Tópicos | emoção

Por Ausônio Silveira

O percussionista Naná Vasconcelos, que comanda a abertura do carnaval do Recife promovendo um encontro de centenas de batuqueiros de maracatu há doze anos, disse estar muito feliz por ser um dos homenageados da festa em 2013. Ele, que esteve no camarote do Prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), no sábado de Zé Pereira (9), reforçou que esse reconhecimento em vida o faz pensar que tudo está recomeçando.

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“Fico feliz primeiramente porque estou vivo e sou de Pernambuco, é como se fosse o início de tudo, de todo o meu trabalho. Esse ano é em homenagem ao frevo, por ter sido escolhido pela Unesco Patrimônio Patrimônio Cultural Imaterial da humanidade, mas outros ritmos dividem a atenção, como é o caso das dez nações de maracatu que reunimos na abertura do carnaval na sexta-feira (8)”, contou Naná.

A festa em Pernambuco traz algumas características próprias e a abertura do carnaval mostra a diversidade da cultura com os ritmos musicais mais antigos como é o caso do maracatu e do frevo que, no último sábado (9), completou 105 anos. “O maracatu é mais antigo que o frevo e vem do candomblé, traz a memória dos antepassados africanos, principalmente porque cada nação que participou da abertura tem um orixá diferente”, ressalta Naná.

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Se no primeiro tempo as vaias ecoaram nos Aflitos, na segunda etapa os alvirrubros aplaudiram de pé a reação do Náutico para cima do Figueirense. Após estar perdendo por 2x0, o Timbu virou o jogo para 3x2 em noite inspirada de Elicarlos, que marcou duas vezes. Foi a quarta vitória seguida do time em casa, pulando para a 9ª colocação, com 27 pontos. O Figueirense permanece na lanterna, com 14 pontos.

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O JOGO

Sem seus principais atacantes (Kieza pelo Náutico e Loco Abreu pelo Figueirense), coube a Kim e Caio a incumbência de substituir os artilheiros.E o camisa 9 do time pernambucano não perdeu tempo. No primeiro minuto do jogo, Kim roubou uma bola no meio e avançou até ser parado pelo goleiro Wilson. Pênalti para o Náutico. Sem Kieza, foi Araújo o autor da cobrança. Para a tristeza dos alvirrubros, o camisa 10 bateu fraco no canto direito do goleiro, que encaixou a bola sem dificuldades.

E a falha de Araújo ia custar caro. Aos 10 minutos, Fernandes cobrou falta, Gideão se atrapalhou com Marlon e soltou a bola nos pés de Caio, que abriu o marcador para o Figueira. Com 1x0 no placar, o time catarinense aproveitou o nervosismo do Náutico e passou a jogar nos contra-ataques, explorando o avanço dos laterais alvirrubros. E foi pelos lados do campo que pintou o segundo gol. Elsinho passou fácil por Douglas Santos e tocou para Aloísio. O atacante recebeu no meio e bateu colocado no cantinho de Gideão. Apagão do Timbu nos Aflitos: 2x0 Figueirense aos 19 minutos.

Se o futebol do Náutico irritava a torcida, a cera do Figueirense só piorou a sensação de incredulidade dos alvirrubros. Desorganizado e sem a velocidade peculiar de quando joga em casa, os pernambucanos assustavam apenas em bolas paradas com Souza e Martinez. Enquanto isso, Aloísio continuava enlouquecendo a zaga alvirrubra. Em bom lançamento, o atacante passou por dois defensores e na cara de Gideão bateu para fora.

Com liberdade e espaço, Fernandes mandava no meio-campo e nem mesmo Elicarlos, que completava 150 jogos pelo Timbu, conseguia parar o camisa 10 catarinense. O Náutico encerrou o primeiro tempo perdendo por 2x0 ao som das vaias da torcida.

Para a segunda etapa, Alexandre Gallo fez duas alterações. Lúcio e Rogerinho entraram nos lugares de Douglas Santos e Kim. Logo no início, Araújo teve duas boas chances de iniciar a reação vermelha e branca. Primeiro ele recebeu cruzamento na meia-lua e emendou uma bicicleta por cima do gol. Depois, apareceu livre no lado esquerdo e bateu nas redes pelo lado de fora.

Fazendo uma das piores partidas na temporada, o zagueiro Marlon foi o último sacado por Gallo, saindo para a entrada de Ronaldo Alves. Mas antes disso, explosão no estádio. Em boa troca de passes, Elicarlos recebeu no meio e bateu firme no canto do gol. E o camisa 150 queria mais. Após disputa aérea na zaga catarinense, a bola sobrou limpa para ele, que de chapa empatou o jogo. O caldeirão alvirrubro voltou a ferver.

Em contra-ataque, Araújo recebeu no meio e deixou para Martinez bater para ótima defesa de Wilson com a perna esquerda. E a blitz na zaga catarinense continuava. Novamente Araújo serviu de garçom para Patric exigir outra boa defesa do camisa 1 do Figueirense.

 Mas o goleiro nada pode fazer aos 30 minutos. Em falta na ponta da grande área, a linha de impedimento do Figueirense falhou e Souza apareceu livre para soltar a bomba no ângulo. Golaço e vira-vira nos Aflitos: 3x2.  Pela primeira vez a frente do placar, o Náutico passou a ter postura mais defensiva e o adversário voltou a assustar, mas esbarrava na boa marcação de Ronaldo Alves. No final do jogo ainda deu tempo para Ronny ser expulso após falta em Rhayner. E o que parecia ser uma noite de terror para os alvirrubros se transformou em uma daquelas partidas que os torcedores não vão tirar da memória tão cedo.

Ficha Técnica:

Local: Aflitos

Horário: 20h30

Náutico: Gideão; Patric, Marlon, Jean Rolt e Douglas Santos(Lúcio); Elicarlos, Martinez, Souza e Rhayner; Kim(Rogerinho) e Araújo. Técnico: Alexandre Gallo.

Figueirense: Wilson; Elsinho, Édson, João Paulo e Helder; Claudinei, Diogo(Ronny), Jackson e Fernandes; Caio e Aloísio(Doriva). Técnico: Abel Ribeiro (interino).

 Árbitro: Wagner Reway (MT).

Assistentes: Marcio Eustáquio Santiago (Fifa/MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).

Cartões Amarelos: Rhayner, Marlon, Jean Rolt, Souza (Náutico), Wilson, Diogo, Claudinei, Caio (Figueirense)

Cartão Vermelho: Ronny, aos 48 minutos do segundo tempo.

Gols: Caio, aos 10 minutos do primeiro tempo; Aloísio, aos 19 minutos do primeiro tempo; Elicarlos, aos 13 e aos 19 minutos do segundo tempo; Souza, aos 30 minutos do segundo tempo.

Público:  12.262

 

Oposição é o contraditório. Se A é favorável a ação Y, B pode ser contra em razão da ação Y não corresponder aos seus desejos. Entretanto, A e B podem ser favoráveis a ação Y, já que esta ação proporciona a consequência V, e A e B desejam para a sociedade os benefícios da consequência V.

A lógica simples apresentada faz parte das relações de poder no governo federal. Não existe, desde o fim do governo de FHC, oposição ao PT. Atos oposicionistas sugiram no suposto Escândalo do Mensalão. Após isto, os partidos da oposição, PPS, DEM e PSDB, não mais tiveram condições de se contrapor ao governo do PT.

As causas que motivam a ausência de oposição pujante e robusta ao PT são duas. A primeira é de ordem política. Neste caso, variados partidos integram a coalizão partidária que apóia os governos do PT. Diante da oferta de espaços na máquina estatal, partidos passam a apoiar o governo do PT. Não existem razões ideológicas para tal apoio. É possível, e isto é uma hipótese, de que a redução de espaços no estado possibilite o recrudescimento da oposição.

A segunda causa é eleitoral ou mental. O governo Lula foi sábio. E Dilma é sábia, mas também possui convicção. O governo Lula demonizou o governo de FHC, e o PSDB aceitou isto passivamente. Lula não foi contra o Plano Real na campanha eleitoral que lhe possibilitou a conquista da presidência.

Lula em sua era manteve o controle da inflação, continuou a controlar os gastos públicos, manteve a recuperação gradual do salário mínimo. E fez algo mais, em razão das condições herdadas do governo de FHC: criou meios para favorecer o consumo. Por convicção e sabedoria, Dilma mantém as conquistas das eras de FHC e de Lula. 

As ações meritórias de Lula em seu governo proporcionaram bem-estar ao eleitor. E parte deste, assim como variados parlamentares, é desprovida de razões ideológicas. Portanto, o que importa para o eleitor é seu estado mental, no caso, a felicidade e o bem-estar.

Os críticos da oposição ainda não identificaram o ponto central: o PT manteve a agenda do PSDB, e com isto, enfraqueceu o discurso da oposição. Desde a era Lula, a agenda do Brasil é única, a qual foi criada por FHC, qual seja: controle da inflação, controle dos gastos públicos, recuperação do salário mínimo e incentivo do consumo. Então, qual partido da oposição é contra tal agenda?

A oposição não findou no Brasil, ela apenas está enfraquecida em razão das causas apresentadas. Contudo, após as eleições municipais, ela poderá ganhar, lentamente, robustez. Mas isto só será possível se eventos econômicos desfavoráveis ameaçarem o bem-estar dos brasileiros e se surgir um candidato à presidente que emocione o eleitor.  

 

Brasília - O egípcio naturalizado brasileiro Youssef Emile Fadel, de 62 anos, e o filho Emílio Fadel, de 32 anos, votaram hoje (29), pela primeira vez, no Egito. Quando tinha 28 anos, Youssef se mudou para o Brasil, onde casou com uma brasileira e teve o filho Emílio. Depois de se naturalizar brasileiro, em 1979, decidiu voltar para o Egito com a família.

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Ao retornar ao seu país de origem, Yousseff assistiu à ascensão do ex-presidente Hosni Mubarak – que ficou no poder por 30 anos e renunciou em 11 de fevereiro deste ano. As eleições parlamentares que ocorrem desde ontem (28) são as primeiras desde a queda de Mubarak. Na sua gestão, as eleições eram vistas com desconfiança pelos eleitores que suspeitavam de fraudes.

"Até hoje, nunca havia me interessado em votar aqui no Egito porque todos sabíamos que não faria diferença, os resultados sempre eram manipulados", disse Youssef, emocionado. "Essas eleições são diferentes porque, em teoria, o povo terá o poder de controlar as autoridades e monitorar os pleitos", acrescentou ele. "Pela primeira vez neste país, o povo sentiu que tinha o poder do voto nas mãos."

Yousseff destacou que a votação ocorreu de forma “tranquila e limpa”. Segundo ele, havia segurança, sem intimidações. O egípcio disse que gostaria de experimentar, no Brasil, a sensação de votar em uma urna eletrônica. "O Brasil está um passo à frente de muitos países em organização de eleições."

Para Emílio, a motivação para votar pela primeira vez fez com que ele não cogitasse boicotar a eleição. "Fiz questão de votar porque foram a minha geração e a seguinte que tomaram a iniciativa de mudar o curso da história do país com protestos contra o regime", disse ele, contando que ficou quatro horas na fila para votar. "Fiquei impaciente, mas no fim valeu a pena", disse.

Como o pai, Emílio fala em um dia ir às urnas no Brasil e se diz privilegiado em poder votar em dois países democráticos. "Votar em embaixadas para presidente não tem graça. Queria votar em um clima de eleição", disse. "O engraçado é que, no Brasil, muitos reclamam das propagandas eleitorais. Já aqui no Egito, as pessoas sentiam falta disso, um sinal de democracia."

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