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Defendendo a tese de "vida longa ao PT", o ex-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, afirmou que por ser integrante da "esquerda clássica" brasileira ele não pode concordar com a postura da atual direção da legenda socialista em fazer oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e defender o impeachment. Para Amaral, o PSB perdeu a dignidade ao renunciar à esquerda.

"O PSB renunciou ao campo de esquerda, mais que ele, a sua direção atual. O partido está dividido em relação ao golpismo, grande parte do partido é contra as tendências golpistas. Espero que o que resta de esquerda e de dignidade do PSB lute contra o golpismo", ponderou, na noite dessa quinta-feira (3), durante passagem pelo Recife para a oficialização da filiação da vereadora Marília Arraes ao PT.

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O ex-presidente nacional declarou dissidência ao PSB desde o final de 2014, quando a legenda se aliou ao PSDB. Ele assumiu o comando do partido em agosto, após a morte do ex-governador Eduardo Campos. Amaral tentaria a reeleição ao comando da legenda, mas uma manobra interna desbancou o dirigente e as teses defendidas por ele. Insatisfeito, Amaral declarou apoio à reeleição de Dilma e se colocou como um "combatente do golpismo".

"Sou socialista e, por isso, a minha solidariedade ao PT. Sei que está se tentando destruir o PT e a esquerda brasileira, mas quem for da esquerda, independentemente da filiação, tem compreendido este posicionamento", observou.

Sob a ótica do líder nacional, a oposição tem articulado para "destruir moralmente, eticamente e politicamente a maior liderança popular que este país já teve, o Lula". "Não se trata da pessoa física Lula, trata-se de destruir a opção pelo povo. Lula e Dilma asseguraram a emergência das bases", destacou citando a ascensão do pernambucano até à Presidência da República.

Indagado se pretendia deixar também os quadros do PSB e ingressar no PT, Amaral negou. "Isto [a defesa pelo PT] não implica filiação, mas consciência histórica. Sim sou fundador do PSB, mas tenho lado. Antes de ser um lado do partido é um lado de campo partidário", disse.  "Se eu sair do meu partido não me filiarei a outro, mas hoje ser de esquerda é defender o PT", acrescentou.

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