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Na noite dessa quarta-feira (21), o senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar argumenta que o ministro cometeu crime de responsabilidade pelas medidas contra o grupo de empresários bolsonaristas que apoiaram um novo golpe em uma conversa no WhatsApp. 

"É chegada a hora de impor limites, cobrar responsabilidade e exigir do ministro Alexandre de Moraes, integrante da mais alta Corte de Justiça do Brasil, que exerça suas funções com respeito à Constituição da República, às Leis e aos rígidos padrões éticos e morais que pautam o agir, profissional e pessoal, da magistratura nacional. Ou que então seja afastado das suas funções!", afirmou Martins. 

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O senador classificou as medidas determinadas por Alexandre de Moraes como arbitrárias e criticou o início da persecução penal contra o grupo. Há um mês, o ministro bloqueou as contas bancárias de oito empresários bolsonaristas, quebrou os sigilos telefônicos e suspendeu os perfis nas redes sociais. As contas foram desbloqueadas após o dia 7 de setembro.

"Em várias das medidas e diligências determinadas pelo denunciado no âmbito dos inquéritos sob sua responsabilidade, foi possível observar o cometimento de condutas passíveis de enquadramento como abuso de autoridade", defendeu em seu pedido de impeachment. 

Ele também atendeu ao pedido da Polícia Federal e autorizou a realização de busca e apreensão em endereços ligados aos alvos. O senador pontuou que a postura de Moraes tem a intenção de gerar medo para inibir as críticas ao STF.

"A forma como o inquérito foi aberto, sem indicar fato preciso, evidencia a finalidade de instaurar um clima de terror, uma autêntica 'caça às bruxas', inibindo críticas à Corte", ressaltou. 

A Polícia Federal está fazendo uma operação nesta terça-feira (23) contra os empresários bolsonaristas que defenderam dar um golpe de Estado no caso de Luiz Inácio Lula da Silva sair vencedor das eleições presidenciais de outubro.

Sob determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, as ações de busca e apreensão estão sendo realizadas nos estados do Ceará, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

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Além dos mandados, Moraes também determinou o bloqueio de contas bancárias e nas redes sociais dos envolvidos e a quebra do sigilo bancário. Os envolvidos também precisarão prestar depoimento sobre as denúncias.

A conversa do grupo de empresários que apoiam o presidente Jair Bolsonaro foi revelada na última semana pelo site "Metrópoles".

Nela, os participantes estavam defendendo um golpe no caso de derrota do atual mandatário - como indicam as diversas pesquisas eleitorais divulgadas.

Nos debates, estavam Luciano Hang, dono da Havan, Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu, José Isaac Pereira, dos shoppings Multiplan, José Koury, do World Barra Shopping, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa, Luiz Andre Tissot, do Grupo Sierra, e Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia.

Da Ansa

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