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O Governo de Pernambuco prorrogou, mais uma vez, a suspensão das aulas nas escolas públicas e privadas do Estado. Os detalhes foram anunciados na tarde desta segunda-feira (31), em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. Agora, a nova suspensão das atividades presenciais segue até 15 de setembro.

A suspensão se mantém em virtude dos casos de Covid-19 no Estado. A decisão contraria o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), representante das escolas privadas, que defende a ideia de que as unidades de ensino estão preparadas para receber seus alunos, respeitando os devidos protocolos de segurança.

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No que diz respeito à Rede Estadual de Ensino, ela possui, atualmente, cerca de 580 mil alunos. Já o número de escolas passa de mil.

A vereadora do Recife, Aimée Carvalho (PSB), afirmou que o Estado está desrespeitando a autoridades dos pais na criação dos filhos ao recomendar que a Secretaria de Educação assegure respeito à identidade de gênero autopercebida pelos alunos da rede básica de ensino.  A recomendação foi feita pela Defensoria Pública de Pernambuco no último dia 17. 

A medida, para a vereadora, expõe crianças e adolescentes “a uma ideologia que trata de forma irrelevante os dados biológicos e psíquicos naturais na construção da identidade do ser humano”. Sob a ótica de Aimée o assunto “não cabe ao Estado” e nem “as escolas”. 

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“Existe um processo de usurpação da autoridade dos pais em matéria da educação dos seus filhos, principalmente em temas de moral e sexualidade, já que todas as crianças são submetidas à influência da ideologia, muitas vezes sem o conhecimento e o consentimento dos pais. Uma verdadeira violência as famílias”, declarou a vereadora. 

“As pessoas que dizem sentir-se como se fossem do sexo oposto ou sentir-se em algum ponto intermediário ou alguma outra categoria não formam um terceiro sexo. Elas continuam homens ou mulheres, em termos biológicos. A disforia de gênero é um problema que está na mente, não no corpo”, completou  Aimée Carvalho.

Além da utilização do nome social, a Defensoria Pública também recomendou que o uso dos banheiros, uniformes e qualquer elemento de identificação seja de acordo com a identidade de gênero autopercebida. 

A segurança alimentar nas escolas públicas e privadas do estado foi discutida, nesta terça-feira (6), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De acordo com a deputada estadual Leura Gomes, que solicitou a realização da audiência, o encontro se fez necessário para discutir um projeto de lei, que visa estabelecer critérios para os serviços de refeições e bebidas nas unidades de ensino. A proposição foi criada após a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) encaminhar algumas solicitações a socialista, que também é presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe.

“Estamos discutindo o projeto para legitimar as reais necessidades do tema junto com o segmento e criar uma lei efetiva em nosso estado. É importante que através da formação escolar possamos ter uma alimentação de qualidade, para assim, termos uma sociedade com melhor saúde”, defendeu Laura. Além dela, a deputada Teresa Leitão (PT) também participou da audiência.

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Várias entidades do setor marcaram presença, entre elas, o Sindicado dos Professores de Pernambuco, a Associação das Donas de Casa de Pernambuco, o Conselho Regional de Nutrição, o Departamento de Nutrição da UFPE, o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco, entres outros.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

 

Quase dez meses já se passaram após a entrega dos primeiros tablets a alunos da rede estadual de ensino de Pernambuco. O fato, nunca visto antes na história da educação pernambucana, chamou a atenção de estudantes e educadores. O foco é associar a tecnologia digital ao aprendizado dentro das salas de aula, atendendo a alunos dos 2º e 3º anos do ensino médio.

Só no ano passado, 156 mil aparelhos foram entregues, e a previsão da Secretaria de Educação do Estado (SEE) é que até o final deste mês, outros 114 mil sejam distribuídos. Todos os tablets possuem sistema operacional e softwares, com programas essenciais no âmbito da informática. Para o ambiente educacional, alguns programas são o LabCam (minilaboratório), e-reader (leitor de livro digital), ArtRage (editor gráfico multiplataforma, criado para simular desenhos e pinturas à mão) e Note Taker (executa a função de escrita manual), além do Educandus, que disponibiliza assuntos de dez componentes curriculares do ensino médio português, literatura, matemática, história, filosofia, geografia, biologia, química, física e artes).

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Após todo esse tempo de utilização dos aparelhos, a reportagem do Portal LeiaJá conversou com alguns estudantes e professores sobre o que mudou de fato com a chegada dos tablets nas aulas. Na Escola Técnica Estadual Cícero Dias/NAVE Recife, localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, a diretora Aldineide de Queiroz aprovou a inserção dos objetos tecnológicos nas aulas. “É uma nova tecnologia que passou a facilitar o aprendizado em sala de aula. Muitos professores utilizam os equipamentos e as aulas ficaram bem mais dinâmicas”, avalia.

Entretanto, não são todos os alunos que utilizam os tablets para o aprendizado dentro e fora da sala de aula. Alguns acabam navegando em sites de entretenimento, redes sociais, entre outros endereços eletrônicos, que, quando não acessados no momento certo, acabam prejudicando o rendimento da aula. “É certo que em uma vez ou outra um aluno vai usar o tablet para outros fins. Eu entendo, porque isso é normal na idade deles. Mas, a gente sempre busca orientar para que os tablets sejam usados adequadamente”, conta a diretora.

Os professores também passaram a ganhar tempo nas aulas. Antes, em encontro de 50 minutos, boa parte era perdida apenas para que os estudantes copiassem o que estava escrito no quadro. O tablet passou a agilizar esse processo, bem como os professores já levam a sala aulas prontas e digitalizadas. “No ano passado, assim que eles receberam os aparelhos, procurei extrair o máximo dessa euforia e passei sempre a utilizar os tablets. Peço que eles realizem pesquisas, copiem as aulas, estudem. É uma ferramenta muito importante”, destaca a professora de língua portuguesa da Cícero Dias, Verusca Bezerra.

Para o estudante do 3º ano, Felipe Henrique de Almeida, de 17 anos, as aulas passaram a ficar mais atraentes. “É bem melhor e fácil assistir aula. O professor chega, mostra um assunto, acessa a internet e contextualiza. A aula ficou bem mais interativa”, diz. “Nas aulas de biologia e matemática, por exemplo, a gente passava um bom tempo só para fazer os gráficos. Hoje em dia, tudo já está prontinho e nós só temos que exercitar”, complementa.

O jovem não apenas elogia a inserção da tecnologia ao ambiente escolar, como também critica alguns livros escolares. “Alguns livros não se adaptaram aos estudantes contemporâneos. Nós gostamos de coisas animadas, interativas, de vídeos, enfim. Tem muita coisa que o livro de papel não proporciona”, opina. Todavia, a professora faz um alerta sobre os programas que existem nos tablets. “O educandus, por exemplo, deve servir como base para estudo. Ele não é um material completo como os livros tradicionais”.

Para Luan Henrique Marcolino, 15, que também é do 3º ano, a rapidez é um dos fatores mais importantes após a chegada dos tablets. “Muita gente perdia muito tempo escrevendo, porque cada um tem um ritmo diferente. A visualização do conteúdo ficou bem melhor e passamos a resolver as questões com mais facilidade”, destaca Marcolino.

Mais tecnologia

Segundo a SEE, além da entrega dos tablets, o governo do estado investiu em outros programas relacionados à tecnologia. Um dos exemplos é o Professor-Autor, em que os docentes podem preparar aulas e enviar para a Secretaria.

O projeto 3D já está disponível nas salas de aula das 300 escolas monitoradas pelo Pacto pela Educação. Ele transforma objetos de aprendizagem já usados nas aulas, tais como tabela periódica ou mapa mundi, em imagens tridimensionais.

Ao todo, todos os projetos tecnológicos inseridos nas escolas estaduais são frutos de um investimento de R$ 9 milhões por parte do Governo de Pernambuco. Sobretudo, a distribuição dos tablets não está sendo feita de qualquer forma. De acordo com a SEE, ela ocorre no âmbito das normas do Programa Aluno Conectado. Os estudantes, para receber os aparelhos de forma gratuita, devem ter cursado os três anos do ensino médio em escolas de ensino da rede pública estadual de educação e não ter sido reprovados em nenhum dos anos do ensino médio.

Confira abaixo um vídeo com o depoimento do aluno Kennedy Lamartine Marques, de 16 anos. Ele também é do 3º ano da Escola Cícero Dias. 
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