Tópicos | Escola Municipal Manoel Domingos

A manhã desta quarta-feira (16) foi de comemoração na Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, no interior pernambucano. Isso porque a instituição foi nomeada como o segundo laboratório no Brasil do projeto Escolas Rurais Conectadas, que implementa novas plataformas de interação no ambiente escolar, através do investimento na tecnologia. Após a cerimônia que oficializou essa nova fase na história da instituição, foram mostradas ao público presente as oficinas que funcionam no local, divididas entre as salas de aula. E o destaque ficou por conta da Oficina de Robótica, que, além de mostrar as funcionalidades dos protótipos, provoca os estudantes a utilizarem seus aprendizados na busca por soluções criativas para problemas identificados na comunidade.

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A oficina é dividida em duas salas de aula. Somente na primeira, foram contabilizados 19 alunos, de em média 10 anos de idade, entretidos com os segredos da disciplina. Os responsáveis pela instituição de ensino explicaram que pretendem, em breve, finalizar uma ilha de robótica e utilizá-la a serviço da sociedade. Como? Buscando problemas na comunidade que rodeia a escola e selecionando aqueles que podem ser resolvidos através da tecnologia.

Depois das salas destinadas à robótica, a visitação foi finalizada com o terceiro ‘cômodo’ da escola. Lá, as crianças participavam da oficina Pixalation. Nela, os alunos são orientados a produzirem fotos com seus tablets – recebidos através do projeto Escolas Rurais Conectadas – e, a partir delas, montarem animações, sempre sob as observações dos professores da casa.

Entre uma oficina e outra, o que chamou atenção foi a empolgação de uma das estudantes, Marcela Santos, de sete anos, que parava os jornalistas, com o seu tablet em mãos, pedindo para tirar fotos. Em conversa com a reportagem do Portal LeiaJá, a garota contou como tem sido a experiência de ter acesso diário à conectividade. “Mudou muito pra mim. Agora, é mais fácil fazer os trabalhos e o dever de casa. Estou gostando muito de pesquisar pela internet”, resumiu a pequena estudante, exibindo largo sorriso.

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A Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, foi oficialmente nomeada, nesta quarta-feira (16), como o segundo laboratório do projeto Escolas Rurais Conectadas em território brasileiro. Diante da nova fase iniciada, a diretora da instituição, Célia Gertrudes, comemorou a chegada do modelo inovador de conectividade e explicou os reflexos já identificados pela evolução tecnológica no cotidiano dos estudantes. E o principal: “Já estamos sentindo os alunos com uma motivação muito maior para frequentar o colégio”, garantiu.

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“Antes, não existia conectividade no universo de nossa escola. Portanto, estamos sofrendo uma mudança radical e positiva, com repercussões que já são possíveis de se identificar”, comemorou a gestora. E completou: “Com o acesso à internet, os professores passaram a receber uma formação continuada, mudando as metodologias de ensino adotadas. E o aluno só tem a ganhar com isso. É uma verdadeira inovação que traz dinâmica e resultados palpáveis na qualidade do aprendizado”.

Saindo um pouco da visão geral do projeto e da opinião de quem está na cabeça da pirâmide hierárquica da instituição, a reportagem do Portal LeiaJá procurou, também, saber a opinião de quem tem sentido na pele as consequências da nova arquitetura tecnológica. Responsável por ministrar aulas para alunos entre cinco e seis anos, a professora Belgirlene Melo da Silva enalteceu o treinamento que os professores têm recebido para manipular as ferramentas eletrônicas de forma pedagógica e detalhou como tem utilizado a conectividade em sua metodologia de ensino.

“Agora, fica muito mais fácil ensinar. Nós, professores, recebemos um treinamento interativo e colocamos em prática na sala de aula. O mais interessante é poder abordar assuntos e, na mesma hora em que estamos explicando, ter condições de pedir para as crianças pesquisarem na internet, em tempo real. Além disso, as novidades facilitam a vida deles na hora de fazer o dever de casa”, explanou a docente da Escola Municipal Manoel Domingos.

Confira abaixo vídeo com depoimentos sobre a inovação tecnológica e imagens dos alunos em contato direto com as novas ferramentas oferecidas:

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Nesta quarta-feira (16), foi inaugurada, oficialmente, mais uma etapa do projeto Escolas Rurais Conectadas, que envolve um investimento de cerca de R$ 8 milhões ao ano. A partir de agora, mais de 140 alunos e sete professores da Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, ganharão acesso, de forma moderna, à tecnologia aplicada no ambiente educacional. Para isso, a Telefônica Vivo, ao lado da Qualcomm Incorporated, equipou a unidade de ensino com internet 4G de 40 Mbps, 150 tablets para os estudantes e mais de 20 notebooks para os docentes e grupos em sala de aula.

Cabe ressaltar que os professores da instituição receberam capacitação dada por especialistas do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) para que o manejo dessas novas ferramentas tecnológicas seja feito com a necessária desenvoltura na Manoel Domingos. A escola, por sinal, foi escolhida a partir de um cruzamento de critérios adotados pela organização do projeto, tais como: localização em área rural – a unidade fica no Sítio Oiteiro –, rede 4G disponível, número de alunos suficiente e disposição dos responsáveis para implantar novas práticas pedagógicas com base no aumento da conectividade. 

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Um dos responsáveis diretos pela execução do projeto, o presidente da Qualcomm na América Latina, Rafael Steinhauser, apontou o objetivo de expandir a educação para fora dos limites físicos e temporais da escola como fator chave na ideologia do Escolas Rurais Conectadas. 

“Introduzir maior conectividade no ambiente escolar é algo que não é novo de fato. Por isso, na Manoel Domingos, temos um diferencial. É o seguinte: aqui, essa interatividade não chega até o colégio. Ela vai até o aluno”, disse. E explicou: “Estamos conectando o estudante à internet de forma direta, o que vale dentro da sala de aula e também num raio de cobertura em volta da unidade de ensino. Assim, conseguimos tirá-los do ‘confinamento’ de restringir a educação ao horário de aula e ao ambiente educacional”.

Completando a linha de raciocínio de Steinhauser, o presidente da Fundação Telefônica, Américo Mattar, elegeu os dois pilares do projeto implantado em Vitória de Santo Antão. “Primeiramente, é essencial que haja a formação online do professor. Isto é, precisamos permitir que eles tenham acesso a novas tecnologias e processos didáticos”, declarou. “E o outro ponto fundamental é o ‘empoderamento’ das crianças: se a conectividade e a educação ficarem só em casa ou no ambiente acadêmico, não teremos a transformação esperada na sociedade. É necessário expandir, e tenho certeza de que conseguiremos”, completou.

A proposta do projeto, portanto, é oferecer uma nova arquitetura tecnológica, para que professores e alunos se apropriem dessa inovação, desenvolvendo formas criativas de trocar conhecimentos, dentro e fora da escola. Nesse sentido, a Telefônica Vivo vem, desde 2012, propagando a ideia pelas escolas de campo. Atualmente, cerca de 14 mil instituições estão conectadas, sendo 2.272 em Pernambuco. A Escola Municipal Manoel Domingos é o segundo laboratório oficializado no Brasil – o primeiro fica no Rio Grande do Sul.

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