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O percentual de famílias brasileiras com dívidas, em atraso ou não, chegou a 61,5% em fevereiro. Taxa superior aos 60,1% de janeiro e aos 61,2% de fevereiro de 2018. Os números são de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entre as famílias com dívidas atrasadas, o tempo médio de atraso foi de 64,9 dias em fevereiro. O mesmo patamar registrado no mesmo mês do ano passado. Já o tempo médio de comprometimento com dívidas foi de 6,8 meses, sendo que 26,2% das famílias possui uma parte da renda comprometida com dívidas até três meses e 29,7% por mais de um ano.

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Porém, a parcela média de renda comprometida com dívidas das famílias diminuiu na comparação anual, caindo de 29,4% em fevereiro de 2018 para 29,1% no mês passado.

A pesquisa mostra ainda que o cartão de crédito continua a ocupar o primeiro lugar entre as dívidas das famílias, respondendo por 78,5%. Em seguida estão os carnês, 13,9%, e o financiamento de carro, 9,8%.

Os brasileiros começaram o ano mais endividados, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 5, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias brasileiras com algum tipo de dívida subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

No entanto, o resultado foi inferior ao patamar de endividados de 61,3% registrado em janeiro do ano passado.

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O total de inadimplentes teve ligeiro aumento de dezembro para janeiro, passando de 22,8% em dezembro para 22,9% em janeiro. O resultado, porém, também ficou aquém do nível de inadimplência de janeiro de 2018, quando 25,0% das famílias tinham dívidas ou contas em atraso.

O volume de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas - e que, portanto, continuariam inadimplentes - passou de 9,5% em janeiro de 2018 para 9,1% em janeiro deste ano. Em dezembro de 2018 esse porcentual era de 9,2%.

"A queda na comparação anual indica que persistem o ritmo lento de recuperação do consumo e a cautela das famílias na contratação de novos empréstimos e financiamentos", avaliou a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial.

Segundo a CNC, a alta no endividamento em relação a dezembro do ano passado não compromete a expectativa de retomada da economia.

"As taxas de juros em patamares mais baixos também constituem um fator favorável a esse resultado. As famílias brasileiras também se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, e o percentual de famílias que disseram não ter condições de pagar suas contas em atraso também recuou", justificou Marianne Hanson.

O cartão de crédito foi mencionado como a principal fonte de dívidas dos brasileiros (78,4%), seguido por carnês (14,0%) e financiamento de carro (9,7%).

Os percentuais de famílias endividadas e inadimplentes fecharam 2018 em queda, segundo dados divulgados hoje (9) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As famílias com dívidas (não necessariamente em atraso) eram 59,8% em dezembro de 2018, abaixo dos 60,3% de novembro e dos 62,2% de dezembro de 2017.

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Já os inadimplentes, ou seja, aqueles com dívidas ou contas em atraso, somaram 22,8% em dezembro do ano passado, abaixo dos 22,9% do mês anterior e dos 25,7% de dezembro de 2017.
 
Outro indicador em queda foi o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas ou contas: de 9,7% em dezembro de 2017 e 9,5% em novembro de 2018 para 9,2% em dezembro de 2018.
 
A proporção das famílias que disseram estar muito endividadas recuou de 12,8% em novembro para 12,4% em dezembro.

Tempo médio

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 63,5 dias em dezembro de 2018, abaixo dos 64,3 dias de dezembro de 2017. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,9 meses.
 
O cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelas dívidas porque 78,1% das famílias com contas atrasadas se endividam com ele. Depois do cartão, aparecem os carnês (14,7%) e financiamentos de carro (10,2%).

O número de famílias endividadas caiu em novembro na comparação com o mês anterior e com novembro de 2017, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O percentual de famílias com dívidas em novembro ficou em 60,3%, abaixo da taxa de 60,7% registrada em outubro e da de 62,2% em novembro do ano passado. Já o percentual de famílias inadimplentes, ou seja, que têm dívidas em atraso, ficou em 22,9% em novembro, índice inferior aos 23,5% de outubro e aos 25,8% de novembro de 2017.

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As famílias que não têm condições de pagar suas dívidas, segundo a CNC, somam 9,5% do total em novembro, abaixo dos 9,9% registrado em outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

O cartão de crédito segue como o principal tipo de dívida, afetando 77,4% das famílias inadimplentes. Em seguida estão os carnês, 14,8%, e financiamento de automóveis, 10,2%. Entre as famílias que possuem contas em atraso, o tempo médio foi de 64,6 dias em novembro, enquanto o tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,9 meses.

Embora os gastos com pensões e aposentadorias dos servidores sejam o fator estrutural por trás da crise fiscal dos Estados, a perda de receita tributária durante a recessão agravou os déficits. Sete Estados e Distrito Federal têm déficits tão grandes que seus governadores podem terminar os mandatos sem caixa para cobrir despesas contratadas neste ano, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nas contas do consultor Raul Velloso, na média dos 22 principais Estados, a receita tributária poderia ter sido 11,2% maior, se a trajetória da arrecadação de 2002 a 2014 fosse mantida.

Segundo o levantamento, os oito endividados registraram déficit orçamentário superior a 4% da receita total, na média de 2015 a 2017. O caso do Rio é o mais dramático, com rombo de 11,4% da receita total. Levando em conta apenas os tributos, o governo fluminense poderia ter arrecadado 15,2% a mais do que efetivamente conseguiu na média dos três primeiros anos do mandato do governador Luiz Fernando Pezão (MDB).

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O Rio aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, criado pelo governo federal ano passado e que prevê o alívio no pagamento da dívida em troca de medidas de ajuste. Apesar disso, o Estado não deixará as contas no azul neste ano - como já estava previsto no plano, firmado em setembro de 2017.

Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul completam a lista dos Estados com maiores rombos do orçamento, além do Distrito Federal. Para Velloso, dificilmente esses governos conseguirão terminar o ano com caixa suficiente para cobrir despesas deixadas para o próximo mandato. Após a LRF, o Código Penal ganhou um novo capítulo sobre crimes contra as finanças públicas - o descumprimento da norma pode levar a pena de um a quatro anos de prisão.

Procuradas, as secretarias de Fazenda de Goiás e do Rio Grande do Sul informaram que estão tomando medidas de ajuste. No caso do governo gaúcho, o objetivo é reduzir o rombo ao máximo, mas deixar restos a pagar em valor acima do caixa parece inevitável, pois, segundo a Secretaria de Fazenda, ainda não se sabe quando o 13º salário deste ano, valor empenhado em 2018, será pago - o de 2017 foi parcelado em 12 vezes.

O secretário de Fazenda do Distrito Federal, Wilson José de Paula, reconheceu que será difícil fechar o mandato do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que disputa a reeleição no segundo turno do próximo dia 28, com caixa para quitar as despesas empenhadas ainda este ano, mas destacou que as contas estão "muito melhores" do que as que recebeu. "É zero a zero, como a lei determina? Provavelmente, não", disse Paula. Segundo ele, este ano deverá ter déficit financeiro de R$ 600 milhões, ante rombo financeiro de R$ 2,5 bilhões no início do governo.

Os demais citados na reportagem não responderam até o fechamento desta edição.

Na avaliação de Sérgio Ciquera Rossi, secretário-diretor-geral do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), a perda de receita por causa da recessão não justifica o descumprimento da LRF. A legislação, segundo ele, já traz mecanismos que permitem lidar com situações de queda de receita. Nesses casos, as despesas precisam ser cortadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de registra uma queda em relação ao percentual do mês anterior, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) pernambucana mostrou que o número de endividados no estado é de 61,8%. O percentual é inferior aos registrados em junho de 2018 e julho de 2017, quando a taxa era de 62,8% e 67,6%, respectivamente, mas ainda é maior que a média nacional.

De acordo com a PEIC nacional, divulgada pela Conferência Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas no país cresceu de 56,4% em junho para 57,1% em julho deste ano. Especialistas afirmam que o mês de julho, período de recesso escolar, tradicionalmente apresenta um maior consumo das famílias nos serviços de alimentação e lazer.

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Em Pernambuco, o alto número de pessoas com algum tipo de débito pode ser reflexo de uma taxa de desemprego também muito alta, com mais de 700 mil pessoas no primeiro trimestre do ano. Em números concretos, o percentual de 61,8% equivale a 314.039 mil famílias que informaram ter algum tipo de dívida. O grande "vilão" das dívidas continua sendo o cartão de crédito, com 92,2% das dívidas, seguido pelo endividamento com carnês e crédito pessoal.

Jovens

Outro recorte importante é a quantidade de jovens brasileiros - entre 25 e 29 anos -com o nome "sujo na praça". Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quase metade (46%) deste público está inadimplente. Entre os de 18 a 24 anos, a proporção é de 19%. Somados, os dois grupos representam cerca de 12,5 milhões de pessoas.

Economistas e especialistas em finanças são concordantes: para evitar ficar no vermelho, é preciso se organizar. Criar uma planilha, usar aplicativos de planejamentos financeiros no celular e renegociar as pendências atuais são pontos fundamentais para o reequilíbrio financeiro. A partir disso, a dica é criar o hábito de poupar. Se possível, por volta de 15% do seu orçamento mensal.  

Em momentos de crise financeira qualquer economia é muito bem-vinda para o cidadão que pretende passar o ano de 2018 sem dívidas. Se a meta é estabelecer prioridades e evitas gastos desnecessários, é importante mudar alguns hábitos de consumo para não cair nas armadilhas do endividamento.

Segundo o economista e professor da Faculdade Uninassau unidade Lauro de Freitas, Vinícius Gonçalves, as pessoas vivem numa sociedade muito carente e impulsionada pelo consumo, por conta disso, elas imitam um padrão de consumo fora da realidade, “É um problema cultural. O consumidor sai de uma dívida, mas logo em seguida, já entra em outra”, afirma.

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O economista aconselha o cidadão a iniciar o ano quitando as dívidas e rever as prioridades para planejar a conquista do equilíbrio financeiro. “Organize seu orçamento mensal e mantenha os pagamentos em dia, além de economizar, o cidadão precisa ter cuidado ao utilizar o cartão de crédito”, pontua.

De acordo com o especialista, as variedades de opções para pagamento são tantas que pode induzir o consumidor a adentrar em um ciclo de dividas, sem falar que muitas lojas oferecem promoções pela fidelização com disponibilização de cartão de crédito ou serviços financeiros para financiamento do consumo, o que contribui para o aumento de dívidas. “Além de economizar, o cidadão precisa ter cuidado ao utilizar o cartão de crédito. Com planejamento e alguns cuidados, a pessoa pode diminuir gastos”, enfatiza.

Além dessas dicas, Gonçalves ainda afirma que reservar um valor na poupança é importante para pôr a vida financeira em ordem, “Para aqueles que desejam ousar mais vale a pena utilizarem a poupança para fazerem outros tipos de investimentos, tal como aplicações junto ao tesouro nacional com retorno superior ao da poupança e taxa prefixada”, finaliza.

Por Susy Silva, especial para o LeiaJá

O porcentual de brasileiros endividados diminuiu na passagem do ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas a pagar recuou de 62,2% em dezembro de 2017 para 61,3% em janeiro de 2018, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

"A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma melhora gradual em algumas modalidades de crédito, com impacto sobre o endividamento", avaliou Marianne Hanson, economista da CNC, em nota.

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Em relação a janeiro do ano passado, porém, houve um aumento de 2,6 pontos porcentuais na fatia de endividados.

Já a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu de 25,7% em dezembro para 25% em janeiro. Na comparação com janeiro de 2017, entretanto, houve alta de 1,1 ponto porcentual no total de inadimplentes.

A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 9,7% em dezembro para 9,5% em janeiro, patamar menor também em relação aos 10,2% registrados em janeiro do ano passado.

A fatia de famílias que se declararam muito endividadas diminuiu de 14,1% em dezembro para 13,6% em janeiro. Na comparação anual, houve queda de 0,8 ponto porcentual.

O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 65 dias em janeiro de 2018, contra 65,6 dias em janeiro de 2017. O comprometimento do orçamento das famílias com as dívidas foi de sete meses, em média, sendo que 32,2% delas possuíam dívidas por mais de um ano. Entre os endividados, 22,2% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, citado por 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,9%) e financiamento de carro (11,0%).

A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010, com dados de aproximadamente 18 mil consumidores, coletados em todas as capitais e no Distrito Federal.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro seguiu em 41,9% março ante fevereiro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (25), pelo Banco Central, por meio da Nota à imprensa de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro de abril. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento permaneceu em 23,4% de um mês para outro.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

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Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 21,6% em fevereiro para 22,0% em março. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 19,0% para 19,4%.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 42,4% em novembro para 42,2% em dezembro, informou nesta quinta-feira (23) o Banco Central.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

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Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em dezembro, ficando em 23,6% da renda anual. Em novembro, estava em 23,9%.

Já o comprometimento de renda das famílias com as dívidas contraídas com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu de 21,9% para 21,7% de novembro para dezembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda recuou de 19,3% para 19,1%.

O endividamento das famílias brasileiras chegou ao menor nível desde 2010. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no fim primeiro mês de 2017, 55,6% das famílias possui algum tipo de dívida, representando uma queda de 1% em relação a dezembro.

A inadimplência também caiu, de 23% em dezembro, para 22,7%, em janeiro. Conforme relato da economista da CNC, Marianne Hanson, o fato se deu pela sazonalidade. “O recebimento do décimo terceiro salário (...) permite a quitação de dívidas, além da redução do crédito, associada a um menor consumo das famílias”. A queda, considerando o intervalo anual, ficou em 1%.

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Em janeiro de 2017, as famílias entrevistadas declararam um tempo médio de atraso no pagamento das dívidas de 64 dias. No mesmo período de 2016, essas pessoas estavam, em média, com 65 dias de atraso em suas contas. Entre os endividados do início deste ano, 21,2% disseram ter mais da metade da renda familiar comprometida com prestações ou cobranças mensais. A pesquisa ouviu 18 mil pessoas, de todos os estados, incluindo o Distrito Federal.

A dívida da designer Camila Conti aumentou cerca de R$ 6 mil em menos de um ano somente por conta dos juros. Antes de deixar de pagar, ela afirma ter procurado seu banco, sem êxito, para tentar renegociar os valores que devia no cartão de crédito e no cheque especial. "Numa das últimas vezes, o gerente me passou uma proposta de parcelamento em que o valor final era o dobro da dívida", diz.

Assim como Camila, refinanciar débitos em atraso para fugir do endividamento é um obstáculo para os brasileiros. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com 1.815 internautas, obtida com exclusividade pelo Estado, mostra que, entre os que já tentaram uma negociação com as instituições financeiras, 60,8% não tiveram sucesso.

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Para 29,1% destes consumidores, a transferência da dívida para outra empresa impediu o processo. Isso porque é comum que os bancos terceirizem para escritórios ou financeiras o trâmite de cobrança. Outros 27,3% disseram não ter conseguido novo prazo para pagar; e 24,2% foram informados de que o banco não renegocia débito cujo pagamento ainda não esteja atrasado.

Em resposta ao Idec, os bancos alegam adotar políticas de educação financeira para evitar a inadimplência. Quando os atrasos ocorrem, as instituições dizem tentar dialogar para reempacotar as dívidas. "Existe um descolamento muito grande entre o discurso e a prática dos bancos. Os consumidores têm, sim, dificuldades na hora de renegociar as dívidas", afirma Ione Amorim, economista-chefe do Idec.

No caso de Camila, uma empresa de cobrança passou a fazer as propostas de renegociação mas, segundo a designer, as condições não foram vantajosas para que um acordo fosse fechado. Como possui conta em outro banco e um segundo cartão de crédito com limite mais baixo, ela optou por não pagar por ora o que deve.

Desemprego, problemas de saúde e descontrole do orçamento são os principais motivos que levam à inadimplência, segundo dados da plataforma de renegociação de dívidas Kitado. Em 2016, a empresa registrou 230 mil acordos fechados entre clientes e financeiras, sendo que 67% foram honrados. No ano anterior, houve pagamento em 55% dos 150 mil acertos mediados pela plataforma.

"As pessoas estão priorizando pagar dívidas relacionadas a algum bem, como casa e carro, e deixando para depois os débitos mais altos e sem garantia", diz o co-fundador do Kitado, Paulo de Tarso.

Na Serasa Experian, outro tipo de atraso, o de contas de baixo valor, como faturas de água e luz, também ganhou espaço no ano passado, passando de terceiro para segundo lugar entre as operações de renegociação mais registradas, segundo o gerente de recuperação de crédito da Serasa Experian, Raphael Salmi. A Serasa tem hoje 59,6 milhões de consumidores negativados em sua base de dados.

Rotativo

As altas taxas de juros e o endividamento dos consumidores brasileiros estão no radar do governo. Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou medida para limitar o uso do rotativo do cartão de crédito a 30 dias. Depois desse período, o banco será obrigado a migrar o consumidor para o parcelamento do cartão de crédito ou outra linha.

Questionado, o Banco Central não soube informar se, pelas novas regras de uso do rotativo, o crédito que for migrado passará a aparecer em suas estatísticas sobre renegociação. Os dados mais atuais mostram um descolamento entre o saldo de crédito renegociado (novos e velhos empréstimos) e a concessão (só os novos créditos). Enquanto o primeiro está crescendo a um ritmo de 10% ao ano, o segundo mostra retração de 25%. A evidência, portanto, é que o saldo está crescendo basicamente pela incidência de juros ou, em outras palavras, por meio da inadimplência.

Outro dado divulgado pelo BC corrobora essa tese. Os calotes da renegociação chegam a 18,3%, a segunda maior cifra do sistema financeiro, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito.

"Esse dado é importante porque demonstra que as medidas estão sendo insuficientes e acabam levando o consumidor e reincidir nos calotes", diz Ione. A especialista do Idec também acredita que falta clareza sobre o processo de renegociação de dívidas. "Não conseguimos saber qual juro é oferecido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem, na presença do presidente Michel Temer, mudanças no crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, como forma de estimular a economia do País.

No encontro, Renan sugeriu, por exemplo, reduzir o IOF cobrado nas operações - hoje em cerca de 3% para 1% - e duplicar o prazo máximo para o pagamento do crédito contraído, cujo limite atual é de 96 meses.

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O presidente do Senado disse que era preciso ter um "aceno concreto" para o consumo. Segundo ele, a medida poderá injetar bilhões de reais na economia. Na ocasião, Temer disse ter achado a ideia interessante e pediu ao Ministério da Fazenda uma avaliação de sua viabilidade. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito consignado fechou 2016 em R$ 389,3 bilhões, aumento de 2,5% em comparação com 2015.

A expectativa de Renan é que o governo formate uma proposta nesses moldes e anuncie mudanças em breve. O próprio senador usa como dado a favor da adoção da medida o fato de que o nível de endividamento das famílias registrou queda em novembro, segundo o BC.

Esse tipo de medida, aliás, já está em estudo pela equipe econômica do governo. O fato é que, ao patrocinar conversas como essa com Temer, o PMDB do Senado tem mantido sua preocupação em tomar atitudes de forma a garantir a retomada da atividade econômica, o que poderá melhorar a baixa popularidade do governo do presidente.

O Planalto também crê que antes do fim de 2017 o País já terá superado a recessão com medidas de estímulo econômico, partindo do pressuposto de que tenham sido aprovadas as reformas estruturantes, como a reforma da Previdência.

A avaliação dos peemedebistas é que Temer não pode repetir o discurso único de ajuste fiscal, que acreditam ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, sem mostrar à população melhoras no dia a dia.

Outra medida é a utilização de parte do FGTS como garantia para os empréstimos consignados. Proposta ainda por Dilma, a Caixa tem até março para regulamentá-la. Os trabalhadores da iniciativa privada poderão usar até 10% dos saldos das contas e a totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa como garantia de operações de crédito consignado. O governo Dilma estimou que se apenas 10% do total do FGTS mais as multas por demissão sem justa causa fossem usados, entrariam R$ 17 bilhões na economia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 42,8% em setembro para 42,5% em outubro, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (23). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em outubro, ficando em 24,0% da renda anual. Em setembro, estava em 24,2%.

Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) permaneceu em 22,2% em setembro ante outubro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda foi de 19,6% para 19,7%.

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A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporado na nota de crédito pelo BC em agosto de 2015. O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro caiu de 43,1% em agosto para 42,8% em setembro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 24, pelo Banco Central. A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporado na nota de crédito pelo BC em agosto de 2015.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou recuo em setembro, ficando em 24,2% da renda anual. Em agosto, estava em 24,4%.

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Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) em setembro ficou em 22,2%, ligeiramente acima dos 22,1% observados em agosto. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento ficou em 19,7% da renda, ligeiramente acima dos 19,6% de agosto.

A cidade de São Paulo é a mais endividada entre as capitais brasileiras, de acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Tesouro Nacional. O órgão considera o endividamento medido pela relação entre a dívida consolidada e a receita corrente líquida, que, no caso de São Paulo, chega a 204,3%.

Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 87,73%. "São Paulo aparece em primeiro lugar isoladamente como o ente mais endividado entre as capitais", reforça o documento. A capital com melhor indicador é Macapá (AP) (0,22%). A média entre as capitais é de 36,68%. Os dados se referem a 2015.

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Os indicadores de solvência de São Paulo medido pela despesa com pessoal/receita corrente líquida (RCL) foi de 42% - o limite é de 60%. O serviço da dívida sobre a RCL foi de 7%. O Rio de Janeiro apresentou despesa com pessoal/receita corrente líquida em 65%, acima do limite. O serviço da dívida sobre a RCL foi de apenas 4%.

Por outro lado, São Paulo é a capital mais autônoma financeiramente, já que 70% de sua receita total vem de arrecadação própria. Todas as capitais do Sul e Sudeste possuem arrecadação acima da média, que é de 44% - o Rio de Janeiro tem 58%. Macapá é, nesse quesito, a capital menos autônoma, com apenas 18% de arrecadação própria.

O Tesouro analisou também os investimentos feitos pelos entes com recursos próprios, o que indica o nível de dependência de fontes externas de financiamentos para essas despesas.

Entre as capitais, Salvador é a que tem o maior porcentual de investimentos com recursos próprios (93%). São Paulo é a terceira, com indicador de 86%. Recife é a mais dependente de financiamentos externos, com apenas 27% das despesas pagas com recursos próprios. No caso do Rio de Janeiro, o porcentual ficou em (48%).

Outro indicador analisado foi o de rigidez do gasto, medido pelo porcentual de despesas de custeio (gasto com pessoal, serviços da dívida e outras despesas correntes) sobre a despesa total. "A média deste indicador situa-se em 92%, o que demonstra um preocupante quadro de comprometimento das receitas com as despesas de custeio", destaca o documento.

Maceió é o município com a despesa mais rígida (93%) e Boa Vista tem o menor índice (77%). São Paulo apresentou índice de 90% e Rio de Janeiro de 80%.

O indicador de liquidez (disponibilidade de caixa líquida/despesa mensal liquidada média) mostra Palmas (TO) com o melhor número - o município tinha disponibilidade no final de 2015 para arcar com uma despesa média de sete meses. São Luís apresentou o pior índice, com disponibilidade de caixa negativo. São Paulo tem índice de 1,34 mês e Rio de Janeiro 0,54 meses. A média do indicador foi de 0,7 meses.

Os consumidores brasileiros ficaram menos endividados e inadimplentes na passagem de setembro para outubro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra que 57,7% das famílias possuíam algum tipo de dívida em outubro contra uma fatia de 58,2% em setembro. Há um ano, esse porcentual era ainda maior, 62,1%.

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"As altas taxas de juros e a fragilidade do mercado de trabalho têm limitado o consumo, provocando também a diminuição recente dos níveis de endividamento", justificou o economista da CNC Bruno Fernandes, em nota oficial.

Já a proporção dos entrevistados que relataram ter dívidas em atraso foi de 23,8% em outubro, ante 24,6% em setembro. O resultado, entretanto, é maior do que os 23,1% registrados em outubro de 2015.

O total de famílias que previam permanecer inadimplentes também diminuiu em relação a setembro: 9,4% dos entrevistados afirmaram na pesquisa de outubro que não têm como pagar as dívidas e, portanto, seguiriam inadimplentes. No mês passado, esse porcentual era de 9,6%. Há um ano essa fatia era menor, 8,5%.

A pesquisa considera como dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo, prestação de carro ou seguro.

Entre as famílias brasileiras, 21% têm mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas. O cartão de crédito permanece no topo da lista de contas a pagar, citado por 77,1% dos entrevistados. Os carnês estão em segundo lugar, com 14,1% de citações, seguidos pelo financiamento de carro, com 10,2%.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 43,3% em julho para 43,1% em agosto, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central. A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporada na nota de crédito pelo BC em agosto de 2015.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em agosto, ficando em 24,4% da renda anual. Em julho, estava em 24,6%.

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Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) permaneceu estável em agosto (22,2%). Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda seguiu em 19,7%.

Desde o início da crise econômica a massa total de rendimentos das famílias encolheu R$ 4,39 bilhões, levando os brasileiros a um forte processo de desalavancagem. De dezembro de 2013 a junho deste ano, o porcentual de famílias endividadas caiu de 62% para 58%, passando de 9,466 milhões para 9,062 milhões, em números absolutos. Os dados são da sexta edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a FecomercioSP, as grandes turbulências nos quadros político e econômico vividas pelo Brasil a partir de 2014 impactaram de maneira expressiva as famílias, ao deteriorar as condições de renda e emprego. Esses fatores, juntamente com a queda no grau de confiança dos consumidores, explicam o ciclo recessivo do consumo, que ainda prevalece corroendo as vendas do comércio em todo o País, além da retração das operações de crédito.

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Desde dezembro de 2013, o volume total de dívidas das famílias brasileiras encolheu de R$ 15,2 bilhões para R$ 14,2 bilhões. O valor médio das dívidas por família diminuiu de R$ 1.611 para R$ 1.596. Entretanto, como a massa de rendimentos também recuou, a parcela da renda comprometida com o pagamento desses encargos subiu de 30% para 31%.

No âmbito da inadimplência, a menor procura por empréstimos, ao lado da maior preocupação com a administração mais rígida do orçamento doméstico, levou a uma trajetória de relativa estabilidade nos atrasos na quitação dos empréstimos. Essa proporção, que era de 21% em 2013, caiu para 18% no final de 2014 e cresceu para 23% em 2015 e permaneceu neste nível em junho deste ano.

Embora as famílias tenham reduzido em 11,2% o volume de empréstimos, os custos subiram bastante no período, com um aumento real no pagamento de juros de 6,3%. A taxa média cobrada passou de 18,9% para 24,1%. Em números absolutos, o total de juros pagos foi de R$ 158,9 bilhões para R$ 174,4 bilhões.

Segundo os economistas da FecomercioSP, essas constatações deixam clara a importância da política monetária sobre o dia a dia e sobre a capacidade de consumo da população, pois a taxa de juros representa um elemento relevante no total do orçamento doméstico. "Isso realça também a importância de uma economia com suas contas públicas ajustadas, pois no final a prática de altos juros nada mais é do que a necessidade de se utilizar uma política monetária restritiva, na ausência de política fiscal adequada, visando evitar o descontrole de algumas variáveis macroeconômicas importantes, principalmente da inflação", diz a entidade.

Capitais

Curitiba (PR) permaneceu sendo, em junho de 2016, a capital com o maior porcentual de famílias endividadas (86%). Na sequência aparecem Florianópolis (SC), com 85%, Boa Vista (RR), com 82%, Brasília (DF), com 78%, e Natal (RN), com 76%. As capitais menos endividadas são Goiânia (GO), com 34%, e Belo Horizonte (MG), com 38%.

Em relação às operações de crédito no País, a região Sudeste abriga 42,2% das famílias brasileiras e concentra 46,6% do volume de crédito nacional. Na capital de São Paulo, que naturalmente detém o maior volume de dívidas, em decorrência de ter a maior população do País, o montante de famílias endividadas em junho de 2016 foi de 49%. Isso significa 1,890 milhão de famílias com dívidas, que em média são de R$ 1.799. Esse valor mostra que 29% da parcela da renda mensal dessas famílias está comprometida.

O endividamento das famílias atingiu em junho deste ano o menor patamar desde dezembro de 2012. Mas o que, à primeira vista, poderia indicar um alívio, tem um lado perverso. A fatia de dívida na renda do brasileiro tem caído por causa do desemprego e do aperto do crédito.

De acordo com dados do Banco Central, o nível de endividamento das famílias recuou em junho, último dado disponível, para 43,7% da renda anual. Em abril de 2015, quando atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em 2005, foi de 46,4%.

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"O indicador caiu porque o consumidor está fazendo menos dívidas", afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC. Segundo a instituição, a demanda por crédito do consumidor recuou 6% nos últimos 12 meses. "Há também o ajuste pelo consumo: com a piora do mercado de trabalho e o aumento da inflação, os orçamentos apertaram muito", diz.

Nos últimos anos, com a forte expansão da economia brasileira e várias medidas de estímulo ao consumo, houve um crescimento na concessão de crédito. "Várias medidas do governo estimularam um excesso de endividamento, como reduções de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e bancos públicos oferecendo crédito barato", diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

A rápida deterioração da economia brasileira, no entanto, colocou fim à bonança e levou ao aumento da inadimplência.

Sem emprego, a secretária Isabel Silva entrou para esse grupo. "De repente minha renda não era mais compatível com os gastos e dívidas", conta. Com três cartões de crédito estourados e no limite do cheque especial, ela teve de partir para as renegociações.

Na jornada que percorreu para sair do vermelho, ela conseguiu quitar um cartão e renegociar outro. As demais dívidas ainda dependem de um acordo. "Tinha semana que não conseguia dormir. Tinha vergonha de passar por isso", afirma. Hoje, de volta ao mercado de trabalho e menos pressionada, ela já traça metas para ficar em dia com as dívidas. "Até o fim do ano quero resolver todas."

Acordos. O caminho seguido por Isabel tem sido cada vez mais comum. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 47,3% dos inadimplentes pretendem buscar um acordo com credores para limpar o nome. Em 2015, esse porcentual era de 37,2%.

Outra estratégia utilizada pelos inadimplentes é o bico. São 22,9% os que recorrem a essa modalidade de renda extra. Isabel Silva, por exemplo, já vendeu lingerie e pijamas, e ainda faz bolos e salgados para complementar a renda. "Já fiz de tudo um pouco para conseguir um dinheiro e pagar minhas despesas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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