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O percentual de famílias endividadas em janeiro atingiu 58,8%, um recuo frente aos 59,4% de janeiro de 2011, apontou a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência (Peic) divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com dezembro do ano passado houve leve alta, de 0,2 ponto percentual.

O total de famílias com contas em atraso foi de 19,9%, ante 22,1% um ano atrás e 21,2% no mês anterior. É o menor nível da série histórica iniciada em janeiro de 2010. O número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas também foi menor. O percentual neste mês foi de 6,9%, bem abaixo dos 7,9% de janeiro do ano passado. Em dezembro, 7,2% das famílias afirmaram não ter condições de quitar seus débitos.

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Brasileiros chegam ao final do ano endividados. De acordo com um levantamento do Banco do Brasil (BC), o grau de endividamento das pessoas saltou de 25% em 2006 para 41% este ano. Os dados apontam ainda que as famílias brasileiras têm em média 4,5 contratos de crédito e até nove pendências financeiras. No Recife, o índice de endividamento também apresentou uma elevação de 3,9 pontos de outubro para novembro. Eles representam 41,7% dos consumidores, destes 7,6% estão em situação mais crítica, ou seja, em atraso com todos os seus compromissos financeiros. Esta elevação foi detectada pelo estudo sobre Endividamento e Inadimplência do Consumidor do município de Recife do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN).

Este panorama pode estar associado ao aumento das compras a crédito nos últimos dois meses do ano.  A tendência ao endividamento via cartão de crédito apresenta trajetória de crescimento, desde setembro, quando o percentual era de 61,20%. Em outubro subiu para 63,30% e no mês de novembro chegou a 66,40%. O aumento no número de cartões emitidos e as facilidades de pagamento, ajuda a entender tal crescimento.

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“O recifense não estava habituado a ter crédito com tanta facilidade. Isso aliado aos juros mais altos, praticados pelos agentes financeiros, faz as pessoas que têm renda de um ou dois salários míninos fazer compras parceladas em cartões de crédito e ainda pegar empréstimos consignados. A tendência é isso aumentar, especialmente por causa da cultural ocidental de gastar mais no final do ano”, avaliou o economista Djalma Guimarães do IPMN. 



As facilidades do cartão de crédito e empréstimos consignados são modalidades tanto atraentes quanto perigosas, como afirma e alerta o presidente do Procon-PE, José Rangel. “É perigoso se endividar com o cartão de crédito, pois é uma modalidade que cobra juros altos. A dívida vira uma bola de neve, pois são cobrados juros em cima de juros. O consumidor também deve ficar atento ao pedir um empréstimo, pois há financeiras que cobram juros abusivos. Elas chegam a cobrar de 8% a 10%”, observou. Segundo Rangel, os juros normais variam entre 2,5% e 3%.

O eletricista autônomo, Dídimo Bezerra, 55 anos, é uma das vítimas desse tipo de endividamento. “Minha filha comprou materiais de construção para reformar a casa e não pagou, foi embora morar em São Paulo. A dívida, há dois anos, era de pouco mais de R$ 700 e chegou a mais de R$ 2,5 mil. Eu não paguei porque não tinha esse dinheiro. Agora renegociei e vou ter condições de quitar”, garantiu.

Dicas para sair do endividamento:

Não contrair mais dívidas;
Negociar com a instituição financeira que está em débito;
No caso de precisar de empréstimo pra liquidar a dívida é importante procurar uma instituição financeira séria, que cobre juros entre 2,5% e 3%;
Evite "emprestar" seu nome para que terceiros façam dívidas. Eles provavelmente já estão com problemas de endividamento e não serão bons pagadores.

Planejamento Familiar

Para orientar os consumidores pernambucanos o Procon-PE promoverá a 1° Oficina Do Planejamento Financeiro Familiar. Serão duas edições do curso, a primeira em 28 de novembro e a segunda em dois de dezembro, nos turnos da manhã e tarde. As quatro turmas serão formadas por até 50 pessoas, cada. Caso o número de procura seja superior ao número de vagas, serão formadas novas turmas para o dia 29. A oficina é gratuita e será realizada na sede do Procon-PE, na rua Floriano Peixoto,141, bairro de São José, no Recife.

As inscrições podem ser feitas até o primeiro dia do curso pelos telefones 0800.2821512, 3181.7000 e 3181.7006.

Confira AQUI os endereços das unidades do Procon em Pernambuco

O porcentual de famílias endividadas recuou 2,2 pontos porcentuais em novembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi o sexto mês consecutivo de queda no indicador.

O total de pessoas que declararam possuir alguma dívida passou para 59%, contra 61,2% dos entrevistados em outubro. O montante de endividados também foi menor do que o registrado em novembro de 2010, de 59,8%.

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O porcentual de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas também recuou, passando de 8,2% em outubro para 7,3% em novembro. Houve queda ainda no total de famílias com contas em atraso, que saiu de 21,3% dos entrevistados em outubro para 20% em novembro.

De acordo com a CNC, há uma tendência de redução no nível de endividamento desde o terceiro trimestre do ano, como reflexo, entre outros fatores, da evolução favorável do mercado de trabalho.

O porcentual de famílias endividadas recuou nas duas faixas de renda pesquisadas. Na faixa de renda inferior a 10 salários mínimos, o total de endividados caiu para 60,4% em novembro, após ter registrado 62,9% em outubro, e 62,2% em novembro de 2010. Entre as famílias com renda mensal superior a 10 salários mínimos, o nível de endividamento passou de 50,5% em outubro para 48,9% em novembro. No entanto, o montante permaneceu superior ao observado em novembro do ano passado, quando 45,1% das famílias nessa faixa de renda declararam possuir dívidas.

A folga financeira concedida pela presidente Dilma Rousseff a 17 Estados terá impacto, sobretudo, nas finanças públicas em 2012, quando os analistas de mercado enxergam um cenário mais complexo para o cumprimento da meta de superávit primário do setor público consolidado. Isso porque a contratação de financiamento para realização de obras é computada como despesa. Se os Estados não cumprirem a parte deles, como ocorreu no ano passado, aumenta o esforço para o governo federal, que terá que cobrir a diferença.

Apesar do risco fiscal, o governo tem optado por medidas que estimulam os investimentos no País. O ritmo tem preocupado a equipe econômica porque está abaixo do volume liberado no ano passado. Esse dinheiro também vai ajudar a reforçar os investimentos nos Estados em ano de eleições municipais.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentou que a medida cria um ciclo virtuoso no País porque ajuda a elevar o crescimento econômico e a arrecadação de tributos. Segundo ele, a medida está em linha com o esforço de manter a solidez fiscal. Os técnicos do Tesouro argumentam também que consideram a capacidade do Estado de cumprir o superávit fiscal para liberarem os gastos.

Dezessete Estados já receberam autorização nas últimas duas semanas para contratarem até R$ 37 bilhões em empréstimos com bancos oficiais ou organismos internacionais para financiarem obras em áreas como infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana. Esse valor representa praticamente o montante autorizado pelo Tesouro nos últimos quatro anos. Entre 2007 e 2010, houve um aumento da dívida dos Estados de R$ 40 bilhões.

Já ganharam licença para gastar os governadores do Acre, Amazonas, da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, de Rondônia, Sergipe, do Maranhão, de Alagoas, São Paulo, Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Outros oito Estados ainda estão em negociação com o Tesouro e podem receber novo espaço para crédito nos próximos meses.

O Tesouro controla a capacidade de financiamento dos Estados e dos municípios que assinaram acordos de renegociação de dívidas com a União. Num modelo parecido com o adotado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países que pedem auxílio financeiro, eles são obrigados a seguir um rigoroso programa de ajuste fiscal (PAF). Para ganhar mais limites para novos empréstimos, precisam estar dentro das metas fixadas nos contratos com o Tesouro. Essa renegociação acontece todos os anos.

No entanto, o Tesouro não divulga abertamente os dados. Na verdade, esta é a primeira vez que o governo divulgou o valor da ampliação do limite de endividamento por Estado. Esta área no Tesouro é considerada uma caixa-preta. Para evitar ciúmes entre os governadores e acusações de favorecimento político da base aliada, o Tesouro preferia manter os dados em sigilo. Desta vez, as assinaturas dos termos de compromisso são feitas em solenidade no Palácio do Planalto.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a autorização concedida pela União para 17 estados ampliarem seu limite de endividamento está sincronizada com o objetivo do governo em manter a solidez fiscal e cumprir a meta de superávit primário no País. Segundo ele, os investimentos que serão contratados pelos estados irão aumentar o PIB estadual que, por consequência, fará crescer o PIB do País, o que levará a um aumento da arrecadação. "É um ciclo virtuoso", afirmou Mantega após solenidade com a presidente Dilma Rousseff e os governadores do Maranhão, de Minas Gerais, do Paraná, de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Alagoas para a assinatura do convênio de ampliação de crédito fiscal.

O valor anunciado, de R$ 21,3 bilhões, inclui o Estado do Rio de Janeiro. Mas como o governador Sergio Cabral não compareceu ao evento, o convênio será assinado em outro momento. "Seriam RS 6 bilhões para o Rio. É a maior liberação fiscal que o Rio já teve", afirmou Mantega. O ministro informou ainda que o estado de São Paulo recebeu uma autorização de R$ 7 bilhões, enquanto Minas Gerais recebeu um espaço fiscal de R$ 3 bilhões. O aumento do limite de endividamento para o Maranhão foi de R$ 2 bilhões, para o Paraná, de R$ 1,192 bilhão, para o Rio Grande do Sul, de R$ 1,467 bilhão e para Alagoas, de R$ 666 milhões.

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