Tópicos | Eduardo Pazzuelo

Uma fala recente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tem aquecido a crise institucional que o país vive quando se trata da falta de unidade dos Poderes diante da luta contra o novo coronavírus. No sábado (11), ao participar de uma live promovida pela revista IstoÉ, Mendes disparou contra a falta de um titular no comando do Ministério da Saúde e disparou contra o Exército, afirmando que é “péssimo” para a imagem das Forças Armadas estar ligada a uma pasta que não tem agido para conter as mortes e a proliferação da Covid-19 o país. 

“Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Pode se ter estratégia e tática em relação a isso. Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é ruim, é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. Não é razoável para o Brasil. É preciso pôr fim a isso”, afirmou.

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O fato de ter associado o Exército ao que chamou de “genocídio”, ao classificar as mortes por Covid-19, fez com que lideranças das Forças Armadas ficassem irritadas com o ministro do STF - alguns chegaram a falar em “extrema indignação” com a declaração. A ligação foi feita por Gilmar Mendes porque Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, é general. 

A fala fez com que o nome de Gilmar Mendes estivesse entre os assuntos mais comentados do Twitter até o início da tarde desta segunda-feira (13). Nesse domingo (12), após os desconfortos, Gilmar se pronunciou na rede social.

“No aniversário do projeto que leva o nome de Rondon, grande brasileiro notabilizado pela defesa dos povos indígenas, registro meu absoluto respeito e admiração pelas Forças Armadas Brasileiras e a sua fidelidade aos princípios democráticos  da Carta de 88”, escreveu.

“Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil”, acrescentou.

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