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Pelo menos 11 aeroportos franceses foram evacuados nesta quinta-feira (19), alguns brevemente, devido a avisos de bombas, assim como o Palácio de Versalhes, disseram várias fontes à AFP.

Na véspera, a maior parte dos grandes aeroportos franceses, com exceção dos parisienses Charles de Gaulle e Orly, foram temporariamente evacuados devido a ameaças semelhantes, o que provocou o cancelamento de 130 voos.

"Alertas falsos organizados são perigosos e inaceitáveis", escreveu o ministro dos Transportes, Clément Beaune, na rede social X, especificando que cada caso é denunciado à Justiça.

As autoridades elevaram o nível de alerta para "atentado de emergência" na última sexta-feira, após o assassinato naquele dia do professor Dominique Bernard por um islamita radicalizado em Arras (norte).

Entre os aeroportos onde foram realizadas evacuações nesta quinta-feira estavam Brest, Carcassonne, Rennes, Bordeaux, Montpellier e Nantes, segundo a fonte, que pediu anonimato.

A Direção-Geral da Aviação Civil confirmou à AFP que "vários aeroportos" receberam "ameaças de ataques" durante a manhã, sem especificar quais ou quantos.

Alguns aeroportos relataram eles próprios a situação. O de Lille indicou na rede social X que seria evacuado devido a "um alerta de bomba", antes de anunciar a reabertura meia hora depois.

"De acordo com os serviços do Estado, o terminal está sendo evacuado para proceder aos controles necessários", informou o aeroporto de Nantes, que recebeu "um aviso de bomba".

O aeroporto fronteiriço de Basel-Mulhouse, um dos maiores aeroportos regionais da França e o terceiro da Suíça em tráfego aéreo, também foi evacuado ao meio-dia, disse uma porta-voz.

Além dos aeroportos, as autoridades evacuaram novamente o Palácio de Versalhes nesta quinta-feira, pela quarta vez desde sábado. Naquele dia, o museu turístico do Louvre também foi evacuado devido a alertas semelhantes.

Centenas de cidadãos de países latino-americanos foram evacuados da Ucrânia desde o início do conflito armado com a Rússia, outros aguardam assistência e alguns fugiram do cenário de guerra por conta própria, informaram seus governos.

Parte dos mais de mil latino-americanos que viviam na Ucrânia quando a invasão começou foram removidos por seus governos por terra e por ar, com a gestão conjunta de suas chancelarias e embaixadas em Kiev e em capitais vizinhas.

Alguns países da América Latina, como Chile e Uruguai, carecem de representação diplomática física na Ucrânia, por isso tiveram que recorrer aos esforços de suas embaixadas em nações vizinhas, como Polônia e Romênia.

Outros, como Argentina, Brasil e Peru, organizaram operações especiais com veículos oficiais e aviões militares para transportar seus cidadãos e até nacionais de outros países da região.

- Brasil -

Havia cerca de 500 brasileiros na Ucrânia, segundo o governo. Aproximadamente 80 já deixaram o país pela Polônia e Romênia, com ajuda de transportes da embaixada. No domingo, 39 pessoas - 37 brasileiros e dois uruguaios - chegaram à embaixada do Brasil em Bucareste, entre eles dois jogadores de futebol e suas famílias.

O governo segue tentando localizar brasileiros na Ucrânia, com o apoio da embaixada em Varsóvia, e instalou um posto avançado na fronteira com a Moldávia. A Força Aérea Brasileira ofereceu dois aviões para as evacuações.

- Argentina -

Um total de 83 argentinos vivem na Ucrânia e outros 20 estavam de passagem, disse seu Ministério das Relações Exteriores, que evacuou cinco casais que foram à Kiev para buscar seus filhos recém-nascidos de barrigas de aluguel.

A embaixada argentina em Kiev é uma das quatro sede diplomáticos latino-americanos na Ucrânia e trabalha com países da região em um plano conjunto de evacuação e assistência aos cidadãos.

- Chile -

Um total de 49 chilenos e suas famílias têm residência na Ucrânia, segundo registros no consulado do Chile na Polônia, já que o país não tem embaixada em Kiev. A chanceler interina, Carolina Valdivia, ofereceu uma evacuação "por meio de transporte terrestre" pela fronteira com a Polônia.

Até sábado, cinco chilenos usaram essa rota e chegaram em segurança ao território polonês, onde foram atendidos, informou o presidente Sebastián Piñera. Outros nove estavam perto da fronteira, em contato com o governo.

- Colômbia -

Há 253 colombianos na Ucrânia e até domingo 76 haviam deixado o país. Bogotá, por meio de sua embaixada na Polônia, organizou a transferência dos deslocados para abrigos que, segundo o próprio governo colombiano, já vinha preparando há pelo menos um mês.

- Peru -

Cerca de 320 peruanos residem na Ucrânia e ao menos 196 serão evacuados "a qualquer momento para a fronteira com a Polônia", onde um avião da Força Aérea do Peru está aguardando, informou o governo. Peruanos e seus filhos nascidos em solo ucraniano sem passaporte receberam um salvo-conduto, explicou Lima.

- Uruguai -

Os nove uruguaios que estavam registados na Ucrânia já deixaram o país através da Polônia e da Moldávia, embora o governo não descarte que haja mais gente.

Alguns já viajam para outros destinos europeus, outros permanecem na Cracóvia (Polônia), assistidos pela embaixada na Finlândia, e os demais em Bucareste (Romênia), também apoiados por sua embaixada no país.

- Guatemala -

O Ministério das Relações Exteriores relatou 10 guatemaltecos na Ucrânia e apenas um pediu para ser evacuado. A embaixada na Alemanha abriu um cadastro especial para prestar assistência a todos eles.

Um grande incêndio florestal no estado da California, nos Estados Unidos, forçou milhares de pessoas a evacuarem suas casas nas primeiras horas desta terça-feira (5).

De acordo com as autoridades, o incêndio atingiu mais de quatro mil metros quadrados pela cidade de Santa Paula, localizada no condado de Ventura. As chamas bloquearam diversas rodovias e centenas de homens do corpo de bombeiros estão trabalhando para conter o fogo.

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Diversas casas foram destruídas e a região está sem energia elétrica. Durante a confusão para evacuar a cidade, as autoridades confirmaram a morte de uma pessoa por conta de um acidente de carro.

"O crescimento do fogo é absolutamente exponencial. Tudo o que os bombeiros podem fazer quando temos ventos como este é sair, evacuar pessoas e proteger as estruturas", disse Mark Lorenzen, chefe dos bombeiros.

Os ventos na região atingiram cerca de 80 km/h, dificultando o trabalho dos bombeiros. Em outubro, os incêndios florestais que atingiram a California mataram mais de 40 pessoas. Na ocasião, os locais mais atingidos foram os condados de Sonoma e Napa.

Da Ansa

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