Ao renovar o contrato de Tite no fim do ano passado, o Corinthians exaltava a capacidade do treinador de dar corpo à equipe com as peças disponíveis. Ele já havia tido que remontar o grupo outras vezes, perdendo titulares importantes, e os corintianos não paravam de alçar voos cada vez mais altos. E, para chegar ao título mundial neste domingo (16), teve que novamente remontar o time.

Depois de conquistar a Libertadores, em julho, a equipe titular perdeu o zagueiro Leandro Castán e o meia Alex, que se transferiram, respectivamente, para Roma e Al-Gharafa (Catar). O elenco também ficou sem peças de reposição importantes, como o lateral-esquerdo Ramon, o zagueiro Marquinhos, os atacantes Willian e Liedson, além de jogadores menos utilizados como Elton, Gilsinho e Adriano.

Assim como tinha acontecido outras três vezes, Tite conseguiu remontar a equipe e deixá-la ainda mais forte. Já havia sido assim quando Elias saiu ao fim de 2010, quando o time perdeu Roberto Carlos, Ronaldo e Jucilei, todos titulares, após a eliminação para o Deportes Tolima e também depois das vendas de Dentinho e Bruno César. No total, oito titulares que deixaram o clube em dois anos e, mesmo assim, o Corinthians não parou de se fortalecer.

Mas isso só foi possível graças ao talento de Tite. O treinador definiu há bastante tempo que a formação tática do Corinthians tem quatro defensores, dois volantes (com um deles tendo liberdade de chegar ao ataque), um meia distribuidor de jogadas, dois atacantes abertos pelas pontas e um centroavante.

Foi dentro dessa formação que Tite remontou o Corinthians. Na zaga, foi natural a troca de Leandro Castán por Paulo André, reserva imediato. E Anderson Polga chegou para ser o quarto reserva, com Guilherme Andrade ocupando a lateral esquerda reserva, no lugar de Ramon.

No setor ofensivo, falou mais alto a formação tática do que as peças em si. Prova disso foi a escolha por Jorge Henrique jogar como titular a final deste domingo, enquanto que Douglas começou a semifinal. O meia, aliás, antes era criticado pelo peso e pela passividade, mas ganhou a confiança de Tite para substituir Alex. Na frente, o peruano Guerrero ganhou a posição de titular, deslocando Emerson para jogar mais aberto.

Com boas peças à disposição, o treinador criou uma concorrência sadia no elenco e manteve a dúvida quanto aos titulares até praticamente a véspera da viagem ao Japão. Com Romarinho, o argentino Martínez e Jorge Henrique no banco de reservas na estreia, os titulares sabiam que precisavam dar o máximo de si para não perderem a posição.

O elenco campeão tem os goleiros Cássio, Júlio César e Danilo Fernandes; os laterais Alessandro, Fábio Santos e Guilherme Andrade; os zagueiros Chicão, Wallace, Anderson Polga e Felipe; os volantes Ralf, Paulinho, Edenilson e Willian Arão; os meias Douglas e Danilo; além dos atacantes Martínez, Guerrero, Emerson, Jorge Henrique, Romarinho e Giovanni. Só este último e os dois goleiros reservas foram revelados no clube.

Não foram inscritos no Mundial, mas fazem parte do elenco, os laterais Weldinho, Denner e Chiquinho; o zagueiro Antônio Carlos; os meias Ramírez e Zizao; e o atacante Adilson. O volante Guilherme teria participado da competição, mas a sua inscrição foi vetada pela Fifa porque foi contratado depois da janela de transferências internacionais.

Com poucas chances de obter uma das vagas na Copa Libertadores, o Santos traça planejamento para remontar a equipe em 2013. A ideia da diretoria é manter seu principal jogador, Neymar, apesar da pressão que existe para vendê-lo, e ir atrás de jogadores qualificados. Repatriar Robinho, Diego e outros jogadores que estão na Europa é a prioridade. O dinheiro da venda de Paulo Henrique Ganso (cerca de R$ 24 milhões) será usado para isso.

"Pela conversa com a diretoria e pelos nomes sondados, teremos um time forte outra vez para ganhar títulos", disse o técnico Muricy Ramalho após derrota para Portuguesa. "O que me preocupa é quando o time perde vários jogadores. Para 2013 eu não me preocupo".

Neymar não atuou diante da Portuguesa porque estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. A derrota só escancarou o péssimo desempenho do Santos sem seu craque: o aproveitamento é de 25%, número de times rebaixados - daí a preocupação da diretoria em qualificar o elenco para 2013. É uma tentativa de evitar a dependência de Neymar.

Como ele pouco atuou no Campeonato Brasileiro, muito por causa de convocações para a seleção brasileira, o Santos faz uma campanha apenas mediana, com 33 pontos e muito distante da zona de classificação à Copa Libertadores. A meta da comissão técnica é modesta: conseguir logo mais 12 pontos, o que acabaria com a chance de rebaixamento.

Nesta quarta-feira, o Santos disputará um título. Receberá a Universidad de Chile, no Pacaembu, e precisa vencer o jogo por diferença mínima para ser campeão da Recopa Sul-Americana (confronto entre o campeão da Libertadores e o da Sul-Americana de 2011). Na primeira partida, em Santiago, deu empate por 0 a 0.

Entrosamento e união são as principais qualidade do elenco do Santa Cruz. É o que explica o meia Natan, que vem ganhando cada vez mais espaço no Time tricolor. Revelado pela equipe do Arruda, o atleta destacou a união entre os jogadores do clube que, segundo ele, não era notória dois anos atrás.

Apesar da pouca idade, Natan já viveu altos e baixos no Santa. Fez parte da pior fase do clube na história, quando passou três anos consecutivos disputando a até então desconhecida Série D do Campeonato Brasileiro. Agora, bicampeão pernambucano e esperando pelo início da Terceira Divisão do Nacional, Natan garante que a equipe evoluiu e espantou de vez os dias obscuros.

"(A equipe) Mudou bastante. Naquela época, havia mais divisão interna. O grupo não era tão unido. Alguns jogadores ficavam escanteados. Hoje não é assim", comparou o jogador. "O ambiente é bom demais. Eu, particularmente, nunca joguei num grupo tão unido. E, em termos de qualidade, melhorou muito também. O elenco está mais qualificado, a gente da base cresceu e amadureceu".

No treino da última terça-feira, o técnico Zé Teodoro resolveu escalar Natan na equipe principal, ao lado de Weslley, dando o colete de reservas ao experiente Luciano Henrique, que vinha estando entre os titulares até então. Mas a atitude do treinador não surpreendeu o jovem tricolor. "O zé não tem muito isso de privilegiar experiência ou juventude", disse.

"Ele coloca quem estiver melhor", continuou Natan. "Nunca vi o Luciano de cara feia por isso. Eu também nunca fiquei. Aliás, nós temos uma relação muito boa, antes de comentar o possível início da Série C no próximo fim de semana. "A gente tem fé que, no domingo, o arruda vai estar lotado. A gente segue trabalhando. Agora parece que vai", encerrou. 

Início de pré-temporada é sempre complicado para os jogadores, muitos voltam acima do peso e fora de forma. No Náutico a situação parece ser diferente este ano. Em três dias foram realizados seis testes, no Centro de Treinamento Wilson Campos, e os resultados estão agradando a comissão técnica alvirrubra.

“Nosso time voltou bem. Eles se cuidaram nas férias, souberam manter o que nós pedimos. É claro que ainda há muito trabalho a ser feito, mas podemos dizer que houve essa preocupação por parte dos atletas”, afirmou o fisiologista Cléber Queiroga.

Os atletas foram submetidos aos trabalhos de “Soccer Test”, CK (sangue), nível de gordura, “300 metros”, impulsão vertical e impulsão horizontal. Todas as atividades foram observadas e avaliadas pelo fisiologista do Náutico, Cléber Queiroga.

O “Soccer Test” é utilizado para testar a capacidade aeróbica dos atletas e consiste em um percurso de 60 metros, que precisa ser percorrido quatro vezes por etapa, totalizando 240 metros. O atacante Jeferson teve o melhor desempenho nesta atividade, ficando com uma pontuação acima da média.

“Quando o jogador supera a marca de 8 pontos, consideramos que ele está muito bem. Tivemos seis casos assim ,além do Jeferson, que chegou a 9,1”, disse Cléber Queiroga.

Alguns titulares como o volante Derley e o zagueiro Ronaldo Alves só se apresentam na próxima segunda-feira (02) e vão precisar correr para estarem em forma na estreia do Pernambucano. O Náutico enfrenta o Porto no dia 15 de janeiro, em Caruaru.

A regularidade do Náutico foi o ponto primordial para a conquista do acesso a Série A do Campeonato Brasileiro, conquistada no último sábado (19), mesmo com a derrota por 2x1 para o Boa Esporte. O Timbu esteve entre os quatro melhores da Série B por 25 rodadas.

Mérito do elenco, mas sobretudo do time. Até pelo fato de contar com um grupo reduzido, o técnico Waldemar Lemos definiu uma equipe titular e manteve essa base durante todo o campeonato.  

Se em alguns jogos os adversários já conheciam o modo de jogar do Náutico, a coletividade e entrosamento dos jogadores fizeram a diferença. Esse foi um dos segredos do Timbu na Série B, que foi a segunda equipe que menos perdeu na competição.

Saiba mais sobre os 11 heróis alvirrubros

Gideão – Participou de 26 jogos no Campeonato Brasileiro da Série B, só ficou de fora por conta de lesão ou suspensão. A segurança sempre foi a marca do goleiro alvirrubro e teve seu contrato renovado até 2015.

Peter – O lateral direito do Timbu não teve uma sombra durante toda a competição, por isso teve momentos altos e baixos. Mas nesta reta final foi um jogador importante para o time e já disputou 45 partidas com a camisa do Náutico.

Marlon – Zagueiro indicado por Waldemar Lemos, muitas vezes não aparecia para o jogo, mas sempre foi impecável na marcação. Foi um dos jogadores que mais atuou pelo Náutico no Campeonato Brasileiro com 33 partidas disputadas.

Ronaldo Alves – Considerado o melhor zagueiro da Série B. Com ele os atacantes não tem vida fácil, na velocidade ou nas bolas aéreas, Ronaldo Alves leva vantagem. Por isso o Náutico tem uma das defesas menos vazadas.

Airton – Começou a Série B como titular, foi para o banco e na reta final voltou a ser titular apresentando um bom futebol. Disputou 18 jogos no campeonato nacional.

Everton – Um dos poucos jogadores do elenco que não marcou gol na temporada, mas sua função é marcar e isto ele fez bem. Além de ser o responsável por bons lançamentos para os atacantes.

Elicarlos – Regular em toda a temporada. O “cão de guarda” alvirrubro, um dos jogadores que mais roubou bolas no Náutico. Contra o Sport marcou um dos gols mais bonitos da competição

Derley – Considerado pela torcida um verdadeiro Guerreiro pela raça e dedicação mostrada em campo. Além da forte marcação, é o vice artilheiro da equipe com 7 gols.

Eduardo Ramos – O maestro da equipe alvirrubra. Vestiu a camisa do Timbu 55 vezes no ano e deu 14 assistências a gol.

Rogério – Marcou 6 gols na Série B, muitas vezes falhou nas finalizações, mas a habilidade foi o diferencial do jogador.

Kieza – O artilheiro da Série B com 21 gols. É candidato a craque do campeonato e com merecimentos. Velocidade e a finalização são os destaques do atacante.