Tópicos | Fábio Ramalho

O jornalista Fábio Ramalho fez questão de ir até a sua conta do Instagram para fazer uma postagem especial. Ele dividiu com os seguidores da rede social um clique romântico ao lado do namorado, João Paulo do Santos. Na publicação, o repórter da Record deixou a timidez de lado e fez uma declaração de amor ao assumir o relacionamento com o jovem de 19 anos.

"Por um mundo mais feliz, onde as pessoas possam ser o que elas quiserem, com quem elas quiserem e como quiserem", legendou ele, incluindo também no conteúdo as seguintes hashtags: #felicidade #liberdade #responsabilidade #atitude #naoahomofobia #lgbtq #gay #amor. Fábio, de 45 anos, comanda quadros no Balanço Geral RJ.

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Confira:

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No segundo e último dia de entrevistas com os candidatos à Presidência da Câmara promovidas pela Frente Parlamentar Ética Contra a Corrupção, a coordenadora do grupo, deputada Adriana Ventura (Novo-SP), divulgou uma carta que foi entregue a todos os postulantes ao cargo. São três solicitações relacionadas à votação das Propostas de Emenda à Constituição que tratam da prisão após segunda instância (PEC 199/19) e foro privilegiado (PEC 333/17) e a mudanças nas indicações políticas para membros do Judiciário e Ministério Público:

“Defendemos mudanças importantes na forma de indicação dos membros aos tribunais superiores, TRFs, tribunais de contas e Ministério Público. Com o objetivo de reduzir a influência política de tais indicações e prezar pela qualidade técnica dos membros”, disse.

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Apenas a deputada Luiza Erundina (Psol-SP), indicada pelo Psol para concorrer à Presidência da Câmara, não pode participar das entrevistas por problemas de agenda.

Independência

O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse que, se eleito, vai ser um presidente independente do Executivo:

“Esta interferência apequena o nosso Parlamento. Eu quero ser presidente da Câmara dos Deputados de uma Câmara que não se vende por 30 moedas. Eu quero ser presidente da Câmara dos Deputados de uma Câmara que possa contribuir com o nosso país. Não há nenhum tema que vai ser bloqueado, mas não podemos ter uma Câmara cartorial, que apenas carimbe o que vem do Executivo”, observou.

Baleia Rossi destacou o papel da Câmara durante a pandemia na elaboração do Orçamento de Guerra, que permitiu a criação do auxílio emergencial. O deputado explicou que a Casa teve que funcionar com apenas algumas comissões e Plenário por causa da pandemia, mas sinalizou com a ampliação das discussões caso seja eleito. Rossi afirmou que a pauta de votações vai ser construída pelo colégio de líderes por maioria.

Reformas

Entre as prioridades, Baleia Rossi indicou a reforma tributária, da qual é autor de uma das propostas em discussão (PEC 45/19). Ele disse que a reforma já está “madura” e pode ser votada no primeiro trimestre:

“Se nós tivéssemos a simplificação tributária pela PEC 45, da união dos cinco impostos federais, estadual e municipal já implementada, com certeza a Ford não sairia, nós não estaríamos vivendo este processo de desindustrialização que nós temos hoje”, disse.

Quanto à reforma administrativa, o deputado disse que é preciso que o Executivo se engaje na defesa da proposta (PEC 32/20) para que ela seja aprovada. Baleia Rossi disse que muitos preconceitos contra servidores públicos foram desfeitos quando as pessoas perceberam, na pandemia, que o Sistema Único de Saúde é importante.

Corte de despesas

Do mesmo partido de Baleia Rossi, o MDB, o deputado mineiro Fábio Ramalho (MDB-MG) também concorre à Presidência da Câmara, afirmando que vai ouvir todos os 513 deputados para definir a pauta de votações:

“Nós somos 513 parlamentares e a gente é como ninguém nesta Casa, a maioria. Tudo é decidido por 20 pessoas e a gente tem que colocar na cabeça. Esse Parlamento tem que ser independente”, observou.

Para Fábio Ramalho, a principal votação está no Senado com a PEC emergencial (PEC 186/19), que prevê cortes de despesas. O deputado disse que é preciso ter recursos para vacinar e alimentar as pessoas:

“A gente precisa de parar com essa briga de politizar a vacina e a saúde das pessoas. E logo após a gente pensar realmente em dar comida para as pessoas. E neste momento eu posso afirmar que se você ver tudo o que está acontecendo no mundo, hoje a gente não pode pensar em teto de gastos quando a gente ainda tem uma pandemia”

Fábio Ramalho defendeu a redução dos valores à disposição do relator do Orçamento anual com aumento de 20% nos valores das emendas individuais. Também disse que não é hora de discutir impeachment, mas sim geração de empregos.

Imposto único

O deputado General Peternelli (PSL-SP) fez uma defesa da sua proposta de reforma tributária baseada em um imposto único:

“É o imposto único de 2,5% no débito e no crédito das transações financeiras. Isso permite acabar com todos os impostos. Permite acabar inclusive, que eu julgo importante, com a nota fiscal. Nós queremos um imposto simples e vamos criar uma PEC que complica muito mais? O problema é simplificar”, observou.

O deputado também pretende inovar na decisão sobre a pauta de votações caso seja eleito. Ele afirma que 50% da pauta será decidida pela maioria dos deputados, 30% pelos líderes e 20% pela população. Segundo ele, isso dá mais transparência, uma diretriz que ele diz seguir também no seu mandato:

“Eu fui considerado um dos dois deputados mais transparentes da Câmara. O motivo básico é que eu utilizo muito uma ferramenta que a Câmara tem que é o gabinete digital. Lá tem a minha agenda, lá tem as proposições, lá tem as votações. Como eu votei, como executei despesas. E transparência e posicionamento é o que deve nos pautar”, disse.

Sobre a reforma política, General Peternelli disse que defende a realização de plebiscitos para decidir sobre as questões mais polêmicas como candidaturas avulsas e fundo partidário. Ele também quer mais participação popular na elaboração das leis.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Atual vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) corre como candidato independente na disputa pela presidência da Casa, sem o apoio oficial de seu partido. Conhecido pelos almoços e jantares que costuma oferecer em seu gabinete em Brasília, Ramalho afirma que quer batalhar por uma "instituição forte" e chega a defender abertamente o aumento de salários dos deputados, pela igualdade de direitos entre os Poderes.

"Não estamos pedindo aumento de nada, queremos isonomia", diz. Para ele, os apoios formados em torno da reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) em nada interferem sua campanha, já que foram firmados entre as cúpulas, sem ampla consulta entre os parlamentares. A seguir, os principais trechos da entrevista.

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A sinalização do apoio de seu partido à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) atrapalha a candidatura do senhor? Houve algum pedido para que o senhor a

Retirasse?

Não atrapalha de maneira alguma e não houve nenhum pedido para que eu desistisse. Tinha um lado lutando contra o outro e o que ficou mais fraco teve de se unir com o mais forte. Agora, será que quem se uniu consultou seus parlamentares? Se uniram para a sobrevivência das comissões e dos espaços. Minha candidatura se mantém e ela não muda em nada. Vai ter segundo turno. Quero representar a instituição, fazê-la forte e independente e, principalmente, acabar com essa velha política. Nós temos um novo presidente, de cara nova, e as pessoas passaram a exigir mais de todos políticos.

E o senhor não acha que a defesa de aumento de salários dos deputados, que o senhor é a favor, não vai contra ao que a sociedade tem exigido?

Não. A isonomia nos coloca igual a todos. Não podemos nos apequenar com isso. Não estamos pedindo aumento de nada, estamos pedindo isonomia salarial.

Como vê o relacionamento entre o Judiciário e o Legislativo e embates recentes que tiveram entre os Poderes?

Não pode ter nenhum tipo de interferência na nossa Casa. Nós somos um poder e temos de ser independente.

O auxílio-mudança para os deputados deve ser revisto?

O auxílio-mudança existe e qualquer coisa aqui na Câmara que precise se extinguir tem de ser por um decreto legislativo. Tudo pode ser revisto, desde que a maioria concorde.

Como será o diálogo com o Executivo?

Harmonioso e sem toma la da cá. Todas as reformas que são necessárias e urgentes serão feitas e de graça, mas com diálogo permanente com toda a sociedade brasileira.

O senhor é favorável à votação da reforma da Previdência nos moldes em que ela já vinha sendo debatida na Casa, com regra de transição e definição de idade mínima?

Sou favorável que ela seja discutida porque temos 247 novos deputados que não participaram da discussão anterior. Ela pode ser emendada, mas é preciso discutir. Não podemos entregar pacote fechado para ninguém. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto ocorria a cerimônia de comemoração de dois anos do governo Michel Temer no Palácio do Planalto, o vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), fez duras críticas ao Presidente da República e seus ministros no plenário da Casa. "Minas vai se levantar, presidente, para demonstrar para você, com essa tirania, e esse monte de ministros, a maioria na Lava Jato, a maioria deveria estar sabe onde? Lá em Curitiba, não no Palácio do Planalto", bradou. Ele reclama da falta do repasse por parte da União de R$ 250 milhões ao Estado.

Ramalho também reagiu ao slogan inicialmente adotado pelo governo no convite do evento que dizia "O Brasil voltou, 20 anos em 2", fazendo referência aos "50 anos em 5" de Juscelino Kubitschek. "Minas é terra de JK. Não compare este governo com JK. Porque é um absurdo, JK era um democrata e foi um dos maiores presidentes que o Brasil já teve. Presidente (Temer), respeite Minas", declarou o deputado na tribuna. Após repercussão negativa, ontem, o governo acabou mudando o mote da campanha para Avançamos.

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O vice-presidente da Câmara também chamou Temer de "insensível" e disse que ele "não tem força" para determinar ao ministro das Cidades "o que tem que ser feito". Isto, segundo ele, teria permitido aumento de 88% da tarifa do metrô em Belo Horizonte (MG). "Não sabe esse insensível governo que conversamos com o presidente Michel Temer e ele, que não tem força com o ministro das Cidades para determinar o que tem que ser feito, deixou que esse aumento fosse colocado. Tive, como cidadão, que entrar com uma ação popular e liminarmente esse aumento foi suspenso."

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) suspendeu, na última sexta-feira, 11, o reajuste de quase 89% nas tarifas do metrô de Belo Horizonte. A nova tarifa do metrô entrou em vigor no mesmo dia, passando de R$ 1,80 para R$ 3,40. A suspensão foi pedida por Ramalho através de uma ação popular e aceita pelo juiz Mauro Pena Rocha, da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte.

Hoje, Ramalho também avaliou que Temer age com "ingratidão" com a bancada de Minas por não te liberado os R$ 250 milhões prometidos no final do ano para o Estado aos parlamentares. "(O governo) não liberou pra Minas Gerais R$ 250 milhões, mas neste ano já liberou R$ 150 milhões para a bancada do Rio Grande do Sul. Minas está sendo desrespeitada e hoje eu convoco toda a bancada mineira para que a gente obstrua os trabalhos nessa casa." A bancada mineira é formada por 53 deputados e três senadores.

A reportagem procurou o Palácio do Planalto, mas ainda não obteve resposta.

O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), preparou uma reclamação contra o procurador da República Deltan Dallagnol e pedirá que a Procuradoria da Casa encaminhe a denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

O emedebista quer que o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná seja punido por sua declaração no Twitter, onde sugeriu que se o governo pode usar mandado coletivo de busca e apreensão em favelas fluminenses, a iniciativa também pode se estender ao Parlamento.

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Em discurso inflamado nesta terça-feira, 20, no plenário da Câmara, Ramalho disse que o procurador devia explicações ao Congresso Nacional por suas críticas expostas na rede social. "Se cabem buscas e apreensões gerais nas favelas do Rio, cabem também nos gabinetes do Congresso. Aliás, as evidências existentes colocam suspeitas muito maiores sobre o Congresso, proporcionalmente, do que sobre moradores das favelas, estes inocentes na sua grande maioria", escreveu o procurador.

Ramalho vai endereçar o ofício ao procurador parlamentar da Câmara, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE).

No documento, o emedebista diz que a manifestação atinge diretamente a imagem do Congresso Nacional e que Dallagnol violou a recomendação do CNMP sobre a cautela e a discrição que os membros do Ministério Público devem adotar nas redes sociais.

"A declaração do mencionado procurador, ao tempo em que estabelece estranha relação entre a situação nas favelas do Rio de Janeiro e gabinetes parlamentares no debate dos chamados 'mandados coletivos' generaliza e coloca sob suspeita todos os parlamentares da atual Legislatura (deputados federais e senadores), sem exceção", diz no ofício o emedebista.

O presidente em exercício da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), afirmou hoje (17) que não acredita que a reforma da Previdência seja votada este ano em plenário. Depois de participar de cerimônia no Palácio do Planalto de liberação de recursos para programa de educação em tempo integral, Ramalho declarou que não houve avanço na quantidade de votos favoráveis à proposta e que a reforma pode ficar para 2019.

“É muito difícil [votar em fevereiro] pelas conversas que eu tenho tido, pelas informações que eu tenho tido. O governo está fazendo seu trabalho, vamos ver se o governo consegue avançar. Mas, hoje eu posso dizer a você que avançou muito pouco”, disse Ramalho.

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O deputado afirmou que não houve nenhum aumento no número de votos conquistados pela base aliada do governo em favor da reforma. Até o fim do ano passado, lideranças partidárias estimavam que a base tinha em torno de 270 votos pela reforma e a proposta só é aprovada se tiver o apoio de pelo menos 308 deputados, em dois turnos de votação.

Para Ramalho, até fevereiro não há tempo suficiente para convencer os parlamentares mais resistentes e discutir a reforma com a sociedade. O deputado admite que a reforma pode ser votada somente no ano que vem.

“O maior entrave é uma comunicação que não chegou certa às classes mais longínquas do Brasil. Essa comunicação não chegou como deveria chegar. E nós queremos uma reforma mais ampla, nós vamos fazer uma reforma agora para, no ano que vem, ter que fazer outra reforma? A gente tem que colocar isso para a população brasileira como um debate, para que no próximo ano a gente possa fazer uma reforma que a sociedade entenda e tenha discutido”, afirmou.

Ontem (16), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também afirmou, em viagem aos Estados Unidos, que não tem otimismo sobre a aprovação da reforma em fevereiro e que se não for votada mês que vem, não será mais.

Cargos técnicos

O presidente em exercício da Câmara também opinou sobre o afastamento dos quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal (CEF). Para Ramalho, o governo deveria ter demitido os 12 vices do banco desde a primeira recomendação do Ministério Público.

“Eu sou favorável à mudança desde o início. Cargos técnicos tem que ser preenchidos tecnicamente, acho que o presidente agiu certo em demitir, deveria ter demitido desde o início (…), mas a mudança foi feita ainda em tempo. Eu penso que bancos, órgãos técnicos, têm que ser compostos por pessoas técnicas, nós temos bons técnicos”, disse o deputado.

O presidente Michel Temer recebeu nesta segunda-feira, 30, a visita do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB-MG). O encontro aconteceu na residência de Temer, na zona oeste da capital paulista, pouco após o peemedebista deixar o hospital Sírio-Libanês, onde se internou no fim de semana para uma cirurgia de desobstrução da uretra.

Após a visita, que durou cerca de 40 minutos, Temer acompanhou o deputado até o portão de sua casa. Ramalho disse que o presidente "está mais jovem" e que os dois conversaram sobre a semana de votações. Segundo o deputado mineiro, o presidente disse que pretende colocar em votação no Congresso algumas Medidas Provisórias (MPs), como a do Fies e a que altera o marco da mineração, antes de voltar a discutir Projetos de Lei. A ideia, segundo Ramalho, é colocar a MP da mineração até amanhã para votação.

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Para que isso seja possível, o deputado vai procurar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que ele adie a sessão do Congresso e permita à Câmara apreciar as MPs.

Além de Ramalho, é esperado também que o peemedebista receba a visita do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir com Temer possíveis mudanças no Orçamento de 2018. Ramalho ocupa a presidência da Câmara em razão da ausência de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está no exterior até domingo.

Cirurgia

O hospital Sírio-Libanês divulgou nesta tarde o boletim de alta do presidente Temer. No documento, foi informado que o presidente deve passar por uma reavaliação de rotina em 30 dias.

Primeiro vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) avaliou nesta quarta-feira, 12, que a lista de inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), com base nas delações da Odebrecht, afeta "totalmente" a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista no Congresso Nacional. Para ele, o momento é "muito tenso, muito grave".

"O momento é muito tenso, é muito grave. Mas temos que aguardar primeiro a defesa de cada um. As coisas são muito graves, mas não podemos sair condenando. As coisas são graves, são gravíssimas. O momento não é bom, o momento é ruim para todos os políticos", afirmou Ramalho, que assumiria a presidência da Câmara, caso o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos alvos da lista de Fachin, seja afastado do posto.

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Ramalho disse que esteve nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e disse a ele que as reformas não vão passar. "Disse a ele que ele está fazendo um bom trabalho de articulador político, mas que estou sentindo que, infelizmente, as reformas não vão passar, nem se tirar tudo", afirmou. "Não sei o que é pior para o governo: retirar a reforma (da Previdência) ou perder", acrescentou.

Para o 1º vice-presidente, o melhor agora seria o governo retirar a reforma. "Penso que sim, mas antes temos de dar a todos o direito de defesa. As coisas são graves, gravíssimas, mas o parlamento vive das ruas. Mas hoje, se você me perguntar sobre as reformas, neste momento, é muito ruim passar qualquer tipo de reforma no Parlamento. Eu, se fosse o governo, recolheria a reforma da Previdência. É melhor recolher do que perder", afirmou.

O peemedebista sugeriu que o Executivo faça um novo texto para a reforma da Previdência, discutido com a sociedade previamente. "Essa é uma batalha que se ganha com as ruas, com o povo", afirmou Ramalho. E emendou: "Não estou aqui para derrotar o governo, não é essa minha função". O parlamentar mineiro pregou que se discuta com a sociedade um novo projeto, já que a população é contra o projeto.

Ramalho lembrou que na terça a Câmara já não conseguiu votar o projeto que estabelece um programa de recuperação fiscal para Estados em calamidade financeira. Ele disse que o tema é importante, mas que o momento é muito tenso para levar o debate adiante e que o projeto também deve ser "recolhido". "Temos de primeiro aguardar as defesas de cada pessoa", completou. Ele disse que sua posição não é de defesa de paralisia do parlamento, mas de votar projetos de interesse da população.

Como revelou com exclusividade o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado e o jornal O Estado de S. Paulo nessa terça-feira, 11, o ministro Edson Fachin autorizou abertura de inquérito para investigar 98 pessoas, incluindo oito ministros do governo Michel Temer, 24 senadores, entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e 39 deputados federais, entre eles o atual presidente da Câmara. Também estão na lista um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e três governadores.

Com uma candidatura à revelia do PMDB, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) venceu o candidato da bancada ruralista Osmar Serraglio (PMDB-PR) na disputa em segundo turno para a primeira-vice presidência da Câmara. Ramalho venceu por 265 a 204 votos. Oito votos foram em branco.

A ida de Ramalho para o segundo turno surpreendeu também por deixar para trás o candidato oficial do PMDB, o deputado Lúcio Vieira Lima (BA). O deputado baiano teve 133 votos e não passou do primeiro turno.

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O eleito para a terceira-secretaria foi JHC (PSB-AL), que derrotou no segundo turno o candidato oficial do partido, João Fernando Coutinho (PSB-PE). JHC teve 240 votos e o pernambucano 220. Foram 17 votos em branco.

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