Tópicos | Ex-diretor da PRF

O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso nesta quarta-feira (9), em Florianópolis (SC), no âmbito de uma operação que investiga supostas interferências nas eleições do ano passado para beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro.

A Polícia Federal também está executando mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Brasília, no Rio Grande do Sul e no Rio Grande do Norte contra outros ex-diretores da PRF.

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Vasques é suspeito de ter interferido no segundo turno das eleições do ano passado, quando a Polícia Rodoviária realizou diversas blitze em estados do Nordeste onde Luiz Inácio Lula da Silva estava em vantagem, prejudicando a movimentação de eleitores.

Além disso, um dia antes, em 29 de outubro, o então diretor-geral da PRF havia publicado uma mensagem nas redes sociais pedindo voto em Bolsonaro.

*Da Ansa

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, disse à CPMI do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (20), que não tem nenhuma relação de intimidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Silvinei disse que seu contato com Bolsonaro era profissional.

"O presidente Bolsonaro, eu nunca fui, em nenhuma festa, por exemplo, da filha dele mais nova, não sou padrinho, não sou parente. Nunca votei nele, porque meu título de eleitor está em Florianópolis, sempre esteve lá. O que a gente tinha era uma relação muito profissional", declarou, ao ser questionado pela relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).

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Vasques depõe na CPMI como testemunha, ele chamado para explicar as operações realizadas nas estradas do país no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, principalmente no Nordeste. Na quinta-feira (22), será ouvido George Washington de Oliveira, condenado pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília.

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Ligações

Mesmo dizendo não ter intimidade com Bolsonaro, Vasques contou ter recebido ligações dele, mas alegou ter sido para acompanhar o trabalho da PRF, na pandemia.

"A relação com ele era muito profissional, em algumas vezes ele me ligou. Ele saía para ver como é que estava o serviço público, parava, falava com caminhoneiro. Caminhoneiro reclamava: 'Olha, em tal ponto da rodovia tem acidente', 'em tal ponto da rodovia os caminhões estão sendo assaltados'. Ele dizia: 'Vasques procura resolver isso aí, dar uma atenção, pessoal está sofrendo muito na estrada", esclareceu.

Fotos com o Bolsonaro

O ex-PRF justificou o motivo de ter feito fotos ao lado de Bolsonaro e afirmou que o ex-chefe nacional demonstrava "carinho" com os policiais. "Foi um dos questionamentos: 'Ah, por que o senhor tem foto com o presidente da República, lá na ação do Rio de Janeiro? Porque foi o único que deixou bater a foto, nenhum outro presidente autorizou a gente bater foto. Como é que eu ia ter foto com outro presidente?"

"Qual é o orgulho para um servidor público? Qual é o orgulho para um policial? Quem é o presidente? É o maior comandante das polícias, qualquer presidente. O atual também é, todos foram, então é um orgulho pra gente levar uma foto com o presidente, a gente se emociona. Só que, infelizmente, ele foi o único que dava essa autorização, por isso que eu tinha foto com ele", emendou Vasques.

 

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