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O presidente eleito da França, François Hollande, sugeriu nesta sexta-feira que o governo do presidente que deixa o cargo no dia 15, Nicolas Sarkozy, subestimou os problemas no orçamento e quer uma auditoria nas contas do Estado. Mas Hollande, candidato do Partido Socialista (PS) eleito no dia 6 de maio, disse que isso não afetará sua capacidade de cumprir com as promessas de campanha. Entre essas promessas, está a elevação do imposto para os mais ricos, a criação de milhares de empregos no ensino e o congelamento de alguns gastos do governo.

Hollande também se comprometeu a reduzir o déficit do governo a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) francês em 2013, cumprindo com as metas do pacto fiscal europeu. "Eu soube há várias semanas que havia uma degradação maior nas contas públicas que a informada pelo governo atual. Nós concluímos que isso é uma confirmação", disse Hollande a repórteres na cidade de Tulle, na França central.

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Hollande diz que a situação mais deteriorada não significa que ele terá margem de manobra menor quando tomar posse na próxima terça-feira. "Não, nós já esperávamos isso", disse à televisão francesa. Hollande disse que pediu para uma auditoria para a Cour des Comptes, tribunal que faz a auditoria das contas dos governos na França. A auditoria deverá estar completa até o final de junho.

Mais cedo nesta sexta-feira, a Comissão Europeia (CE) disse que a França não conseguirá cumprir a meta de reduzir o déficit a 3% do PIB em 2013 se não ocorrerem mudanças políticas. Essa projeção, contudo, foi rechaçada por assessores de Hollande.

As informações são da Associated press e da Dow Jones.

O candidato do Partido Socialista (PS) da França à presidência, François Hollande, disse nesta quinta-feira que as eleições francesas marcarão uma reviravolta na direção de austeridade na União Europeia (UE) e prometeu começar duras negociações com a Alemanha em como aplicar medidas de estímulo ao crescimento econômico, caso seja eleito em 6 de maio.

"A Alemanha não pode decidir sozinha para o conjunto da Europa", disse Hollande à televisão francesa. "Muitos países esperam pela decisão francesa....a eleição marcará uma reviravolta na Europa", disse o candidato socialista, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

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Os comentários de Hollande foram feitos poucas horas após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ter repetido sua oposição a que o pacto de austeridade fiscal seja renegociado. Merkel apoia abertamente o rival de Hollande, o presidente Nicolas Sarkozy, que tenta a reeleição. Segundo Merkel, o tratado de austeridade, assinado por 25 dos 27 países da UE, "não é renegociável".

Nesta quinta-feira, o Instituto CSA publicou uma pesquisa que mostra que Hollande continua a liderar a intenção de voto para 6 de maio, embora a diferença entre ele e Sarkozy tenha diminuído. A pesquisa foi feita entre 24 e 25 de abril, após o primeiro turno, que aconteceu no dia 22. A pesquisa indica que 54% dos eleitores pretendem votar em Hollande, enquanto 46% votariam em Sarkozy se as eleições fossem hoje. Na pesquisa anterior, feita em 22 de abril, Hollande tinha 56% das intenções de voto, enquanto Sarkozy tinha 44%. A pesquisa entrevistou 1.121 eleitores.

As informações são da Dow Jones.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, perdeu terreno para seu rival do Partido Socialista, François Hollande, apenas alguns dias antes do primeiro turno da eleição, dia 22 de abril. A pesquisa, feita pela CSA em 16 e 17 de abril, mostrou que Hollande está com 29% da intenção de voto, enquanto Sarkozy está com 24%. O candidato socialista ganhou dois pontos porcentuais desde a última pesquisa, feita em 10 e 11 de abril, enquanto Sarkozy perdeu dois pontos. Na pesquisa anterior, os dois candidatos estavam quase em empate técnico.

A sondagem também mostrou que Hollande ampliou sua vantagem sobre Sarkozy em um eventual segundo turno, que deverá ocorrer em 6 de maio. Hollande teria 58% dos votos no segundo turno, enquanto Sarkozy, candidato da União por um Movimento Popular (UMP), de centro-direita, teria 42%. A margem de diferença entre os dois candidatos ampliou-se em dois pontos a favor de Hollande para o segundo turno, em comparação à última pesquisa. A sondagem da CSA entrevistou 886 eleitores registrados. A pesquisa não informou qual é a margem de erro.

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A pesquisa sugere que os esforços de Sarkozy nos últimos dias, para convencer os eleitores franceses de que ele é mais qualificado que Hollande para liderar a economia francesa, não estão dando certo. Sarkozy também tem dito que o Banco Central Europeu (BCE) precisa ter seu papel ampliado para fomentar o crescimento econômico e não apenas controlar a inflação. No ano passado, Sarkozy comprometeu-se com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a não fazer comentários sobre a política econômica do BCE, informa o Wall Street Journal.

Sarkozy minimizou os resultados da pesquisa da CSA em uma entrevista nesta quarta-feira. "Temos três dias para esperar, vamos esperar pacificamente", afirmou.

As informações são da Dow Jones.

Uma mulher que afirmou ser vigiada pela polícia francesa e que sua vida está sob ameaça jogou um saco de farinha contra o candidato socialista à presidência francesa, François Hollande, na tarde desta quarta-feira. A mulher - que mais tarde se identificou como Claire Seguin, de 45 anos, aos repórteres da televisão - subiu até o palco onde Hollande discursava a favor de um "contrato social" para oferecer moradias para todos.

Hollande, que lidera as pesquisas de intenção de voto com expressiva vantagem sobre o segundo colocado, o presidente Nicolas Sarkozy, permaneceu calmo durante o incidente, embora seus cabelos, óculos e terno tenham ficado cobertos de branco. Impassível, quando deixou o palco ele discutiu com a imprensa seus projetos para o setor de moradia e habitação. Os guarda-costas imobilizaram Seguin e a conduziram para fora do recinto. A polícia francesa confirmou mais tarde que ela usou um quilo de farinha de trigo para fazer o ataque e está detida. Enquanto era arrastada para fora, Seguin conseguiu falar rapidamente com a imprensa, dizendo que era vítima de uma injustiça e que os socialistas querem matá-la. Ele disse para a imprensa procurar mais informações em seu blog.

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No blog, que inclui uma carta aberta ao presidente francês Nicolas Sarkozy (rival de Hollande), Seguin se descreve como perseguida por seus superiores no trabalho quando foi uma professora e afirma que é vítima de uma conspiração para difamá-la, que sua privacidade foi violada e sua vida ameaçada.

Najat Vallaud-Belkacem, a porta-voz de Hollande, disse que o incidente foi isolado e parece ter sido provocado por uma mulher mentalmente instável. Ela disse que a segurança de Hollande será reforçada até as eleições presidenciais de abril.

As informações são da Associated Press.

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