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O agregador de pesquisas eleitorais do Estadão Dados já está atualizado com os dados divulgados nesta segunda-feira, 29, pelas empresas Ipec e FSB. Segundo a Média Estadão Dados, calculada pelo agregador, Luiz Inácio Lula da Silva tem 45% das intenções de voto e Jair Bolsonaro, 33%.

Se forem considerados apenas os votos válidos (sem contar nulos, brancos e indecisos), o candidato petista lidera por 51% a 38%.

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A Média Estadão Dados não é a simples soma dos resultados e divisão pelo número de pesquisas. O cálculo, atualizado diariamente, considera as linhas de tendência de cada candidato (se estão estáveis, subindo ou caindo) e atribui pesos diferentes às pesquisas segundo sua "idade" (a data de realização) e metodologia (consideramos que, na média os resultados são mais precisos quando os eleitores são entrevistados de forma presencial, em vez de por telefone).

Neste momento, os gráficos do agregador mostram 71 pesquisas sobre a corrida presidencial divulgadas nos últimos seis meses, mas nem todas são consideradas para estimar o desempenho atual dos candidatos.

Atualmente, entram na média as pesquisas das empresas que divulgaram pelo menos um levantamento nos últimos 23 dias. Essa janela de inclusão vai diminuir com o tempo. O objetivo é evitar que resultados desatualizados afetem os números do agregador.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) destacou nesta quinta-feira, 23, a marca de 100 dias até o primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. A campanha só começa oficialmente em agosto, mas a contagem regressiva tem caráter simbólico, e pré-candidatos à Presidência aproveitaram a efeméride para chamar a atenção do eleitorado. A partir dos dados contabilizados pelo agregador de pesquisas do Estadão, atualizados com o levantamento do Datafolha divulgado na noite desta quinta, o cenário da corrida presidencial traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente com 47% das intenções de voto, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 30%.

A média calculada pelo Estadão Dados mostra ainda o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) em terceiro lugar, com 8%. A senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado federal André Janones (Avante) aparecem empatados na quarta posição, com 2% cada. Os índices correspondem aos dados agregados das mais recentes pesquisas eleitorais registradas por 14 empresas no TSE.

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Se considerados apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, Lula venceria as eleições em primeiro turno se o pleito ocorresse nesta sexta-feira, 24, de acordo com os levantamentos. Na média, o petista tem 53% e Bolsonaro tem 34%. Para que não haja segundo turno para presidente, o primeiro colocado tem de alcançar mais de 50% dos votos válidos nas urnas.

Concorrentes

Os nomes com 1% ou menos nas intenções de voto, pela Média Estadão Dados, são, por exemplo, o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil), o empresário e cientista político Luiz Felipe d’Avila (Novo), o ex-deputado federal José Maria Eymael (DC), a socióloga Vera Lúcia (PSTU), o ex-ministro General Santos Cruz (Podemos), Leonardo Péricles (UP) e Pablo Marçal (Pros).

Calendário eleitoral 2022

Até o momento, todos os presidenciáveis são definidos pela Justiça Eleitoral como pré-candidatos, já que a campanha eleitoral começa oficialmente apenas em agosto, com a homologação das candidaturas. Em redes de televisão e rádio abertas, os eleitores vêm sendo expostos, até o momento, às propagandas dos partidos em intervalos comerciais.

O tempo de cada candidato no horário eleitoral gratuito em rede nacional será definido até 12 de agosto de 2022, prazo final para publicação pelo TSE do cálculo - com base na representatividade de cada coligação no Congresso Nacional.

Assim, os candidatos poderão realizar comícios, divulgar seus números nas urnas, distribuir panfletos e publicar material de propaganda na internet. O nome eleito para a Presidência, assim como os candidatos vencedores nas disputas para governador nos Estados, será diplomado pela Justiça Eleitoral até 19 de dezembro de 2022. O pleito do dia 2 de outubro também define novos senadores, deputados federais e estaduais.

Desde 2006, quando Luiz Inácio Lula da Silva se reelegeu, as disputas presidenciais nos Estados seguem um padrão mais ou menos previsível. O candidato do PT se sai melhor no Norte, no Nordeste e na parte "de cima" da região Sudeste, enquanto os adversários se destacam em São Paulo, no Sul e no Centro-Oeste.

É muito provável que esse desenho se repita em 2022, com algumas mudanças sutis, se for mantida até o final da campanha a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. Projeção feita pelo Estadão Dados com base em pesquisas eleitorais e resultados de votações indica que o petista lidera em 15 das 27 unidades da Federação, enquanto o atual presidente está à frente em oito. Em quatro Estados, a distância entre os dois é pequena e não permite apontar favoritismo.

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No Nordeste, onde desde 2006 o PT conquista vitórias por larga margem, a tendência é de manutenção do quadro. Há evidências de que hoje Lula esteja liderando em todos os nove Estados da região, e com vantagem significativa. Lá vivem cerca de 27% dos eleitores do País.

A transformação da região Nordeste em reduto petista ocorreu nas gestões de Lula e Dilma Rousseff. Na época, uma das hipóteses aventadas para explicar o fenômeno foi a de que os eleitores da região estariam mais inclinados a votar no partido do governo, independentemente de qual fosse, por causa da maior dependência de programas sociais e repasses federais. Mas o PT saiu do poder e o eleitorado, até o momento, não aderiu ao novo ocupante do Planalto.

Na região Norte, que tem cerca de 8% do eleitorado nacional, é provável que o ex-presidente esteja na liderança em quatro dos sete Estados - entre eles Pará e Amazonas, os mais populosos. Acre, Rondônia e Roraima, que se mostraram redutos antipetistas em eleições anteriores, dão vantagem a Bolsonaro.

Com economias centradas no agronegócio, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são dois Estados do Centro-Oeste onde o candidato à reeleição leva vantagem sobre o principal adversário. Em Goiás, a distância é pequena demais para se apontar um favorito, e no Distrito Federal Bolsonaro lidera. Apesar de ter área bem menor, o Centro-Oeste tem peso eleitoral similar ao da região Norte: 7,5% dos votantes.

No Sul, que concentra 15% do eleitorado brasileiro, a maioria da população dos Estados do Paraná e Santa Catarina está na coluna bolsonarista, segundo indicam pesquisas. O retrospecto para o PT nesses Estados é bem ruim: o partido não vence uma disputa presidencial desde 2002. No primeiro turno de 2018, os catarinenses deram a Bolsonaro a maior vantagem contra o então adversário do PT, Fernando Haddad: 66% a 15%.

No Rio Grande do Sul, porém, a tendência não é clara. O PT venceu no Estado nos primeiros turnos de 2010 e 2014, quando a candidata era Dilma Rousseff. Em 2018, Bolsonaro ganhou de Haddad por 53% a 23%. A projeção do Estadão Dados indica que não há um líder isolado na região atualmente.

É no Sudeste que podem aparecer as principais novidades da geografia eleitoral neste ano. O PT não vence uma eleição presidencial em São Paulo desde 2002. Neste momento, segundo os cálculos, não é possível apontar quem lidera entre os paulistas, mas o simples fato de Lula se apresentar como competitivo no maior colégio eleitoral do País é um sinal de mudança importante.

Minas Gerais, que tem o segundo maior eleitorado do País, se inclina pelo candidato petista neste momento, assim como o Espírito Santo. No Rio de Janeiro, terceiro no ranking do peso eleitoral, não é possível apontar com segurança quem está na ponta. A região Sudeste concentra praticamente o mesmo número de eleitores que a soma de Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Tem quase 43% dos votantes.

Metodologia

Para desenhar o mapa eleitoral dos Estados, o Estadão Dados se baseou na média de todas as pesquisas nacionais recentes que informam como está a distribuição das intenções de voto em cada região do País. O cálculo da média é importante porque há muitas variações nos resultados regionais. Isso se explica em parte pelo fato de a margem de erro em cada região ser bem maior do que a nacional, já que a amostra de eleitores é menor.

Uma pesquisa com 2 mil entrevistas, por exemplo, tem margem de erro de três pontos porcentuais. Nesse levantamento, cerca de 300 pessoas são ouvidas no Sul. Quando a amostra é desse tamanho, a margem de erro vai a seis pontos.

Depois de estimar quantos eleitores os candidatos têm em média em cada região, foi preciso projetar a distribuição desses votos pelos Estados. Se Lula tem 55% no Nordeste, por exemplo, isso não significa que ele terá 55% em todos os Estados da região. O retrospecto desde 2006 mostra que o partido sempre tem porcentagens maiores no Piauí do que em Alagoas, por exemplo. A projeção de 2022 foi feita com base na proporção média de cada Estado no voto petista em cada região do País, considerando os resultados das últimas quatro eleições.

No caso de Bolsonaro, o modelo supõe que a distribuição de seus votos dentro de cada região seguirá padrão similar ao de 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a incorporação dos dados dos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Basômetro concentra agora informações relativas a mais de 480 mil votos de parlamentares em 1.018 votações dos últimos nove anos e sete meses.

O Basômetro (estadaodados.com), lançado em maio pelo Estadão Dados, é uma ferramenta online interativa que permite a análise do comportamento de partidos e parlamentares em relação à orientação do governo em votações nominais.

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Cada parlamentar é representado por uma bolinha com a cor do seu partido. Quanto mais próxima a bolinha estiver do governo (no alto), maior é a taxa de governismo, ou seja, o número de votos pró-governo em relação ao total de votos no período.

Ao entrar na ferramenta, o usuário pode selecionar, no alto, o tipo de análise que quer fazer: dos governos Dilma Rousseff (Câmara dos Deputados e Senado) ou Lula (Câmara), por bancadas partidárias ou por votações específicas.

Também é possível selecionar um único partido ou um conjunto de legendas, e especificar o período a ser analisado. Um slider (botão deslizável) da taxa de governismo, à direita, pode ser arrastado para cima (mais governista) ou para baixo (mais oposicionista). No alto, um título dinâmico aponta o número de deputados pró-governo na taxa selecionada. Com isso, o próprio usuário estabelece parâmetros para a análise e chega às suas próprias conclusões.

Sempre que ocorrem votações na Câmara ou no Senado, o Basômetro é atualizado pela equipe do Estadão Dados - um núcleo de profissionais dedicados a capturar e tratar informações usando técnicas estatísticas, algoritmos e formas visuais de apresentação de dados.

Fazem parte do acervo da ferramenta todas as votações nominais (aquelas em que há identificação da posição do parlamentar) em que houve orientação de voto do governo em relação ao projeto em questão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


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