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A arbitragem brasileira está acostumada a viver bombardeada por críticas. Na grande maioria, com razão. Os quadros dos “homens do apito” sofrem com a falta de estrutura e treinamento. É inegável e, infelizmente, as falhas são inevitáveis. Em Pernambuco, nesta quarta (25), um lance pode ter mudado a carreira do árbitro Cláudio Mercante.

A partida entre Náutico e América transcorria normalmente até o carrinho – violento – de Maneco em Rogério. A entrada causou uma lesão nos ligamentos do joelho direito do jovem atacante alvirrubro, que ficará seis meses fora dos gramados. Considerado negligente no momento, Cláudio Mercante marcou lateral. Após muita reclamação, reverteu o lance em falta e aplicou apenas o cartão amarelo.

Porém, o árbitro revela estar arrependido da decisão. Segundo ele, não tem o aparato da televisão para apitar. Sabe que falhou – e muito, como enfatizou na entrevista -, mas também destaca que o cartão não mudaria a lesão do atleta, considerada como uma “fatalidade”.

Chorando em alguns momentos, Cláudio Mercante deu uma entrevista em que confessa: o clima está complicado, pensa em aposentar o apito. “Eu estou triste, foi uma falha minha. O que eu gosto de fazer, é o que eu sei fazer, a minha vida todinha foi com arbitragem e estou passando por isso”. Confira:

O LANCE

“Infelizmente, depois que cheguei em casa e fui rever o lance, percebi o erro, vi que era uma jogada mais brusca. Mas a gente não tem o aparato de apitar com a televisão, eu apito com interpretação e com o que vi na hora. Minha interpretação é de que o jogador tinha tirado a bola e se chocado com o jogador Rogério”.

DESCULPAS

“Peço humildemente desculpas ao jogador Rogério, que é um grande atleta, super educado, e tem um futuro brilhante pela frente. Peço desculpas ao presidente do Náutico, humildemente, e aos seus torcedores por não ter expulsado o jogador do América. Mas nada ia tirar a lesão do atleta, foi uma fatalidade. Mesmo se eu tivesse dado o cartão vermelho, o jogador teria sido lesionado também. A minha falha foi não ter expulsado. Mas estou triste com a situação”.

ACUSAÇÕES DOS ALVIRRUBROS

“Isso é normal. Os dirigentes estavam de cabeça quente e, pela situação que aconteceu, não vou tirar a razão deles. Peço desculpas a eles por minha falha, mas foi uma fatalidade o que aconteceu com o jogador Rogério. Eu não tenho nada contra eles (os dirigentes), foi uma reação na hora e com toda a razão”

FUTURO

“Ainda não fui comunicado oficialmente. Já vi na internet, aqui em casa, alguns amigos ligaram para mim, mas vou acatar a decisão do presidente. É uma pessoa super coerente com as coisas e está tomando a decisão que acha correta, vou respeitar. Agora vou acatar, continuar trabalhando e, se der para voltar, eu volto, caso contrário, a gente vai abandonar e ver o que vai fazer. Se não der para voltar a apitar eu não volto mais. Por que fica um clima muito chato. Então, a gente vai levando”

CLIMA

“Fiz a abertura do Campeonato Pernambucano, Porto e Náutico, fui elogiado por várias rádios, por vários jornais como a melhor arbitragem do Campeonato até agora. Na quarta partida eu falhei em um lance que era para dar o cartão vermelho... Não livra a lesão do atleta, se eu deixei de dar o cartão vermelho. Falhei? Falhei, pois deveria ter expulsado. Estou triste comigo mesmo, o Rogério é um atleta super educado, super gente fina, mas ele está lesionado por uma atitude de um atleta da outra equipe. O clima está chato pelo que passei ano passado e pelo que estou passando agora”

ARBITRAGEM PERNAMBUCANA

“Eu acho que o trabalho vem sendo bem feito, doutor Evandro (Carvalho, Presidente da Federação Pernambucana de Futebol - FPF) está dando o maior aparato para a arbitragem. Erros vão acontecer, pois somos humanos. O trabalho é bem elaborado, bem feito. Infelizmente, é como já disse: foi uma fatalidade”.

 A virada do Santa Cruz por 4x2 contra o Serra Talhada, fora de casa, após sair perdendo por 2x0 em 10 minutos de jogo foi comemorada pelos jogadores. A superação e o poder de reação foram exaltados pelo elenco e principalmente pelo técnico Zé Teodoro.

“A palavra é superação. Temos que destacar o poder de reação da nossa equipe que foi importante e no aspecto físico nosso time sobrou em campo”, avaliou o meia Wesley.

O volante Léo entrou nos minutos finais da partida e ainda marcou um gol, tentou explicar o que aconteceu no início da partida. ”Nosso time entrou um pouco desligado, tomamos um gol de bola parada e já conversamos no vestiário para isso não acontecer mais. Esse apagão não pode acontecer em um clássico porque é mais difícil conseguir a virada”, afirmou o jogador.

O atleta ainda ressaltou a importância do gol nesta volta ao Santa. “Entrei faltando apenas 5 minutos e consegui ajudar a equipe com o gol. Isso só me dá mais confiança para trabalhar e quando precisar ajudar o Santa Cruz”, finalizou Léo.

O treinador tricolor também ficou satisfeito com a reação do Santa, mesmo com o início ruim. “Temos que ressaltar o comportamento depois dos 10 primeiros minutos. Combinamos uma coisa, não deu certo e tivemos que correr atrás. O grupo tomou posição da situação, teve atitude necessária e o grupo assumiu a responsabilidade. Das três partidas acho que essa foi a melhor do Santa Cruz na competição. Foi uma vitória na raça”, disse Zé Teodoro.

Quem gosta de cinema italiano tem novidade pairando no ar: uma entrevista inédita do cineasta Pier Paolo Pasolini (1922-1975), gravada para a rádio nacional sueca - três dias antes de seu falecimento e, posteriormente, dada como perdida - foi encontrada e publicada na íntegra pelo jornal italiano L’Espresso, no mês passado.

Quem achou o registro foi Carl Henrik Svenstedt, tradutor sueco de Pasolini. Algumas falas fortes do cineasta, que discutiu com vários críticos suecos na ocasião, podem agora ser conhecidas. Ele afirma, por exemplo: “Considero o consumismo um fascismo pior do que o clássico, porque o fascismo clerical não transformou os italianos, não se entranhou neles. Era um estado totalitário mas não um estado totalizante”.

A entrevista tem duração de 75 minutos, utilizados por Pasolini com o intuito de lamentar a ruína das identidades rurais na Itália e a sua substituição por uma cultura uniformizada. Ele fala ainda de seu último filme, Salò ou 120 Dias de Sodoma. “O sexo é apenas uma alegoria, a metáfora para a transformação do corpo em mercadoria efetuada pelo poder. O consumismo manipula e violenta o corpo tanto quanto o nazismo. O meu filme registra essa coincidência sinistra”.

O cineasta foi assassinado em 2 de novembro de 1975, por um garoto de programa.

O governador Eduardo Campos participou, no final da manhã desta terça-feira (3), do programa do radialista Geraldo Freire, na Rádio Jornal. O gestor discorreu entre outros assuntos sobre desenvolvimento econômico e social, saúde e política. Confira aqui no LeiaJá algumas das declarações do governador, durante a entrevista.

Desenvolvimento social

“Este é terceiro ciclo de crescimento no Estado. Mas dos três é o único que tem essa preocupação com o crescimento social”.  Eduardo Campos ressaltou que Pernambuco deu um salto grande no número de escolas integrais. “Saímos de três escolas integrais para 76 escolas. Em Petrolina, Toritama e Ipojuca, que não tinha escolas técnicas e passou a ter”. E complementou “Agora você não pode achar que em cinco anos você pega uma varinha de condão e diz assim: o crescimento aconteceu e as pessoas mudaram de vida das pessoas e que não tinham saneamento passam a ter”.

Eduardo Campos também afirmou que o Recife era uma capital que não tinha água. “Nós tiramos milhões de pessoas do racionamento. Não é no grito ou no desejo que você muda a vida das pessoas, é com trabalho. É forte o impacto na educação de uma década para outra e aí sim é que se muda a vida das pessoas”.

De acordo com o governador, as estatísticas apontam que a desigualdade social no Estado está diminuindo ano a ano.

Saúde

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O governador enfatizou que há 40 anos o Estado não recebia urgências e emergências. “Fizemos uma rede de urgência e emergência (UPAs) que atendeu 2,5 milhões de pessoas em 2011. Foram 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e dos cada 100 milhões que estavam lá R$ 80 eram azul e branco (referindo-se a verda destinada pelo Estado)”.

No quesito melhorias para a saúde, frisou que, o Estado necessita de mais ação básica e mais médicos. No Interior, Eduardo Campos lembrou  a implementação do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, e a reinauguração do Hospital de Palmares.

“Palmares já está com o hospital que foi destruído pela cheia reestruturado e, além do mais, hoje o Estado conta com 900 UTIs (Unidade de Terapia Intensiva). A maior cobertura do Nordeste. Mas se não fizer conta, porque saúde no Brasil custa caro, se enrola”

Eleições

“Eu entendo que quem elege é o povo. O povo acompanha não com a mesma frequência que nós jornalistas e políticos, mas chega um determinado momento que a população passa acompanhar a movimentação política”.

Sobre coordenar o processo eleitoral, Eduardo Campos evitou ser incisivo e disse que este papel cabe aos partidos. “É Deixar quem vai para as urnas cuidar do seu serviço. O que tem que acontecer é a unidade se fortalecer. O importante é que se arrume em prol da sociedade. A política tem um tempo e esse tempo vai chegar e tudo vai se resolver”, completou.

Ao final, falou sobre os cuidados que tem para manter sua saúde em dia. Disse que faz caminhada e cuida da alimentação.
 

Em café de manhã com jornalistas, a presidente Dilma Rousseff avisou que seu governo "não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada". "É tolerância zero", afirmou, referindo-se a possíveis malfeitos dentro do seu governo. Ela evitou citar especificamente o caso do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, novo alvo de denúncias de tráfico de influência. Assegurou que "não há dois pesos e duas medidas" no tratamento das denúncias e na demissão de ministros. "O que ocorrer dentro do governo não será tolerado", garantiu.

Para a presidente, não houve momento de desgaste por conta da troca recorde de ministros em seu primeiro ano de governo. "Foi um momento de dificuldade. Não acho que foi um momento de desgaste. Lamento. Muitos ministros eram pessoas que eu considerava capazes. Mas o governo superou isso", afirmou. Sobre a demissão do então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, Dilma disse que ele saiu do governo porque quis. Ela lembrou que em muitos casos a pressão é tão forte que o próprio ministro decide sair.

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Reforma ministerial - Não haverá redução de pastas com a reforma ministerial que a presidente pretende fazer no início do ano. Ela chegou a ironizar as notícias que saem na imprensa sobre as mudanças. "Vocês vivem falando que vai ter reforma". Ela fez questão de descartar a possibilidade de serem extintas pastas que ela considera estratégicas, como as secretarias de Igualdade Social e de Políticas para as Mulheres.

"Não é isso que faz a diferença no governo. Cada ministério tem um determinado tipo de responsabilidade imensa. Quem não enxerga isso é porque não conhece o governo internamente", disse. Dilma ironizou ainda notícias de que ela privilegia encontro com alguns ministros, como Guido Mantega, da Fazenda, Fernando Haddad, da Educação e Alexandre Padilha, da Saúde. "Acho isso engraçadíssimo. São diferentes demandas", afirmou.

Reajuste do Judiciário - Dilma afirmou ainda que o aumento dos salários do Judiciário "é uma questão do Congresso". A presidente justificou, ainda, que o País ficaria fragilizado se tivesse uma política de gastos sem controle. Por isso, disse que "não é hora de dar reajuste a ninguém", em referência ao aumentos salariais do funcionalismo público. "Não coaduna com o momento. Ninguém é melhor do que ninguém", defendeu.

Questionada se o dinheiro para o reajuste não sairiam de uma mesma fonte do Tesouro Nacional e que o governo não teria como impedir que fosse concedido, a presidente evitou polemizar, falando que não faz análises sobre outros poderes. "Não compete a um presidente fazer isso", disse. Dilma ressalvou, no entanto "que não é crime pedir aumento salarial. É algo que as categorias podem pedir".

Crise e cenário econômico - O Brasil está em uma situação melhor para enfrentar a crise no atual momento "porque temos recursos próprios. Temos mais do antes", avaliou Dilma. A presidente informou que o Brasil aprendeu muito com a crise de 2009 e comentou críticas que o governo vem recebendo de que poderia enfrentar problemas no crédito. "Dizem que vamos ter problemas de crédito", disse a presidente, explicando, no entanto, que o Brasil tem usado crédito para enfrentar a crise.

"Passamos de R$ 400 bilhões para quase R$ 2 trilhões. Na verdade, foram quase R$ 1,94 trilhão e nós não recorremos ao orçamento", disse a presidente, lembrando que o governo tem instrumentos com o alto volume de depósitos compulsórios. "Temos margem de manobra na política monetária", reagiu a presidente. "Temos capacidade de investimento, tanto do ponto de vista do governo, quanto da iniciativa privada", declarou.

Ao falar sobre cada um dos setores da economia, a presidente Dilma destacou o empreendedorismo do brasileiro e disse que o Brasil tem uma indústria. "Ela não foi sucateada", afirmou, lembrando que "algumas estão intactas e a outras apenas falta um elo. Outras empresas terão de progressivamente agregar valor". "Este governo tem uma política industrial", ressaltou.

A presidente acredita que o mercado brasileiro não tem de ser necessariamente fechado. "Uma parte do mercado tem de estar aberto para não criar feudos que são ineficazes e ineficientes", afirmou. "Temos de olhar a crise como oportunidade para acelerar o nosso crescimento. Confio muito na iniciativa privada", disse.

Ela vê o cenário para 2012 como de crescimento do Produto Interno Bruto(PIB) de 4,5 a 5. "A meta é 5%. A meda do Guido (Mantega, ministro da Fazenda) é 5% , de toda a área econômica é 5%. Tenho certeza que a inflação fica sob controle e manterá a trajetória de curva descendente suave", afirmou a presidente, em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.

A presidente Dilma Rousseff pediu hoje, em café da manhã com jornalista, que os partidos da base aliada não interfiram em questões do governo. Para a presidente, depois da indicação de nomes ao governo, os indicados devem prestar contas apenas ao Palácio do Planalto.

"Quero que cada vez mais os critérios de governança sejam critérios internos do governo, que nenhum partido interfira em questões internas. Uma coisa é a governabilidade, é importante que o partido participe, indique nomes", disse. Para a presidente, no entanto, deve-se prestar contas ao governo "e a mais ninguém" depois da indicação.

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Dilma participou de café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, comentando diversos temas, como a situação econômica mundial e brasileira e os casos de corrupção que abalaram o governo. "Meu governo não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada. Tolerância zero", afirmou a presidente.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou que decidiu se afastar do governo. Segundo ele, depois de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e dirigentes do seu partido, o PCdoB, chegou-se à conclusão que a melhor solução seria o seu afastamento. "Essa foi a decisão que tomei", disse em entrevista no Palácio do Planalto, justificando que o PCdoB não pode ser instrumento de ataque ao governo, pois o partido participa da base aliada.

"Eu decidi sair do governo para que possa defender minha honra e meu partido", completou o ministro. "Minha honra foi ferida". Segundo Orlando, foram 12 dias de "ataque baixo e agressão vil" e nenhuma prova contra ele surgiu ou surgirá.

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Ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, o economista Luís Eduardo Assis avalia que não há nada que o governo possa fazer para conter a trajetória de alta da moeda americana em relação ao real. "O que estamos assistindo é uma fuga para a qualidade", afirma o economista.

Ontem, depois que o dólar experimentou a cotação máxima de R$ 1,953 - no fim do dia fechou a R$ 1,910 -, surgiram no mercado especulações de que a equipe econômica poderia rever as medidas adotadas para conter a valorização do real em relação ao dólar, em especial o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) de 1% sobre as chamadas posições vendidas de bancos e empresas que não casarem com as posições compradas.

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Em entrevista à Agência Estado, o economista atenuou o impacto dessa natureza sobre o câmbio, alegando que a trajetória de alta do dólar é inevitável e reflete a fuga para a qualidade de investidores que estavam posicionados em juros.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

P - Com a alta do dólar, começam a surgir especulações de que o governo poderá rever as

medidas adotadas recentemente para conter a valorização. Qual a sua avaliação sobre isso?

R - O governo até pode rever algumas medidas. Mas não será isso que vai resolver o problema. A trajetória de alta do dólar é inevitável, e quanto a isso não há muito o que fazer.

P - Por quê?

R - Porque o que estamos assistindo é uma fuga para a qualidade. E a qualidade, diante deste momento de crise, é o dólar. Por um tempo, a moeda americana ficou muito barata. O dólar foi vendido a R$ 1,80, a R$ 1,70 e ganhou-se muito dinheiro. Muita gente que fez arbitragem com juro está vendo agora o dólar subir e o juro cair. Estão ganhando menos e, antes que comecem a entrar no prejuízo, correm para o dólar como forma de congelar as perdas.

P - Então, quanto mais o dólar subir, mais gente vai querer comprar?

R - Pois é, o dólar ficou lá embaixo por muito tempo e agora se solta como se fosse uma mola. E quanto mais a moeda americana sobe, mais compradores vão aparecendo. Por isso é inevitável a trajetória de alta.

P - Enquanto o dólar estava baixo, o Banco Central (BC) aproveitou para comprar reservas internacionais. E agora?

R - Esse movimento mostra também que a ideia de que reservas internacionais são poupança para o Brasil é equivocada. Grande parte do ativo do BC (reservas) tem como passivo alguma empresa brasileira. Ou seja, as reservas têm como contrapartida dívidas. Não se sabe o quanto, mas é dívida.

O Brasil apresentou condições para apoiar um potencial plano de ajuda à zona do euro que envolveria outros grandes países em desenvolvimento, pedindo que o bloco primeiro encontre soluções concretas para a crise da dívida soberana, segundo informações do ‘Wall Street Journal’. "A Europa precisa salvar a si mesma porque tem instrumentos para resolver os problemas da dívida soberana da Grécia e de outros países e o problema de fragilidade de bancos", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista à Dow Jones e ao WSJ. "Se eles não solucionarem os problemas, os países emergentes terão pouco a fazer, porque as questões centrais não estarão resolvidas."

Mantega, que na quinta-feira vai se reunir com seus colegas da China, Índia, Rússia e África do Sul, disse que os países do Brics podem complementar os esforços europeus com financiamento ou compra de bônus do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (Feef). Segundo o ministro, o Brasil e outros emergentes também podem fornecer ajuda financeira se o Feef começar a vender grandes quantidades de bônus.

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"Acreditamos que os países europeus podem fazer mais de seu lado do que estão fazendo atualmente", disse. "Naturalmente, os Brics e outros países emergentes podem participar da reconstrução do sistema financeiro e da recuperação da confiança."

Na semana passada, depois de informes de que a China estava preparando a compra de bônus da Itália, Mantega anunciou que os Brics se reuniriam antes dos encontros com os países do G-20 em Washington, nesta semana, para discutir formas de ajudar a recuperação da Europa.

Os comentários de ontem do ministro indicam que os esforços dos Brics estão nos estágios iniciais e dependem de ação significativa das autoridades europeias. Mantega negou informes de que o Brasil planejava usar US$ 10 bilhões de recursos próprios para ajudar a zona do euro, embora tenha admitido que o Banco Central brasileiro pode ter comprado bônus do Feef, mas apenas para diversificar as reservas estrangeiras, e não como parte de iniciativa de ajuda.

O ministro também disse não acreditar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) necessite de mais capital para combater o aprofundamento da crise na Europa. Segundo ele, o dinheiro injetado no organismo em 2008 já seria suficiente para que o FMI atue para debelar a crise.

Sobre o País, o ministro da Fazenda disse que o panorama inflacionário é "mais benigno" em 2011 do que em 2010. Segundo ele, o índice de preços ao consumidor avançou em ritmo mais acelerado que o esperado até a metade de setembro, com o IPCA-15 subindo 7,33% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje.

A pressão inflacionária tem sido vista por analistas como o maior risco para a economia brasileira. Mantega destacou que, entre os Brics, o País é o único com juro real positivo. Em agosto, o BC surpreendeu ao cortar a Selic de 12,5% para 12%, em parte para conter a demanda pelo real. "O Brasil adotou medidas defensivas de política cambial porque foi forçado a fazê-lo."

O ministro afirmou ainda que o Brasil não seguirá os passos de países como a Suíça, que recentemente estabeleceu um nível específico para a valorização do franco, mas comentou que medidas assim podem parecer sedutoras à primeira vista. "Eu rezo todas as noites para não cair nessa tentação", brincou Mantega. As informações são da Dow Jones.

Não satisfeita com a polêmica sobre suas preferências sexuais, já mencionada aqui no blog, a cantora Sandy voltou aos holofotes por conta de uma frase na revista Playboy. Desta vez, uma declaração para lá de machista: “Homem não nasceu para ficar com uma mulher só. Todos os animais são assim. (...) e na cultura ocidental resolveu-se que o homem tem que ser fiel. (...) Mas, racionalmente, entendo a vontade que alguns têm de trair", disse Sandy.

Essa Sandy só pode gostar de causar, ou está, realmente, querendo reverter o quadro de "ingênua" (dando uma de Britney Spears) construído durante sua carreira musical na infância/adolescência.

Num tom intimista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reconheceu que há uma certa solidão no poder e revelou, após completar 80 anos, que não está seguro se será lembrado no longo prazo. Em entrevista concedida ao jornalista Eric Nepomuceno, e que será transmitida às 21 horas desta terça-feira, no Canal Brasil, o ex-presidente afirmou que tem pavor de ficar semilúcido ou semiparalítico e que conversa, por meio da memória, "com aqueles que já se foram". "Eu fico imaginando o que fulano, o que beltrano, sobretudo a Ruth Cardoso, o que diriam em certa circunstância", disse. No breve bate-papo, o ex-presidente dimensionou a sua solidão como grande e ressaltou que aquele que tem poder tem de "tomar cuidados que normalmente não precisaria tomar".

"Não é a solidão no sentido de que você não seja cercado por pessoas, mas é que você tem de ser muito reservado em muitas matérias, porque tudo o que você fala circula", ressaltou. "E certas questões no poder são suas, você não pode delegar, não tem nem com quem conversar", acrescentou. O ex-presidente se considera uma pessoa feliz e avalia que a vida não lhe deve nada. "Eu acho que eu devo à vida, eu não tenho do que me queixar", afirmou. "Eu não me sinto credor dos outros, talvez eu deva retribuir por muito o que recebi", emendou.

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O tucano admitiu que não está seguro se, no longo prazo, será lembrado. No curto prazo, ele disse acreditar que será recordado pela estabilização da economia e por ter sido um democrata. "Na história, as pessoas são julgadas, rejulgadas, voltam a ser julgadas e a percepção futura vai variando", disse. "Eu não tenho a pretensão de ter um julgamento estável", afirmou.

Ele disse ainda que poderia ter sido mais audacioso na juventude e foi categórico quando questionado se tinha alguma frustração em sua trajetória política. "Na política, eu não tenho frustrações", respondeu. O tucano considerou ainda que, se não tivesse perdido as eleições para a Prefeitura de São Paulo, em 1985, "não teria sido provavelmente mais nada". "Eu não tinha maturidade", observou. Ele reconheceu ainda que a Revolução Cubana, de 1959, foi uma "marca muito forte" e um fato "muito significativo".

"Eu acho que, para a minha geração, a Revolução Cubana foi uma marca muito forte, não tem uma palavra minha de crítica à Revolução Cubana", lembrou. "Eu sei o que aconteceu depois, mas eu acho que isso não apaga o que significou naquele momento". Ele admitiu ainda que uma de suas angústias é a morte. "Não que eu sofra a angústia da morte, mas a angústia da morte significa: E a vida para quê? O que é a vida?", respondeu. "Não há resposta".

A cantora Sandy, que já foi comparada à atriz hollywoodiana Audrey Hepburn pela sua perfeição inquebrantável de seu rosto, parece não ter mais sossego na mídia depois da polêmica declaração feita na revista Playboy sobre, digamos, suas práticas sexuais. Flagrada dando um beijo no marido Lucas Lima em um shopping no Rio de Janeiro, a cantora recebeu o título de “Ousada” pelas “cenas de carinho explícito com o marido Lucas”, em uma revista de fofoca infundada.

Tudo bem que alguém ache estranho associar atualmente a imagem dela à campanha do Criança Esperança, pela polêmica estar ainda recente, mas daí a querer "causar" com qualquer passo que a garota dê são outros quinhentos...

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Inclusive, na noite de ontem (1),  durante a comemoração dos 40 anos de carreira da dupla Chitãozinho e Xororó, ela chegou a afirmar que a frase estampada na capa da edição de agosto/2011 da revista foi “fora de contexto”. "Ah, a gente sabe como a imprensa pode ser sensacionalista. Foi uma frase que tiraram do contexto e ganhou significado novo", disse, tranquila.

Com informações do site Ego.

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