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A abertura da 42ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que aconteceu na noite desta quarta-feira (17),no Auditório do Ibirapuera, foi marcada por discursos de resistência e gritos de ‘ele não’, campanha contra o candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro (PSL).

O discurso que gerou mais impacto foi o do diretor do Sesc, entidade que apoia a Mostra desde sua primeira edição, Danilo Santos de Miranda. Em sua fala, ele alertou sobre o perigo iminente que a cultura do país se encontra, devido a troca de poderes. No meio do discurso, Danilo foi interrompido por quase um minuto por aplausos e gritos de ‘ele não’, ‘ele nunca’ vindo do público convidado.

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“[A atividade cultural] é algo que a gente vê ameaçada neste momento, não pelo cinema apenas, mas por todas as demais manifestações serem de alguma forma coibidas, dificultadas. Isso é algo que nos coloca em uma situação de uma certa dúvida, mas que nós teremos, exatamente alimentados por momentos como esse, a possibilidade de poder resistir. A palavra resistência - já dita aqui - tem um papel muito especial neste momento e eu gostaria de insistir nela pra que a gente possa enfrentar o que eventualmente venha por aí”, disse.

Por Lídia Dias

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