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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite desta terça-feira (5) no discurso anual do Estado da União que irá realizar uma reunião de cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un nos dias 27 e 28 de fevereiro no Vietnã.

"Nós continuamos o nosso empenho histórico pela paz na península coreana", destacou Trump, ao apontar que seu relacionamento especial com Kim Jong Un viabilizou o encerramento de testes nucleares pelo governo de Pyongyang por 15 meses. "Se eu não tivesse sido eleito presidente dos Estados Unidos, nos poderíamos agora mesmo, na minha opinião, estar em uma grande guerra com a Coreia do Norte com potencialmente milhões de pessoas mortas."

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Donald Trump destacou que há duas semanas os EUA reconheceram oficialmente o "governo legítimo da Venezuela, com seu novo presidente interino Juan Guaidó." O presidente americano destacou que o povo americano apoia o povo daquele país e inclusive sua demanda nobre por liberdade e "condenamos a brutalidade do regime de (Nicolás) Maduro, cujas políticas socialistas transformaram um dos países mais ricos da América do Sul em um Estado de abjeta pobreza e desespero."

Trump também destacou que os EUA firmaram um acordo com a Rússia para limitar e reduzir o alcance de mísseis. "Enquanto nos seguimos o acordo ao pé da letra, a Rússia violou seus termos repetidamente. Este é o motivo porque eu anunciei que os Estados Unidos estão oficialmente se retirando do acordo de alcance intermediário de forças nucleares", destacou.

Infraestrutura

O presidente disse que está "ansioso" para trabalhar com parlamentares da Câmara dos Representantes e do Senado para a aprovação de uma lei para projetos de infraestrutura.

"Eu sei que o Congresso está ansioso para passar uma lei de infraestrutura e estou ansioso para trabalhar com vocês, legisladores, para entregar novo e importante investimento em infraestrutura", disse o presidente, ressaltando a inclusão de recursos para manter a excelência da indústria americana. "Esta não é uma opção, é uma necessidade."

Imigrantes

No discurso, o presidente dos Estados Unidos afirmou que imigrantes que entram nos EUA de forma legal enriquecem o país e fortalecem a sociedade. Ele ressaltou que a imigração ilegal no país é cruel. "Dezenas de milhares de americanos inocentes são mortos por drogas letais que cruzam nossas fronteiras e inundam nossas cidades", destacou.

Muro

Trump apontou que deseja que pessoas ingressem nos EUA, mas que elas precisam ter status legal de imigração. O presidente destacou que enviou ao Congresso uma proposta para encerrar a crise na fronteira sul do país, o que inclui ajuda humanitária, mais servidores para trabalhar na patrulha de fronteiras e para detectar o ingresso de drogas nos portos. Neste contexto, destacou que é necessário a construção de um muro, ou barreira na divisa com o México.

O presidente dos EUA destacou que muros funcionam e salvam vidas e que o muro na fronteira com o México é necessário para trabalhar para que a América fique mais segura. "No passado, a maioria das pessoas neste sala votou pelo muro, mas o muro apropriado nunca foi construído. Eu vou construí-lo", garantiu.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, comemorou neste sábado (21) o avanço do ambicioso plano de reformas do seu governo, como a educativa, em um discurso anual ante o Congresso, em Valparaíso, onde um guarda municipal morreu em confronto entre policiais e manifestantes nas ruas da cidade.

"Já começa a ser concluída a 'estrutura' das nossas reformas", disse Bachelet antes de enumerar a implementação das reformas tributária, educativa e eleitoral, entre outras.

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"Se há algo que provocou um antes e um depois para cerca de 130 mil famílias é o início da gratuidade na educação superior", que representa 54,3% dos alunos que entraram na universidade neste ano, disse a presidente.

Nesse sentido, anunciou que enviará no mês que vem para o Congresso a lei que definirá de "forma permanente" as bases da gratuidade paulatina na educação.

Durante uma hora e meia de pronunciamento, Bachelet ressaltou também os planos de investimento do governo para superar a desaceleração da economia local e a implementação de leis e de novas políticas para acabar com a discriminação de gênero.

A mandatária reconheceu, no entanto, as dificuldades econômicas que enfrenta o país, com um crescimento em torno de 2%, e anunciou planos de investimento em infraestrutura para dinamizar a economia e o emprego, além da criação de um ministério de ciência e tecnologia no segundo semestre deste ano.

"O Chile precisa de mais ciência e conhecimento para fortalecer a economia, a democracia e a cultura da descoberta", disse.

Na agenda social, Bachelet destacou as políticas que promovem a equidade de gênero, como o objetivo de que 40% das diretoras de órgãos públicos sejam mulheres, e anunciou que apoiará as leis que aumentem as penas para os casos de violência doméstica.

Do lado de fora do Congresso, as ruas de Valparaíso se transformaram em campo de batalha entre manifestantes e policiais, que tentaram dispersar a multidão com canhões de água e gases lacrimogêneos.

Em meios aos confrontos, um incêndio "intencional", segundo a procuradoria-geral da república, provocado por manifestantes com artefatos incendiários, resultou na morte de um guarda municipal.

"A presidenta Bachelet expressa seu mais profundo pesar pela morte de Eduardo Lara e condena a violência dos que não respeitam a democracia. Com sua atuação, acabaram com a vida de um trabalhador da nossa pátria", afirmou uma mensagem na conta de Twitter da mandatária.

"Não há nada que justifique (...) o falecimento de um trabalhador inocente frente a estes delinquentes que se escondem em manifestações cidadãs", afirmou o ministro secretário-geral do Governo, Marcelo Díaz.

Como acontece a cada ano, após o discurso de prestação de contas anual da presidência chilena no Congresso, várias organizações sociais e estudantis tomaram as ruas da cidade com centenas de manifestantes para reivindicar mudanças ao governo.

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