Tópicos | Doutor Honoris Causa

O cantor e compositor Gilberto Gil foi homenageado, nessa terça-feira (31), pela Universidade Nova de Lisboa com o título de Doutor Honoris Causa. Segundo a instituição, a honraria concedida ao baiano é “Uma homenagem aos valores fundamentais da arte e da cidadania”.

“Pela Arte, Gilberto Gil representa para nós os valores da energia criadora, da alegria sã, da harmonia cósmica e da compreensão profunda da humanidade. Pela Cidadania, representa os valores da liberdade, da diversidade, da igualdade e da democracia. Valores essenciais na sociedade de hoje, com todos os desafios que ela enfrenta”, disse o Reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua.

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“Recebo essa honraria como um gesto de amor, encharcado de afeto e carinho desse Portugal, aqui representado pela Universidade Nova, em sua missão, dentre outras,  de estreitar os laços espirituais entre nossos povos irmãos e nossas culturas contíguas. Obrigado a todos por tudo isso que me dão, de tão singelo a mim cantor do simples, do sutil, quiçá do belo, por vezes acossado e assustando pelos horrores de um mundo traiçoeiro”, discursou Gil.

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O Conselho Universitário da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) aprovou, nessa quarta-feira (16), a concessão de título de Doutor Honoris Causa a Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown, membro do grupo de rap Racionais MC’s.

De acordo com a reitora da UFSB, Joana Angélica Guimarães, a proposta do título a Mano Brown decorre da importância do artista “na arte, na cultura e especialmente na interlocução com jovens negros e negras de periferia que veem na música de Mano Brown uma forma de expressão que lhes dá voz, quando a sociedade lhes nega”.

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Para Richard Santos, pró-reitor de Extensão e Cultura da UFSB, a titulação do artista chama a atenção para a importância do hip hop nas periferias das cidades brasileiras. “É algo que aponta para a importância do que o hip hop nos tem deixado de legado ao longo dos anos, a identidade das periferias e a possibilidade do sonho diante de tanta miséria e sufocamento”.

Na última sexta-feira (23), durante cerimônia presencial, o babalorixá pai Ivo de Xambá recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Esta é a primeira vez que um representante de religião de matriz africana recebe a honraria no Estado.

Pai Ivo recebeu o título das mãos do reitor da instituição, Alfredo Gomes, duarante a cerimônia realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Recife, localizada na área central do Recife.

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“Escolhemos o Salão Nobre da FDR porque era preciso que um prédio símbolo da Universidade acolhesse um título que representa mudança, afirmação, diversidade étnica, racial, política e de pluralidade de ideias. Que essa mensagem da necessidade permanente de um país de instituições democráticas, diversas e plurais fique bem gravada na memória das gerações atuais e futuras”, explicou o reitor da UFPE, através da assessoria.

A indicação do babalorixá à honraria foi uma ininciativa da professora Auxiliadora Martins, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino do Centro de Educação (CE) da UFPE. O título de Doutor Honoris Causa é concedido0 a personalidades eminentes com contribuição para o progresso da universidade, da região ou do país ou atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura.

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A Universidade de Pernambuco (UPE) anunciou, nesta segunda-feira (31), que homenageará um dos grandes nomes da educação brasileira. A instituições de ensino concederá título, in memoriam, de Doutor Honoris Causa, a Paulo Freire.

A decisão pela homenagem é oriunda de uma reunião do Conselho Universitário da UPE, no dia 28 deste mês. A entrega do título a familiares do patrono da educação brasileira é uma ação das comemorações aos 30 anos da Universidade de Pernambuco. “O ano de 2021 é também o do centenário de nascimento do criador da ‘Pedagogia do Oprimido’ e brasileiro mais citado em produções científicas internacionais na área das Ciências Humanas”, acrescentou a instituição.

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Várias atividades estão previstas, até 19 de setembro, data de nascimento de Paulo Freire, tais como cursos, oficinas e eventos. Para celebrar o título ao educador, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão compartilhou uma mensagem à comunidade acadêmica: “Paulo Freire fez da leitura do mundo a lousa e dos tijolos o giz com que mulheres e homens passaram a escrever suas próprias histórias. Criou uma nova pedagogia, baseada na consciência crítica e na autonomia, uma epistemologia viva, humana e afetiva. É um patrimônio do Brasil, da América Latina e do mundo. Reconhecido no Brasil, foi anistiado apenas em 2009 e declarado patrono da educação brasileira em 2012. A Pró-reitoria de Cultura e Extensão (PROEC) da UPE parabeniza a UPE pela iniciativa”. Detalhes sobre a cerimônia de concessão da honraria serão divulgados em breve.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concederá, na próxima sexta-feira (28), o título de Doutor Honoris Causa a Adeildo Paraíso da Silva, o babalorixá pai Ivo de Xambá. A honraria é dada a personalidades que contribuem para o progresso da instituição de ensino no Brasil, ou que se destacaram pela atuação em prol das ciências, das letras, das artes e da cultura.

O título, que terá sessão solene em evento híbrido às 15h, com transmissão por meio do YouTube, foi aprovado pelo Conselho Universitário da UFPE. “A concessão do título foi uma iniciativa da professora Auxiliadora Martins da Silva, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE) do Centro de Educação (CE), encaminhada pelo Conselho Departamental do CE. Como justificativa para o título, o documento de proposição destacou que Adeildo Paraíso da Silva – que há 25 anos sucedeu sua mãe (mãe Biu) como guardião da história e da cultura africana e afro-brasileira – ‘tem se destacado como grande líder do Quilombo do Portão de Gelo, situado no bairro de São Benedito em Olinda-PE’, sendo também guardião e grande difusor da religião, práticas, costumes, cultura e memória de matriz africana no Brasil, que é a Nação Xambá, remanescente do Senegal, país do continente africano”, detalhou a Universidade.

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Em 1951, a Nação Xambá se instalou no bairro de São Benedito, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. No espaço conhecido como o “Portão de Gelo”, a nação de origem africana teve como precursor, no Brasil, Artur Rosendo Pereira. O babalorixá veio para Pernambuco após fugir, em 1912, de Alagoas, devido a um movimento, a “Quebra de Xangô".

“No espaço do quilombo e do terreiro, são cotidianamente recebidos estudantes e professores da UFPE como campo de ensino, pesquisa (com vasta produção de dissertações e teses) e extensão, bem como estudantes e professores de escolas públicas e privadas de Pernambuco/Nordeste/Brasil, que passam ali por processos educativos”, frisa a UFPE.

O Ministério da Cultura, em 2008, concedeu à Nação Xambá o título de primeiro Quilombo Urbano do Brasil. “A relevância do reconhecimento a Ivo de Xambá reside na manutenção das tradições culturais de matriz africana a partir de rituais do candomblé e da vivência do calendário de festas que une toda a comunidade e convidados, a exemplo o Dia da Consciência Negra, o Coco de Xambá, o Dia do Quilombo Urbano de Xambá, dentre outras comemorações; na preservação do idioma Iorubá como referência primeira da ancestralidade africana, repassando-o, através de aulas para pessoas da comunidade e para aqueles que querem aprender; e, entre outras motivos, na criação do Memorial Severina Paraíso da Silva, primeiro Museu Afro de Pernambuco, que contém diversos artefatos religiosos do candomblé e pertences da yalorixá Severina Paraíso da Silva, que, por mais de 50 anos, apesar dos preconceitos e das repressões, manteve o quilombo e sua herança cultural”, finalizou a UFPE.

Com informações da UFPE

A UFRJ reconheceu, nesta quinta-feira (25), Carolina Maria de Jesus como doutora Honoris Causa, com a concessão do título pelo Conselho Universitário (Consuni). A aprovação da outorga da distinção foi unânime, e por aclamação. Conforme o parecer que fundamentou a concessão do título, nos últimos seis anos, sua obra foi tema de 58 teses e dissertações, segundo o portal de publicações acadêmicas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Carolina nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento, cidade próxima de Araxá e da região do Triângulo Mineiro. Aos 7 anos ingressou no Colégio Allan Kardec, de orientação espírita, onde ficou até o 2º ano do ensino fundamental. A jornada de escritora começou após os 30 anos, quando se mudou de Minas Gerais para São Paulo, após a morte da mãe. Em 1937, aos 33 anos e grávida, passou a viver na favela do Canindé, zona norte da capital paulista, e a se sustentar como catadora de papel. Aproveitava os cadernos usados que recolhia para registrar o cotidiano em que vivia. Assim, deixou uma obra literária que a colocou como peça fundamental na luta antirracista.

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Com o apoio do jornalista Audálio Dantas, em 1958, Carolina publicou o primeiro e mais famoso livro, ‘Quarto de Despejo’, a partir de anotações em vinte cadernos. O sucesso da publicação lhe permitiu mudar para o bairro de classe média de Santana. Três anos depois, publicou o romance ‘Pedaços de Fome’ e o livro ‘Provérbios’. Carolina nunca quis se casar e teve três filhos, todos frutos de relacionamentos diferentes. Morreu em fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória. Outras seis obras foram publicadas após sua morte, compiladas a partir dos cadernos e materiais deixados pela autora.

Do ponto de vista de Susana Castro, diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs/UFRJ) e responsável pela sugestão da honraria, a concessão tem vários aspectos importantes, entre eles o reconhecimento de Bitita no cenário intelectual, artístico e literário brasileiro. “É uma escritora cuja obra é de uma poesia ímpar, que por si só a faz ocupar lugar de destaque entre as escritoras nacionais. O tempo todo é perceptível nas obras o lirismo… Uma preocupação da autora em resguardar aspectos do ambiente em que vivia que, sob olhares, seriam considerados só inumanos devido à miséria e às condições sanitárias. Isso mostra uma grande veia poética, um domínio da capacidade de descrição pela linguagem”, atentou a professora.

A honraria Honoris Causa, que significa “por causa de honra”, é concedida independentemente da instrução educacional a quem se destacou por suas virtudes, méritos ou atitudes. No Brasil, cada instituição de ensino superior define pelo regimento interno quem receberá o título, tendo sido a UFRJ uma das primeiras instituições a concedê-lo, em 1921.

 

Na manhã desta terça-feira, a cirandeira Lia de Itamaracá, 75 anos, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco, em cerimônia no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. A solenidade teve a presença do Reitor Anísio Brasileiro.

A concessão foi aprovada por unanimidade no último dia 9, em reunião do Conselho Universitário, na Reitoria da UFPE.

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*Com informações da assessoria

Lia de Itamaracá, mestra cirandeira considerada uma das mais importantes vozes da cultura popular pernambucana, acaba de ganhar um novo reconhecimento. A mestra foi escolhida, por unanimidade, pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para receber o título de Doutor Honoris Causa. A data de entrega será marcada em breve.

A proposta está baseada no artigo 96 do Estatuto da UFPE, que prega que o "título de Doutor Honoris Causa será concedido à personalidade eminente que tenha contribuído para o progresso da Universidade, da região ou do país ou que se distinguiu pela sua atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral". 

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A cirandeira falou, com exclusividade ao LeiaJá, sobre a emoção em receber o título. "Pra mim é muito importante, me sinto muito grata, isso aí é tudo em reconhecimento do meu trabalho e minha luta, com a música, com a cultura. Me sinto muito feliz".

Lia também revelou que acredita que o título possa ajudá-la a expandir o seu trabalho com a cultura ainda mais e, até mesmo, conseguir as melhorias pelas quais luta há tanto tempo para seu Centro Cultural Estrela de Lia, localizado na Ilha de Itamaracá. "Acho que vai me ajudar, é um caminho aberto para eu seguir".

Aos 75 anos, Lia continua trabalhando na promoção da tradição da Ciranda. A mestra é Patrimônio Vivo de Pernambuco e em 2004 recebeu da Presidência da República o grau de comendadora da Ordem do Mérito Cultural, ao lado de artistas como Caetano Veloso e Maurício de Sousa. 

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O Instituto Brasiliense de Direito Público concedeu, nesta quarta-feira (10), o título de doutor honoris causa ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Na solenidade, realizada no Auditório do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, o atual governador do Estado, Paulo Câmara, recebeu a placa de homenagem, representando a família de Campos, que não esteve presente.

Câmara leu um texto escrito por Renata especialmente para a solenidade. “Em sua brilhante trajetória, Eduardo deixou marcas profundas na gestão pública e na memória do nosso povo. Essas marcas devem ser lembradas para construir um futuro melhor para o povo. Edardo trouxe à gestão pública o dever de ser eficiente e de que os serviços que se prestam a população tenham qualidade e atendam principalmente aos mais pobres, justamente os que mais precisam do Estado”, disse.

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“Eduardo foi um dos brasileiros que mais honraram o país, dedicando-lhe cada dia de forma intensa. Foi um ser humano hiperlativo, por isso alcance grandes números ainda cedo”, ressaltou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em referência ao grande número de votos recebidos por Campos quando foi candidato a deputado estadual e a governador, bem como à avaliação quando deixou o Governo de Pernambuco.

Na ocasião, foi transmitido um vídeo destacando a trajetória política do socialista, encerrando com a frase “Não vamos desistir do Brasil”, dita por Eduardo em entrevista ao Jornal Nacional, na noite anterior ao acidente aéreo que o vitimou em agosto do ano passado.

“Ele tinha compromisso com o nosso país e nunca se negou a estudar os problemas nacionais, para termos um país que não dependa de programas assistencialistas”, disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que fez críticas à gestão econômica da presidente Dilma Rousseff. “Eduardo tinha essa noção, no sentido prático, de desenvolvimento, com destaque para a educação de qualidade e o domínio da tecnologia. Ele viveu intensamente como se sabendo que viveria pouco. A atuação política era paixão”, salientou.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) lembrou-se das conversas  urante o período eleitoral de 2014, em que falavam da necessidade de rever a política de governança do país. “Lembro que nós conversamos muito que a gestão pública não tinha que ser ineficiente só porque é pública, por isso que sempre empreendemos práticas inovadoras de gestão”, disse. “Eduardo tinha características muito próprias. Vi pouquíssimos políticos liderarem como Eduardo, porque não se dava por imposição, era algo absolutamente natural, com capacidade de enxergar adiante”, sustentou.

Também marcaram presença na cerimônia o governador Rodrigo Rollemberg (DF), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), os deputados pernambucanos Luciana Santos, Tadeu Alencar e Fernando Bezerra Filho, entre outras autoridades.

A cerimônia integrou a programação do 5º Seminário Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública.

O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) vai homenagear o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto de 2014, com o título de Doutor Honoris Causa. A honraria será entregue na próxima quarta-feira (10), durante o 5° Seminário Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública, em Brasília. 

O título deverá ser entregue a viúva do líder socialista, Renata Campos. A sugestão para que o IDP prestasse uma homenagem a Eduardo Campos partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que integra o Instituto. 

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Em vida, o ex-governador recebeu o título de Doutor Honoris Causa em abril de 2012, concedido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em reconhecimento ao seu trabalho como Ministro da Ciência e Tecnologia (MCT) durante o governo do ex-presidente Lula (PT) nos anos de 2004 e 2005.

Seminário – O encontro vai debater as Tendências da Administração Pública abordando temas como o pacto federativo, o combate à corrupção pública, a segurança pública e a utilização de métodos e estratégias empresariais na gestão pública. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos, integram a lista dos que palestram no evento. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará nesta quinta-feira (16) na capital argentina para uma agenda agitada de 24 horas. Lula se encontrará com a presidente Cristina Kirchner para inaugurar a Universidade Metropolitana para a Educação e Trabalho (UMET), entidade acadêmica criada pelo sindicato de porteiros e zeladores da Argentina. Além de discursar nessa inauguração, Lula será homenageado nesta sexta-feira, 17, no Senado, em Buenos Aires.

Nessa cerimônia, o ex-presidente receberá de uma vez só sete títulos de doutor honoris causa, que serão entregues pelas Universidades de Córdoba, Lanús, Três de Febrero, San Martín, Cuyo, La Plata e a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso). Os sete títulos haviam sido concedidos entre 2003 e 2011. No entanto, nunca antes havia surgido uma ocasião para realizar a entrega de forma pessoal.

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Segundo a reitoria da Universidade Nacional de Córdoba, a mais antiga do país, o motivo da entrega do título a Lula é sua "vigorosa defesa da democracia e da integração sul-americana, especialmente do Mercosul". A Universidade de La Plata argumenta que o título será concedido pela "vocação de defesa da educação pública" protagonizada por Lula em seus dois governos. Além disso, La Plata destaca o "sacrifício e entrega" do ex-presidente.

Sindicalistas e políticos kirchneristas esperam sua vez de fazer uma foto com Lula durante sua visita e prometem lotar as cerimônias na UMET e no Senado.

Lula chegará em Buenos Aires proveniente de Mendoza, onde participou nesta quarta-feira à noite de uma conferência para 500 empresários, organizada pela espanhola Telefônica, que controla a maior parte da telefonia na Argentina.

Além de ser o Rei do Baião e um dos maiores artistas brasileiros, o cantor e compositor Luiz Gonzaga também será Doutor Honoris Causa (in memoriam), maior honraria das instituições de ensino superior. O título será concedido na tarde desta quinta-feira (22), pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

O evento será realizado no horário das 15h, no Salão Nobre da instituição, localidade nas dependências da UFRPE do Bairro de Dois Irmãos, no Recife. De acordo com informações da instituição de ensino, a homenagem se deve às comemorações do centenário de Gonzagão, bem como aos 100 dos primeiros cursos da UFRPE. 

O professor e pesquisador Severino Mendes Júnior é o idealizador da concessão do título. Segundo a UFRPE, a proposta foi formalizada a aprovada por meio de resolução, pelo Conselho Universitário. Ainda de acordo com a UFRPE, a reitora da universidade e presidente do Conselho, Maria José de Sena usa como argumento que é cantor e compositor é um “autêntico representante da cultura nordestina, cujas canções envolvem ecologia e meio ambiente, enaltecendo a fauna da caatinga e referenciando a conservação da natureza”.

Personalidades que tenham se distinguido pela sabedoria ou pela atuação frente a artes, ciências, filosofia, letras ou das relações com a sociedade fazem parte do público que merece o Título de Doutor Honoris Causa. Ariano Suassuna e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são algumas das personalidades que foram homenageadas.



Em Salvador, onde recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as denúncias de corrupção que vêm atingindo ministros e outros colaboradores do Governo Federal e chamou de "piada" as acusações provenientes da oposição.

Segundo o ex-presidente, a "corrupção só aparece quando é investigada" e a presidente Dilma Rousseff "está correta" na condução dos casos. "Ninguém pense que ficará impune se fizer alguma coisa errada", afirmou. "Se ela souber, ela vai passar a vassoura", brincou.

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Para Lula, porém, há casos em que caberia uma defesa mais enérgica por parte dos acusados. "Político tem de ter casco duro", disse, ao se referir à saída do ex-ministro do Turismo, Pedro Novais. "Se o político tremer a cada vez que alguém disser alguma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que estava certo, as pessoas vão sair (do governo) mesmo."

De acordo com ele, o tema corrupção não deve estar no centro da preocupação do governo. "Eu não me assusto, porque a corrupção passou a ser o único tema da direita do Brasil", acredita. "De repente, você vê o PFL falando em honestidade. Aí, você não sabe se é piada..."

SÃO PAULO

Lula disse que gostaria que seu partido "inovasse" na escolha do candidato à prefeitura de São Paulo. "Eu defendo a tese de que é importante que a gente comece a lançar pessoas novas nas eleições, para a gente poder construir novas alianças políticas em São Paulo", afirmou. "Para mim, se for a Marta Suplicy, se for o Jilmar Tatto, se for o (Carlos) Zarattini, eu vou estar na rua fazendo campanha, mas eu gostaria que o PT inovasse."

Segundo o ex-presidente, apesar de a senadora e pré-candidata Marta Suplicy aparecer com 30% nas pesquisas, a pouco mais de um ano das eleições, o montante não é suficiente para garantir a ela favoritismo na escolha do candidato do partido. "A Marta sempre será uma forte candidata, ninguém pode dizer que alguém que começa a corrida com 30% é fraca, mas nós sempre tivemos 30% dos votos em São Paulo", disse. "Nós ganhamos com a Luíza Erundina em 1988 com 30%, nós ganhamos com a Marta com 30%, depois nós perdemos com a Marta e com o Aloísio Mercadante, com 30%. Então o PT tem 30% em São Paulo quem quer que seja o candidato."

Para Lula, o que deve determinar uma possível vitória de seu partido na capital paulista é a formação de alianças políticas. "Minha tese é que nós precisamos construir os outros 20%", avalia. "Vale para São Paulo o que valeu para mim. Nós precisamos encontrar o nosso José Alencar da capital, em uma composição política com outros partidos que possam dar os 20% de votos que nós precisamos."

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