Nogueira Virgínio, Roberto Ferreira Lins. 

Ainda integram a equipe: Bartolomeu Bueno de Freitas Morais, Nivaldo Mulatinho de Medeiros Correia Filho, Eduardo Augusto Paurá Peres e Antonio Fernando Araújo Martins. Também estão entre os nomeados os juízes Solon Otávio de França, Evaní Estevão de Barros, Romão Ulisses Sampaio e Paulo Romero de Sá Araújo.

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) empossa nesta segunda-feira (4) dois desembargadores de Justiça. Os juízes são Jorge Américo Pereira Lins e Roberto da Silva Maia. A cerimônia será dirigida pelo presidente do Tribunal de Justiça, Jovaldo Nunes, no Palácio da Justiça, durante uma sessão do Pleno, às 17h.

Os magistrados foram eleitos no dia 2 de maio e ocuparão duas das três vagas de desembargador criadas pela Lei complementar nº 202. A Lei publicada no Diário Oficial de abril deste ano aumentou de 39 para 42 o número de desembargadores do TJPE. Já a escolha do terceiro magistrado será feita pelo governador Eduardo Campos (PSB), a partir de uma lista tríplice votada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que será votada na próxima quarta-feira (6).

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Integram a lista de votação, Daisy Maria de Andrade Costa Pereira, Erik de Sousa Dantas Simões, Maria helena Nunes Lyra, Norma Mendonça Galvão Carvalho, Paulo Bartolomeu Rodrigues Varejão e Zulene Santana Lima Noberto.

Magistrados que não receberam valores extraordinários do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) querem isolar a "turma do milhão" - um grupo de desembargadores privilegiados que foram contemplados com pagamentos antecipados a título de verbas indenizatórias acumuladas. A inquietação na corte atingiu temperatura máxima. Multiplicam-se os focos de insatisfação.

A toga discute publicamente os rumos da crise que abala o maior TJ do País. A preocupação maior dessa ala é que seus nomes fiquem sob suspeita por causa da lista negra - 29 desembargadores e juízes estão sob investigação, entre eles dois ex-presidentes do TJ que ganharam acima de R$ 1 milhão.

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Todos os magistrados têm direito a créditos relativos a férias e licença-prêmio não cumpridas. A maioria recebe em parcelas mensais de pequeno valor como espécie de compensação pelas perdas sofridas ao longo dos anos. Esse grupo exerce forte pressão sobre a cúpula do TJ para que apure rapidamente os caminhos dos privilégios concedidos a poucos.

Ontem, o desembargador Gastão Toledo de Campos Mello Filho, na sessão do Órgão Especial do TJ, pediu imediata suspensão do pagamento de recursos a que têm direito. Em ofício ao presidente do TJ, Ivan Sartori, ele informou ter chegado a seu conhecimento que, em determinado período, ocorreram pagamentos em desacordo com o princípio da isonomia. "Quero dizer que jamais requeri antecipação de qualquer verba de minha titularidade. Mais ainda, requeiro imediatamente suspensão das minhas verbas indenizatórias atrasadas até que se restabeleça a isonomia", assinalou Mello Filho.

O Órgão Especial reúne a cúpula da magistratura, com 25 desembargadores - os 12 mais antigos, 12 eleitos e o presidente do tribunal. Cabe a esse colegiado a apuração e aplicação de sanções àqueles que furaram a fila sem uma "justificativa plausível".

Apuração

O desembargador Roberto Nussinkis Mac Cracken soube que seu nome estaria na relação dos apaniguados. Foi informado, no dia 8, que teria recebido R$ 20,9 mil antecipadamente. Inconformado, fez uma investigação por conta própria e constatou ter sido vítima de erro. Em média, cada desembargador recebeu, em 2010, além do salário, R$ 178,6 mil por atrasados. Ele recebeu pouco mais da metade desse montante, já incluídos os dois repasses que somaram R$ 20,9 mil.

Disposto a tirar a limpo a história, entregou carta a Sartori, que a leu na abertura da sessão do Órgão Especial. Mac Cracken afirma preocupação com a transparência e a ética. "Embora ciente de que esses pagamentos não sejam objeto de qualquer procedimento de apuração, esta iniciativa se afigura imperiosa para resguardar minha idoneidade, integridade moral e isenção, haja vista que integro o Órgão Especial na classe dos eleitos e participarei inclusive do julgamento de procedimentos referentes a antecipações extraordinárias de créditos devidos a magistrados", escreveu. "Não houve qualquer pagamento extraordinário que violasse os princípios constitucionais da legalidade, moralidade e da impessoalidade, não restando, dessa forma, qualquer vestígio, por menor que seja, capaz de macular minha honra e imparcialidade." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois desembargadores de São Paulo receberam R$ 1 milhão cada por meio de pagamento antecipado, modelo de desembolso sob suspeita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Outros dois magistrados receberam pela mesma via, mas quantias inferiores - cerca de R$ 400 mil cada.

Os dados constam de apuração preliminar da presidência do Tribunal de Justiça (TJ-SP) e são relativos ao período de 2006 a 2010. O TJ não revelou os nomes dos beneficiários. "Em princípio, os pagamentos foram justificados", declarou o desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ.

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Os motivos alegados, em dois casos, são relacionados a doenças graves como câncer. Em outro episódio um desembargador perdeu o filho e entrou em depressão, necessitando de recursos para tratamento. "Vamos trabalhar sempre com total transparência, o quanto possível, mas sem precipitações", disse Sartori.

A verba era devida, ele assinala. "A título de auxílio moradia ou férias atrasadas não importa, o que estamos apurando são as razões para que houvessem os pagamentos antecipados."

No caso dos magistrados que receberam valores excepcionais a liberação não ocorreu de uma vez só. Os pagamentos foram realizados em 12 meses ou até dois anos.

Os benefícios foram concedidos nas gestões dos presidentes Celso Limongi, Roberto Valim Bellocchi e Vianna Santos. Na gestão José Roberto Bedran, que presidiu o TJ em 2011, não houve pagamentos.

O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que recebeu "cerca de R$ 500 mil", por meio de um único contracheque, não faz parte da lista até aqui levantada. Ele deixou o TJ em junho de 2003, quando empossado na Corte máxima. "Quando alguém sai de uma empresa após quase 40 anos de serviço recebe tudo a que tem direito, não é?", compara Sartori.

Decreto

O mapeamento sobre outros pagamentos concedidos desde 1996 - ano em que esse tipo de procedimento passou a ser adotado - levará tempo maior até ser concluído, prevê o TJ, porque esses dados constam de arquivos não digitalizados. Além disso, a busca poderá ser inútil porque o Decreto 20.910/32 prevê a decadência administrativa, que impede providências sobre atos produzidos cinco anos antes. "Não se pode fazer mais nada", afirma Sartori.

A investigação do TJ tem base na portaria 1/2012, de Sartori. O rastreamento que o CNJ havia iniciado foi interrompido pelo STF por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, em 19 de dezembro. Em caráter liminar, Marco Aurélio acolheu mandado de segurança da Associação dos Magistrados Brasileiros, reduto da resistência à ministra Eliana Calmon, corregedora nacional da Justiça.

Sartori ampara seu procedimento em extratos de rendimentos dos exercícios de 2006 a 2010 cedidos pela Diretoria da Folha de Pagamento da Magistratura (DFM) do TJ. Os documentos noticiam "a satisfação antecipada de créditos em atraso a alguns desembargadores ativos e inativos da corte, a título de indenização".

O presidente do TJ disse que sua meta é apurar se os pagamentos dessas indenizações observaram os princípios da isonomia e da impessoalidade, conforme o artigo 37 da Constituição. Ele anotou que é preciso verificar as circunstâncias em que se deram esses pagamentos, "ainda que feitos parceladamente".

Sartori não revelou os nomes dos magistrados que receberam R$ 1 milhão. Nem dos que ganharam cerca de R$ 400 mil. Duas são as razões invocadas pelo presidente para não dar publicidade à identidade de seus colegas - a liminar do STF, "que objetiva preservar a intimidade dos beneficiários dos pagamentos, no intuito de se evitar julgamentos precipitados e ilações indevidas", e a apuração ainda não é definitiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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