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Uma espaçonave russa carregando um bilionário japonês, seu assistente e um cosmonauta profissional atracou na Estação Espacial Internacional (ISS) nesta quarta-feira(8) após seis horas de voo, informou a Agência Espacial Russa.

O bilionário japonês Yusaku Maezawa, de 46 anos, seu assistente Yozo Hirano e o cosmonauta profissional Alexander Missurkin subiram a bordo da ISS às 16h11 GMT (13h11 no horário de Brasília), segundo imagens transmitidas pela Agência Espacial Russa, a Roscosmos.

Seu Soyuz acoplou na estação orbital às 13h40 GMT (10h40 em Brasília), seis horas depois de ter decolado do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão.

Maezawa, um excêntrico magnata da moda na internet, e Hirano passarão 12 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), uma viagem que marca o retorno de Moscou ao turismo em órbita.

Durante a madrugada, o trio deixou o hotel ao som de uma canção tradicional que é reproduzida para todos os cosmonautas antes da decolagem.

"Os sonhos se tornam realidade", tuitou o empresário japonês.

"Estou tão animado como uma criança antes de uma excursão da escola", afirmou Maezawa durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

O cosmonauta Alexander Misurkin explicou que seus companheiros de viagem terão uma agenda intensa. Entre as atividades previstas está um torneio "amistoso" de badminton.

O bilionário preparou uma lista de 100 atividades que deseja cumprir no espaço e pretende documentar a estadia na ISS com vídeos publicados em seu canal do YouTube.

Antes da missão, Maezawa e seu assistente passaram por um treinamento na Cidade das Estrelas, área construída nos arredores de Moscou nos anos 1960 para formar os cosmonautas.

Atualmente há dez pessoas a bordo da ISS, incluindo quatro americanos, três russos, dois japoneses e um alemão.

- Setor lucrativo -

A viagem anterior de um turista japonês ao espaço aconteceu em 1990, quando um jornalista entrou na estação soviética Mir.

O lucrativo setor dos voos privados espaciais ganhou força com a eantrada dos bilionários americanos Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), além do britânico Richard Branson (Virgin Galactic).

Em setembro, a SpaceX organizou um voo de três dias em órbita com uma tripulação composta por não astronautas. Também pretende transportar turistas em uma volta ao redor da Lua em 2023, incluindo Maezawa, que financia a operação.

Após uma década de interrupção, o voo desta quarta-feira marca o retorno da agência espacial russa Roscosmos ao turismo espacial, apesar de a indústria aeroespacial do país sofrer com os casos de corrupção e as dificuldades técnicas e financeiras.

Em 2020, com o início da operação das cápsulas da SpaceX, a Rússia perdeu o monopólio de voos tripulados para a ISS e as dezenas de milhões de dólares que a Nasa e outras agências pagavam por cada vaga a bordo de um Soyuz.

"Não vamos deixar esse nicho (do turismo espacial) para os americanos. Estamos dispostos a lutar", afirmou nesta quarta-feira o diretor da Roscosmos, Dmitri Rogozin.

A missão com os dois japoneses foi organizada pela Roscosmos em colaboração com a empresa americana Space Adventures. Entre 2001 2009, as duas empresas enviaram empresários ao espaço em oito ocasiões.

"É genial (...) compartilhar essa grande aventura" com Maezawa, declarou à AFP Tom Shelley, presidente da Space Adventures, presente em Baikonur.

Sinal da vontade do setor espacial russo por renovação, a Roscosmos enviou em outubro um diretor e uma atriz à ISS para rodar o primeiro longa-metragem em órbita da história, antes de um projeto similar previsto pelo ator americano Tom Cruise.

A NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) divulgou seu novo plano para proteger a Terra contra possíveis colisões com asteroides.

O novo sistema de defesa foi apelidado de Double Asteroid Redirection Test (DART) (em tradução livre, “Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide”) e consiste em uma grande espaçonave não tripulada que poderá ser lançada em direção ao asteroide a uma velocidade aproximada de 6 quilômetros por segundo, causando um impacto suficiente para mudar o asteroide de órbita.

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A NASA planeja fazer o primeiro teste em 2022 em um asteroide dublo conhecido como Dídimo. Esse asteroide flutua na órbita do Sol, e passa próximo à Terra a cada 770 dias. O Dídimo é composto por dois asteroides, um maior de 750 metros e outro menor de 170 metros. O plano é usar a DART para colidir com o Dídimo menor. A nave será enviada da terra em 2020.

Além da NASA, fazem parte deste programa a ESA (Agência Europeia Espacial), o Observatório de Nice na França e a Applied Physics Laboratory da Universidade americana Johns Hopkins. 

O chefe da SpaceX, Elon Musk, anunciou que a empresa americana vai enviar uma espaçonave não tripulada à Marte até 2018, como parte do seu plano de colonizar o Planeta Vermelho.

Poucos detalhes da missão foram revelados por Musk, o empreendedor da internet que ficou conhecido como cofundador do PayPal e que atualmente dirige também a Tesla Motors.

"Planejando mandar Dragon à Marte já em 2018," disse Musk no Twitter. "Red Dragons informarão detalhes gerais da arquitetura de Marte em breve".

Ele pareceu estar se referindo à versão aprimorada da cápsula de carga Dragon da SpaceX, que atualmente é utilizada como espaçonave não tripulada para levar comida e suprimentos para a Estação Espacial Internacional.

"A Dragon 2 foi desenhada para ser capaz de aterrizar em qualquer parte do sistema solar. A missão à Marte da Red Dragon será o primeiro voo de teste", disse Musk no Twitter. No entanto, não há planos imediatos de mandar humanos para o planeta vermelho.

"Eu não recomendaria transportar astronautas para além da região entre a Terra e a Lua. Não seria divertido", escreveu. Ele acrescentou que o espaço interno da cápsula é mais ou menos do mesmo tamanho de um automóvel esportivo.

A NASA está estudando os efeitos de missões espaciais de longo prazo no corpo humano, e anunciou planos de enviar astronautas à Marte por volta de 2030. No entanto, ainda não se sabe como as pessoas sobreviveriam a jornadas de mais de um ano no espaço, já que precisarão de comida, água e proteção da radiação espacial durante a viagem.

Anteriormente, Musk falou sobre seu plano de criar uma colônia de um milhão de humanos em Marte, com o objetivo de tornar a humanidade "multi-planetária" e evitar o risco de extinção na Terra.

Um dos feitos recentes de Musk foi conseguir trazer de volta foguetes Falcon 9 da SpaceX, que fizeram pousos verticais em plataformas no mar e em terra firme, como parte do seu esforço para fazer com que foguetes sejam tão reutilizáveis quanto os aviões.

A agência espacial da Índia publicou nesta quinta-feira (25) uma imagem borrada da superfície de Marte na qual é possível ver diversas crateras gigantes. A fotografia foi tirada pela primeira espaçonave interplanetária lançada pelo país, após o módulo entrar na órbita em torno do planeta.

A Missão Orbital Marciana, apelidada de MOM, registrou a foto a uma altura de 7,3 mil quilômetros da superfície de Marte, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial. Os dados da imagem levaram 12 minutos para chegarem até a terra.

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Os cientistas da agência espacial publicaram a fotografia após levá-la a Nova Délhi para mostrá-la ao primeiro-ministro Narendra Modi, que passou a manhã da quarta-feira no centro de comando da organização, assistindo às últimas manobras do satélite para entrar na órbita de Marte.

A espaçonave vai passar os próximos seis meses em uma órbita elíptica em torno do planeta para coletar informações científicas sobre a atmosfera. O trajeto permite que o módulo se aproxime a 365 quilômetros da superfície de Marte e se afaste até 80 mil quilômetros.

A Índia ficou exultante com o sucesso da missão. Os jornais indianos publicaram grandes reportagens, com direito a manchetes de primeira página. Museus abriram exibições educacionais especiais sobre o lançamento. Celebridades e políticos do país elogiaram o feito raro, apenas alcançado pelos Estados Unidos, pela ex-União Soviética e pela Agência Espacial Europeia. Fonte: Associated Press.

Com tecnologia produzida no próprio país e um orçamento impressionantemente baixo, de cerca de US$ 75 milhões, a Índia pode se tornar a primeira nação a conduzir uma missão a Marte com sucesso em sua primeira tentativa. Se a Missão Orbital Marciana, apelidada de MOM, conseguir se fixar na órbita do planeta na manhã desta quarta-feira, como previsto, os indianos se juntarão aos Estados Unidos, à Europa e à antiga União Soviética no clube de elite dos exploradores de Marte.

As próximas horas serão cruciais, enquanto a Organização Indiana de Pesquisa Espacial comanda uma série de manobras para posicionar a espaçonave na órbita projetada em volta do planeta. "Nós temos que nos sobressair", disse o chefe da agencia, K. Radhakrishnan, acrescentando que a missão iria "definir a capacidade indiana de orbitar uma nave no entorno de Marte".

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Se a Índia tiver sucesso na operação, a manobra representaria uma importante proeza para o país de 1,2 bilhão de pessoas, cuja maioria da população é pobre. Ao mesmo tempo, os indianos possuem um sistema científico e de educação técnica que produziu milhões de programadores, engenheiros e médicos.

Essa também seria a primeira vez que uma missão a Marte é realizada com sucesso na primeira tentativa. Mais da metade das operações anteriores para chegar ao planeta - 23 das 41 missões organizadas pelos mais diversos países do mundo - falharam, incluindo os esforços do Japão em 1999 e da China em 2011.

Os cientistas ficaram exuberantes após o módulo chegar à esfera externa da força gravitacional marciana na segunda-feira, quando o principal motor a líquido da espaçonave foi religado com sucesso após 300 dias de inatividade. O satélite viajou 666 milhões de quilômetros desde que saiu da atmosfera terrestre, no dia primeiro de dezembro.

"A nave está saudável. Completou 98% de sua jornada a Marte", comemorou Radhakrishnan. A agência espacial indiana confirmou que a MOM realizou uma "queima de combustível de 4 segundos, como planejado", movimento que ajustou sua trajetória.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, deve se unir aos cientistas no centro de comando da agência em Bangalore, nesta quarta-feira, para monitorar a inserção final do satélite na órbita do planeta. Para o governo indiano, a espaçonave tem como objetivo principal mostrar as habilidades espaciais de alta tecnologia do país.

As metas científicas da operação incluem usar cinco instrumentos solares para coletar informações que ajudem a determinar como funciona o sistema climático marciano e o que ocorreu com a água que, acredita-se, já existiu em grandes quantidades no planeta. O satélite também vai vasculhar a atmosfera de Marte para tentar encontrar Metano, um dos principais químicos responsáveis pelo processo de criação da vida na Terra. Fonte: Associated Press.

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