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Angélica participou do Roda Viva, da TV Cultura, na noite da última segunda-feira (11), e se se posicionou a favor da legalização do aborto no Brasil. A apresentadora disse que as mulheres devem ter controle total do próprio corpo

Sem melindres, a apresentadora falou sobre a necessidade de separar dois assuntos - religião e legalização do aborto. Segundo Angélica, ela acredita que a decisão de interromper uma  gravidez deve ser tomada unicamente a partir da própria gestante. "Eu sou a favor que a mulher tenha escolha sobre o corpo. É ela quem tem que decidir. É uma decisão que as mulheres têm que tomar", disse.

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Por fim, a artista ainda apontou como uma gravidez indesejada pode atrapalhar a vida de uma mulher. "A gente vê a quantidade de menina que para de estudar por situações extremas, incluindo a do estupro. A gente não tem que misturar assuntos. A gente tem que ser prático sobre o assunto", completou.

 

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) é a entrevistada do programa Roda Viva desta segunda-feira (26). Raquel é uma das duas únicas mulheres que lideram poderes executivos nos estados e está entre os 10 melhores governadores do país, segundo levantamento atual do Paraná Pesquisas. Mas a tucana tem enfrentado alguns problemas internos: Pernambuco decretou situação de emergência em função da superlotação de UTIs neonatais e pediátricas; os professores estaduais pedem melhores salários e condições de trabalho; e a governadora foi vaiada em um evento ao lado do presidente Lula.

Como está a relação do PSDB com o PT? Como a governadora de Pernambuco está gerenciando os problemas do estado? Esses e outros assuntos estarão em debate no Roda Viva.

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O programa conta com uma bancada de entrevistadores formada por Guilherme Caetano, repórter do jornal O Globo; Laurindo Ferreira, diretor de redação do Jornal do Commercio; Priscila Camazano, repórter da Folha de S.Paulo; Roseann Kennedy, colunista do Estadão; e Thais Bilenky, repórter na Revista Piauí e apresentadora do podcast Foro de Teresina. Além das ilustrações serão de Custódio Rosa. Com apresentação da jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva será exibido a partir das 22h, na TV Cultura.

O ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol vinculou a cassação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral e a consequente perda de mandato como deputado federal a uma reação do "sistema corrupto" contra a atuação da força-tarefa. Em entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira, 29, ele afirmou que pretende apresentar ainda hoje o recurso para tentar reverter a decisão do TSE. Ele também deve formalizar nesta terça-feira, 30, seus argumentos de defesa no processo que corre na Corregedoria da Câmara dos Deputados para efetivar a perda de mandato.

Citando declaração anterior do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ele comparou a "reação" do sistema corrupto a uma versão "piorada" do que ocorreu na Itália, após a chamada Operação Mãos Limpas. "Você vê uma reação do sistema corrupto (à Lava Jato). Só que no Brasil eles não querem só impunidade, querem vingança", disse, após ser questionado por que evitava vincular o fim força-tarefa ao governo de Jair Bolsonaro, a quem apoiou na disputa eleitoral contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Dallagnol atribuiu "o início do fim" a decisões do Judiciário e do Congresso.

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"Os principais atos de desmonte da Lava Jato começaram de 2019 para cá, com decisões do STF e do Congresso", afirmou. "O procurador-geral da República, Augusto Aras, também contribuiu para o desfazimento da Lava Jato. Ele cometeu graves equívocos contra a operação, tendo sido nomeado por Bolsonaro fora da lista tríplice (indicação de nomes para a Procuradoria Geral da República por meio de votação interna da ANPR, associação nacional dos procuradores)."

Segundo ele, o Brasil está diante do risco de ter "um novo Augusto Aras", uma vez que Lula já declarou que não pretende limitar sua indicação à Procuradoria Geral da República (o mandato de Aras termina em setembro) à lista tríplice. "Eu sempre defendi a lista tríplice", declarou Dallagnol.

"O problema é que várias pessoas que buscam ter uma posição no poder em Brasília vão dançar a música que o presidente vai tocar." E destacou que a reação à Lava Jato se intensificou após a eleição de Lula. "Existe, sim, uma agenda de vingança muito forte neste governo".

Em uma provocação ao ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse neste domingo (21) que Curitiba 'não tem o germe do fascismo'.

"Curitiba tem o germe da democracia, da honestidade, da integridade e do combate à corrupção", escreveu nas redes sociais depois de participar de um ato na cidade contra a decisão que o deixou inelegível pelos próximos oito anos.

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A publicação faz referência à entrevista de Gilmar Mendes ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no início do mês. O ministro afirmou que Curitiba foi o 'germe do fascismo' e ajudou a eleger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Ao discursar para apoiadores no ato desse domingo, Dallagnol já havia atacado o ministro. O ex-procurador afirmou que outros parlamentares que fizeram críticas a tribunais superiores podem ser cassados.

"Eu acredito na liberdade de ter um Supremo Tribunal com um ministro que não diga que Curitiba é o germe do fascismo. Porque eu quero dizer para você: Curitiba não é o germe do fascismo. Curitiba é o ambiente da democracia", disparou.

A decisão de cassar o mandato de Dallagnol é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os ministros entenderam que ele tentou burlar a Lei da Ficha Limpa.

O ex-chefe da Lava Jato ainda pode tentar reaver o mandato, mas precisa aguardar fora do cargo. Os recursos podem ser enviados ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal. As chances de vitória, no entanto, são consideradas pequenas: o julgamento na Corte Eleitoral foi unânime e o STF tem maioria anti-Lava Jato - ala liderada justamente por Gilmar Mendes.

Morreu neste sábado (4), aos 73 anos, o cartunista Paulo Caruso. Ele tratava de um câncer há cerca de um mês, e estava internado em um hospital particular de São Paulo. Caruso era conhecido pelos desenhos que produzia ao vivo no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Formado em arquitetura, Paulo decidiu não seguir carreira e se tornou chargista, emprestando o talento para o Diário Popular, O Pasquim, Folha de S. Paulo e Isto É, entre outros. 

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Em seu trabalho, Caruso sempre teve como marca a sátira da política brasileira. Também é autor dos livros As Origens do Capitão Bandeira, Ecos do Ipiranga, Bar Brasil na Nova República.

Em 1994, Paulo Caruso recebeu o prêmio de melhor desenhista pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

A Justiça do Rio determinou nesta sexta-feira (16) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) retire imediatamente a música "Roda Viva", de Chico Buarque, de uma postagem feita em rede social. O descumprimento da determinação acarretará multa diária no valor de R$ 1 mil.

O caso gerou polêmica no fim do mês passado, quando a juíza substituta Monica Ribeiro Teixeira indeferiu o mesmo pedido feito pela defesa do compositor. Segundo ela, não havia comprovação suficiente de que "Roda Viva" fosse de autoria de Chico Buarque.

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Nesta quinta-feira (15), o advogado João Tancredo entrou com uma nova ação. Desta vez, o juiz Fernando Rocha Lovisi tomou uma decisão diferente. Segundo Tancredo, a peça jurídica impetrada agora é praticamente idêntica à anterior. Questionado sobre o que teria mudado, o advogado afirmou: "O conhecimento sobre a música popular brasileira de quem analisou o caso".

"Enfim, superamos o debate despropositado sobre a autoria da canção", disse Tancredo. "Podemos agora focar na finalidade principal do processo, que é tratar com respeito a obra do Chico e com o rigor da lei os desmandos do deputado. Aliás, esse é o tipo de foco que precisa ser retomado em diversas áreas no país."

Além do pedido de urgência para a retirada da música da postagem, a ação ainda cobra do deputado federal uma indenização de R$ 48 mil e a publicação da sentença condenatória na mesma rede social em que fez uso indevido da obra. Eduardo Bolsonaro usou a música de Chico Buarque em uma postagem sobre supostas prisões políticas de partidários de seu pai, o presidente da República Jair Bolsonaro.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou na noite da segunda-feira, 14, que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao seu partido que não apresente candidaturas às Presidências da Câmara e do Senado no ano que vem. O petista, que vai assumir o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2023, e seus aliados têm articulado para a formação de uma base aliada no Congresso. Lula passou, até mesmo, a fazer acenos ao atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem trocou farpas antes da campanha eleitoral.

"O presidente Lula já pediu que o Partido dos Trabalhadores discuta uma posição de não apresentar candidaturas às Presidências da Câmara e do Senado. Isso é uma medida que pode parecer simplória, mas não é. Ela facilita, ajuda no diálogo", declarou Dias, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

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"Nós temos um presidente do Partido dos Trabalhadores, um vice do Partido Socialista Brasileiro. Então, se você tem na Presidência de uma Casa um outro partido, na outra Casa um outro partido, são líderes que dividem responsabilidade. A democracia é isso, é você ter uma partilha, não só no desafio da eleição, mas também depois dividir responsabilidade", emendou o senador eleito e ex-governador do Piauí.

A força de Lira no Congresso vem do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão no ano passado por meio do qual o governo Bolsonaro destinou emendas a aliados, sem transparência, em troca de apoio no Congresso. O fluxo de recursos é controlado por Lira, e parlamentares dizem que o presidente da Câmara costuma cumprir as promessas que faz.

Por isso, o PT teme enfrentar o deputado do PP na eleição para o comando da Câmara e perder a disputa, o que poderia levar a uma situação parecida com a enfrentada pela ex-presidente Dilma Rousseff. A petista tentou impedir a ascensão do então deputado Eduardo Cunha à Presidência da Casa, mas não obteve sucesso, o que pavimentou o caminho para seu impeachment.

Cenário fiscal

O senador eleito, que foi escolhido pelo presidente eleito para liderar as discussões orçamentárias com o Congresso, disse que "não há uma guerra" entre responsabilidade fiscal e a questão social. Na semana passada, declarações de Lula sobre a política fiscal geraram temor no mercado financeiro sobre a sustentabilidade das contas públicas do País, no momento em que o novo governo negocia uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar o Bolsa Família do teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.

"Não há uma guerra entre as duas [responsabilidades fiscal e social]. Apenas o presidente diz o seguinte: ‘eu quero começar o mandato com um orçamento que não negue o dinheiro necessário para as necessidades básicas do povo brasileiro", afirmou Dias. Na última sexta-feira, 11, o senador eleito já havia falado em responsabilidade fiscal.

"Estamos fazendo também com muita responsabilidade com o controle das contas públicas. Ou seja, apenas o estritamente necessário e dentro de uma situação em que, por ter também recursos para investimentos, nós acreditamos que nesse formato nós vamos voltar a garantir condições de crescimento do País. E é com o crescimento do País, inclusive, que a gente melhora as contas públicas", disse Dias, na ocasião, após uma reunião com o relator-geral do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI), no Senado.

Na última quinta-feira, 10, houve queda da bolsa e disparada do dólar e dos juros futuros após declarações de Lula. Em reunião com parlamentares, o petista questionou por que o debate sobre austeridade fiscal não engloba também a questão social e afirmou que as pessoas são levadas a sofrer, na visão dele, para garantir "a tal da estabilidade fiscal". "Por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste País?", afirmou o presidente eleito, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

Combustíveis

Wellington Dias, que é um dos principais porta-vozes de Lula na área econômica, afirmou ainda que o Brasil vai levar em conta o custo do refino para definir o valor do combustível. Atualmente, os preços da Petrobras têm paridade internacional, ou seja, são reajustados com base na variação do dólar e na cotação do barril de petróleo no mercado global. Durante a campanha, Lula prometeu "abrasileirar" os preços da gasolina e do diesel.

"Petrobras. Alguém fez as contas de quanto a Petrobras teve de lucro? Alguém tem ideia de onde vem esse lucro? É abusivo. Pois eu lhe digo: é porque o Brasil refina uma boa parte da gasolina, uma parte um pouco menor do óleo diesel. Dentro do Brasil, há um custo muito baixo. O Brasil é um dos mais eficientes países no refino. Então, embora a gasolina que consumimos, uma boa parte seja do Brasil, cerca de 80%, o preço de referência é o preço americano", declarou Dias.

E emendou: "Ah, mas é por que a gente importa. Importa quanto? Imposta 20%. Então, faz a média. Ao fazer essa média, vai ter uma queda. Não tem lógica [a paridade internacional]. Na questão do preço interno, tem que defender o interesse do Brasil. É lei de custo. O único objetivo disso é mais lucro para o setor. O Brasil vai levar em conta o custo do refino no Brasil para definir qual é o preço do combustível."

Jato de empresário

O senador eleito saiu em defesa de Lula, após críticas ao fato de o petista ter viajado para o Egito, onde deve participar da 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-27), em um jato do empresário José Seripieri Filho.

"Então, você tem uma situação em que o presidente eleito ainda não é presidente da República, ele não utiliza-se de voos do governo e, sim, hoje ele é uma pessoa física, eleita presidente, mas uma pessoa física. E ele, por conta disso, não tem qualquer regra que o impeça de pegar carona, seja de São Paulo para Teresina, seja de São Paulo para o Egito", declarou Dias.

Mais cedo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin negou que o avião do empresário tivesse sido emprestado a Lula. "A informação que eu tenho é que não é emprestado [o avião]. O proprietário está indo junto para a COP. Ele também vai participar da COP, está indo junto. Não tem empréstimo. Estão indo juntos no mesmo avião. Estão indo mais pessoas, ex-governador, lideranças políticas, ambientais, todos juntos", disse Alckmin, durante entrevista coletiva em São Paulo.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) bateu boca com jornalistas durante entrevista do Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira (15). O pedetista perdeu a paciência com Vera Magalhães, que discursou contra a insistência que ele teve de não permitir que colegas continuassem com suas perguntas de forma objetiva. Em certo ponto, a jornalista afirmou que as respostas do ex-ministro tendiam para o discurso político e não para um debate.

A discussão aconteceu após Ciro ser questionado pelo jornalista Flávio Costa sobre o discurso de pacto nacional e plebiscito após seis meses no cargo, o que o entrevistador alegou ser comum em campanhas no geral, como na de Michel Temer (MDB), ex-presidente interino da República. 

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“Essa história de pacto nacional todo mundo, até o [Michel] Temer falava de pacto nacional e pacificação”, declara Flávio. Gomes retruca e pede que o jornalista não o “confunda”. “Não estou confundindo, só estou citando o Temer. Você fala em plebiscito após 6 meses. Isso não é tensionar ainda mais essa relação com o Congresso que é dominado por Arthur Lira hoje, Ciro Nogueira, essas raposas do centrão?”, continuou o entrevistador. 

Quando Ciro Gomes começa a responder ao questionamento, a apresentadora Vera Magalhães o interrompe, após duas tentativas sem sucesso. “Por que isso, meu Deus? Me deixe terminar”, esbravejou o candidato do PDT. 

“Candidato, eu preciso lhe interromper porque senão vira discurso e é uma entrevista”, retrucou a jornalista. O ex-ministro, então, rebateu: “Por que essa hostilidade?”. Vera Magalhães, por fim, respondeu mais uma vez: “O senhor foi hostil comigo, eu tentei lhe interromper duas vezes e o senhor não permitiu. É uma entrevista, só temos duas horas”. 

Confira o momento do mal-estar e outros trechos de destaque: 

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- - > LeiaJá também: ‘Para Ciro Gomes, Bolsonaro será preso se perder eleição’ 

Na avaliação do candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai para a cadeia caso não consiga se reeleger. "Vai ser preso porque é um criminoso", disse o pedetista, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 15.

Para Ciro, a motivação para prisão do chefe do Executivo estaria principalmente na atuação do governo durante a pandemia de Covid-19. "Negacionismo, superfaturamento, roubalheira, botou o Brasil no fim da fila da vacina, briga com o Doria sobre vacina, matou o nosso povo", afirmou.

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Ciro falou também durante o programa sobre uma pauta cara ao bolsonarismo: o armamento da população. O pedetista prometeu permitir que as pessoas possam usar armas na zona rural. "Na área rural, dentro do domicílio, eu considero razoável porque ali não tem um 190 para ligar. O exercício da autodefesa, infelizmente, é um imperativo das populações isoladas em bases rurais", ponderou.

O candidato disse, no entanto, que vai revogar todos os decretos de Bolsonaro que permitem o porte e a posse de armas em ambiente urbano. "Arma na rua vai ser só exclusividade da polícia. Andou na rua (com arma), vai ser apreendido", pontuou.

Candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet defendeu a candidatura do centro democrático ao Palácio do Planalto e pôs em dúvida a possibilidade de o MDB seguir uma ala do partido e apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) num possível segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Se fizéssemos uma análise fria do passado, nós teríamos muito mais integrantes que tenderiam a apoiar Bolsonaro do que Lula", disse a senadora em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (8).

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Lideranças emedebistas como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-senador Eunício Oliveira (CE) defendem que o partido deveria retirar a candidatura de Tebet para apoiar Lula. Como revelou o Estadão/Broadcast em julho, nove diretórios decidiram que vão apoiar Lula: o grupo é composto por integrantes do MDB de Amazonas, Alagoas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pernambuco e Piauí.

Em julho, o prefeito de Cacimbinhas (AL) Hugo Wanderley, pediu para que a convenção do MDB fosse adiada. O pedido foi indeferido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin. A candidatura de Tebet teve 262 votos favoráveis e nove votos contrários, mas 97 delegados boicotaram a votação. Para a senadora, sua candidatura "é um reconhecimento à população brasileira que tem direito a ter opções".

Segundo Tebet, o avanço tímido de seu nome nas pesquisas de intenção de voto se deu pelas dúvidas que foram construídas ao longo da pré-campanha. "Começando uma candidatura agora, tenho convicção de que nossa candidatura pode chegar ao segundo turno", afirmou. Na pesquisa Datafolha do fim de julho, a emedebista aparece com 2% dos votos.

Na entrevista, Tebet criticou o orçamento secreto e disse que acabará com o mecanismo, dando "transparência absoluta" à distribuição do dinheiro público. Ainda defendeu o teto de gastos. "Se não fosse o teto de gastos, o orçamento secreto não seria de R$ 16 bilhões por ano", disse a presidenciável.

A senadora ainda propôs um programa de transferência de renda permanente, com o retorno a um sistema de cadastro único com foco em condicionantes que variem de acordo com a situação de cada família. Para Tebet, há dinheiro para bancar o programa, mas o benefício deve ser variável.

Fátima Bernardes será sabatinada no Roda Viva, da TV Cultura, na próxima segunda (25). A apresentadora conseguiu liberação de sua emissora, a Rede Globo, e estará no programa de entrevistas após vários convites recusados. 

Após deixar o Encontro para assumir uma outra empreitada na televisão, Fátima tem passado um período longe das câmeras. O descanso será quebrado na próxima segunda quando ela será a entrevistada do Roda Viva. Ela era uma das convidadas mais esperadas pelo tradicional programa, porém, até então a Globo nunca havia permitido sua ida.

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De acordo com o Notícias da TV, a emissora de Bernardes mudou de posição, agora, por entender que a profissional está em um momento de transição em sua carreira e que participar de atrações desse tipo pode ser favorável a ela. Esta será a primeira vez que Fátima participa de um programa fora da TV Globo. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira, 16, que, "sob hipótese alguma", as Forças Armadas assumirão qualquer papel diferente da obediência à Constituição Federal nas eleições 2022. Para ele, seria "inimaginável" a realização de um pleito que não esteja dentro dos limites constitucionais em outubro.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o senador disse ainda que o resultado das eleições será respeitado pelas Forças Armadas e que elas não devem ter um compromisso político ou eleitoral.

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"Não há hipótese de haver por parte das Forças Armadas, na minha opinião, qualquer tipo de amparo a manifestação ou iniciativas que não sejam dentro da ordem democrática e obediência à Constituição Federal", afirmou.

Questionado sobre o suposto "papel moderador" das Forças, Pacheco defendeu que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica têm atribuições taxativas, e não de moderação. "A partir do momento que invocadas por qualquer destes poderes constitucionais para se preservar a lei e o direito e com a democracia, elas não devem ter um compromisso político, muito menos eleitoral", completou.

O presidente do Senado se encontrou diversas vezes com representantes das Forças Armadas e, segundo ele, não ouviu "crítica veemente" sobre o processo eleitoral.

De acordo com Pacheco, os questionamentos apresentados nestes encontros são dúvidas "do seio da sociedade lançadas por um movimento que visa a deslegitimar e descredenciar as urnas eletrônicas, mas que em algum momento foi uma dúvida geral por parte da sociedade".

"Em alguns encontros, não só com as Forças Armadas, mas com outras instituições, foram questionadas em relação ao funcionamento das urnas eletrônicas, se haveria algum grau de vulnerabilidade, alguma possibilidade de fraude ou não", afirmou.

Desde abril, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem intensificando os questionamentos públicos à lisura do processo eleitoral. Em cerimônia no Palácio do Planalto no final do mês, ele disse que a contagem de votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acontece em uma "sala secreta" e pregou uma auditoria paralela, em uma "ramificação" controlada pelas Forças Armadas. Na segunda-feira, em evento em São Paulo, o presidente falou na possibilidade de "eleições conturbadas".

Como o Estadão mostrou, as Forças Armadas também levantaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas e enviaram 88 questionamentos ao TSE nos últimos oito meses sobre supostos riscos e fragilidades que, na visão dos militares, podem expor a vulnerabilidade do processo eleitoral.

A maioria das perguntas reproduzia o discurso de Bolsonaro e colocava a atuação da Corte sob suspeita. Entre os questionamentos estava o nível de confiança dos testes das urnas, o critério de seleção dos equipamentos testados e o pedido para que os votos não fossem contados exclusivamente pelo TSE. Em resposta, o Tribunal disse que não há "sala escura de apuração de votos" ao rebater a tese.

Privilégios

Sob forte pressão em ano eleitoral, Pacheco respondeu ainda que apoia a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 63, que garante o retorno de um benefício extra no contracheque de juízes e procuradores, como mostrou o Estadão.

O quinquênio (adicional de 5% do salário a cada cinco anos) para Judiciário e Ministério Público teria custo de R$ 7,5 bilhões por ano, segundo cálculos obtidos pelo jornal, e é estendido a aposentados e pensionistas.

No Roda Viva, Pacheco defendeu, inclusive, que pode ser o relator da proposta. Segundo ele, o resgate do benefício é importante para a "valorização" da carreira da magistratura e para compensar "privações", como não poder ter outro emprego. "É importante para ter uma carreira estimulada e profissionais independentes", afirmou.

Respeitada pelo seu trabalho como jornalista desde a década de 1970, Glória Maria já sabe como vai se despedir do ofício. Atuando como repórter especial na TV Globo, desde 2010, ela deseja uma matéria icônica quando chegar o momento de encerrar sua carreira. A pauta: uma viagem ao planeta Marte. 

A jornalista falou sobre o tema durante entrevista ao 'Roda Viva', na última segunda (14). Conhecida por fazer viagens aos mais diversos e curiosos destinos, ela confidenciou que planeja ir até o espaço um dia para reportar tudo. "Tô querendo ir para Marte numa dessas máquinas aí. Se tiver alguém ouvindo, deixa eu ir, seria minha grande matéria final. Seria um grande presente da Globo depois desses anos todos", disse.

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Gloria falou, ainda, sobre censura, e garantiu nunca ter sido proibida de falar sobre qualquer assunto durante sua carreira. "Censurada eu nunca fui. Nunca ninguém me falou: 'Isso você não pode'. Tem umas coisas que eles acham falta de juízo, coisas perigosas", contou.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ver com ceticismo a realização de reunião entre os gestores estaduais e o presidente Jair Bolsonaro a fim de apaziguar os atritos institucionais no País. Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Doria disse, na noite dessa segunda-feira (23), que não espera nada do encontro, "nem sequer que aconteça".

Nesta segunda-feira, mais cedo, o governador de São Paulo participou de encontro do Fórum dos Governadores que reuniu gestores de 24 Estados e do Distrito Federal. No encontro, os governadores decidiram propor ao presidente e aos outros chefes de Poderes uma espécie de reunião de pacificação e de normalização institucional do País. Entre os chefes estaduais, houve consenso de que o atual clima de instabilidade política é prejudicial para todos.

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Segundo Doria, Bolsonaro é refratário e não gosta de diálogo. O governador de São Paulo disse também que o presidente é autoritário, negacionista e, ao seu ver, psicopata. "Sou a favor de gestos e diálogo, mas de Bolsonaro não espero nada."

Na entrevista, o tucano descartou a possibilidade de ser procurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca de apoio para as eleições de 2022. "Lula não vai me procurar. Não preciso me preocupar. Ele sabe minha opinião sobre ele", disse Doria. "Luiz Inácio Lula da Silva cometeu roubo. Assaltou o dinheiro público do país", disse o governador.

Nesta segunda, Lula compartilhou foto ao lado do senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) após se reunir com ele. Segundo publicação nas redes sociais, Lula disse que a conversa girou em torno da defesa da democracia. Em visita ao Nordeste, o ex-presidente tem se reunido com lideranças políticas em busca de apoio para o pleito do próximo ano.

Durante a entrevista, Doria reforçou elogios a Tasso, a quem chamou de "brilhante senador e brilhante governador", e, apesar das críticas a Lula, atribuiu o encontro ao caráter democrático do partido. O governador, que deve disputar as prévias da legenda em busca da indicação para se candidatar à Presidência, também disse que não depende de seu padrinho político Geraldo Alckmin, mas que o respeita. Alckmin, um dos fundadores do PSDB, deve deixar o partido por atritos com o governador paulista e aliados dele.

Guedes

O governador de São Paulo também disse que não vê o ministro da Economia, Paulo Guedes, com "autoridade que precisaria ter para conduzir a economia do País". Doria destacou que o ministro mudou de posição desde que assumiu o cargo, e disse que esperaria de Guedes coerência que o ministro não teve.

Durante a entrevista no Roda Viva, o governador de São Paulo também criticou decisões da equipe econômica do governo federal, entre elas a proposta de parcelamento de precatórios para ampliar espaço fiscal ou a possibilidade de furar o teto de gastos.

Doria atribuiu à reforma administrativa e de benefícios fiscais que sua gestão promoveu em São Paulo o espaço orçamentário para a ampliação de programas sociais no Estado. Segundo o governador, São Paulo nunca deu ou dará calote, não irá furar o teto de gastos ou desobedecer política fiscal. "São Paulo fez a reforma e por isso pode fazer políticas sociais amplas", destacou sobre lei aprovada e sancionada que cortou benefícios fiscais e reduziu o número de estatais.

No início do mês, Doria anunciou a ampliação de programas sociais estaduais por meio do Programa Bolsa do Povo, que reúne diferentes tipos de benefícios. Apesar das críticas ao governo federal e à gestão econômica, Doria disse que preferiria não falar mal de Guedes por causa da relação respeitosa entre ambos.

Martinho da Vila ‘soltou o verbo’ e disse tudo que pensa a respeito da Fundação Palmares e seu atual presidente, Sérgio Camargo. O sambista afirmou não reconhecer mais a instituição como equipamento de valorização e preservação da cultura negra - como deveria atuar -, e teceu duras críticas a Camargo. para o músico, o gestor é um “preto de alma branca”.

Martinho foi o convidado do programa Roda Viva, na última segunda (16),  no qual falou sobre a Fundação Palmares, O artista disse que a instituição deveria ser “da sociedade civil” e que seu atual presidente, Sérgio Camargo, está participando de um projeto de desmonte do órgão. “Ele está lá cumprindo seu papel, que é acabar com a Fundação Palmares. Pra mim, a Fundação Palmares não existe mais. Ele não tá exercendo função nenhuma. Pra mim aquilo acabou, ele retirou uma porção de coisa lá e tal e eu acho que nós temos que criar uma outra fundação, aquela já era". O sambista foi um dos nomes retirados do panteão de personalidades negras da fundação por Camargo.

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O músico também não poupou o gestor da Palmares de críticas e disse que dava “graças a Deus” por ter sido excluído da instituição pois não quer ver seu nome ligado a ela. “A Fundação Palmares era uma fundação criada para tratar dos assuntos da cultura negra, do negro no geral. Botaram aquele cara lá, o Camargo, bolsonarista radical. Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco”. 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, afirmou nesta segunda-feira (9), que o presidente Jair Bolsonaro deve ser enquadrado em crime de responsabilidade pela comissão. De acordo com Renan, já está comprovado que Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso das suspeitas de irregularidades na tentativa de compra da vacina Covaxin pelo governo federal.

"A perspectiva é que no caso do presidente da República, no andamento da investigação, ele seja enquadrado em crime de responsabilidade, ele e outros agentes públicos", disse o senador em entrevista ao programa Roda Viva. "Eu parto do pressuposto de que já há uma comprovação de crime de prevaricação. Ele próprio reconheceu que recebeu os irmãos Miranda."

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Renan se referiu à denúncia que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, teriam feito ao presidente sobre as suspeitas de corrupção na negociação das doses da Covaxin. Bolsonaro confirmou ter recebido o deputado.

Sobre o desfile de tanques de guerra em Brasília nesta terça-feira, dia em que a Câmara dos Deputados vai analisar a PEC do voto impresso, Renan afirmou que trata-se se uma utilização indevida das Forças Armadas por Bolsonaro. "Isso é mais uma tentativa de intimidação do presidente da República", disse. O senador criticou ainda o que chamou de "timidez" do Poder Legislativo na reação aos atos de Bolsonaro.

Na opinião de Renan, a proposta de voto impresso é uma "cortina de fumaça" contra a democracia, e Bolsonaro precisa ser responsabilizado pelas ameaças que tem feito às eleições de 2022. Em relação ao pleito do ano que vem, Renan evitou dizer se apoiará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, os dois marcaram uma conversa para depois do fim da CPI, "para não envolver o presidente com a comissão parlamentar, nem a comissão com o presidente (Lula)".

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) diz ter relatado em caráter privado a membros da CPI da Covid o nome do político que supostamente teria ameaçado o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e pedido "pixulé". A afirmação foi feita pelo parlamentar em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (12). Ele, contudo, não revelou a identidade de quem supostamente pediu propina. "Se Pazuello der o nome, eu confirmo. Esse nome não é do meu partido", limitou-se a dizer.

De acordo com a jornalista Vera Magalhães, âncora do programa, Miranda citou o nome do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) aos senadores da CPI. O deputado não confirmou - nem negou -, mas ressaltou que Pazuello deveria voltar à comissão de inquérito para esclarecer o episódio. "Eu não quero ser a pessoa do 'ouvi falar', quem passou por isso deve falar", afirmou na entrevista. Miranda disse ainda que, caso Pazuello acuse a pessoa errada, vai desmenti-lo publicamente.

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O deputado, tido como um dos "homens-bomba" das suspeitas de corrupção por parte do governo federal em compras de vacinas, ainda afirmou que Pazuello não sabia do escândalo da Covaxin dois dias antes de ser exonerado do cargo, sinalizando que o presidente Jair Bolsonaro pode não tê-lo avisado sobre as denúncias apresentadas pelos irmãos Miranda. O parlamentar destacou que rompeu completamente com o chefe do Palácio do Planalto. "Eu não subo mais em um palanque com Jair Messias Bolsonaro", garantiu.

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entende que a recusa do governo a compra de vacinas contra o novo coronavírus já está comprovada pelos depoimentos e provas obtidas pelo colegiado. "A omissão custou a vida de 80 mil brasileiros. Com as vacinas adquiridas em dezembro, poderíamos ter imunizado, em fevereiro ou março, todos os grupos prioritários", afirmou o parlamentar nesta segunda-feira (31) em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.

A posição de Randolfe está alinhada com a do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Nesta segunda-feira, em entrevista ao programa Papo com Editor, do Broadcast Político, Aziz avaliou que há provas suficientes de que o governo de Jair Bolsonaro não quis comprar vacinas e, por isso, a comissão já teria motivos para pedir ao Ministério Público o indiciamento de agentes públicos por crime sanitário e contra a vida.

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Corridos trinta dos noventa dias de CPI, o senador amapaense, contudo, evitou se comprometer com uma responsabilização direta de Bolsonaro. Para ele, uma eventual abertura de processo de impeachment contra o presidente da República depende diretamente do relatório a ser produzido pelo CPI. A relatoria está nas mãos do senador Renan Calheiros (MDB-AL), desafeto político do Palácio do Planalto.

Considerada uma vitória do governo federal, a convocação de governadores para prestarem depoimentos na CPI foi criticada por Randolfe durante a entrevista. "Está comprovado que é uma manobra dispersiva", afirmou. Os líderes estaduais buscam no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não comparecerem ao colegiado.

Omissão de Aras

Randolfe Rodrigues também criticou, na entrevista, a atuação do procurador-geral da República, Augusto Aras, durante a pandemia de Covid-19. Para ele, a CPI da Covid só existe devido ao que chamou de omissão do PGR. "(Aras) Não cumpriu papel de investigar. Se ele tivesse atuado como procurador-geral da República desde as primeiras ações negacionistas (do presidente Jair Bolsonaro), talvez não estivéssemos nesse atoleiro sanitário", declarou.

Para Randolfe, porém, Aras terá a oportunidade de se redimir quando receber o relatório final da CPI da Covid, em mais uma sinalização de que o presidente da República pode ser responsabilizado diretamente pela gravidade da pandemia no País.

De acordo com o senador, outros órgãos devem receber o relatório final da comissão, para além da PGR. "Pode ir para o presidente da Câmara, se constatado crime de responsabilidade. Se for crime de genocídio, pode ir para o Tribunal de Haia, uma hipótese que devemos avançar no caso do que ocorreu com populações indígenas", afirmou o vice-presidente da CPI.

"Ainda dá tempo de fazer muita coisa. Temos de avançar e perseguir sobre as licitações. Eu aposto que tem um rastro de dinheiro público não corretamente aplicado para ser investigado", afirmou, sugerindo a possibilidade de corrupção dentro do governo federal durante a pandemia.

A gestão inadequada do dinheiro público para combater a Covid-19 por Estados e municípios, por sua vez, também é uma hipótese no radar do senador. "Não tenho dúvidas de que houve roubalheira. Passou da hora de Assembleias Legislativas instalarem CPIs", declarou o parlamentar.

O vice-presidente da CPI da Covid afirmou que não vê elementos que justifiquem uma eventual prorrogação do colegiado para além dos 90 dias estabelecidos, ou para apresentação de relatórios parciais. "Relatório de CPI dá trabalho. Tem de ser somente um", declarou no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Randolfe ainda defendeu responsabilização de quem espalhou fake news durante a pandemia, citando uma fala do presidente Jair Bolsonaro de que a Covid-19 seria uma "gripezinha". Ele também reiterou a importância de convocar do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para depor à CPI, após o órgão aceitar, nesta segunda, que o Brasil sedie a Copa América em meio ao agravamento da pandemia no País. "Espero que possamos apreciar o requerimento da convocação, apresentado por mim, ainda nesta semana", afirmou o parlamentar.

Corrida ao STF

O senador amapaense disse acreditar que o atual advogado-geral da União, André Mendonça, não tem, hoje, votos suficientes no Senado para ser alçado ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o presidente Jair Bolsonaro decida indicá-lo para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposenta neste ano.

A indicação cabe ao Palácio do Planalto, mas precisa ser referendada pela Casa Legislativa. Desde o governo Floriano Peixoto - que foi presidente do Brasil entre 1839 e 1895 - todos os indicados pelo Executivo ao STF ganharam o aval do Congresso.

Corrida à Presidência

Randolfe disse ser muito cedo para externar a posição da Rede nas eleições presidenciais de 2022, mas destacou que o presidente Jair Bolsonaro deve estar no segundo turno diante da recuperação econômica.

"Por isso, é imperiosa a unidade de todos (da oposição). No segundo turno, faremos todos os esforços necessários contra Bolsonaro, independentemente de quem for o candidato", garantiu.

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), admitiu, na noite dessa segunda-feira (3), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, a possibilidade do colegiado convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, e governadores para prestar esclarecimentos sobre a condução da pandemia. Na semana passada, o senador havia descartado a convocação de Guedes. Ontem, mudou de tom: "se ele tiver de ir, irá".

Aziz voltou a chamar Guedes de "pitaqueiro" e a criticar recentes declarações do ministro sobre a China, como a de que o país asiático teria criado o novo coronavírus e, depois, desenvolvido uma vacina pouco eficaz. "Ele deveria cuidar da economia, que já não está bem. Estamos passando de uma pandemia para o casos social, pela fome, e a gente vê o ministro contando história como se fosse o todo poderoso", disparou, durante a entrevista. "É o grande puxa-saco dos americanos, mas que não consegue uma vacina por lá, e ataca o maior fornecedor de insumos da Coronavac."

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Sobre os governadores, o presidente da CPI da Covid disse que os líderes estaduais podem ser ouvidos caso possam contribuir com as investigações, mas destacou que eventuais punições cabem às assembleias legislativas de cada unidade da federação.

Considerado "independente" ao Palácio do Planalto no colegiado que investiga a condução da pandemia no País, Aziz ainda disse, durante a entrevista, nunca ter visto "tanto ministro sair do governo e falar tão mal". Ele se referia a criticas à administração do presidente Jair Bolsonaro feitas por antigos componentes da Esplanada, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

Em publicação no Twitter, o ex-chanceler afirmou que o governo "perdeu alma e ideal". O ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal Fabio Wajngarten também deu declarações espinhosas sobre o Palácio do Planalto, dizendo que precisou interceder, embora sem sucesso, para a aquisição de vacinas contra a Covid-19 da Pfizer.

Fábio Porchat foi o entrevistado da última segunda (21) no Roda Viva. Durante o programa, ele teceu comentários a respeito do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Sem arrodeios, o comediante disse que acha Bolsonaro um “débil mental” e “uma besta absoluta, completamente inapto para o cargo”. 

Entre outros temas abordados pelos entrevistadores, Fábio Porchat foi questionado a respeito do presidente Bolsonaro. O humorista não se intimidou em falar o que pensa e caprichou nos adjetivos. “Não há mais nada que o Bolsonaro possa fazer ou falar pra provar que ele é um débil mental, que ele é uma besta absoluta, completamente inapto pro cargo, em todos os sentidos. Ele mesmo já falou que ele não sabe as coisas, então não sou mais eu que estou falando, é o próprio Bolsonaro. Tudo ele faz de errado!”, disse.

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Porchat ainda afirmou que a maneira como a população se refere a Messias deve ser revista. “A gente não tem mais que falar Bolsonaro, tem que falar presidente, pra dizer que ele é não é uma pessoa, ele é um cargo, ele está presidente, e é o presidente que está falando isso”.

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