Tópicos | Escolas Rurais Conectadas

A Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, foi oficialmente nomeada, nesta quarta-feira (16), como o segundo laboratório do projeto Escolas Rurais Conectadas em território brasileiro. Diante da nova fase iniciada, a diretora da instituição, Célia Gertrudes, comemorou a chegada do modelo inovador de conectividade e explicou os reflexos já identificados pela evolução tecnológica no cotidiano dos estudantes. E o principal: “Já estamos sentindo os alunos com uma motivação muito maior para frequentar o colégio”, garantiu.

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“Antes, não existia conectividade no universo de nossa escola. Portanto, estamos sofrendo uma mudança radical e positiva, com repercussões que já são possíveis de se identificar”, comemorou a gestora. E completou: “Com o acesso à internet, os professores passaram a receber uma formação continuada, mudando as metodologias de ensino adotadas. E o aluno só tem a ganhar com isso. É uma verdadeira inovação que traz dinâmica e resultados palpáveis na qualidade do aprendizado”.

Saindo um pouco da visão geral do projeto e da opinião de quem está na cabeça da pirâmide hierárquica da instituição, a reportagem do Portal LeiaJá procurou, também, saber a opinião de quem tem sentido na pele as consequências da nova arquitetura tecnológica. Responsável por ministrar aulas para alunos entre cinco e seis anos, a professora Belgirlene Melo da Silva enalteceu o treinamento que os professores têm recebido para manipular as ferramentas eletrônicas de forma pedagógica e detalhou como tem utilizado a conectividade em sua metodologia de ensino.

“Agora, fica muito mais fácil ensinar. Nós, professores, recebemos um treinamento interativo e colocamos em prática na sala de aula. O mais interessante é poder abordar assuntos e, na mesma hora em que estamos explicando, ter condições de pedir para as crianças pesquisarem na internet, em tempo real. Além disso, as novidades facilitam a vida deles na hora de fazer o dever de casa”, explanou a docente da Escola Municipal Manoel Domingos.

Confira abaixo vídeo com depoimentos sobre a inovação tecnológica e imagens dos alunos em contato direto com as novas ferramentas oferecidas:

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Nesta quarta-feira (16), foi inaugurada, oficialmente, mais uma etapa do projeto Escolas Rurais Conectadas, que envolve um investimento de cerca de R$ 8 milhões ao ano. A partir de agora, mais de 140 alunos e sete professores da Escola Municipal Manoel Domingos, em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, ganharão acesso, de forma moderna, à tecnologia aplicada no ambiente educacional. Para isso, a Telefônica Vivo, ao lado da Qualcomm Incorporated, equipou a unidade de ensino com internet 4G de 40 Mbps, 150 tablets para os estudantes e mais de 20 notebooks para os docentes e grupos em sala de aula.

Cabe ressaltar que os professores da instituição receberam capacitação dada por especialistas do CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) para que o manejo dessas novas ferramentas tecnológicas seja feito com a necessária desenvoltura na Manoel Domingos. A escola, por sinal, foi escolhida a partir de um cruzamento de critérios adotados pela organização do projeto, tais como: localização em área rural – a unidade fica no Sítio Oiteiro –, rede 4G disponível, número de alunos suficiente e disposição dos responsáveis para implantar novas práticas pedagógicas com base no aumento da conectividade. 

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Um dos responsáveis diretos pela execução do projeto, o presidente da Qualcomm na América Latina, Rafael Steinhauser, apontou o objetivo de expandir a educação para fora dos limites físicos e temporais da escola como fator chave na ideologia do Escolas Rurais Conectadas. 

“Introduzir maior conectividade no ambiente escolar é algo que não é novo de fato. Por isso, na Manoel Domingos, temos um diferencial. É o seguinte: aqui, essa interatividade não chega até o colégio. Ela vai até o aluno”, disse. E explicou: “Estamos conectando o estudante à internet de forma direta, o que vale dentro da sala de aula e também num raio de cobertura em volta da unidade de ensino. Assim, conseguimos tirá-los do ‘confinamento’ de restringir a educação ao horário de aula e ao ambiente educacional”.

Completando a linha de raciocínio de Steinhauser, o presidente da Fundação Telefônica, Américo Mattar, elegeu os dois pilares do projeto implantado em Vitória de Santo Antão. “Primeiramente, é essencial que haja a formação online do professor. Isto é, precisamos permitir que eles tenham acesso a novas tecnologias e processos didáticos”, declarou. “E o outro ponto fundamental é o ‘empoderamento’ das crianças: se a conectividade e a educação ficarem só em casa ou no ambiente acadêmico, não teremos a transformação esperada na sociedade. É necessário expandir, e tenho certeza de que conseguiremos”, completou.

A proposta do projeto, portanto, é oferecer uma nova arquitetura tecnológica, para que professores e alunos se apropriem dessa inovação, desenvolvendo formas criativas de trocar conhecimentos, dentro e fora da escola. Nesse sentido, a Telefônica Vivo vem, desde 2012, propagando a ideia pelas escolas de campo. Atualmente, cerca de 14 mil instituições estão conectadas, sendo 2.272 em Pernambuco. A Escola Municipal Manoel Domingos é o segundo laboratório oficializado no Brasil – o primeiro fica no Rio Grande do Sul.

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