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Lala K foi a primeira mulher de Pernambuco a se identificar como DJ. Já passou pelas baladas mais importantes do Recife, conquistou um público próprio, foi premiada em São Paulo e hoje, 15 anos depois, se reinventa num movimento natural e se firma como a maior DJ de Pernambuco. Comemorando a terceira indicação da primogênita Sem Loção à melhor balada de São Paulo e estreando um novo projeto, a Boulevard Gang, Lala recebeu o LeiaJá na sua casa para uma conversa.

Antes de começar a carreira de DJ, você fazia o que?

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Eu estudava Engenharia Cartográfica e dava aulas. Um dia, numa festa aqui em casa, um amigo trouxe uns discos, eu já tinha outros e ficamos tocando. No final, Joana Lira me chamou para tocar numa festa na casa dela e eu aceitei. Fui sendo chamada para os lugares e fui levando meus discos, quando começou a sair nota em cima de nota, falando de "Lala"; foi aí que produzi a minha primeira festa, A Festa do Cabelo, com Paulo Cabral e Saulo de Tarso. Paulo fez uma surpresa e colocou no cartaz DJ "Lala Ka", foi quando ganhei este apelido. Depois eu joguei o "a" fora.

E quando foi que jogou a engenharia fora?

A faculdade era de manhã e eu já chegava dormindo. Comecei a pagar umas cadeiras de Jornalismo, depois passei para Rádio e TV, mas aí desisti de tudo.

Encarar a música como profissão exige muita responsabilidade e organização. Quando você decidiu que era isso o que queria fazer, como foi o processo? 

Fui pesquisar. Meti a cara no computador, comprei revistas, livros e fui me informar. Aí eu fui para Barcelona e lá fui para o melhor festival de música eletrônica da Europa, o Sónar, um grande aprendizado. Lá, eu vi um DJ gringo fechando um set de música eletrônica com Balança a Pema, eu gostei daquilo. Uma vez tocando no Festival de Inverno de Garanhuns, no meio de um set, joguei Chico Science e Nação Zumbi, e todo mundo amou. Foi uma loucura.

Ser DJ não é montar um setlist e colocar para tocar, isso é uma coisa que qualquer pessoa pode fazer. Você é uma DJ profissional, qual é a diferença?

Existe DJ e existe tocador de cd, de música. Quando eu comecei as pessoas diziam "Lala é DJ" e eu nem sabia o que era isso. Teve uma época que fiquei bem confusa. Aí eu vi uma matéria com Mark Makers, que já foi eleito um dos melhores DJs do mundo, em que ele dizia: "O que é que adianta a pessoa ter técnica, um monte de discos com nomes impronunciáveis, se a pista está vazia?"

Então também tem isso, não adianta ter equipamentos, os últimos lançamentos e a pista ficar vazia, você acaba não sendo nem DJ, nem tocador de música. Hoje tem também o produtor musical, que faz as bases ou um remix, então ele acaba sendo as duas coisas, produtor e DJ. O DJ é a pessoa que tá tocando ali, tem a técnica para fazer a coisa na hora, ou como a gente faz na Odara, que é botar uma música e tirar outra, às vezes tá um samba e você solta o vocal de outra música, vai brincando mesmo, mas mantendo a pista.

A Sem Loção é a sua primogênita e uma marca forte do teu trabalho. Como foi que ela começou a acontecer?

Passei seis meses em São Paulo e voltei com a ideia de fazer. Foi um marco mesmo, acontecia a cada 15 dias e ficou dois anos e meio assim. Um sucesso, não tinha isso aqui em Recife. Levamos para São Paulo e, já no primeiro ano, ganhou uma votação como a melhor balada da cidade.

Como é o processo criativo dos teus projetos?

É engraçado, geralmente eu viajo e volto com uma ideia. A Sem Loção foi assim e a Odara também, eu passei uns meses no Rio de Janeiro e fazia tempo que não tinha festa a tarde por lá, aí a Zero Zero fez a Num e eu achei incrível. Voltei com a ideia de fazer alguma coisa aqui à tarde também.Conversei com o pessoal da Golarrolê e aí surgiu a ideia de fazer uma de música brasileira. Tem dado super certo, estamos chegando à nona edição e, na última, tinham 1.600 pessoas.

Neste sábado você está estreando um novo projeto, também em parceria com a Golarrolê, a Boulevard Gang. Como surgiu essa ideia?

Foi numa Sem Loção, já de manhã, a gente tava conversando, eu, Felipe Machado, Allana Marques e Lucas Logiovine e, de repente, surgiu tudo: a festa, a ideia de ser black tie e o nome. Tudo. Aí o Aeroplane, da Bélgica, estava vindo para o Brasil e aproveitamos para fazer com ele.

Como é o mercado aqui no Recife? Tem espaço, tem concorrência?

Todos nós somos concorrentes, mas tem espaço. Cada um faz o seu, mas para ficar tem que ser bom, você tem que segurar a sua história. Nesses 15 anos eu vi muita gente entrar e sair, arrumar confusão. Eu sou muito na minha.

O que é imprescindível para você nesta profissão? O que a pessoa tem que saber?

Tem que andar muito, ver o que acontece na cidade, quem está fazendo o que, o estilo do que está rolando. É importante propor coisas novas.

Serviço
Boulevard Gang com Aeroplane (Bélgica) e Lúcio Morais (SP)
Sábado (18), 00h
Barrozo (Rua da Aurora, 1225 Santo Amaro)

Em dezembro de 1982, a cidade de Olinda recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2012, os trinta anos do reconhecimento do valor cultural de Olinda começam a ser comemorados com a V Semana do Patrimônio de Pernambuco, que começa nesta segunda (13), com uma programação toda dedicada à Cidade Patrimônio Histórico e Cultural. Em entrevista exclusiva para o leiaJá, a Secretária de Patrimônio e Turismo de Olinda, Márcia Souto, fala sobre a relação da cidade com seu patrimônio, dos desafios da gestão pública, e adianta em primeira mão a inauguração do Teatro do Bonsucesso, localizado no mesmo bairro que abriga a sede do homem da Meia-noite.

O que significa, para a cidade de Olinda, o Título de Patrimônio Cultural da Unesco? Que impacto isso tem no dia a dia de seus moradores?

Acho que o título de Patrimônio Cultural da Humanidade tem um significado especial para a cidade de Olinda pela forma que foi conquistado. Foi uma coisa muito trabalhada pela comunidade, o que fez com ela se apropriasse deste título. A gente sente que o olindense tem todo um apego muito grande a esse título, um carinho, e o valoriza muito como algo que faz parte da vida dele. O morador tem orgulho de ser olindense e entende Olinda como uma cidade diferenciada, não é uma cidade qualquer nem é apenas um título, tem uma relação sentimental com a cidade.

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Como é gerir este patrimônio? O que há de diferente na gestão da cidade por conta do patrimônio histórico e cultural de Olinda?

Uma cidade como Olinda é difícil em vários aspectos. É uma cidade que não tem arrecadação grande, a arrecadação anual gira em torno de R$ 300 milhões. Tem uma população imensa, cerca de 377 mil habitantes e é a quinta maior densidade demográfica do país, a primeira do Estado de Pernambuco. É uma cidade muito pequena, de apenas quarenta quilômetros quadrados, sem saneamento básico ainda. Agora é que a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) está trabalhando esta questão. Para se ter uma ideia, enquanto a arrecadação média por habitante no Brasil é R$ 1.574, em Olinda é R$ 750 de arrecadação por habitante para o município por ano. Então é uma situação muito difício para acidade, e Olinda também fica muito colada na capital, então tem uma demanda muito forte.

Mas tem um potencial muito positivo também: o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, um sítio histórico belíssimo, diferenciado pelas colinas, pelo mar, pela vegetação, que é um diferencial enorme e, principalmente,  por ser um sítio histórico ocupado por moradores. Esse é o diferencial principal na questão da preservação. A questão de ter moradores, ter uma vida no local. As dificuldades são enormes de modo geral, e especialmente quando você vai fazer a gestão da área de patrimônio Cultural.

Pensar em preservar um patrimônio deste, tão rico, tão importante para a história do nosso país, sem recursos é muito difícil. Mas, ao mesmo tempo, temos o outro lado, que é exatamente por ter essas qualidades todas, ter um povo criativo, um patrimônio imaterial, a gente consegue fazer captação de recursos bem. A gente consegue fazer com que o governo federal e o governo do Estado se sensibilizem e invistam na cidade.

O Alto da Sé, em Olinda, é o ponto turístico mais visitado de Pernambuco. Depois da requalificação, então, está um espetáculo, um sucesso, os turistas, a comunidade, os frequentadores elogiando. E não é só uma questão de requalificação da estrutura urbana, a gente procurou valorizar o que ela tem de tradição, procurou-se fazer com que tivessem espaços ali em que a vida cotidiana do olindense acontecesse. Então ali tem uma escola, tem as igrejas, o museu, o observatório, tem todo um funcionamento que independe do turismo também, tem vida própria. Isso é muito importante na preservação, é o que garante mais a preservação.  As pessoas são fundamentais, o morador especialmente.

E quais são as ações realizadas pela prefeitura para a manutenção deste patrimônio?

Nós temos algumas ações permanentes e outras focadas em alguns monumentos, alguns espaços. Existe um programa de manutenção do sítio histórico.  Nós temos a secretaria de Serviços Públicos, que recolhe lixo, tapa buraco, faz calçamento, iluminação pública, tudo isso. Só que a gente não tinha muita integração desta equipe conosco. Tapar um buraco numa via comum é uma coisa, tapar um buraco de paralelepípedo numa cidade histórica é outra.

Conseguimos avançar e hoje temos uma licitação especial só para o sítio histórico, em que nós fizemos o termo de referência junto com eles, com a colaboração do Iphan, e construímos uma situação em que a empresa que cuida disso no sítio histórico cumpre um padrão diferente do resto da cidade. Tudo isso é um processo que foi sendo construído e temos hoje uma manutenção integrada, em que uma equipe circula no sítio histórico olhando sob o aspecto da preservação e manutenção da cidade e preparam boletins que vão para as secretarias competentes. Esta é uma ação continuada que ninguém vê, mas que acontece. O recolhimento de lixo é diferente no sítio histórico, onde se recolhe duas vezes por dia e é o único lugar em que se recolhe lixo no domingo por conta do turismo. Mas a gente precisa também da colaboração da população.

Além desta ação, temos também o financiamento para a restauração de imóveis privados, feito junto com o Iphan. O proprietário tira o empréstimo para fazer a reforma na casa dele, retira o dinheiro direto no banco com a aprovação nossa e paga sem juros, apenas com a correção monetária, parcelado em até 20 anos. E este dinheiro volta para o Fundo de Preservação e a gente o aplica na cidade de novo. É um dinheiro que a gente diz que reproduz, né? (risos) Ele vai para a conta do Conselho de Preservação e é aplicado na cidade novamente.

Como funcionam o conselho e o fundo de preservação?

O sistema de preservação avançou muito. Nós temos um sistema de preservação em Olinda desde 1979, do qual fazia parte a fundação, o fundo e o conselho. No entanto, o Conselho não era paritário, estava nos moldes daquela época. O Conselho vem cumprindo seu papel ininterruptamente e com um resultado positivo, mas a gente tinha dificuldades por que ele não tinha uma participação efetiva da sociedade civil, então precisávamos reformá-lo. Reformulamos o Conselho, fazendo com que ele fosse paritário e incluímos as representações de alguns segmentos que consideramos muito importantes. Por exemplo, consideramos muito importante que a universidade, a academia, se aproxime deste debate, então trouxemoa a Universidade Federal de Pernambuco. Também achamos importante a presença da igreja católica, que afinal é detentora de grande parte deste patrimônio. Os moradores precisavam ter representantes no conselho, então a Sodeca (Sociedade de Defesa da Cidade Alta) está representada, também achamos importante trazer o CREA. Assim fomos criando, com a participação de todos, um ambiente favorável a esse debate. E ainda o Iphan, a Fundarpe, que já participavam. Também regulamentamos o Fundo, que já está em funcionamento, o que foi um grande avanço pra gente. Também fizemos a regulamentação do registro do patrimônio imaterial, que tem uma legislação própria, também regulamentamos isso. Hoje temos a legislação toda desta área formatada, em funcionamento, o que é muito importante.

Quais são as próximas ações previstas na área do patrimônio em Olinda?

Já temos em andamento, sendo licitada, a conclusão do Cine Olinda, vamos inaugurar logo o teatro do Bonsucesso. Estamos licitando a requalificação do Mercado Eufrásio Barbosa, que vai ser um centro de arte. Além disso, temos os projetos já aprovados para a captação de recursos do Cine Duarte Coelho, o embutimento da fiação, a requalificação do Largo do Amparo, o Memorial Dom Hélder Camara, que vai ser na Sé, ao lado da igreja. Estamos lançando também as primeiras Parceria Público-privadas, que vão explorar a área do Carmo para potencializar ali como polo cultural. Também será iniciado e está sendo licitado pela Compesa todo o esgotamento do sítio histórico, o que é uma ação estruturadora importantíssima, já foi assinado o convênio. Nós teremos o sítio histórico de Olinda com saneamento, o que é uma questão estrutural na preservação, porque existe um problema até de deslocamento das colinas por causa da drenagem falha. Tem muita coisa vindo por aí ainda, tem muita coisa para fazer e nunca acaba.

O humorista Rafinha Bastos, conhecido por suas polêmicas, foi o entrevistado desta segunda (30) no programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura. E, como de costume, não amenizou nas declarações. O programa de TV CQC, do qual Rafinha fazia parte e foi expulso após fazer uma piada sobre a cantora Wanessa, que estava grávida, é hoje "Um programa de bundão", nas palavras do humorista. Ele ainda afirmou, sobre dizer que "comeria ela (Wanessa) e o filho": "Não fiz absolutamente nada de errado, não tinha de pedir desculpas em público”.

Bastos afirmou também que boa parte das piadas feitas há alguns anos seriam proibidas hoje, citando Os Trapalhões como exemplo. Rafinha Bastos ainda disse que já viu muitos humoristas usarem suas piadas e que já viu piada sua até no programa humorístico Zorra Total, exibido pela Rede Globo.

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Quem deseja entrar no mercado de trabalho e garantir uma carreira profissional tem que passar pela "temida" entrevista de emprego. Essa maneira de selecionar os novos funcionários de uma empresa, muitas vezes, não é encarada muito bem pelos candidatos, que podem deixam o nervosismo tomar conta da situação. No entanto, não existe maneira de pular essa etapa, sendo necessário que o participante esteja preparado para o momento. Pensando nisso, o Portal LeiaJá reuniu dicas para o candidato superar o trauma da entrevista e se sair bem na ocasião.

Pontualidade e boa aparência: Para deixar uma boa impressão no processo seletivo é indispensável que o candidato chegue na hora combinada. A aparência também conta, por isso evite exageros: na maquiagem, perfumes e roupa.

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Pesquise sobre a empresa: Na entrevista, você deve mostrar ao recrutador seu conhecimento sobre a companhia, isso indica que você se dedicou em saber sobre seu futuro local de trabalho. Sinta-se â vontade para fazer perguntas sobre o sistema da empresa, sem exageros.

Empresas anteriores: Sobre as companhias que antecederam seu currículo, não conte informações confidenciais. Seja sincero quando for questionado sobre a saída do antigo emprego.

Negociar a remuneração: Não se intimide na hora de falar no salário, se quiser pode até adiantar esse assunto entre você e o recrutador, isso demosntra que você está por dentro dos preços do mercado.

Assuma suas falhas: Esconder os pontos fracos é o que busca todos os entrevistados, mas é necessário mostrar ao recrutador que você reconhece suas falhas, portanto não se aprofunde no assunto, fale de uma maneira superficial.

Referências profissionais: É ideal que o candidato ofereça três ou mais contatos de pessoas com as quais tenha se relacionado profissionalmente, isso vai  ajudar o contratante a saber mais detalhes sobre o perfil profissional.

"Tenho uma relação com Eduardo (Campos) com que é a melhor possível", disse o candidato à Prefeitura do Recife Humberto Costa (PT) em entrevista a uma rádio local no final da manhã desta segunda-feira (23). “Vocês nunca me viram sair por aí criticando Eduardo e nem vou fazer isso. O PSB tem seu candidato e não é por isso que irei criticar o governador”, garantiu Humberto.  Sem perder tempo, o candidato enumerou os projetos que ajudou a idealizar e implementar enquanto secretário das Cidades na gestão do governador Eduardo Campos (PSB). 

Sobre o apoio do prefeito João da Costa (PT) a sua candidatura, Humberto disse que ainda está sendo discutida. “Isso ainda não está definido, estamos conversando e tem pessoas da liderança nacional do partido que irão conversar com ele. Mas nós vamos fazer a campanha independentemente disso”, pontuou.

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As propostas que tem para o Recife, caso seja eleito em outubro, também foram enfatizadas pelo petista durante a entrevista. Um deles é o projeto “Cidade amiga da bicicleta”, que existe em São Paulo. “Precisamos ampliar as nossas ciclovias, para que o ciclista possa se locomover com segurança”, disse ressaltando que a ampliação de ciclovias “requer decisão política”. 

Para as áreas da saúde e educação Humberto promete melhorar condição salarial dos profissionais de educação, Humberto afirmou que pretende ampliar as escolas de tempo integral e reestruturar as escolas e unidades de saúde. “Precisamos melhorar muito nessas áreas, não podemos deixar de dizer que tivemos avanços, até mesmo na educação que é uma área criticada”, avaliou. 

O candidato também garantiu que, se eleito, fará um “reestudo” sobre o corredor da avenida Conde da Boa Vista, que vem sendo alvo de críticas por parte da população. Já o tema habitação, o petista frisou que a gestão do PT foi a que mais investiu na área em “todos os tempos”. “Nem um dos outro governos fez mais habitações do que o PT. Foram 14 mil unidades habitacionais nesses 12 anos. Quase um bilhão o PT investiu em habitação. Podíamos ter feito mais se tivéssemos feito mais captação de recursos”, afirmou. A falta de terreno é um dos problemas apontados pelo petista para justificar a gestão não ter investido mais na construção de habitações. 

Herbert Lucena é compositor, cantor e produtor musical de Caruaru, interior de Pernambuco, tem um trabalho consistente e lançou o primeiro disco em 2004, Na pisada desse coco. Em 2012, como seu segundo disco, venceu três categorias do Prêmio da Música Brasileira, dominando a premiação. Herbert se apresenta no Palco Guadalajara do Festival de Inverno de Garanhuns, nesta terça (17), às 23h.

Você bombou no Prêmio da Música Brasileira, teve quatro indicações e levou três prêmios. Até que ponto isso foi uma surpresa?

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Foi cem por cento surpresa pra mim. Lógico que quando a gente manda um disco para um prêmio a gente espera ser contemplado, mas foi surpresa pra mim ter quatro indicações. Nunca passou pela minha cabeça entrar como melhor cantor, melhor disco, nem revelação. Eu tinha que esperar entrar como design porque a gente investiu muito nesta parte no disco, mas os outros três foram uma surpresa.

E você gravou Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender todo em Pernambuco...

Eu fiz tudo em Caruaru, só teve alguns instrumentos gravados no Recife, em Campina Grande e São Paulo, mas noventa e nove por cento deste disco foi feito em Caruaru.

E o que significa para você um disco feito em Caruaru ter tantas honrarias em uma premiação nacional?

Foi uma surpresa maravilhosa e está abrindo muito espaço. Eu, por exemplo, nunca tive a oportunidade de me apresentar no Guadalajara com o meu trabalho, eu sempre tocava no Festival de Inverno de Garanhuns no palco forró. É massa tocar no Palco Forró, mas não tem tanta visibilidade e divulgação quanto tem a Guadalajara. Isso é fruto destes prêmios que eu recebi. Fui convidado para fazer o circuito do Sesc de São Paulo, eu fiz todos os jornais do eixo Rio-São Paulo e ficou todo mundo querendo saber quem é esse tal de Herbert Lucena, um cara desconhecido, do interior de Pernambuco, que fez um disco e teve quatro indicações no Prêmio da Música Brasileira e levou três prêmios.

E você se sente um pouco representando Pernambuco?

Acho que não estou representando Pernambuco ou Caruaru, aho que meu trabalho soma. É mais um que está mostrando o trabalho de Pernambuco lá fora. Eu não posso dizer que estou representando uma região, Pernambuco é imenso, a quantidade de artistas que nós temos aqui, se você for contar, perde a conta. Eu sou mais um artista contribuindo para divulgar a nossa música. Desde o Movimento Mangue que o Sudeste começou a prestar mais atenção na música do Nordeste e, principalmente, na de Pernambucano. O meu trabalho vem a somar com isso, eu trabalho com coco, ciranda, frevo, tem influência de maracatu, e toda essa fusão de músicas que a gente tem aqui. Estou especificamente levando o conhecimento do coco para o Sudeste.

E qual repertório você traz para o FIG no show que faz nesta terça (17)?

Trago músicas do meu primeiro disco, Na Pisada desse coco, que lancei em 2004, mas, basicamente, o disco novo, Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender. E toco alguns covers, coisas que me influenciaram, como a obra de Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro e Ari Lobo, mas basicamente são músicas dos meus dois discos.

Jornalistas e web designers que querem trabalhar no projeto gráfico do material do Portal do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) devem ficar atentos. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através do seu Centro de Estudos em Educação e Linguagem, abriu o processo de seleção para esses profissionais.

De acordo com a universidade, a seleção para web designer exige que os candidatos tenham finalizado o curso superior, ou precisam estar em andamento a graduação. Além disso, eles devem ter experiência em web design, bem como em programação visual, e ainda precisam ter disponibilidade para participar de reuniões semanais na UFPE. As inscrições podem ser feitas até esta terça-feira (10), no 1º andar do Centro de Educação da UFPE, e no ato, os participantes devem apresentar cópias da identidade e CPF, bem como o currículo comprovado e material desenvolvido na área de web design/programação visual.

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Sobre a função de jornalista, os participantes da seleção deverão se inscrever até o próximo dia 17 deste mês, no mesmo local de realização das inscrições para web designers. Além de apresentar cópias da identidade e do CPF, os candidato precisa mostrar um material desenvolvido na área de produção de texto jornalístico. Segundo informações da UFPE, os requisitos para a inscrição são experiência na área, disponibilidade para reuniões semanais na universidade e também ter concluído ou estar em andamento no curso superior. No processo de seleção, também será realizada análise de currículo e material apresentado e ocorrerá uma segunda etapa, com entrevista, no dia 23 deste mês. A UFPE informa que a divulgação dos resultados da primeira e segunda etapa serão nos dias 20 e 25 deste mês, respectivamente. Por seis meses é o período de trabalho, no valor total de R$ 3.300,00.  

Equipe - Conforme informações da UFPE, o processo seletivo da equipe responsável pelo projeto gráfico do material de formação de professores alfabetizados terá inscrições por equipe de quatro integrantes, que será responsável pela diagramação e ilustração do material, e ocorrerá de 2 a 10 deste mês, na UFPE.

Solicitação de inscrição assinada por todos os integrantes da equipe, cópia da identidade e CPF, currículo comprovado de todos os integrantes da equipe, além de material produzido pelo grupo, todos em envelope fechado, são os documentos necessários para as inscrições. De acordo com UFPE, a primeira fase é a avaliação do currículo e do material e a segunda é a entrevista das equipes, nos dias 16 e 17 deste mês. O resultado final será anunciado no dia 18.

Os fãs Amy Winehouse, morta precocemente em julho do ano passado, aos 27 anos de idade, podem ser presenteados com o lançamento de mais um disco póstumo da diva nos próximos meses. O pai da cantora afirmou, em entrevista à radio BBC 6 Music, que tem material inédito de Amy, que seria suficiente para lançar até dois álbuns.

Mitch Winehouse afirmou que parte das músicas que tem guardada é de covers gravados por Amy, e que não sabe se lançará tudo, para garantir a qualidade dos álbuns. Amy Winehouse já teve um álbum póstumo - Lioness: Hidden Treasures - lançado apenas seis meses após sua morte.

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A resposta para essa pergunta pode estar no livro “Devo dizer a verdade? – e outras 99 perguntas sobre como se sair bem em entrevistas de emprego”, que serve como guia para quem vai fazer uma seleção de emprego. O exemplar é de Rob Yeung, psicólogo e coach executivo americano, e tem a proposta de ajudar o leitor a receber um "sim do seu futuro chefe".

Na obra, Rob Yeung esclarece perguntas que todo candidato a uma vaga de emprego ou até mesmo um estágio gostaria de saber antes de fazer o processo seletivo da empresa. Entre as questões solucionadas estão: Como deve ser um currículo perfeito? Como ser encontrado por um headhunter? O que significa exatamente fazer networking? Como estruturar uma boa rede de relacionamentos se não conheço ninguém importante?  Vale a pena pagar por serviço de consultoria de carreira? Por que um currículo não deve ultrapassar duas páginas? Quais informações pessoais não devo colocar no meu currículo? Qual a melhor maneira de utilizar a internet quando estiver à procura de emprego?.

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A questão dos benefícios financeiros e da remuneração também estão inclusas no livro, além de falar sobre o fator mais preocupante para um entrevistado - que ocorre quando o encarregado de fazer a entrevista pergunta o motivo pelo qual o candidato quer sair do emprego atual. 

Os exemplares estão disponíveis nas livrarias de todo o Brasil. O custo é em torno de R$ 35.

Nesta quarta (20), o escritor e jornalista Marcelo Mário de Melo lança o livro Os colares e as contas, no Museu do Estado. Militante comunista, Mário de Melo foi preso durante a ditadura militar brasileira, que governou o país entre 1964 e 1985. Não por acaso, "Os colares e as contas" é a compilação de seus poemas políticos, uma das vertentes mais importantes da sua produção literária.

Marcelo Mário de Melo conversou com o LeiaJá sobre o livro, sobre política e sobre os próximos projetos.

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Quanto tempo você demorou para produzir Os colares e as contas?
Em relação à parte criativa é difícil dizer, porque é uma reunião de poemas. Eu estava organizando um livro geral de poesia com o título Poesia pra quê te quero, e esse livro seria o quarto volume. Nesse livro geral, eu juntei os poemas políticos que eu fiz, os amorosos, os poemas que tratam do ofício poético, da palvra, e poemas que tratam de questões que não se envolvem nesses três termos, tanto questões mais gerais quanto questões mais pessoais, que eu dei o título de Gerais umbilicais. Esses poemas são da minha vida toda, são uma síntese. Eu já publiquei um livro de poesia com poemas feitos na prisão.

O livro não está ordem cronológica nem eu me preocupei em dizer em que ciscunstância foi escrito o poema. Alguns poemas dão a ideia de como eu vejo a poesia, como me coloco enquanto poeta, ao qual dei o nome de As lentes da poesia. Depois eu coloco Linhas gerais, que são poemas que tratam de política de uma maneira bem ampla. Depois tem uma parte que são os chamados Poemas antiburocráticos, que são muito referenciados naquele contexto de 1968, 1969. E tem uma parte que são algumas experimentações que eu faço, os poemas verbo-visuais, em que eu faço um jogo gráfico, imagético com a palavra, mas não rompo com a comunicabilidade dela.

E tem os Pichemas, porque eu comecei a observar pichações de parede e coloquei um viés poético nessa pichação. É difícil eu falar do tempo em que eu escrevi porque esses poemas são os poemas da minha vida toda. Tem poemas mais antigos, da década de 1960, e tem poemas de dois, três meses atrás.

 

Então, Os colares e as contas pode ser considerado o primeiro volume de uma série de quatro que compila sua obra poética?
Sim, esse primeiro livro é o bloco dos poemas políticos.

 

Já existe previsão para o lançamento dos próximos?
Não tem previsão ainda, mas o bloco de poemas amorosos, o Teias do Amor, já está pronto. Está dividido nos blocos: Amor, Amores, Mulheres, Carne e Nuvem, este último de poemas eróticos, dos mais levinhos aos mais “ginecológicos”.

 

Como você vê o momento atual do Brasil, em que o país finalmente começa a encarar seu passado político próximo e a repassar acontecimentos como a ditadura militar com a instalação da Comissão da Verdade? De alguma forma, o livro dialoga com este momento?
Dialoga tanto que o livro, em suas dedicatórias, diz: “Aos presos políticos mortos e desaparecidos nos porões da ditadura civil-militar de 1964; aos que persistem na luta pela abertura dos arquivos ditatoriais e para que a verdade histórica se imponha sobre a mentira e a meia verdade”. Então há uma afirmação da necessidade de se enfrentar os restos da ditadura. E eu acho que a Comissão da Verdade é um avanço mais parcial, porque se situa nos marcos da Anistia “parcial”, de 1979.

A ideia é que a anistia foi um pacto que valeu para os dois lados e isso não é verdade, porque quando ela foi aprovada havia ainda senadores biônicos, havia a lei de segurança nacional, ainda havia presos políticos, o regime militar não estava resolvido. Outra falsidade foi que nós fomos presos, punidos, os torturadores não foram condenados a nada. Então eles foram anistiados de quê? É uma coisa falsa.

Isso mantém um cancro na estrutura das forças armadas que se irradia para as PMs e, nos períodos que não são de enfrentamento político, isso se desdobra para o tratamento com a população civil. Vai para dentro dos presídios, para os comissários de polícia, vai para o procedimento policial nas ruas na abordagem à população. É importante para o Brasil o controle civil sobre a tropa. Durante os anos do governo Lula, os comandantes militares comemoravam todo ano a “gloriosa revolução de 1964” e o Lula ficava caladinho. Quando Dilma assumiu, ela mandou um recadinho que não queria. Deixaram de comemorar. O estado oficialmente comemorar um golpe de estado?


Você considera inevitável, é uma missão do artista ter um posicionamento político?
Eu comecei a ouvir falar de política na minha casa com 8, 9 anos de idade. Papai me levou para ver um comício de Prestes quando eu tinha 14 anos, então a política entrou como uma vivência minha natural. E poesia é expressão de vivência, e isso é uma coisa natural em mim. Eu não vou dizer que quem não teve vivências políticas vai ter que escrever sobre política, seria uma coisa artificiosa.

Agora, eu acho que o artista deveria ser uma cara que tivesse consciência política, como essa questão política entra na criação dele depende da intimidade que ele tenha com isso. Uma coisa é o artista se posicionar politicamente como cidadão, outra é a obra dele espelhar o universo da prática política. Todo cidadão consciente tem que ter uma posição política clara, mas eu vejo mais como cidadão. No meu caso, isso faz parte da minha vida, e essa naturalidade não deve ser transformada em modelo. Eu digo que não faço litratura, faço “literavida”. O volume de poemas amorosos que eu tenho é igual ou maior ao de poemas políticos, a convivência com a vida amorosa, o ofício poético, isso é normal. A política não entrou na minha obra como um mandamento, mas como um translado. Eu não tenho nenhuma restrição à poesia. Pode-se ter uma mensagem maravilhosa e ser uma obra de arte ruim, há de se ter um equilíbrio.

 

Apesar de tratar de um tema espinhoso, a política, existe humor nos seus poemas. Como o humor dialoga com a política?
Tenho muitos poemas altamente satíricos, minha poesia é muito marcada pela sátira. Meu avô era um homem com viés humorístico muito forte, minha mãe também. Papai era comunista e dele eu ouvia as histórias oficiais, gloriosas. Minha mãe contava as histórias vistas da cozinha, dos bastidores.

O humor para mim é muito esse olhar crítico, de bastidores, aquela coisa do “rei está nu”, de mostrar que o telhado é de vidro, que os santos pecam, que o herói fraqueja... O humor é o reverso, é quebrar o empanamento, o embassamento mitificado da realidade. O humor é o dedo na ferida. Eu vejo o humor como um exercício de realismo muito forte. Os humoristas sempre tiveram uma visão crítica do autoritarismo, do poder.

 

Quais seus próximos projetos a publicar?
Eu escrevo poemas, textos de humor, história infantis, peças teatrais, mini contos e notas críticas, o tempo todo estou escrevendo e não paro uma coisa para escrever outra. Então vou publicar minha obra poética nesses quatro volumes e um volume de cordel, o Cordelança.

Estou preparando uma coletânea, República do humor, que são todos os meus textos de humor. Vou organizando tudo paralelamente, terminei um livro, o Coisas e coisas, de mini contos, e terminei o livro Notas críticas, que são reflexões críticas. Estou empenhado em pegar tudo e dar a forma de livro. Estou juntando agora também minhas histórias infantis. Mas sempre tem um texto que está no meio, inacabado, alguma outra sempre está nascendo.

E tem a peça teatral, tem uma chamada A greve dos psicólogos que está pronta, e eu estou fazendo leituras com pessoas do teatro para ouvir a opinião crítica deles. E tem outra, Os militontos, uma sátira política com tudo o que eu acho errado na esquerda. Deixo tudo pronto e quando há uma oportunidade, publico.

A sequência agora é publicar a obra poética. Meu objetivo é organizar esses livros já com nota do autor, prefácio, orelha e deixar guardado pronto para poder publicar na primeria oportunidade.

No dia 13 de junho de 1952, era criada a Federação Pernambucana de Remo (FPR), entidade que viria tomar conta de um dos esportes mais populares do Estado na época. Uma história que viveu dias de glórias, hoje tenta reconstruir o que foi perdido ao longo do tempo. Na semana em que completou 50 anos, o Portal LeiaJá entrevistou, com exclusividade, Ricardo Serrano - presidente da FPR. O gestor analisa os motivos que levaram este esporte ao ostracismo, o que está sendo feito para reverter a situação e os projetos futuros da instituição.

No ano em que chega ao seu cinquentenário, a entidade voltou a ganhar força e trazer novas disputas importantes para o Estado, o que faz com que os amantes dessa modalidade sonhem com dias melhores. Serrano foi atleta de remo e não esconde a amor pelo esporte. Depois de ser dirigente do Náutico, onde quebrou um jejum de 25 anos sem títulos pernambucanos, ele assumiu o comando da Federação e comenta as iniciativas que estão sendo empreendidas para colocar o remo “de volta à moda”. Confira abaixo a entrevista completa:

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LeiaJá - São 50 anos de mais alegrias ou tristezas para a Federação?

Serrano - Para a modalidade, se computarmos os últimos 15 anos, são de menos alegrias. Como estamos contabilizando 50 anos, acho que comportam mais alegrias.

LeiaJá - Porque o remo viveu esse período de ostracismo?

Serrano - A Federação completa 50 anos, mas o remo já está presente no Estado há 127 anos. A modalidade já foi muito importante aqui. Para se ter uma ideia, primeiro se fazia o calendário de remo e depois o do futebol. Mas isso ocorreu até a década de 50. De uns 15 anos para cá o que aconteceu foi um pouco de falta de dinamismo de quem geria o esporte em Pernambuco. Caiu-se em um comodismo porque os clubes olhavam mais para o futebol, não investiam no remo. Eu via entrevistas antigas das pessoas dizendo que a modalidade era cara, o barco é caro. Na verdade, o que faltava era arregaçar as mangas e ir atrás desse material ou de quem pudesse provê-los. Eu tive oportunidade de ser diretor do Náutico há alguns anos atrás e quando entrei lá, o clube estava para encerrar o departamento do remo. Então, levamos o projeto para o conselho do time, mostrando que o remo é o fundador da agremiação e que não tinha sentido essa ideia. Há 25 anos o alvirrubro não era campeão. Quebramos essa hegemonia em 2010. Como conseguimos isso? Exatamente comprando o material que faltava: barcos. Passamos a comprar e mostrar importância desse esporte. Ainda fomos bicampeões com o título de 2011. Este ano, o Sport está com a pontuação bem avançada na liderança. Porque melhorou? Porque também começou a investir. Viu que o Náutico gastou, então igualou as forças.

LeiaJá - Qual o papel da Federação para mudar esse panorama atual do remo?

Serrano - Eu acredito que seja promover o remo, realizar competições à altura da importância desse esporte em Pernambuco. Estavam se esquecendo da tradição. Então, por isso, estamos fazendo regatas que atraiam o público, que tragam novos adeptos ao esporte para poder municiar os clubes de atletas. Hoje, as agremiações estão bem de produtos, mas ainda necessita de material humano. Temos a concorrência de outras modalidades que estão em evidência. O papel nosso hoje é colocar o remo de volta à moda. Por isso nós trouxemos duas grandes competições para Pernambuco (Copa Norte-Nordeste e Campeonato Brasileiro de Máster). No entanto, não é só necessário realizar, mas sim torná-las um marco, um disputa diferenciada. Para o presidente da Confederação Brasileira de Remo (CBR), Wilson Reeberg, foi a melhor Copa Norte-Nordeste de todos os tempos.

LeiaJá - Hoje, apenas Sport e Náutico mantém as atividades no remo. O pequeno número de clubes não é um agravante? É possível promover alguma ação para o crescimento desta quantidade?

Serrano - Estamos trabalhando em relação a isso. Vamos tentar reviver os clubes que fecharam suas portas, como, por exemplo, o Almirante Barroso – que era uma força e lutava de igual-para-igual com Sport e Náutico. Estamos trabalhando ainda para o retorno do Clube Internacional do Recife. Pouca gente sabe, mas o Santa Cruz também já teve remo. Participou só de três ou quatro competições e depois parou. Já estamos conversando junto ao tricolor para ver se a gente consegue promover mais agremiações.

LeiaJá - Pernambuco tem tudo para ser uma potência neste esporte. Tem um rio que corta a capital, mas falta algo. O que é?

Serrano - O principal entrave hoje é a poluição do rio. Isso impede um pouco a prática do esporte. O que fizemos? Colocamos na Federação um comitê de meio ambiente para tentar conscientizar as comunidades ribeirinhas e a população em geral sobre a importância do nosso rio, não só para o esporte. É importante esse rio bem limpo. Vejo que os governos municipal e estadual trabalhando em cima disso. Já tem projetos de navegabilidade, mas para isso vai ter que limpar. Não vai ser interessante um turista estar no transporte fluvial e ver a poluição.

LeiaJá - De que forma a poluição prejudicaria o atleta?

Serrano - O atleta iniciante fica até receoso de entrar no rio porque imagina que, se virar o barco, vai ter contato com aquela água. Virar barco não é comum, mas acontece. Depois que entra o “vírus do remo” no sangue do atleta, esse conceito é mudado. Quem pratica sabe que é viciante, muito gratificante e você consegue ver a cidade de outro ângulo, de dentro do rio. É muito bonito. O remo não é só bom para a saúde, mas para a mente também.

LeiaJá - Falta apoio da iniciativa privada?

Serrano - Eu acho que a participação privada virá normalmente quando o remo voltar a ser moda. O trabalho nosso é exatamente esse de mostrar o remo, para que ele comece e ser atrativo para os investidores. É importante também, em âmbito nacional, haver uma mudança. Hoje, só temos um Campeonato Brasileiro Aberto e Júnior, além da Copa Norte-Nordeste. Estão faltando competições nacionais. Nós já estamos pleiteando junto à Confederação mais engajamento para promover essas disputas. Antes, existia a Copa Sul, Fita Azul, Copa Brasil, ou seja, eventos que incentivavam os atletas a competir, uma vez que isso é o que move um esportista. É por isso que hoje esse é o papel da Federação, é até servir de exemplo para outras. Precisamos movimentar, aparecer, mostrar na mídia, apresentar que é um esporte rentável para quem olhar pra ele.

LeiaJá - Os clubes do Estado colaboram?

Serrano - Muito. Quando assumi a FPR era difícil ter uma reunião entre as equipes. Sempre tinha discussão. Hoje, tenho orgulho de sentar à mesa com os clubes sem problemas, uma vez que todos estão olhando para o remo. A rivalidade ainda existe e é até salutar, mas ela não está mais tão evidente como era antigamente, quando se chegava a ir até às vias de fato.

LeiaJá - Quantos atletas federados existem e quais os principais destaques?

Serrano - Hoje, nós temos aproximadamente 100 atletas federados. Alguns destaques a gente viu até na Copa Norte-Nordeste. Pelo Sport, temos Jordanno Ramos e Ítalo Miranda. Pelo Náutico, Lucas Jiló e Arthur Rosa. Também temos uma equipe qualificada entre as mulheres e nosso incentivo é que para que o remo feminino siga forte.

LeiaJá - Quais as competições que Pernambuco vislumbra participar?

Serrano - Pretendemos levar os atletas que tiveram as melhores colocações no Norte-Nordeste para o Campeonato Brasileiro Aberto de Sênior e Junior, que será realizado em setembro. Estamos tentando voltar a ser uma força. Em 2012, fomos segundo lugar geral na Copa regional. Há cinco anos, Sport e Náutico lutaram pelas últimas posições. Vemos que existiu um crescimento do remo local. Então, vamos colocar esses atletas nas competições nacionais para tentar boas colocações.

LeiaJá - Levando em consideração todos os estados brasileiros, Pernambuco aparece em qual posição do ranking nacional?

Serrano - Eu acho que Pernambuco está em quarto ou quinto lugar.

LeiaJá - Quem são os principais adversários do Estado?

Serrano - Por ter uma boa infraestrutura, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e a Bahia - que foi a vencedora da Copa Norte-Nordeste – são os nossos principais oponentes.

LeiaJá - Como é o diálogo junto à Confederação?

Serrano - Tenho um diálogo muito bom com o presidente (Wilson Reeberg). A colaboração que a Confederação teve na última Copa Norte-Nordeste e no Campeonato Brasileiro de Máster foi trazer os barcos do Comitê Olímpico brasileiro (COB), que são disponibilizados para a seleção nacional. Esses equipamentos foram trazidos para dar condições e igualdade aos competidores. Isso foi muito importante porque nos últimos anos os atletas precisavam levar ou alugar seus barcos e isso não era justo, uma vez que as embarcações eram completamente diferentes.

LeiaJá - Quais os objetivos da Federação para os próximos anos?

Serrano - Um dos projetos que estamos brigando é para levar um, dois ou mais atletas aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Esse é o objetivo: fazer um trabalho de base junto aos clubes para chegar lá com, no mínimo, um remador.

LeiaJá – Existe mais alguma iniciativa?

Serrano - Nós pretendemos fazer um centro de treinamentos no Recife. Até estávamos pleiteando junto à Capitania dos Portos local, já ela tem uma área muito boa, que inclusive utilizamos durante a Copa Norte-Nordeste como ponto de apoio dos atletas de outros Estados. O espaço tem rampa, é à beira do rio - ao lado das Torres Gêmeas do Recife. Estávamos vislumbrando fazer um CT e até uma sede da FPR lá. Temos o apoio do Governo do Estado, através do professor Aldemir Teles, o Dema, que é um entusiasta do remo. Ele nunca praticou, mas é apaixonado e já fez estudos sobre esse esporte. Ele é secretário executivo de esportes de Pernambuco e está acreditando nossa ideia de fazer este CT. No entanto, tudo isso ainda são iniciativas em fases embrionárias.

LeiaJá - Se o Senhor pudesse deixar um recado para os atletas de remo, o que diria?

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Em seu quarto ano de existência, a Mamelungos coleciona apresentações, histórias e fãs. Recentemente premiada no Troféu Sonar-PE de música em três categorias (recorde no troféu), a Mamelungos já tem um disco homônimo lançado e conta com um público fiel que não perde um show e sabe cantar as músicas do repertório autoral da banda. Formado por Thiago Hoover, Luccas Maia, Weré Lima, Igor Bruno e Peu Lima, o grupo faz um som despreocupado e criativo, que você pode conferir no Classificação Livre, da TV LeiaJá, desta quarta (30).

Confira entrevista com Peu Lima, Luccas Mais e Weré Lima exclusiva para o portal LeiaJá

Vocês estão em um momento muito bom e hoje já contam com um público fiel. Quais as estratégias que vocês utilizam para chegar a esse público e fidelizá-lo?

Peu – A gente deve muito aos amigos, temos muitos amigos que ajudaram e foi um trabalho de formiguinha mesmo.  Claro que a gente tem um trabalho de divulgação na internet.

Luccas – Acho que a temporada que a gente fez no Capibar, no início da banda. Fizemos várias sextas-feiras lá e foi importantíssimo para difundir a banda, aquela coisa de “tem uma banda nova na cidade”. Não teve bem uma estratégia não, foi mais o boca a boca mesmo, foi acontecendo. E todo lugar que a gente conseguia a gente tocava.

Então as apresentações ao vivo são o foco no contato com o público?

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Weré – As apresentações ao vivo são onde a gente mostra a cara da gente realmente.

Peu – E delas que surgiu a necessidade de fazer um CD. O pessoal começou a procurar as músicas querendo escutá-las, e com o álbum a gente conseguiu transferir isso pras redes sociais, pra internet. Aí um público que não tem acesso aos shows pode também conhecer a banda.

Luccas – Pessoas de outros Estados também.

Qual a importância da internet neste processo?

Peu – Sempre que é possível a gente produz conteúdo para a internet. Seja um ensaio, uma foto ou algum momento nosso. Quando estávamos em São Paulo, por exemplo, fizemos um diário de bordo da viagem e, pela naturalidade da coisa, acho que o pessoal se identifica com a banda. A gente foca no Facebook e no nosso site. O site é o ponto de convergência das nossas ações na internet e a gente tenta sempre estar presente ali de alguma maneira. Até porque não temos tocado muito aqui e estamos nos coçando pra tocar de novo.

Uma característica interessante do grupo é que vocês têm uma certa flexibilidade na formação instrumental. Isso é algo pensado? Até que ponto essa troca de instrumento foi natural?

Weré – Acho que vem muito natural, nós sempre quisemos algo que não nos fizesse se prender a um rótulo. Isso vai muito da musicalidade da gente, foi natural, a gente não premeditou. O negócio é experimentar mesmo.

Luccas – Não tem fórmula certa, se a gente quiser trocar tudo, a gente troca. Mas tem também a questão da logística, né. Tem que pensar nisso também.



Vocês já têm clipes, já conseguiram gravar o disco. Vocês contam com parceiras para viabilizar essas realizações?

Luccas – Como toda banda independente, sempre tivemos parcerias.

Peu – Parceiras de amigos, de pessoas que viraram nosso amigos...

Luccas – Que se identificam com a nossa música, de pensar: “Vamos ajudar, quero fazer um clipe disso”. E o que a gente fez foi bom tanto pra banda quanto pra quem fez.

Peu – Mas, até agora, a gente não teve nenhuma parceria com uma empresa privada, um patrocínio. E a gente tenta pagar aos parceiros o preço que é, mas muitas vezes não temos condições de pagar na hora ou o preço mesmo completo. Ainda bem que temos sido bem aceitos no cenário.

O mercado para a música autoral praticamente inexiste no Recife. Vocês já conseguem viabilizar economicamente o trabalho de vocês? Se conseguem, como fazem isso?

Luccas – Não, a gente não consegue.

Weré – é muito difícil dar essa resposta positiva sendo uma banda independente. Existe sempre um investimento, um passo à frente a ser dado. A gente conseguiu subir alguns degraus desde quando começou, mas justamente investindo, isso não veio para o nosso bolso. Estamos sempre investindo no som, na gravação, na equipe técnica, no show.

Mas a banda já “se paga”?

Luccas – A banda se paga, mas o custo ainda é maior e não temos uma margem para viver só da Mamelungos, até porque a gente mora e vive no Recife, não tem como. O próximo passo é circular, fazer shows fora.

Peu – A gente está sempre dependendo de vários fatores também. Sem querer falar mal, mas, por exemplo, a gente tocou no carnaval e, como quase todo mundo, ainda não recebeu, então a gente acaba devendo pra nossa equipe mesmo.

Luccas – A gente até pagou a equipe, mas teve que tirar de onde não tinha, do nosso bolso, pra esperar um cachê que sabe-se lá quando sai.

Peu – Ainda bem que eles são nossos amigos, porque seria difícil manter a equipe sem condições de pagar, eles iam ficar esperando até quando para receber?

Quais são as metas para 2012 da Mamelungos?

Luccas – agora é o segundo disco

Peu – Tem também um videoclipe que a gente quer fazer, da música Varanda. Ela é do disco 2, mas já tocamos ela. A música não está nem gravada ainda e, se formos pensar na ordem natural das coisas, teríamos que primeiro gravar o disco e depois pensar no clipe, mas vai acabar sendo em paralelo. Espero que até o fim do ano tenhamos realizado o disco e o clipe. E sempre tentando tocar fora.

Luccas – A gente tá pensando em rodar pelo Brasil: Sudeste, Norte, o que rolar.

Peu – A experiência de chegar em São Paulo e ver o pessoal cantando as músicas da gente foi uma coisa assim que eu sempre sonhei, mas nunca tinha vivido.  Queria poder fazer isso em várias cidades, porque tem até gente que pede, pergunta quando a gente vai pro Rio, pra Manaus...

Luccas – O último show que a gente fez em São Paulo foi fechado uma semana antes, foi só a Mamelungos  e conseguimos encher o lugar, mesmo cobrando ingresso. O pessoal dançou, cantou, parecia que estávamos aqui. Tudo graças à internet e aos amigos que ajudam a divulgar.

Peu – tem até bandas que já fazem cover da gente, vi na internet uma banda do Paraná fazendo um cover de Ipê Amarelo.

O novo modelo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a princípio, deverá funcionar mantendo uma antiga polêmica de atribuição nos casos de fusões e aquisições no mercado financeiro. Embora o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tenha sinalizado que a competência para a análise desses casos seja do Banco Central (BC), o Cade pretende continuar julgando essas operações até que a questão seja definitivamente resolvida, informou nesta terça-feira o presidente interino do órgão, Olavo Chinaglia.

"O Cade sempre entendeu que essas operações deveriam ser notificadas e entendemos que o órgão não tem alternativa até que exista um pronunciamento definitivo. Até lá, temos o dever legal de analisar essas operações porque entendemos que não existe imunidade concorrencial em nenhum setor da atividade econômica", disse Chinaglia. Ele lembrou que diversas operações entre grupos do setor financeiro foram notificados voluntariamente pelos bancos ao órgão antitruste. O presidente do Cade citou como exemplos os casos Itaú/Unibanco e Banco do Brasil/Nossa Caixa.

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O governo nomeou nesta terça-feira, oficialmente, o novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Marques de Carvalho. A nomeação coincide com a entrada em vigor da nova lei da concorrência.

Além de Carvalho, foi nomeado Carlos Ragazzo para o cargo de superintendente-geral do órgão e reconduzido Alessandro Octaviani Luis para a função de conselheiro. Os decretos foram publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira.

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Os três foram sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e tiveram suas indicações aprovadas pelo plenário. O mandado do presidente do Cade é de quatro anos e do superintendente-geral e do conselheiro, de dois anos.

Aos 45 anos, Vágner Mancini é um dos treinadores mais jovens da elite do futebol nacional. Porém, apesar da idade, o ex-jogador já comandou times como Grêmio, Santos, Vasco e Cruzeiro, sua última equipe. Nas últimas cinco temporadas, todos na Primeira Divisão. No entanto, os títulos ficaram limitados aos campeonatos estaduais. A última conquista expressiva foi em 2005, quando surpreendeu na Copa do Brasil com o Paulista de Jundiaí.           

Ex-jogador do Sport em 2003, Mancini volta ao clube agora na condição de treinador, cuja estreia acontece neste domingo (27), contra o Santos, na Vila Belmiro, pela segunda rodada. Mancini assume o Sport em um momento delicado, já que o clube perdeu a decisão do Estadual para o Santa Cruz e tem a missão de fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro. Aliás, em dez edições o Brasileirão na “era dos pontos corridos”, o Sport participou apenas três vezes e a melhor colocação foi um intermediário 11° lugar, em 2008 – temporada que conquistou a Copa do Brasil.

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Será que este ano o Leão vai mais longe no Brasileirão? Mancini respondeu esta e outras perguntas em uma entrevista concedida ao portal LeiaJá. Confira os principais pontos da conversa:

ELITE NACIONAL

Este início não vai ser fácil. Vimos na estreia que o time se dedicou. Vamos ter dificuldades com o Santos, mas com o Palmeiras podemos já ter novidades, pois vamos ter 10 dias para trabalhar. Temos que contar com todos os detalhes.

PROJETO

Se você fizer uma análise, a maioria vai apontar os clubes de maiores orçamentos como favoritos ao título. Mas futebol não é ciência exata. Já fui atleta e sei que o que é feito aqui dentro. Gustavo Dubeux (presidente) tem mostrado um planejamento interessante. E eu tenho participado com outras coisas que podem ser desenvolvidas. Embora estejamos no Nordeste, onde as coisas costumam chegar depois, precisamos nos antecipar. O Sport precisa dar um salto. E eu tenho visto este projeto aqui. 

ELENCO

Se nós não tivermos injeção de mais atletas, vamos ter dificuldades. Todo mundo sabe e não vamos omitir de ninguém. Existem atletas que estão acertando e serão apresentados no momento certo. A torcida pode ficar despreocupada, pois vamos em cima do que tem disponível. Vamos também se valer da nossa amizade no futebol, para viabilizar vinda de vários jogadores.

VERBA

Você tem que tirar a diferença dentro de campo, com atletas que tenham fome. Atletas que estão de barriga cheia não servem para nós. Espero que todos no Sport entendam que vamos ter que dar de tudo para diminuir essa distância. Futebol te dá a chance de mostrar para todo mundo que orçamento pode ficar do lado de fora. Estou com muita fome. Aprendi que o trabalho exaustivo te leva a lugares que muitos duvidam.

RELAÇÃO COM O SPORT

Já demonstrei meu valor com cinco anos que figuro somente em Série A. Fiz opções diante do que o mercado oferece, e às vezes você acertar em um lugar e não em outro. Vejo no Sport potencial para fazer a melhor campanha entre os oito times com menores orçamentos, por causa da camisa, da tradição e da torcida. Aceitei o desafio, sabendo da importância da torcida quando a gente joga em casa. Vamos montar uma equipe competitiva para que o Sport e o Mancini possam crescer ainda mais.

Eliane Giardini (59) afirmou à revista “Contigo!” que se sente orgulhosa do seu corpo, mesmo na terceira idade. Atualmente a atriz encarna a personagem Muricy, na novela Avenida Brasil, da Rede Globo.

Segundo Eliane, ela se sente melhor agora do que aos vinte anos de idade. Prestes a completar 60 anos em outubro, em casa se dedica ao Pilates três vezes por semana, já que não gosta de academia.

Quanto ao coração, a atriz afirma que está tranquila. Está solteira desde o término do casamento com o ator Paulo Betti, em 1997. Ainda assim afirma que teve alguns namoros, e que caso se apaixone pr alguém não tem o menor trauma de casamentos.


Ameaçada de perder na votação do novo Código Florestal e com uma base de apoio no Congresso cercada pela desobediência, a presidente Dilma Rousseff acha que não há crise nenhuma no governo, segundo entrevista que concedeu à revista Veja desta semana.

"Não há crise nenhuma. Perder ou ganhar votações faz parte do processo democrático e deve ser respeitado. Crise existe quando se perde a legitimidade. Você não tem de ganhar todas. O Parlamento não pode ser visto assim. Em alguma circunstância sempre vai emergir uma posição de consenso do Congresso que não necessariamente será a do Executivo", disse a presidente.

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A rebelião na base aliada deve-se, principalmente, ao corte de R$ 18 bilhões nas emendas dos parlamentares ao Orçamento da União no ano em que serão renovadas as prefeituras e as câmaras municipais. Os aliados reclamam ainda, como sempre, de que não conseguem nomear afilhados para cargos no governo e nas estatais.

Na entrevista, Dilma disse que não é do "toma lá dá cá" que vem sendo praticado no País, a partir do governo de José Sarney (1985/1990). "Não gosto e não vou deixar que isso aconteça no meu governo", disse a presidente à Veja. Segundo ela, isso não teve nada a ver com a troca de líderes do governo no Congresso. Ela tirou o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o substituiu por Eduardo Braga (PMDB-AM) e também trocou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) pelo ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Dilma disse na entrevista que é "facílimo" substituir Lula (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Lembrou que foi ministra da Casa Civil por cinco anos e que aprendeu muito com Lula despachando com ele "dezenas de vezes por dia". Para ela, Lula é o responsável por uma nova ordem mundial. "Lula teve momentos de gênio na política e um carisma que nunca vi em outra pessoa". Nem por isso, os dois sempre concordam, segundo disse a presidente na entrevista à revista Veja.

Perguntada se tem dificuldades em discordar do ex-presidente, ela disse que não tem "nem um pouco". E lembrou que os dois já divergiram muito no passado, mas que no essencial sempre concordaram. "Eu tenho uma profunda admiração por ele e uma profunda amizade nos une". Dilma afirmou que Lula "é uma pessoa divertidíssima, com uma capacidade de afeto descomunal".

No auge da crise com a base aliada, o ex-presidente Fernando Collor fez um discurso no Senado no qual alertou Dilma de que perdera o cargo em 1992 por falta de sustentação no Congresso. A presidente disse à Veja que não leu o discurso. "É preciso ter em mente que as grandes crises institucionais no Brasil ocorreram não por questiúnculas, pequenas discordâncias entre o Executivo e o Legislativo. As grandes crises institucionais se originaram da perda de legitimidade do governante".

A presidente contou, na entrevista, ter descoberto algo que não sabia quando era ministra. "O povo se identifica com você. Vê em você uma igual na Presidência. E, por isso, o brasileiro se entrega, mostra como é caloroso. Ele te identifica na rua, grita seu nome, te abraça, te pega. Você sente que está fazendo aquilo de que ele precisa. Isso é maravilhoso!". Dilma disse ainda ter confiança de que não haverá nenhum problema para a realização da Copa da Fifa de 2014 no Brasil. "O Brasil fará a melhor de todas as Copas do Mundo. Querem apostar quanto comigo?".

No comando da entidade mais importante do basquete nacional, Carlos Boaventura Correa Nunes, presidente da Confederação Brasileira (CBB), esteve em visita no Recife para abertura oficial da temporada 2012 da modalidade em Pernambuco. Minutos antes do início da solenidade de lançamento, realizada nesta quarta-feira (21), o gestor conversou com o Portal LeiaJá e falou sobre problemas e avanços da modalidade no país.

Solícito e demonstrando confiança no futuro, Nunes falou sobre o basquete em Pernambuco e comentou o que era possível fazer para melhorar a disputa no Estado. Depois de reuniões com gestores governamentais, ele revelou que o Estado pode ser local de grandes competições de basquete nos próximos anos, caso consiga finalizar a estrutura do Complexo Esportivo Santos Dummont, em Boa Viagem. Além disso, Carlos ressaltou o bom momento do esporte após a classificação das seleções masculina e feminina para os Jogos Olímpicos de Londres, mas não escondeu que ainda existem pontos a serem melhorados.

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Por fim, o gestor ainda esclareceu o imbróglio causado pela não ida de estrelas do basquete nacional, como Nenê e Leandrinho, para a disputa do pré-olímpico de 2011, na Argentina. Confira abaixo a entrevista completa:

LeiaJá - O Senhor veio ao Estado para fazer a abertura oficial da temporada 2012 do basquete. O que você conhece da modalidade em Pernambuco?

Carlos Nunes - Eu sou um velho conhecido do esporte em Pernambuco. Venho aqui seguidamente e, dessa vez, recebi um convite honroso do Pezão (Luiz Morais, presidente da FederaçãoPernambucana de Basquete) para participar da abertura. Além disso, estou aqui também para ver a possibilidade de trazermos eventos nacionais e internacionais para o Recife, uma vez que achamos que com isso podemos motivar o pessoal que está disputando o estadual e atrair novos pretendentes. Fizemos reuniões proveitosas com a Secretaria de Esportes e saímos muito contentes porque vimos que o complexo esportivo do Santos Dummont está em andamento e com previsão de lançamento definido: dezembro de 2013. Com a inauguração dele poderemos trazer grandes competições para cá.

LeiaJá – Como  o basquete pernambucano pode melhorar?

Carlos Nunes - Pode melhorar desde que haja interesse dos clubes, colégios, professores e atletas de fazerem parte da Federação. Estou aqui para ministrar essa palestra e tentar motivar. Temos que aproveitar esse momento que vive o basquete nacional, que é impar, uma vez que fazia 16 anos que não nos classificávamos para uma Olimpíada. Temos um bom time, com um técnico de renome, o qual já veio ao aqui ao Recife – no ano passado. No entanto, a parte maior de envolvimento tem que ser feita pelos próprios professores, jogadores, atletas, clubes e dirigentes. Em Pernambuco existem times com potencial. O Sport, por exemplo, está vendo a possibilidade de montar um elenco feminino para o ano que vem. Devagarzinho ou um pouquinho mais rápido (risos) a gente vai conseguindo incrementar um melhor número de atletas e clubes.

LeiaJá - Em entrevista ao LeiaJá, o Presidente da Federação Pernambucana de Basquete (FPB), Luiz morais (Pezão) – por várias vezes – falou da necessidade do profissionalismo de atletas, clubes e técnicos. Qual o seu comentário sobre a situação profissional do basquete no Estado e no restante do país?

Carlos Nunes - Quando assumimos a CBB, profissionalizamos todo mundo. Não existe nenhum funcionário da entidade que hoje não seja pago pelas suas funções. Com relação ao trabalho dos clubes, é preciso que eles façam o papel deles – que é se filiar às federações, participar dos eventos e trabalhar as categorias de base. Se todos nós fizermos nosso trabalho, o nosso dever de casa, o basquete vai alcançar a afirmação necessária em muito menos tempo do que a gente pretende.

LeiaJá - O basquete viveu um momento complicado, mas está se reestruturando e hoje teremos duas seleções nas Olimpíadas. Qual o impacto das seleções nessa nova fase?

Carlos Nunes - É importantíssimo, é um espelho. O Novo Basquete Brasil (NBB) também veio para somar. Esse ano a decisão do NBB também terá o transmissão da TV aberta, o que é relevante para a visibilidade e o interesse do público em si pela modalidade. Mas, como eu disse, é preciso aproveitar esse momento da classificação das seleções. Isso dará um “chamamento” muito grande como ocorreu no pré-olímpico. Nós temos os dados de audiência e a TV bateu o recorde de audiência, conseguimos suplantar até o futebol. Temos boas equipes para os Jogos de Londres e se fizermos uma boa campanha consagradora será de grande valia para esta nova fase.

LeiaJá - Mesmo com esse crescimento ainda existem pontos fracos no basquete brasileiro? O que pode melhorar?

Carlos Nunes - Nós temos muitas deficiências. O basquete estava estagnado e não era produto. Com o crescimento, hoje temos condições de pleitear patrocínio, o que não existia. Precisamos trabalhar muito a categoria de base para ter peças de reposição. No pré-olímpico, as três principais estrelas, uma por contusão e duas por motivos particulares, não foram e mesmo assim nós ganhamos da Argentina lá dentro, porque nós tínhamos essas peças. Os meninos eram novos, mas com experiência na Europa e nós conseguimos o nosso objetivo. Se a gente não continuar este trabalho, fica difícil.

LeiaJá - Como está a preparação das seleções para Londres 2012?

Carlos Nunes - As preparações ainda não começaram. A equipe feminina se apresenta dia 15 de maio e a masculina apenas em 16 de junho. A partir daí será iniciado o período de treinamentos. Teremos dois grandes torneios aqui no Brasil, um no masculino e outro no feminino, ambos em São Carlos de Foz do Iguaçu-PR.

LeiaJá - Falando em seleção, é inevitável não comentar sobre as ausências das estrelas brasileiras no pré-olímpico (Nenê, Leandrinho, Anderson Varejão e Iziane). Existe algum tipo de problema? Eles vão integrar o grupo que vai às Olimpíadas?

Carlos Nunes - São dois momentos diferentes. Eles não foram ao pré-olímpico por motivos particulares e o Anderson (Varejão) por lesão. Nós já assistimos duas entrevistas do Nenê para a imprensa americana afirmando que quer participar. Mas, independente da vontade deles, vamos convocar. Serão todos chamados. Não sei se o Rubén (Magnano) vai convocar 18 ou 20 jogadores, mas depois ele selecionará os 12 que viajarão para Londres. Nenê, Leandrinho, Thiago Splitter, Varejão, Marcelinho Huertas, todos serão convocados e depois o nosso treinador vai escolher os selecionados.

LeiaJá – As seleções brasileiras já conquistaram prata e bronze nas Olimpíadas. Em 2012 é possível ganhar o ouro?

Carlos Nunes - Nós vamos para isso, queremos ganhar. O índice técnico é muito elevado, mas nós temos boas equipes e, se contarmos com nossa força máxima, temos muitas chances. Estamos trabalhando para naturalizar o norte-americano Larry Taylor, atleta do Bauru e, se nós conseguirmos, vai somar muito.

LeiaJá – Por fim, como o Senhor projeta o basquete brasileiro no futuro?

A cantora Madonna começará a promover o seu novo disco, "MDNA", com uma entrevista ao vivo, pela internet, com o comediante e apresentador de talk-show Jimmy Fallon. A conversa será no sábado, às 19 horas (horário de Brasília), através de sua página na rede social.

A entrevista terá imagens dos ensaios da popstar para a próxima turnê. "MDNA" será lançado na próxima segunda-feira (26). O single de lançamento, "Give Me All Your Luvin'" chegou ao primeiro lugar na parada Dance/Club da Billboard, a 41ª faixa dela a conseguir tal façanha.

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O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje que, entre ter o prefeito Gilberto Kassab (PSD) em seu palanque e disputar a eleição municipal contra o tucano José Serra, o pior para ele seria a primeira opção. Em entrevista à Rádio CBN, o petista alegou que a atual gestão municipal é mal avaliada pela população, a qual percebe que "se anuncia muito e se entrega pouco". "A administração atual é um fardozinho de se carregar", justificou.

Para Haddad, seu provável adversário do PSDB, o ex-governador José Serra, também é responsável pelos problemas da cidade, já que é o padrinho político de Kassab. "Ele, de certa forma, responde pelos 8 anos de administração", disse. O pré-candidato lembrou que Kassab esteve no governo Celso Pitta como secretário de Planejamento e foi o sucessor de Serra na prefeitura, isto é, em São Paulo nunca fez parte do projeto petista.

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Haddad chegou a comparar sua candidatura à da ex-senadora Marina Silva e disse que, assim como em 2010, quando ela aparecia com poucas intenções de voto nas pesquisas e surpreendeu nas eleições presidenciais, o mesmo pode se repetir em São Paulo com sua candidatura, já que os eleitores de hoje querem renovação. "O brasileiro (naquele pleito) estava querendo inovação", afirmou.

Sobre a participação da senadora Marta Suplicy em sua campanha, ele garantiu que a petista estará ao seu lado no momento em que a campanha começar efetivamente. Ele também negou os boatos de que Marta possa ser uma opção para substituÍ-lo caso ele não suba nas pesquisas de intenção de voto e culpou a "central de boatos" pelas notícias que circulam na imprensa. Segundo ele, apesar de ter apenas 3% nos levantamentos, a sua candidatura é a que mais preocupa o PSDB. "Ao seu tempo vou me apresentar à cidade de São Paulo", avisou.

Perguntado se o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria um aliado nesta eleição, Haddad afirmou que, mesmo com as irregularidades dos últimos anos, o exame será um ponto positivo em seu currículo pelo fato de o Enem ter colocado mais estudantes nas universidades. De acordo com ele, se a oposição tentar explorar as fraudes contra ele será "um tiro n'água".

No final da entrevista, o pré-candidato disse que é contra o pedágio urbano e contra a ampliação do rodízio. Questionado se ressuscitaria a taxa do lixo, Haddad foi categórico: "Ressuscitar impostos em São Paulo, nunca".

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