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O Governador Eduardo Campos também esteve no evento de abertura do carnaval do Recife, no Marco Zero, na virada desta sexta-feira para o sábado (9). Para o gestor, levando também em consideração as prévias, festa de momo em Pernambuco começou positivamente.

Eduardo ainda ressaltou a descentralização da festa em Pernambuco e a vinda de um grande número de turistas. São 18 pólos de folia em todo o Estado. Campos ainda destacou o impacto econômico que o carnaval traz para o Estado. Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima.

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Em uma sala na Rua Madre de Deus, Pedro Vilela, Giordano Castro e Lucas Torres, três dos oito integrantes do Magiluth – grupo de teatro recifense que vem arrebatando a crítica e os prêmios por onde passa –, receberam a equipe do LeiaJá para uma entrevista exclusiva. O local é onde eles ensaiam, pesquisam e passam oito horas por dia trabalhando em seus espetáculos.

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Formado a nove anos por estudantes do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco, o grupo atua desde 2004 no circuito universitário. A estreia profissional veio em 2007 com o espetáculo Corra, que os tornou conhecidos no circuito teatral da capital pernambucana, conta Pedro Vilela. Mas foi com a segunda montagem, denominada Atos, que eles conseguiram visibilidade nacional e puderam circular por diversas capitais brasileiras.

Atos é o espetáculo com o qual a gente consegue fazer com que o grupo apareça para o Brasil”, diz Giordano Castro. “E nesse circular é que a gente foi encontrando outros grupos de teatro e que começamos a criar redes de contato, firmar laços e trocas” completa. Foi através dessa rede de contatos e participação de festivais que o Magiluth ganhou força. Em 2012 eles participaram de um edital promovido pelo Itaú Cultural, como explica Vilela. “O projeto visualizava o intercâmbio de dois grupos teatrais de diferentes regiões do país. Naquela ocasião fizemos nossa pesquisa com o grupo de Brasília, Teatro do Concreto, a pesquisa foi desenvolvida em duas janelas, uma de gestão e outra de criação, onde trocávamos imagens dessas cidades para poder criar cenas e a partir dessas cenas foi que fizemos o espetáculo Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você”.

E, se para alguns, 2012 não foi um ano muito proveitoso, para o grupo foi o grande divisor de águas. Além de se consolidar nacionalmente, eles ainda aprovaram dois processos de montagens para as peças Viúva Porém Honesta, de Nelson Rodrigues, e a homenagem a Luiz Gonzaga, Luiz Lua Gonzaga. Eles Ainda estrearam espetáculo fora de casa – Viúva foi primeiro apresentado no teatro carioca Dulcina – e fizeram duas temporadas na capital paulista.

Viúva Porém Honesta arrebatou três prêmios no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2013 (diretor, ator e espetáculo), com texto de Nelson Rodrigues, a peça foi dirigida por Pedro Vilela  e conta a história de uma viúva que desde que seu marido se foi, decide não sentar mais.

“A proposta de Viúva apareceu no começo do ano, quando estávamos com uma crise financeira devido aos gastos em 2011. Em meio a essa crise, abre o edital da Funarte dos 100 anos do anjo pornográfico, com a proposta da montagem ou remontagem de uma das dezessete peças de Nelson Rodrigues. Pedro conhecia o texto e falou que ele tinha a pegada das coisas que o grupo tem feito, e isso deu o aval, apostamos nele e fomos contemplados. A montagem se deu com dois meses e meio para a estreia, nós voltamos para Recife para preparar tudo e, como estávamos em temporada em São Paulo, tivemos que voltar para lá e montamos em dois meses bem intensos, todos os dias trabalhamos mas gostamos demais de fazê-lo”, conta Giordano

O ator conta também que foi muito feliz todo o processo criativo do espetáculo de Nelson e a estreia só provou o quanto a aposta que o grupo fez no texto foi fantástica. Vilela complementa: “Nesse espetáculo tem um quê de cumplicidade que só acontece em um grupo, o tempo de montagem foi muito curto e estávamos na loucura, fora de casa, em São Paulo, dividindo apartamento, todo mundo junto, fazendo temporada no (Teatro) Repertório. Mas as condições eram as melhores também, nós ficávamos com um teatro só para a gente, de segunda a segunda, fazíamos o que queríamos nele. Tínhamos tudo disponível, luz, equipamentos e não nos preocupávamos com nada para pagar, a cidade ainda estava com um frio horroroso que a gente não conseguia por um pé para fora de casa”.

E foi assim, com dois meses de trabalho intensos, mergulhados dentro do teatro, que o Magiluth concluiu o espetáculo. Mas, será que se o grupo não estivesse precisando de dinheiro eles teriam montado Viúva? Quem nos respondeu foi Vilela:

“A gente sempre teve um pé atrás com a dramaturgia de autores clássicos, referenciais. Sempre preferimos investir em dramaturgia própria ou de dramaturgos não muito conhecidos. Mas talvez montaríamos por que para qualquer artista brasileiro existe a vontade de um dia montar Nelson. Talvez não seria nesse momento, então eu acredito que as circunstâncias nos levaram a Viúva agora, mas acredito que um dia nós faríamos”.

Ainda sobre Viúva, perguntamos sobre a coincidência entre o tempo de criação do espetáculo por Nelson Rodrigues e o de montagem da peça pelo Magiluth: ambos tiveram duração de dois meses. Eles não sabiam desse fato até o dia da estreia do espetáculo, revela Giordano. “Quando chegamos no Rio para estrear, estava ocorrendo uma exposição sobre a obra dele (Nelson Rodrigues) e nós vimos as datas do Perdoa-me por te Traíres e do Viúva Porém Honesta. Percebemos que as datas eram uma em cima da outra e fomos ler o que estava escrito e vimos que era muito a história da gente”.

“E foram dois meses aleatoriamente” completa Pedro. “Era uma mostra com duração de um mês e eles fizeram o favor de colocar a gente na primeira semana, e nós ainda íamos montar e estrear. Alguns espetáculos já estavam prontos e eles poderiam colocar na primeira semana para dar mais tempo para a gente. E, inclusive, questionamos muito isso, o tempo necessário para o processo.”

Durante a entrevista, o grupo falou de um jogo de cena, que é usado por eles para trazer a plateia até o espetáculo, tirá-los da posição passiva, onde "o público contempla a arte e apenas isso".

“É interessante que o público consiga entender esse jogo de cena, que ele jogue com a gente. Que seja um plateia ativa, que vê o que para ela é ou não é real, e passe a ser um membro do grupo a partir do momento em que ela tenta se relacionar com aquilo”. informa Torres. “Temos visto cada vez mais experiências no teatro em que parece que se esqueceram que tem alguém assistindo a você, se você se relaciona comigo, ok, se não, tudo bem, no final você me aplaude e vai embora. Isso não nos interessa muito, necessitamos dessa comunicação direta (com o público)", completa Vilela.

A interação com a plateia é experimentada por eles em diferentes aspectos, chegando inclusive a por em risco o andamento da peça apresentada “Em Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você o público é chamado para a cena e poder agir de fato conosco em determinados momentos. Essas cenas só acontecem se o público participar de fato, se não o espetáculo atravanca”.

E parece que eles não tem medo do espetáculo desandar por conta dessa participação, de entrar nessa zona de risco. Pois como mostra Vilela, o importante para eles é vivenciar toda a ação. “Pode dar certo e pode dar errado também, por que a partir do momento que a plateia não participa, não entra no jogo a peça pode desandar, mas que desande e que seja um momento especial, um momento único que as pessoas viveram conosco”.

Mas e o contato do Magiluth com outros grupos de teatro no Recife? Como é? “Gostaríamos de aprofundar muito mais o compartilhamento de ideias, mas percebemos que isso é algo para ser construído ainda na cidade, percebemos que ainda existe uma dificuldade, de maneira geral, da gente compartilhar e discutir esteticamente o trabalho de um e de outro sem achar que estamos querendo destruir o trabalho de um e do outro”, responde Vilela.

Ainda nessa questão, o diretor de Viúva Porém Honesta afirmou que falta um sentimento de classe no teatro e cita uma frase de Eduardo Moreira, do Grupo Galpão. “O teatro talvez seja uma das únicas funções que se entrar em greve não faça diferença”. Por isso ele acredita que o que resta para os atores é construir esse sentimento de classe. “Nós podemos ter divergências estéticas, mas acima de qualquer coisa estamos no mesmo barco e precisamos olhar para o mesmo ponto. Por que quando a gente fica sem uma lei de incentivo, sem nada, isso nos impede de ter uma linha de pesquisa, e nós notamos que tem uma grande quantidade de grupos nesta situação e falta uma organização para dizer vamos juntos discutir e tentar sanar isso”, completa ele.

E, de olho na efetivação desse diálogo, o grupo abre as portas de sua sede para outros mais jovens ocuparem o espaço. “Parece uma besteira, mas é muito importante para quem está iniciando. Quando nós não tínhamos dinheiro, a gente sofreu isso na pele. Por isso a gente tem três grupos diferentes usando a sala. É uma iniciativa pequena, mas nós também temos uma ideia de fazer um oficinão, trazer grupos aqui pra dentro também e, quem sabe, trabalhar como colaboradores das ideias deles” explica Lucas.

Outra ação protagonizada por eles é o TREMA que, segundo palavras de Vilela, visa o bem coletivo do teatro de grupo em Recife. “Abrimos a discussão e a reflexão sobre uma causa (teatro de grupo) e aí as pessoas se agregam ou não” diz ele. A primeira edição do festival recebeu quatro grupos diferentes e promoveu espetáculos, ações formativas e a exibição do documentário Evoé – Retrato de um Antropofágico, até então inédito no Recife.

Para encerrar a entrevista, perguntamos sobre os prêmios recebidos pelo grupo e se essas estatuetas mexiam com o ego deles. Tentando mostrar uma certa humildade eles discorrem defendendo que apesar de funcionarem como reconhecimento do trabalho deles e ajudar na hora de se estabelecer um contrato, as premiações de fato não mudam em nada sua rotina.

Giordano é o primeiro a se manifestar e responde: “a gente vê que não é uma coisa que acrescente tanto assim”, diz ele. Vilela rebate. “É inegável que para o currículo do grupo é interessante especialmente na hora de negociar o espetáculo no eixo Rio-São Paulo”. Mas, segundo o primeiro na cena local não é tão relevante e que preferia que houvesse uma troca de experiências entre os grupos locais.

“Eu trocaria esse prêmio por três editais que possibilitassem a gente estar aqui trancados trabalhando” fala Vilela. “Não entramos no festival para ganhar o prêmio. Nós queremos criar outras redes e criar outras parcerias para poder termos trabalho, por que é isso que nos mantém”, finaliza ele.

E é assim que eles vão montando espetáculo por espetáculo, participando de um festival e usando o dinheiro ganho neste para a montagem de um novo, explicou Torres. Para este ano o Magiluth já conta com uma agenda cheia e começa a preparar as comemorações de dez anos do grupo. São quatro editais já confirmados, com montagens que circularão o Brasil e o interior de Pernambuco. Além de outros projetos que vão movimentar a cena teatral pernambucana, ficando apenas com novembro e dezembro livre, por enquanto.

Olhos baixos e sempre cauteloso aos movimentos, Naná Vasconcelos observa atentamente os preparativos para mais um ensaio na comunidade do Pina. O percussionista, que se dedica à arte afro, há mais de 50 anos, vislumbra o grupo com carinho e expectativa. Atento a todos os detalhes de mais um ensaio, Vasconcelos falou sobre a sua homenagem no 49º Baile Municipal e da evolução cultural do Maracatu de Baque Virado.

Leia Já - Naná, qual o sentimento de ser um dos homenageados no 49º Baile Municipal de Recife?
Naná Vasconcelos - Recebi vários prêmios e fui homenageado várias vezes fora do país, porém receber essa homenagem na minha cidade natal é resultado de reconhecimento do meu trabalho. Isso é muito gratificante. É um sentimento muito profundo e sinto um carinho muito grande em ser homenageado ainda em vida, fico muito feliz. Sou do povo, fui criança pobre e simples do Recife e realmente foi uma surpresa.

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Leia Já - Como é ver tantos seguidores, acompanhando uma arte que você trabalha há mais de 50 anos?
Naná Vasconcelos - É sempre bom ver a nossa cultura atravessando gerações. Normamente, conduzo vários grupos e participo das aberturas dos carnavais há mais de dez procurando unir as forças e trazer novas ideias. Já estive duas vezes na orquestra sinfônica e procuro tocar os extremos como o erudito com o popular.
 
Leia Já - Depois de conhecer tantas culturas pelo Brasil e no exterior. O que o senhor traz na bagagem?
Naná Vasconcelos - A minha escola é a escola da vida, comecei como percussionista e tive a oportunidade de conhecer várias culturas, pessoas e países. Hoje, trago ideias e procuro unir forças, misturando vários estilos musicais como o popular e o erudito.

Leia Já -Você observa que houve alguma mudança no cenário percussivo pernambucano?
Naná Vasconcelos - Observo as mudanças que aconteceu durante esse tempo, antigamente não tínhamos mulheres tocando. Hoje você observa mulheres, jovens de classe média, universitários – essas pessoas não conheciam ou não gostavam de Maracatu. Isso era coisa de gente da periferia, de pobre e gente do morro. Nos grupos que se apresentam, é possível ver pessoas da classe média e pessoas de outros Estados e de outros países vindo para Pernambuco conhecer, tocar e sentir as batidas dos tambores.

Leia Já - O que você diria para os novos aprendizes?
Naná Vasconcelos - Tem que estudar e nunca pensar que sabe. Ser humilde e nunca pensar que sabe.

A Globeleza Aline Prado, de 26 anos, afirma em entrevista à revista CONTIGO!, que chega às bancas nesta quarta (30), que é viciada em chocolate e frequenta academia diariamente.  Além disso, ressalta que atividade física é seu hobbie e, atualmente, está fazendo aula de pole dance.

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Com um repertório cheio de sucessos do frevo pernambucano, o cantor Gustavo travassos colocou todo mundo para dançar na noite desta sexta para o sábado (26), durante a 35a edição do Baile dos Artistas. Após a apresentação, ele conversou com a equipe do Portal LeiaJá e contou como estão as ações para o carnaval 2013 e, de quebra, ainda deixou uma palhinha para os fãs.

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São cinquenta anos de carreira. Setenta anos de vida a ser completados no próximo dia 16 de abril. Um legado imensurável que ultrapassa o instrumentista e se concretiza em 18 discos, inúmeros shows, fotos, histórias e no Espaço Cultural Arlindo dos 8 Baixos, que fica no quintal da sua casa, no bairro de Dois Unidos. Pelo espaço, já passaram quase todos os forrozeiros da região, tocando para uma multidão de admiradores da música que encontrou sua síntese em Luiz Gonzaga.

Gonzaga, aliás, teve a companhia de Arlindo dos 8 Baixos no palco durante muitos anos. Foi o Rei do Baião que o estimulou a voltar ao seu instrumento original – a sanfona de 8 baixos – e a utilizá-lo como nome artístico. Admirado como instrumentista diferenciado, Arlindo abraçou os 8 baixos e com ele se destacou. No fim de 2012, o músico recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, um justo reconhecimento por sua contribuição à cultura e à música.

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Apesar da história e das alegrias, Arlindo está doente. Já teve um AVC, está cego e sofre com a diabetes, que obrigou os médicos a amputarem suas pernas. O músico esteve internado mais de uma vez e voltou para casa recentemente da última estadia no hospital. Com o semblante triste, confessa: “Faz uns oito meses que não pego no instrumento. Fiquei internado, minha mão direita ficou com os dedos duros, cansados...”. Mas a força do menino criado em um engenho, que virou um jovem barbeiro e se transformou em músico respeitado não o deixou. Arlindo fala em voltar a treinar para recuperar a fluência na sanfona e até em fazer fisioterapia para resgatar alguns movimentos das mãos.

Hoje, bisavô de uma menina, casado há 42 anos com Dona Odete, Arlindo é definitivo: “A música é tudo para mim. Tudo o que tenho hoje foi através da minha música”. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o mestre da sanfona de 8 baixos conta um pouco da sua história. Fala de seus mestres e alunos, do forró despretensioso em seu quintal que virou lugar obrigatório para músicos e apreciadores, das alegrias de sua caminhada e da sua música.

E qual foi a primeira sanfona que você tocou?

A do meu pai. Eu comecei a pegar a sanfona de 8 baixos com dez anos de idade. Meu pai tocava um pouquinho, umas besteirinhas. E eu aprendi a afinar com meu padrinho, eu levava a minha sanfona para ele afinar. Com poucos dias aprendi e fiquei consertando a minha e a dos outros.

Você teve uma infância musical? Havia bailes, instrumentos musicais?

Não. O que tinha na minha casa era uma estrovenga, uma foice e uma enxada. Meu pai plantava na roça e eu ia mais ele para o roçado. Ele nem queria que eu tocasse. Quando chegava do roçado e eu estava tocando, ele reclamava, dizia que não tinha futuro. Aí eu guardava o instrumento, mas quando ele saía, pegava a sanfona de novo. Um dia ele deixou de reclamar e até comprou um 8 baixos pra mim. Depois troquei numa sanfona grande (de 120 baixos) e com ela conheci um bocado de artistas, fiz shows por Pernambuco todo com a caravana da Rádio Clube, com a caravana da Rádio Jornal. Silveirinha, locutor da Rádio Clube e Jota Austregésilo, me chamavam. Passei quatro anos tocando com Coruja e os Tangarás.

Quando eu viajei com Gonzaga, foi com a sanfona grande. Eu disse a ele que queria gravar, e ele me aconselhou a trocar de instrumento, porque as gravadoras estavam cheias de sanfoneiros e não queriam mais. Queriam a de 8 baixos, que estava resumida demais. Então fui à Caruaru, comprei um 8 baixos e fiquei treinando. Um ano e pouco depois, Gonzaga perguntou como estava e pediu para eu tocar uma coisa para ele ver. Então, ele disse que ia me levar para a (gravadora) RCA, e eu estou gravando até hoje.

Com o que mais você trabalhou antes de se profissionalizar como músico?

Na minha infância eu trabalhava na agricultura. Eu nasci em um engenho, na Usina Trapiche, limpava cana, meu serviço era esse. Depois, fui morar em Santo Amaro de Sirinhaém fazendo o mesmo serviço mais meu pai, nos engenhos. Um dia chegou um barbeiro lá e disse para meu pai comprar as ferramentas para eu aprender a cortar cabelo e ele comprou. Terminei aprendendo a cortar cabelo, montei uma barbearia e fiquei cortando cabelo. Botei um salão em Ponte dos Carvalhos e depois vim ao Recife, para Beberibe, onde cortei cabelo ainda por mais de dois anos.

É verdade que tocar a sanfona de 8 baixos é mais difícil do que a de 120?

É mais difícil. Cada botão desses tem duas notas: uma abrindo o fole e outra fechando. A sanfona é uma coisa só, é mais fácil. Quem toca sanfona não toca oito baixos, e quem toca oito baixos não toca sanfona, tem que aprender nos dois.

No final do ano passado você finalmente reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Como recebeu a notícia?

Fiquei muito feliz quando soube da notícia. Muita gente pediu que eu me inscrevesse. Eu me inscrevi três anos e não fui sorteado. Esse ano, fui. Deu uma alegria boa. Ligaram para mim, saiu no jornal com minha foto. Fiquei muito satisfeito. Isso vai me ajudar, a gente tem direito a um salário.

Você é um mestre do instrumento. Quem são seus aprendizes? E quem são seus mestres?

Meus mestres... Um já foi embora, que era Luiz Gonzaga. O outro está bem doente, que é Dominguinhos. Eu adoro as músicas de Dominguinhos e acho muito bonito ele tocar. E eu tenho vários seguidores, porque tenho uma escola aqui onde ensino os oito baixos e a sanfona. Tenho essa escola há mais de quinze anos. Tenho aluno aqui que começou do zero, não sabia tocar nada e hoje já está tocando em palco, gravando, viajando para fazer show. Um deles é Raimundo Santos, e tem outros que já tocam bem. Recife tem muito sanfoneiro novo e bom, tocando muito, e uns tempos atrás a gente não encontrava. De uns dez anos para cá é que se voltou a dar valor à sanfona.

Como surgiu o Espaço Cultural Forró de Arlindo?

Comecei aqui, por que não tinha forró no Recife na época. Aí chamei os colegas para fazer forró no meu quintal, mostrar música um para o outro todo domingo de tarde. Chamei Gennaro, Camarão, um bocado de sanfoneiro. A gente foi começando e todo domingo dava mais gente que o anterior. Isso foi em 1980. Nessa época, quando a gente dizia que tocava sanfona, o povo mangava da gente. Tinha umas fruteiras no meu quintal que eu fui derrubando, fui murando o quintal. Chegou uma quantidade de gente que eu tive que cimentar tudo, cobrir, foi melhorando. Ficou de um jeito que, se eu quiser parar agora, não consigo mais. Só está parado agora por conta do carnaval e da minha doença. Mas, dia 3 de março vamos recomeçar a programação com Alcymar Monteiro.

Durante seus 50 anos de caminhada musical, quais foram as suas maiores alegrias?

Muitas. Quando viajava com Gonzaga, saía para lugares que não conhecia... Tocar um instrumento, seja ele qual for, é muito bom. Faz bem. Eu nunca mais peguei na sanfona por causa desse meu problema de saúde. Os dedos não atendem, tenho que treinar muito.

Depois de tanta vivência e de ser uma referência como músico, como você se sente?

Muito bem. Eu me sinto um herói, porque quando me lembro que trabalhava nos engenhos cortando cana, pastorando boi, e hoje estou como estou, me sinto muito bem. Não dá nem para acreditar.

Com a sua vasta experiência, qual recado você daria para quem está começando a tocar?

Peço a eles que não desistam. Enfrentem, porque eu comecei assim também. Teve hora que pensei: “será que não saio disso, não vou aprender?”. Mas, eu aprendi, não fiquei conhecido pelos músicos e artistas? Então digo que não desistam, sigam em frente. E os instrumentos ruins joguem fora e comprem instrumentos bons. Continuem a treinar, cantar e tocar.

Casa de Arlindo dos 8 Baixos virou Espaço Cultural Arlindo dos 8 Baixos

Em entrevista a revista Contigo! que saiu hoje (23), a cantora Sandy revelou que a onze anos faz terapia para aprender a lidar com o seu perfeccionismo. Filha de Xororó, ela fez durante dezessete anos dupla com seu irmão Júnior e chegou a vender milhões de cópias de seus discos.

Recentemente ela lançou um EP (disco com menor número de faixas) onde ela canta, dentre outros temas, a crise dos trinta anos. Ela ainda revelou a revista que possui um lado mais sombrio: “Sou uma pessoa que tem pegada melancólica, não a maior parte do tempo, mas especialmente quando estou sozinha.”

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Figurando entre as principais prévias do carnaval pernambucano, o bloco Segura a Seringa completou 19 carnavais. A festa, deste ano, teve como atração principal a cantora baiana, Cláudia Leitte.

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A TV LeiaJá conversou Alberto Ferreira, provedor do Real Hospital Português, entidade responsável pela festa, para saber detalhes do crescimento do bloco nos últimos anos. Hoje, mais de 12 mil pessoas participam do bloco.

O técnico Marcelo Martelotte preferiu deixar de lado o resultado do jogo-treino contra o Chã Grande. Se a torcida não gostou do empate, o treinador preferiu enxergar a evolução que o time teve nos últimos dias. Ainda assim, ele entendeu as críticas dos tricolores que estiveram no Arruda, nesta quarta-feira.

“Pesa o resultado para o torcedor. Mas na preparação, a evolução do elenco é o que pesa. Fizemos dois tempos distintos. Quando sofremos o gol, melhoramos e criamos mais oportunidades. Temos que corrigir muitos erros, mas tudo dentro da normalidade que vivemos de preparação”, analisou o comandante tricolor.

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Mesmo reconhecendo que a equipe deixou a desejar, Martelotte acredita que nem tudo foi ruim no jogo-treino. “O torcedor quer que o time ataque os 90 minutos, mas o futebol não funciona dessa maneira. Tem que estar preparado para se defender e tranquilidade quando tiver a posse de bola. Estivemos longe da perfeição e muito precisa ser corrigido. Mas tivemos alguns aspectos positivos também”, explicou.

Um dos mais criticados pela torcida foi o atacante Danilo Santos, que perdeu quatro chances claras de gol. O treinador considerou que isto se deve a pré-temporada, onde o foco ficou na parte física.

“Todos os jogadores estão em momento de correção técnica. A situação com o Danilo Santos é normal. Ele ainda está passando por uma adaptação ao futebol brasileiro, além da preparação física, que é prioridade e com isso prejudica a parte técnica. Ele deu opção, criou jogadas e é isso que esperamos de um atacante”, disse.

Para a estreia na Copa do Nordeste, Marcelo Martelotte espera que a evolução do time continue contra o CRB. “Temos que continuar aplicando os treinamentos. Pedimos uma evolução e estamos sentindo isso. As dificuldades são grandes, mas não só para nós. Esperamos, com a qualidade do nosso elenco, ter um poder de decisão grande e já um aprimoramento na parte tática”, finalizou o técnico do Santa Cruz.

Músico versátil, poeta excepcional, uma artista sem medo de experimentar novos caminhos e sonoridades, sempre com propriedade e sucesso. Siba é esteticamente inquieto: começou sua caminhada com a banda Mestre Ambrósio, que mesclava diferentes influências sonoras e estéticas de folguedos populares como o cavalo-marinho.

Após um longo período de pesquisa e inserção no mundo dos cantadores de maracatu rural da Mata Norte de Pernambuco, criou a Fuloresta, com a qual lançou dois discos bastante elogiados; em 2012, Siba novamente se reinventa e lança o disco Avante. Mais pop, o álbum agradou e fez do ano passado um momento especial na carreira do músico, conquistando novos públicos e ampliando ainda mais seu repertório musical, poético e estético.

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Entrando em 2013 com todo o gás, Siba conversou com o LeiaJá e falou da expectativa para o ano que acaba de se iniciar.

2012 foi um ano muito bom para você, que traçou novos rumos para a carreira e teve um retorno muito bom com o disco Avante. Qual a perspectiva para este novo ano?

Foi um ano em que fizemos quarenta shows, o que por si só já é um dado bem concreto e joga uma perspectiva para que este seja igualmente bom. O disco sai agora em março o disco na Europa, na Inglaterra, e tem turnê na Europa e Estados Unidos em junho e julho. Junto a isso tem o edital da Natura, que vão ser nove apresentações no Brasil, já está um ano desenhado. Fora uma demanda normal de agenda que, baseado no que já foi, a gente espera um ano bem melhor.

Você deu guinadas durante a carreira e costuma mergulhar bastante no que faz. Já está começando a surgir a vontade de um novo projeto, já está compondo algo novo?

Neste ano o disco ainda é prioridade, mas já estou começando a juntar fragmentos e pensando numa nova coisa que ainda não sei falar muito bem como vai ser, porque entre as várias possibilidades que eu vou imaginando até uma coisa possível leva a um caminho que eu nunca sei o tempo. Pode demorar alguns anos ainda, não sei dizer, mas o fato é que eu já estou começando a abrir um espaço. O show está ficando mais maduro, acho que depois do carnaval dou uma finalizada no processo de construção do show mesmo e aí começa a abrir um espaço mental para começar a juntar os fragmentos que eu venho reunindo.

Você está sempre compondo, sempre criando, ou precisa mesmo dar uma parada e interiorizar aquilo para que saia de uma vez?

Sempre compondo é difícil, porque exige um tipo de concentração, de relação com o tempo que é difícil de obter quando você está nessa demanda de fazer girar uma coisa, um trabalho. O que eu faço é registrar muito fragmento o tempo inteiro, tem essa expectativa, essa cobrança em ser criativo, ler o que está se passando ao redor e com você mesmo. Eu vou colecionando fragmentos de ideias, fragmentos musicais, ideias para um possível texto. Acaba que disso sai uma coisa mais concreta. Chega uma hora em que eu tenho quem focar nisso e priorizar, se não, não sai.

Até a algum tempo, um músico tinha que ser quase um herói para conseguir seu sustento. Como anda a profissionalização da música? O músico autoral, criador, está conseguindo viabilizar seu trabalho?

Eu venho desse tempo né cara. Quando escolhi fazer o que faço era uma opção de risco muito grande. As distâncias eram muito grandes. Você tinha ou o artista que tinha uma gravadora, ou nada, todo o resto era um nada. E no meio do caminho tinha ser professor, era uma opção muito radical naquele momento. Hoje já se tem até um senso comum que entende a música como realmente mais uma profissão, então se andou para uma coisa muito melhor sem dúvida alguma. Eu não tenho saudade nenhuma do tempo do meu começo, não quero voltar para aquilo.

Você está morando em São Paulo, depois de viver em Nazaré da Mata, quando criou a Fuloresta. O Avante já é um disco mais urbano. Você acha que estar na maior metrópole do Brasil pode influenciar sua poética ou sua sonoridade?

Tem porque pra mim é tudo muito ligado: onde estou, meu trabalho. Mas, ao mesmo tempo, não é uma relação direta, não é um caminho tão reto, é mais subjetivo. Claro que estar em São Paulo dita uma série de coisas que acabam interferindo, mas não é tão direto assim. Até porque eu me sinto muito ligado ainda a tanta coisa de Nazaré e da Mata Norte de Pernambuco. Saí de lá, mas continuo tão ligado e ainda faz tanto parte de mim aquilo ali. E tem uma saudade de um tipo de foco, de energia que eu tinha quando tava lá. De alguma forma tenho que retomar, inventar um jeito de retomar com mais intensidade alguma coisa dali que se mantém latente. Estar em São Paulo não me impediu de estar ligado antes mesmo de ir para lá e não vai me impedir agora.

Portugal está "no caminho certo" ao cumprir as metas de reformas econômicas exigidas por seus credores internacionais em troca do pacote de resgate concedido a Lisboa há quase dois anos, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em entrevista divulgada neste sábado (5).

"O programa (de ajuda) está no caminho certo. Foi feita uma parte significativa do ajuste fiscal", disse Lagarde à revista portuguesa Expresso.

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Em maio de 2011, Portugal obteve um resgate de 78 bilhões de euros (US$ 102 bilhões) da União Europeia e do FMI, em troca de um programa de reformas de três anos que arrastou o país à recessão e levou o desemprego no país a bater o nível recorde de 16%.

Na entrevista, Lagarde citou a questão do desemprego alto e os riscos associados à crise da zona do euro, mas disse estar "muito confiante". "As autoridades portuguesas e o povo de Portugal têm sido extremamente corajosos e firmes ao implementar reformas rígidas e dolorosas", comentou a chefe do FMI.

Em novembro, a coalizão governista de Portugal, de centro-direita, adotou um orçamento austero que prevê uma série de aumentos de impostos.

No começo da semana, o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, entrou com um pedido no tribunal constitucional do país para que a corte verifique se o Orçamento de 2013 está de acordo com a lei. As informações são da Dow Jones.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, disse em entrevista ao jornal francês Le Monde que não aceitará a corrupção no seu governo e que as acusações de que seu predecessor Luiz Inácio Lula da Silva teria participado do esquema do mensalão são lamentáveis. "Eu não vou tolerar a corrupção, e meu governo também não", declarou Dilma, acrescentando que todos aqueles que utilizam dinheiro público devem prestar contas. "Caso contrário, a corrupção se espalha."

Ela afirmou que "o Ministério Público é independente, a Polícia Federal investiga, prende e pune." E falou que quem começou esta nova fase de governança foi o ex-presidente Lula. Sobre as acusações do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza de que o ex-presidente chefiou o esquema de desvio de recursos públicos do mensalão, Dilma afirmou: "Eu rejeito todas as tentativas, ele não é o primeiro a manchar o imenso respeito que o povo do Brasil tem pelo presidente Lula".

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Dilma disse também que, "se houver suspeitas confirmadas, a pessoa deve sair. Claro que não se deve confundir as investigações com a caça às bruxas próprias dos regimes autoritários ou de exceção. Para ser candidato à eleição, os brasileiros devem cumprir a lei de registro criminal (Ficha Limpa), eles não podem ter sido condenados."

Na entrevista, Dilma afirmou também que o fraco crescimento econômico apresentado pelo País é resultado de uma fase de transição vivida pelo Brasil. "Nós estamos em uma fase de transição. A crise internacional provocou uma desaceleração da economia brasileira em junho de 2011. Nós tivemos de adotar medidas estruturais, como a redução da taxa de juro. Pela primeira vez em décadas, elas estão próximas das taxas do mercado internacional", disse ela ao jornal francês, observando que é a primeira vez em décadas que as taxas de juros do Brasil estão próximas das observadas nos mercados internacionais. Ela destacou, no entanto, que "isso levou a mudanças na rentabilidade. O aumento do investimento produtivo ainda não substituiu os investimentos em declínio. E a desvalorização artificial das moedas de países desenvolvidos resultou em uma valorização do real, que tem sido prejudicial".

Perguntada se o Brasil é o país do futuro, Dilma respondeu que "os empresários europeus sabem que esse será o caso se nós investirmos nas indústrias de manufatura, infraestrutura e transformação". Segundo ela, o desafio que o País enfrenta é a competitividade, que não é um fim em si mesmo. "Se não aumentarmos a taxa de investimento, não vamos atingir um crescimento acelerado, capaz de buscar a inclusão social e a expansão do mercado".

A presidente destacou na entrevista que a dimensão do mercado brasileiro, as oportunidades em infraestrutura e a força da indústria explicam porque o Brasil se tornou um dos principais destinos de investimento direto estrangeiro, que totalizou US$ 66 bilhões em 2011 e 63 bilhões nos primeiros nove meses deste ano. "Nós prevemos um crescimento de pelo menos 4% em 2013", disse Dilma ao Le Monde.

A presidente Dilma Rousseff afirmou que o mundo percebe que o Brasil "anda com seus próprios pés". Durante entrevista à apresentadora Regina Casé, veiculada neste domingo (9) pela TV Globo, Dilma afirmou que o País saiu da situação pior, tendo registrado grande avanço no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas defendeu que o Brasil deve dar um novo salto, "que é o do crescimento".

Durante a entrevista, Dilma também destacou os projetos do governo na área de acessibilidade - tema abordado no programa de Regina Casé - e destacou a importância da educação para o crescimento do País. "Nosso grande desafio é a educação", citou Dilma. "Queremos um País de classe média", acrescentou.

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“Daniel e eu deixamos as baladas, os drinques, as noitadas para criar Marcelo. Vale a pena”, revela Ivete Sangalo em entrevista concedida a revista Contigo!. Na entrevista ela ainda fala do pequeno Marcelo, de 3 anos, sobre seus amores e sobre o marido, o nutricionista Daniel Cady. 

Às vésperas de tomar posse aos 64 anos como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki afirmou nesta terça-feira (27) que a Corte ficou muito exposta com a transmissão televisiva ao vivo da decisão sobre o mensalão.

Apesar de evitar fazer avaliações sobre o resultado das votações e sobre a possibilidade de o STF decretar a perda do mandato dos deputados federais condenados, Zavascki disse que no passado redigiu um artigo no qual sustentou que essa tarefa cabe ao Legislativo e não ao Judiciário.

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Com posse no STF marcada para quinta-feira, o ministro disse que às vezes o juiz tem de tomar decisões impopulares. "O juiz tem de levar em conta as normas. Se fôssemos hoje, em determinadas circunstâncias, julgar não conforme a lei, mas segundo a vontade popular, nós não teríamos condição de aplicar muitas leis, por exemplo, em matéria penal. Nós aplicaríamos penas mais severas. Eu diria até que se fôssemos levar em conta a vontade popular, teríamos implantado a pena de morte no Brasil há muito tempo", disse. "Acho que o juiz tem um papel difícil na sociedade que é às vezes tomar decisões impopulares. Às vezes, para aplicar a lei, não se escapa da impopularidade. Quem tem que aferir a vontade do povo são os Poderes do Estado que são eleitos pelo povo, com essa missão de fazer leis. O juiz tem de aplicar as leis legítimas", acrescentou.

Ele defendeu o direito de parentes de magistrados advogarem até mesmo nos tribunais onde seus familiares são juízes. Zavascki conversou com jornalistas na manhã desta terça na sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde ele ainda é ministro.

O contraventor Carlinhos Cachoeira rompeu o silêncio na tarde desta sexta-feira (23) e disse a jornalistas que vai falar "na hora certa". "Vou colocar os pingos nos 'is'", afirmou momentos antes de entrar em uma casa em Anápolis, no interior de Goiás, para onde viajou para visitar o túmulo da mãe.

A breve entrevista de Cachoeira durou menos de três minutos. Ele disse estar passando por um momento difícil e negou que tenha feito festas após ter deixado a prisão nesta semana. "Não é momento de festa. Não fiz festa em casa anteontem. É momento de luto. Perdi minha mãe, perdi um irmão, não de sangue, mas considerava um irmão mais velho."

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Investigado por duas operações da Polícia Federal, Cachoeira é acusado de comandar esquema de jogo ilegal em Goiás e por participar de fraudes em contratos com órgãos públicos. Segundo ele, as teses que sustentam as acusações são "maliciosas" e qualificou como "estrelismo" a atuação do Ministério Público no caso. "É estrelismo. Os grampos são ilegais. O Ministério Público não vai mais fazer estrelismo", afirmou. Ele afirmou ter perdido 13 quilos durante o tempo que esteve preso. Cachoeira prometeu falar futuramente com a imprensa sobre o caso na presença de seus advogados. "Vou falar a história toda. O povo goiano vai ter orgulho de mim."

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Após vencer a Argentina nos pênaltis, no segundo confronto do Superclássico, na última quarta-feira (21), Mano Menezes falou sobre o seu papel à frente da Seleção Brasileira de Futebol.

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De acordo com o técnico, um trabalho como o dele precisa de maturidade para ser conduzido. Mano Menezes ainda comentou que o torcedor brasileiro pode ficar certo de que a Seleção chegará na Copa das Confederações mostrando que está preparada, em condições de brigar pela Copa do Mundo em 2014. 

Em entrevista à Revista Contigo!, o cantor Carlinhos Brown contou que é adepto a todas as artes. Segundo ele, a pintura tem sido responsável por lhe despertar novos valores. "Acho até que sou melhor pintor do que músico. Não toco com a felicidade que pinto. Começar a pintar mudou algo em mim, como me vestir de maneira mais simples, mais contida, porque encontrei outra forma de me manifestar visualmente”, declarou.

 

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Em cartaz na telinha como a moderna Laura, da novela Lado a Lado, Marjorie Estiano demonstra ter muito mais em comum com a personagem do que parece. Assim como Laura, Marjorie aos trinta anos se mostra uma mulher segura e dona de si.

“Acho essa coisa de ter crise dos 30 muito clichê. Fazendo uma personagem de época, eu percebi o quanto as mulheres eram cobradas para ter filhos, para servir os maridos, para se vestir conforme as convenções... Naquela época eu também seria uma revolucionária. A vida não é mais datada. Hoje sou muito dona de mim”, explica a atriz. 

A entrevista completa disponível na Revista Contigo! que chega às bancas nesta quarta-feira (7).

O PSDB precisa, daqui por diante, de "um discurso convincente, afim com os problemas atuais do País". Mas esse novo discurso não significa que o partido deva necessariamente sair à cata de nomes novos. "Juventude, em si, não produz ideias novas", adverte. "O mais importante são as ideias, não necessariamente novas mas renovadas para fazer frente às conjunturas."

É com essas palavras que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso define os horizontes do tucanato depois das eleições de domingo (28), em que o partido teve vitórias a festejar mas amargou uma derrota na batalha mais importante, a da Prefeitura de São Paulo.

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As declarações do ex-presidente se seguem às do candidato derrotado José Serra, segundo o qual falar em mudanças no PSDB seria um modo de se submeter à estratégia do PT. Antes dessa fala de Serra, FHC havia dito que o momento "é de mudança de gerações", mas "isso não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer, eles têm de empurrar os novos para a frente".

FHC discorda de várias análises feitas sobre o futuro do partido. Uma delas é que o PSDB paga o preço por ser uma sigla muito "paulista". "O partido nunca esteve concentrado apenas em São Paulo. Não se esqueça de que ele governa também Minas e o Paraná, além de Goiás, Alagoas, Tocantins e Roraima. E agora ganhou nas principais capitais do Norte, Belém e Manaus, e em algumas do Nordeste", elenca.

Perguntado se o seu partido paga o preço de não ter reagido no passado, abrindo a possibilidade de o PT "roubar" sua mensagem, o ex-presidente reconhece que o PSDB "poderia ter sido mais enérgico na defesa do que fez e em desmascarar a apropriação indébita e a propaganda enganosa". "Mas águas passadas não movem moinhos", comenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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